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Princípio da ofensividade: Para que haja crime, tem que gerar uma lesão ou um perigo de
lesão ao bem jurídico tutelado pela norma penal.
Princípio da responsabilidade penal subjetiva: Precisa ter dolo ou culpa na conduta para
que seja imputado crime a uma determinada pessoa. Não se admite no Direito Penal a
responsabilidade objetiva.
Princípio da isonomia: O direito penal se aplica a TODOS.
Princípio da proibição do no bis in idem: Proibição de dupla punição pelo mesmo fato. Um
crime não pode ser responsabilizado 2x.
OBS.: A REINCIDÊNCIA PENAL NÃO PODE SER CONSIDERADA COMO CIRCUNSTÂNCIA
AGRAVANTE E, SIMULTANEAMENTE, COMO CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL.
Crime continuado: Dois ou mais crimes da mesma espécie e pelas condições de tempo,
lugar, modo de execução os subsequentes são ávidos como continuação do primeiro.
REITERAÇÃO DE CONDUTAS DELITIVAS. PERDURA AO LONGO DO TEMPO.
Crime permanente: A consumação do crime vai perdurar ao longo do tempo. Ex.:
Sequestro.
SÚMULA 711: A LEI PENAL MAIS GRAVE APLICA-SE AO CRIME CONTINUADO OU AO CRIME
PERMANENTE, SE A SUA (LEI) VIGÊNCIA É ANTERIOR À CESSÃO DA CONTINUIDADE OU DA
PERMANÊNCIA.
Lei temporária: Lei que possui vigência predeterminada, isto é, tem uma data específica
para ser revogada. Aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
Lei excepcional: Lei editada em razão de algum evento excepcional. Aplica-se ao fato
praticado durante sua vigência.
CARACTERÍSTICAS LEI TEMPORÁRIA E LEI EXCEPCIONAL:
Auto revogáveis;
Ultrativas.
Lei penal intermediária: Lei benéfica que teve vigência após a prática do ato, porém foi
revogada antes do julgamento do réu.
TEMPO DO CRIME:
Teoria da atividade: Considera-se praticado o crime no momento da ação ou da omissão.
Será aplicada a lei penal vigente ao tempo da conduta.
É no momento da conduta que se apura a imputabilidade do agente.
LUGAR DO CRIME:
Teoria mista ou da ubiquidade: Lugar do crime é tanto aquele em que ocorreu a conduta,
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Extraterritorialidade:
Incondicionada: Aplica-se a lei penal brasileira, ainda que o agente for absolvido ou
condenado no estrangeiro.
Crimes contra a vida ou liberdade do Presidente;
Crimes contra o patrimônio ou contra a fé pública de qualquer ente federativo ou
qualquer ente da administração indireta;
Crimes contra a administração pública;
Crimes de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no brasil.
Eficácia da Sentença Estrangeira: Sentença penal condenatória julgada em outro país, pode
ser homologado no Brasil para efeitos de:
Obrigar o condenado à reparação do dano;
Sujeitar o agente a uma medida de segurança.
OBS.: NÃO SE HOMOLOGA SENTENÇA PROFERIDA NO ESTRANGEIRO SEM PROVA DO
TRÂNSITO EM JULGADO.
OBS.: PARA SE APLICAR NO BRASIL, DEVERÁ PRODUZIR AS MESMAS CONSEQUÊNCIAS
DA LEI BRASILEIRA.
OBS.: A SENTENÇA PENAL ESTRANGEIRA, PARA QUE PRODUZA EFEITOS COM
REFERÊNCIA À REINCIDÊNCIA, NÃO PRECISA SER HOMOLOGADA NO BRASIL.
CONTAGEM DE PRAZO:
A contagem começa a partir do primeiro dia preso, e não no dia seguinte.
O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos
pelo calendário comum (gregoriano).
É improrrogável, ou seja, pode ter início ou fim em qualquer dia da semana, ainda que
feriado.
Prazo em dias: Conta dia a dia.
Prazo em meses: Conta até o dia anterior ao dia que foi iniciado esse prazo. Ex.: Início
15/12 -> 14/01 (1 mês).
Prazo em anos: Conta até o dia anterior ao dia que foi iniciado esse prazo. Ex.: 01/07/2019
-> 30/06/2022 (3 anos).
