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FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS DO ESPÍRITO SANTO - PIO XII

NEIDE LAURA DIAS DE SOUSA SANTOS

PRERROGATIVAS DOS ADVOGADOS

CARIACICA -ES

2023
NEIDE LAURA DIAS DE SOUSA SANTOS

PRERROGATIVAS DOS ADVOGADOS

Trabalho submetido à Faculdade Espirito Santo


de Estudos Sociais “PIO XII”, apresentado a
disciplina de Direito Ética.
Professora: Marta Vimercarti.

Cariacica

2023
SUMÁRIO

1 Introdução.........................................................................................................5

2 O que são Prerrogativas....................................................................................5

3 O exercício da função também é permeado por.................................................5

4 Porque advogados têm prerrogativas...............................................................6

5 DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS 10 SEÇÃO I DA DEFESA JUDICIAL DOS


DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS - OAB.............................................................6

6 Principais prerrogativas dos advogados...........................................................7

7 Ausência de hierarquia (art. 6º e 7º, incisos I, VI e X, do Estatuto da OAB.........7

8 Inviolabilidade de documentos, arquivos e do escritório do advogado (art. 7º,


inciso II, §§6º e 7º, do Estatuto da OAB)...............................................................8

9 Exceção à regra da inviolabilidade....................................................................8

10 Comunicação com o cliente em qualquer situação (art. 7º, inciso III, do


Estatuto da OAB)..................................................................................................9

11 Livre acesso a espaços (art. 7º, inciso VI, do Estatuto da OAB).....................10

12 Prisão em flagrante (art. 7, incisos IV e V, e §3º, do Estatuto da OAB)...........10

13 Acessibilidade aos processos (artigo 7º, incisos XIV, XV e XVI, XIII do


Estatuto da OAB)................................................................................................11

14 Acesso aos autos de investigação................................................................12

15 Desagravo público (artigo 7º, inciso XVII, do Estatuto da OAB) ....................12

16 Quem pode promover pedido de desagravo público ao advogado ..............13

17 Acompanhamento de oitiva do cliente em delegacia (artigo 7º, inciso XXI, do


Estatuto da OAB)................................................................................................13
18 Prerrogativas da advogada grávida, lactante, adotante ou que tenha dado à
luz (artigo 7º-A, do Estatuto da OAB)..................................................................14

19 O que é uma prerrogativa no direito...............................................................14


20 Conclusão.....................................................................................................15

21 Referencias...................................................................................................15
1 Introdução

As prerrogativas dos advogados são um conjunto de direitos e garantias


fundamentais que visam proteger a independência, a liberdade de atuação e a
defesa dos interesses de seus clientes no sistema de justiça. Essas prerrogativas
são fundamentais para o exercício eficaz da advocacia e para a preservação do
Estado de Direito.

2 O que são Prerrogativas

Entende-se por prerrogativa o direito inerente de determinada profissão para seu


melhor desempenho. O fundamento dos direitos e prerrogativas do advogado
encontra-se previsto nos artigos 6º e 7º da Lei 8.906, de 04 de julho de 1994.
As prerrogativas previstas nesta lei garantem ao advogado o direito pleno de
defender seus clientes, contando com independência e autonomia, sem temer
a autoridade judiciária ou quaisquer outras autoridades que por acaso tentem
usar de constrangimento ou outros artifícios que possam levar à diminuição de
sua atuação como defensor da liberdade.
Tal direito jamais pode ser confundido com privilégio, pois é uma ferramenta de
trabalho que pode ser utilizada para que o profissional possa representar os
direitos de seus clientes.
A prerrogativa é um instrumento que auxilia o advogado em suas atividades
jurídicas. Deste modo, no momento de resolver as questões de prova, é
importante lembrar que o labor jurídico exercido pelo advogado não se limita
apenas à elaboração de peças, são fundamentais para a preservação do Estado
de Direito e para garantir que uma justiça seja alcançada de maneira justa e
imparcial. Entre as principais prerrogativas dos advogados, estão: Sigilo
Profissional.

3 O exercício da função também é permeado por:

 Audiências;
 Despachos;
 Visitas em presídios e hospitais;

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 Diálogos com clientes, delegados, membros do ministério público, juízes,
etc.

4 Por que advogados têm prerrogativas?

Em primeiro lugar, é importante ressaltar que os advogados não são os únicos


com direito às prerrogativas. Profissões como médicos e jornalistas, por
exemplo e dentre muitas outras, também os têm.
Esses profissionais descritos acima exercem funções de serviço público e de
cunho social ao cuidarem dos direitos e bem-estar dos cidadãos comuns.
Os advogados, neste caso específico, representam a única proteção entre um
cidadão comum e uma autoridade, como a polícia, por exemplo, no caso da
acusação de um delito.
Os cidadãos comuns confiam e atribuem poderes aos advogados e a lei, por
sua vez, garante que esses profissionais possam defender os direitos de seus
clientes com total autonomia e em situação de igualdade.
Isso quer dizer que todos são iguais perante à lei. Sem essas prerrogativas,
haveria uma grande desigualdade de forças.

