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- Direito penal objetivo vs subjetivo

objetivo - constitui-se do conjunto de preceitos legais que regulam o exercício de ius puniendi
( refere-se ao poder ou direito do estado de punir indivíduos, ou seja, é uma base legal que
autoriza o estado a aplicar sanções e etc ) pelo estado, de nindo crimes e cominando as
respectivas sanções penais
Ex: código penal

subjetivo - é basicamente o direito de punir, que é legitimado pelo direito objetivo, no qual através
de normas positivadas estatele os lindes de atuação estatal, além disso, diz respeito aos direitos
indevidas das pessoas envolvidas em crimes

- Bem jurídico

Interesse humano concreto necessitado de proteção pelo direito penal, bens do homem
imprescindíveis para sua sobrevivência em sociedade, como a vida, saúde, liberdade ou a
propriedade. Todos os objetos que são legitimamente protegidos pelas normas.

- Principios limitadores do poder punitivo estatal

Legalidade - não há crime sem lei anterior que o de na, nem pena sem previa cominação legal.
nenhuma pena criminal pode ser aplicada sem que antes da ocorrência desse fato exista uma lei
de nindo-o.

Reserva legal - intimamente ligado ao da legalidade, diz que as normas devem ser criadas
exclusivamente pelo poder legislativo , o princípio de legalidade e de reserva legal representam a
garantia política de que nenhuma pessoa poderá ser submetida ao poder punitivo estatal, se não
com base em leis formais.

Intervenção mínima - também conhecido como ultima ratio, orienta e limita o poder incriminador
do Estado, preconizando que a criminalização de uma conduta só se legitima se atingir bens
jurídicos penais ( importantes ) e, de outro lado, determina que o direito penal proteja os bens
jurídicos essenciais.

Fragmentariedade - estabelece que o direito penal tutela apenas algumas das condutas em que
existe violação de um bem jurídico e não de todos, a nal nem todas as ações que lesionam bens
jurídicos são proibidas pelo Direito Penal.

Irretroatividade - Embora conceitualmente distinto, o princípio da irretroatividade cou desde


então incluído no princípio da legalidade, então o principio diz que uma lei é aplicável e vinculante
para todas as ações que estão sob sua abrangência desde o momento em que entra em vigor
ate que expire ou seja revogada por outra lei. Exceções: leis temporárias ou excepcionais

Adequação social - segundo esta teoria, as condutas que se consideram “socialmente


adequadas” não se revestem de tipicidade e, por isso, não podem constituir delitos. Precisam ter
certa relevância social

Insiguini cância - ainda que uma determinada conduta possa corretamente ser prevista como
criminosa pode ser inconveniente a utilização do direito penal, a lesão deve atingir alguma
magnitude, ou seja , ser relevante. Obs: esse princípio não deve ser usado em crimes contra a
administração pública independentemente do valor

Ofensividade - no âmbito do Direito Penal de um Estado Democrático de Direito, somente se


admite a existência de infração penal quando há efetivo, real e concreto perigo de lesão a um
bem jurídico determinado. a conduta proibida represente ou contenha verdadeiro conteúdo
ofensivo a bens jurídicos socialmente relevantes

Culpabilidade - não há crime pela simples produção do resultado, então ninguém responderá por
um resultado absolutamente imprevisível se não houver obrado, pelo menos, com dolo ou culpa.
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Além disso, a culpabilidade funciona não como fundamento da pena, mas como limite desta, de
acordo com a gravidade do injusto.

Proporcionalidade - sua aplicação exige o equilíbrio entre necessidade de punir condutas


criminosas e garantia de que as penas sejam justas e proporcionais as circunstancias de cada
caso, evitando arbitragens do estado

Humanidade - necessidade de proteção a dignidade humana, por conta desse principio não se
admite penas infamantes ou cruéis

Presunção de inocência - qualquer pessoa acusada de cometer um crime é considerada inocente


até que sua culpabilidade seja comprovada ou enquanto não ocorrer o transito em julgado.

Proibição do retrocesso - reconhece que não é possível retroceder ou diminuir os direitos e as


garantias individuais ja conquistadas em uma sociedade democrática, ou seja, uma vez que
certos direitos tenham sido estabelecidos na área do direito penal, eles não podem ser revogados

Fontes do direito penal

Fonte, material e formal de conhecimento ( imediata - lei penal e mediata - auxilia na elaboração e
aplicação da lei )
- fonte formal mediata ( costume / jurisprudencia /doutrina )
Costumes: instrumento cultural para auxiliar na elaboração do ordenamento jurídico
Jurisprudência:
Doutrina: produção cienti ca do direito penal que auxilia na elaboração da dogmática

Por fontes do direito deve-se entender a origem primaria e todo e qualquer fato que propicie o
surgimento da norma jurídica. Obs: o estado é a única fonte de produção do direito penal, dessa
forma, a fonte de produção legitima é o legislador federal.