TEORIA DO CRIME:
Conceito material: Toda ação ou omissão que gera intolerável lesão ou perigo de lesão a
bem jurídico penalmente tutelado. Ex.: Vida, saúde pública etc.
Conceito formal ou legal: Conduta rotulada como crime ou contravenção pelo legislador,
sob imposição de sanção penal. Conduta incriminada pelo legislador.
CONCEITO ANALÍTICO: ELEMENTOS QUE INTEGRAM A ESTRUTURA DO CRIME.
Fato típico: CONDUTA, RESULTADO, NEXO CAUSAL, TIPICIDADE.
CONDUTA: Comportamento humano voluntário dirigido a um fim ilícito. Dolo e
culpa integram a conduta, se não houver nem dolo e culpa, vira culpabilidade
vazia. (TEORIA FINALISTA - ADOTADA NO BRASIL).
A teoria clássica define o crime como um fato típico, antijurídico e culpável.
Também entende que a culpabilidade consiste em um vínculo subjetivo que liga
ação ao resultado.
Não há crime sem conduta.
Elementos da conduta:
Comportamento voluntário dirigido a um fim;
Exteriorização da vontade.
CAUSAS EXCLUDENTES DE CONDUTA:
Caso fortuito e força maior;
Estado de inconsciência completa: Sonambulismo e hipnose;
Movimentos reflexos: Reação motora automática a um estímulo externo;
COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL: A PESSOA É COAGIDA FISICAMENTE DE TAL
FORMA QUE NÃO LHE RESTA OUTRA OPÇÃO SENÃO AGIR DE ACORDO COM
A VONTADE DO COADOR.
OBS.: SOMENTE A COAÇÃO MORAL É ACEITA COMO EXCLUDENTE DE
CULPABILIDADE. A COAÇÃO FÍSICA NÃO EXCLUI A CULPABILIDADE, MAS
SIM A CONDUTA.
Crime doloso: Quando o agente quis o resultado (dolo direto) ou assumiu o
risco de produzi-lo (dolo eventual).
Teoria da vontade (dolo direto): O agente prevê o resultado e tem a vontade
de produzi-lo.
Teoria do consentimento (dolo eventual): Há dolo não somente com a
vontade de produzir o resultado, mas também quando realiza a conduta
assumindo o risco de produzi-lo.
Dolo alternativo: A vontade do agente visa a um ou outro resultado.
RESULTADO: Todo crime terá resultado jurídico, no entanto, nem todo crime terá
resultado naturalístico (mudança no mundo exterior).
OBS.: O RESULTADO NATURALÍSTICO NÃO SE APLICA AOS CRIMES FORMAIS,
OMISSIVOS PRÓPRIOS E DE MERA CONDUTA.
Sujeito ativo: O sujeito que pratica a infração penal. Pode ser qualquer pessoa física capaz
com idade igual ou superior a 18 anos.
Autor: Aquele que pratica de forma direta efetivamente a conduta.
Partícipe e autor mediato: Presta qualquer contribuição para a realização da conduta
criminosa de forma indireta.
Crime comum: Pode ser praticado por qualquer pessoa.
Crime próprio: É necessária uma qualidade ou condição especial ao agente. Ex.:
Infanticídio.
Crime de mão própria: Além de exigir uma qualidade ou condição especial ao agente, a
prática do crime não pode ser delegada a outrem. Ex.: Crime de falso testemunho.
PESSOA JURÍDICA PODE SER SUJEITO ATIVO DE CRIME, VISTO QUE, É UM ENTE COM
AUTONOMIA COM DIREITOS E OBRIGAÇÕES.
Sujeito passivo: Titular do bem jurídico protegido pela lei penal, o qual é violado pela
prática da conduta criminosa do sujeito ativo.
Pode ser qualquer pessoa, física ou jurídica, ainda que incapaz ou destituído de
personalidade jurídica.
Sujeito passivo mediato: Toda conduta criminosa atinge o Estado, ainda que
indiretamente.
Sujeito passivo imediato: É o titular do bem jurídico atingido pela conduta criminosa.
Não pode um indivíduo ser sujeito ativo e passivo simultaneamente de um mesmo
crime.
Objetos do crime:
Objeto material: Pessoa ou coisa a qual recai a conduta criminosa. Ex.: Homicídio
(pessoa humana).
Nem todo crime possui objeto material.
Objeto jurídico: Bem protegido pela noma penal. Ex.: Homicídio (vida humana).
Todo crime possui objeto jurídico.