5 DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS 10 SEÇÃO I DA DEFESA JUDICIAL


DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS - OAB

Art. 15. Compete ao Presidente do Conselho Federal, do Conselho Seccional ou


da Subseção, ao tomar conhecimento de fato que possa causar, ou que já
causou, violação de direitos ou prerrogativas da profissão, adotar as
providências judiciais e extrajudiciais cabíveis para prevenir ou restaurar o
império do Estatuto, em sua plenitude, inclusive mediante representação
administrativa. Parágrafo único. O Presidente pode designar advogado, investido
de poderes bastantes, para as finalidades deste artigo.

Art. 16. Sem prejuízo da atuação de seu defensor, contará o advogado com a
assistência de representante da OAB nos inquéritos policiais ou nas ações
penais em que figurar como indiciado, acusado ou ofendido, sempre que o fato
a ele imputado decorrer do exercício da profissão ou a este vincular-se. (NR)11.

A Constituição Federal, em seu artigo 133, prevê que “o advogado é


indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”. Nessa perspectiva,
conheça as principais prerrogativas atribuídas ao advogado!

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6 Principais prerrogativas dos advogados

As 10 principais prerrogativas do advogado são:

1. Ausência de hierarquia;
2. Inviolabilidade de documentos, arquivos e do escritório do advogado;
3. Comunicação com o cliente em qualquer situação;
4. Livre acesso a espaços;
5. Prisão em flagrante;
6. Exercício amplo da defesa;
7. Acessibilidade aos processos;
8. Desagravo público;
9. Acompanhamento de oitiva do cliente em delegacia;
10. Prerrogativas da advogada grávida, lactante, adotante ou que tenha
dado à luz.

7 Ausência de hierarquia (art. 6º e 7º, incisos I, VI e X, do Estatuto da OAB)

As prerrogativas previstas nesta lei garantem ao advogado o direito pleno de


defender seus clientes, contando com independência e autonomia. Não existe
hierarquia entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público.
Todos devem ser tratados com a mesma consideração e respeito. Tal direito
jamais pode ser confundido com privilégio, pois é uma ferramenta de trabalho
que pode ser utilizada para que o profissional possa representar os direitos de
seus clientes.
Em decorrência da ausência de hierarquia e subordinação, é garantido o livre
ingresso do advogado em qualquer sala, dependência ou repartição pública. Ele
pode permanecer sentado ou em pé, bem como retirar-se a qualquer momento.
A ofensa a essa prerrogativa, que tem como sujeito imediato o advogado
ofendido, representa ato de desrespeito a toda a classe. Sendo assim, a
sociedade é o sujeito mediato da violação, tendo em vista a função social que o
advogado desempenha. Qualquer forma de desrespeito, de desigualdade de
tratamento ou constrangimento ao advogado, que tenha sido oriunda de
qualquer outra autoridade jurídica, fere o art. 6º da Lei 8.906, de 04 de julho de
1994.

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O art. 7º da mesma lei traz consigo um conjunto de situações em que se aplicam
as prerrogativas do advogado.

8 Inviolabilidade de documentos, arquivos e do escritório do


advogado (art. 7º, inciso II, §§6º e 7º, do Estatuto da OAB)

Esta prerrogativa aduz sobre a liberdade de atuação e garante a segurança do


advogado, mantendo a total inviolabilidade de:

 Sua comunicação;
 Seus documentos;
 Seu ambiente de trabalho como um todo (incluindo e-mail,
correspondência, arquivo e ligações telefônicas).

Art. 7º, II: “a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de
seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica,
telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia”;
Logo, nenhum e-mail, correspondência, arquivo ou ligação telefônica pode ser
violada por terceiros. Essa prerrogativa visa a proteger a liberdade de atuação
do advogado.

9 Exceção à regra da inviolabilidade

Prevista no §6º do artigo 7º, da Lei nº 8.906/94:

Art. 7º, § 6o Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime


por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar
a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em
decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e
pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB.

O mandado somente deve ser ensejado por indícios fundamentados de violação


da lei ou de necessidade da prova. Do mesmo modo, deve ser específico quanto
ao seu objeto e na extensão do fato que o motiva, não podendo ser genérico.
É também imprescindível a comunicação à seccional ou subseção da OAB, que
designará representante para acompanhar a legalidade do cumprimento da

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medida, sob pena de nulidade. Ainda, não é permitida a apreensão de objetos e
instrumentos de trabalho sem qualquer relação ao fato investigado e que
contenham informações sobre clientes, sob pena de infringir o sigilo profissional.

