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AULA 11. ADVOCACIA PÚBLICA

- é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a


União, judicial ou extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei
complementar que dispuser sobre sua organização – prevendo o ingresso nas
classes iniciais das carreiras da instituição mediante concurso público – e
funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do
Poder Executivo;

- a lei complementar será federal;

- a doutrina nega à AGU à tarefa de defender o Presidente da República,


estabelecendo diferença entre a advocacia de governo e advocacia do
governante;

- tem por chefe o Advogado-geral da união;

- este é de livre nomeação pelo Presidente da República, entre cidadãos


maiores de 35 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, prevendo a
necessária relação de confiança entre Presidente e representante, que justifica
a livre escolha;

- não se encontra sujeito à argüição e decisão do Senado Federal;

- é cargo de provimento em comissão, e assim exonerável ad nutum;

- os procuradores do estado e do DF exercerão a representação judicial e a


consultoria jurídica das respectivas unidades federadas e serão organizadas
em carreira, na qual o ingresso será feito por concurso de provas e títulos;

- será assegurada aos procuradores estabilidade após 3 anos de efetivo


exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após
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relatório circunstanciado das corregedorias, ressalvada a situação daqueles que


já se encontrassem em estágio probatório à época da promulgação da EC
19/98, aos quais será assegurado o prazo de 2 anos de efetivo exercício para
aquisição da estabilidade;

- cabe à advocacia geral da união a defesa da lei atacada de


inconstitucionalidade;

→ ADVOCACIA

- constitui-se em princípio constitucional a indispensabilidade e a imunidade


do advogado;

- art.133: “o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo


inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites
da lei;”

- essa lei é ordinária federal;

→ INDISPENSABILIDADE DO ADVOGADO

- não é absoluta;

- continua existindo a possibilidade excepcional de a lei outorgar o ius


postulandi a qualquer pessoa, como ocorre com o habeas corpus e a revisão
criminal;

- o advogado deve comprovar sua efetiva habilitação profissional,


demonstrando a regularidade de sua inscrição na OAB, sob pena de
inexistência dos atos processuais praticados;

→ IMUNIDADE DO ADVOGADO
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- inviolabilidade por seus atos e manifestações no exercício da profissão não é


absoluta;

- imunidade penal ampla e absoluta, nos crime contra a honra e até no


desacato, imunidade essa não conferida ao cidadão brasileiro, às partes
litigantes, nem mesmo aos juizes e promotores;

- foi declarada inicidentalmente a inconstitiucionalidade do art.7, parágrafo 2


da Lei n. 8906/94, em virtude da ausência de caráter absoluto da imunidade do
advogado;

- haverá excesso impunível se a ofensa irrogada for vinculada à atividade


funcional e pertinente a pretensão que esteja o advogado defendendo em juízo;

- a imunidade inexistirá quando a ofensa for gratuita, desvinculada do


exercício profissional e não guardar pertinência com a discussão da causa;

- a imunidade do advogado não alcança abusos cometidos em entrevistas aos


meios de comunicação;

→ DEFENSORIA PÚBLICA

- é uma instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe


a orientação jurídica e a defesa em todos os graus e gratuitamente dos
necessitados;

- a defensoria pública é instituição uma e indivisível;

- sua finalidade é a orientação jurídica e a defesa dos necessitados, entendidos


esses como os que não dispõem de renda bastante ao custeios das despesas de
um processo judicial sem que se lhes comprometa a própria subsistência;
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- o STJ entende que a Constituição confere ao defensor público todos os


poderes para defender os necessitados, atribuindo, assim, todos os meios
legítimos para tornar efetiva a sua ação, inclusive a legitimidade para propor
ações, visando obtenção de documento com aquele objetivo;

- o STF reconhece à defensoria pública a contagem em dobro de todos os


prazos para a defensoria pública;

- através de lei complementar será organizada a defensoria pública da união e


do DF e dos territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos
estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso
público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da
inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições
institucionais;

- Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e


administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no
art. 99, § 2º.

- a Defensoria pública da união e do DF são órgãos federais;

- as defensorias dos estados são órgãos estaduais, e sua organização será feita
por lei estadual, obedecidas as normas gerais ditadas por lei complementar
nacional;

- os defensores estão proibidos de exercerem a advocacia privada;

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