Normas penais
Normas penais incriminadoras - de nem as infrações penais / proíbem ou impõe condutas
Normas penais não incriminadoras - estabelecem regras gerais de interpretação / atribuem
responsabilidade penal
Normas permissivas - autorizam a realização de conduta
Normas explicativas ou complementares - complementam normas penais incriminadoras

Interpretação das leis penais


a interpretação pode ser:
Quanto as fontes ( autêntica, jurisprudencial e doutrinária ) e quanto ao resultado ( declarativa,
restritiva e extensiva )
Autêntica: fornecida pelo poder legislativo, são os próprios textos legais, ou seja, as leis e os
regulamentos promulgados pelo legislador. Elas representam a expressão direta da vontade do
legislador e são a fonte primária do direito penal.
Jurisprudencial: envolve a análise de como os tribunais anteriores interpretaram e aplicaram a lei
em casos similares ex - sumulas do stj e stf
Doutrinaria: interpretação com base em doutrinas
Declarativa: la parte do princípio de que a lei penal deve ser interpretada de forma literal e estrita,
ou seja, o texto da lei é lido exatamente como está escrito, sem ampliação ou redução do seu
alcance.
Restritiva: a lei penal é interpretada de forma mais exível do que a interpretação declarativa,
mas ainda assim com certo grau de restrição.
Extensiva: Ela permite que os tribunais ampliem o alcance das leis penais além do que está
estritamente escrito no texto da lei, com base em princípios de justiça e equidade.

Leis penais em branco


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Normas penais incompletas que precisam da complementação de outras normas, ou seja, tem
conteúdo vago e impreciso, nesse caso o tipo deve ser completado por outra disposição legal, ja
existente ou futura

Con ito aparente entre normas


Subsidiariedade - a norma penal subsidiária só será aplicada quando não houver uma norma
penal principal que regule a mesma conduta.
Especialidade - mais especi ca prevalece
Consunção - estabelece que, se uma conduta criminosa mais grave incluir uma conduta
criminosa menos grave, apenas a conduta mais grave será punida.

Lei penal no tempo

Introdução - desde que uma lei entra em vigor ela rege todos os atos abrangidos por sua
destinação ate que cesse sua vigência. Dessa forma, a lei anterior perde sua vigência quando
entra em vigor uma nova lei regulando a mesma matéria

Irretroatividade da lei penal - foi proclamado pelo principio nullun crimem nulla poena sine lege,
no qual entende que uma nova lei penal não pode retroagir para prejudicar o agente, esse
principio visa protege a segurança jurídica e os direitos individuais

Retroatividade e ultratividade da lei mais benigna - A lei anterior, quando for mais favorável, terá
ultratividade e prevalecerá mesmo ao tempo de vigência da lei nova, apesar de já estar revogada.
O inverso também é verdadeiro, isto é, quando a lei posterior for mais bené ca, retroagirá para
alcançar fatos cometidos antes de sua vigência.

Con itos da lei penal no tempo - são ele:


1. abolitio criminis: quando a lei nova deixa de considerar crime fato anteriormente tipi cado
como ilícito, nesse caso a lei vai retroagir para afastar as consequências penais do agente
2. novatio legis incriminadora: nova lei considera crime fato que anteriormente não era
incriminado, nesse caso a lei é irretroativa e não pode ser aplicada
3. Novatio legis in pejus: é quando uma lei nova mais desfavorável ao reu é aplicada
retroativamente a crimes cometidos antes de sua vigência
4. Novatio legis in mellius: é quando uma lei penal posterior em vez de tornar penalidades mais
severas, bene cia os acusados, ou seja, é quando uma lei mais nova retroage em benefício
do réu

Leis excepcionais e leis temporárias


Temporárias - vigoram durante certo tempo, por elas próprias xadas
Excepcionais - visam atender a situações anormais
De acordo com o art 3 essas leis tem ultraatividade,

Crimes permanentes e continuados


Permanentes - duração prolongada
Continuada - varias ações ilícitas semelhantes
Obs: esses crimes são os únicos no qual a lei nao sofre ultratividade para bene ciar o réu, a mais
grave que vai ser aplicada

Lei penal no espaço

Principio da territorialidade - aplica-se a lei penal brasileira aos crimes praticados em território
nacional ( solo, subsolo, aguas internas, mar territorial com a extensa de 12 milhas marítimas a
partir do litoral brasileiro e o espaço aéreo ) independentemente da nacionalidade do agente, da
vitima ou do bem jurídico lesado

Principio de defesa ou proteção - visa estender a lei penal nacional aos crimes praticados contra
bens jurídicos do estado e outros considerados de relevância mesmo que violados fora do pais
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Obs pode-se se fazer uma relação desse principio com a extraterritorialidade

Principio da universalidade - que por tratado ou convenção o brasil se obrigou a reprimir ex:
tra co de drogas, mulheres , pirataria

Principio da nacionalidade ou personalidade - procura-se garantir a aplicação da lei penal


brasileira ao cidadão nacional mesmo quando o delito tenha sido praticado no exterior

Personalidade ativa ( nacionalidade do autor do delito )


Personalidade passiva ( importa se a vitima do delito é nacional

Principio da bandeira - quando houver de ciência legislativa, aplica-se a lei do estado em que
esta registrada a embarcação

Extradição
Instrumento de cooperação internacional, um estado entrega a outro alguém refugiado que foi
acusado ou condenado pela pratica de determinado crime para que seja julgado
Especies de extradição: ativa - em relação ao estado que solicita a extradição de um indivíduo /
passiva: estado que concede o pedido de extradição / voluntaria: quando o extraditando volta
por vontade própria / imposta: oposição do extraditando / reextradição: um estado obteve a
extradição torna-se requerido por um terceiro estado
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