10 Comunicação com o cliente em qualquer situação (art. 7º, inciso III, do


Estatuto da OAB)

Uma das prerrogativas de suma importância é a condição do advogado de se


comunicar com seu cliente em qualquer situação. Essa prerrogativa é relevante
porque é muito usual, na rotina do advogado, situações em precisa visitar os
clientes detentos. Assim, fica mais fácil entrar em contato a qualquer hora, sem
burocracias e sem a necessidade de procuração. Além disso, poderá também
entrar em contato por meio de cartas, telefonemas, e-mails ou outras formas.

Art. 7º, III–comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente,


mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou
recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados
incomunicáveis.

Deste modo, ao advogado é garantido o acesso ao seu cliente e a comunicação


pessoal e reservada com este cliente, mesmo sem procuração. Essa
comunicação visa à elaboração de defesa técnica e a adoção de medidas
necessárias ao resguardo dos direitos do cliente, sendo toda troca de informação
protegida pelo sigilo profissional. Importante relembrar que no Brasil é vedada a
incomunicabilidade do preso, conforme o art. 136, §3º, IV, da Constituição
Federal. Assim, caso seja negado o acesso ao cliente preso, sem justa causa, a
Procuradoria de Prerrogativas da OAB deve ser acionada imediatamente para
auxiliar na preservação dos direitos e tomar as medidas cabíveis.

11 Livre acesso a espaços (art. 7º, inciso VI, do Estatuto da OAB)

Aos advogados é permitido o livre acesso a cartórios, salas e espaços


reservados a autoridades judiciais mesmo fora dos horários de expediente. Na
prática, isso significa que nenhum profissional deve ser impedido de acessar
secretarias, prisões, delegacias, cartórios e outros espaços.

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Art. 7º, VI – ingressar livremente:

a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam
a parte reservada aos magistrados;
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de
justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões,
mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus
titulares;
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro
serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação
útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e
ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado;
d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu
cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes
especiais.

12 Prisão em flagrante (art. 7, incisos IV e V, e §3º, do Estatuto da OAB)

O advogado, no exercício da profissão, somente poderá ser preso em flagrante


em caso de crime inafiançável, sendo imprescindível a presença
de representante da OAB para assisti-lo. Nos demais casos, deve ocorrer a
comunicação expressa à OAB, sob pena de nulidade da prisão.

Art. 7º, IV – ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante,


por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo,
sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional
da OAB.

As hipóteses de prisão em flagrante também são previstas no mesmo artigo, em


seu parágrafo 3º: “art. 7º, § 3º O advogado somente poderá ser preso em
flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável,
observado o disposto no inciso IV deste artigo”.
Importante destacar o inciso V do mesmo dispositivo, que determina o não
recolhimento de advogado em prisão antes de sentença transitada em julgado.
O recolhimento apenas pode ocorrer em sala de Estado Maior, com instalações
e comodidades dignas e, na sua falta, em prisão domiciliar. “Art. 7º, V – não ser
recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de
Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, e, na sua falta, em
prisão domiciliar”; A prisão só ocorre em caso de crime inafiançável. Reclamar
contra o desacato à lei, regulamento ou regimento, tanto de forma escrita quanto
verbalmente.

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Art. 7º, X: usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante
intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a
fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para
replicar acusação ou censura que lhe forem feitas.

Também consiste em prerrogativa do advogado interromper quando julgar


necessário: “art. 7º, XI – reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer
juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei,
regulamento ou regimento”.

13 Acessibilidade aos processos (artigo 7º, incisos XIV, XV e XVI, XIII do


Estatuto da OAB)

Todo advogado tem a prerrogativa de consultar quaisquer processos judiciais ou


administrativos em cartórios ou repartições, bem como examinar autos de
processos, mesmo sem procuração, quando não estiverem sujeitos a sigilo ou
segredo de justiça, sendo assegurada a obtenção de cópias e a tomada de
apontamentos.
Também é possível solicitar a vista dos autos sempre que esteja dentro do prazo
legal.

Art. 7º, XIII: examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo,
ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em
andamento, mesmo sem procuração, quando não estiverem sujeitos a sigilo ou
segredo de justiça, assegurada a obtenção de cópias, com possibilidade de
tomar apontamentos;

“Art. 7º, XV: ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer
natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos
legais”. Vê-se que a prerrogativa do advogado de acesso aos autos é válida
mesmo para casos em que o profissional não tem procuração, desde que o
processo não esteja sujeito a sigilo ou segredo de justiça.
Assim, ao advogado portando procuração é permitido o acesso a todo e qualquer
procedimento, mesmo que sobre ele paire o sigilo. Já ao advogado sem
procuração é permitido somente o acesso aos procedimentos que não forem
sigilosos. “Art.7º, XVI– retirar autos de processos findos, mesmo sem
procuração, pelo prazo de dez dias”.

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14 Acesso aos autos de investigação

Da mesma maneira, cumpre ressaltar que é garantido ao advogado o acesso


aos autos de investigação de qualquer natureza criminal, administrativa e outras,
finalizados ou em andamento. É garantido também o direito de extração de
cópias e a tomada de apontamentos, mesmo que os autos estejam conclusos à
autoridade responsável por sua condução.

Art. 7º XIV – examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir


investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de
qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade,
podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital.

Em caso de recusa verbal de acessibilidade do advogado a algum procedimento,


deverá ser formulado um requerimento escrito e, mantida a negativa, deverá ser
acionada a Procuradoria de Prerrogativas. A prerrogativa aqui descrita
abrange somente os elementos de prova já documentados e não as diligências
em andamento. O descumprimento pode acarretar a responsabilização por
abuso de autoridade.

15 Desagravo público (artigo 7º, inciso XVII, do Estatuto da OAB)

É garantido ao advogado ser publicamente desagravado quando for ofendido no


exercício da profissão ou em razão dela. O desagravo público é, em termos
práticos, um instrumento de defesa que possui a finalidade de coibir as
violações, ofensas, arbitrariedades perpetradas pelas demais autoridades aos
advogados. “Art. 7º, XVII – ser publicamente desagravado, quando ofendido no
exercício da profissão ou em razão dela”.
De acordo com o art. 18 do Regulamento Geral, o inscrito na OAB, quando
ofendido comprovadamente em razão do exercício profissional ou de cargo, ou
função da OAB, tem direito ao desagravo público promovido pelo Conselho
competente.

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16 Quem pode promover pedido de desagravo público ao advogado

O desagravo pode ser promovido de ofício pela OAB, a pedido do advogado ou


a pedido de qualquer pessoa. O desagravo público não depende de
concordância do advogado ofendido, que não pode dispensá-lo, visto que o
desagravo será promovido a critério do Conselho. A competência para
realização do desagravo público do advogado se altera em diferentes situações.

1. Se a ofensa ocorrer em território de Subseção que vincule o inscrito, compete à


Diretoria ou ao Conselho da Subseção o desagravo, com representação ao
Conselho Seccional.
2. Se a ofensa for a Conselheiro Federal ou Presidente de Conselho Seccional, no
exercício de suas atribuições ou, ainda, quando a ofensa se revestir de
relevância e grave violação às prerrogativas profissionais, com repercussão
nacional, compete ao Conselho Federal promover o desagravo público.

17 Acompanhamento de oitiva do cliente em delegacia (artigo 7º, inciso XXI,


do Estatuto da OAB)

É garantido ao advogado o direito de assistir seus clientes durante a apuração


de infrações, interrogatórios ou depoimentos. Pode, inclusive, apresentar razões
e quesitos, sob pena de nulidade absoluta. Tem prevalecido o entendimento de
que o advogado pode interferir formulando quesitos. Contudo, o (in)deferimento
da pergunta ficará a cargo do delegado que preside o inquérito e deverá constar
a eventual recusa em ata.

Art. 7º, XXI – assistir a seus clientes investigados durante a apuração de


infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou
depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e
probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo,
inclusive, no curso da respectiva apuração.

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18 Prerrogativas da advogada grávida, lactante, adotante ou que tenha
dado à luz (artigo 7º-A, do Estatuto da OAB)

É garantido às advogadas que deram à luz ou adotantes o direito de suspender


os prazos processuais em que estão/estavam trabalhando, quando for a única
patrona da causa. É necessária a notificação por escrito ao cliente. À advogada
nessa condição também deve ser garantido acesso a creche ou local adequado
ao atendimento das necessidades do bebê, e preferência na ordem das
sustentações orais e das audiências do dia.

À advogada gestante ainda é garantida:

1. A entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos


de raios X;
2. Reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais;
3. Preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem
realizadas a cada dia.

Às lactantes é garantido acesso à creche ou local adequado ao atendimento das


necessidades do bebê, bem como a preferência na ordem das sustentações
orais e das audiências do dia.

19 O que é uma prerrogativa no direito


Assim, o significado jurídico das prerrogativas é que elas são garantias
fundamentais que asseguram o amplo direito de defesa por parte do advogado.
Entretanto, não se deve confundir as prerrogativas profissionais com privilégios.

Art. 17. Compete ao Presidente do Conselho ou da Subseção representar contra


o responsável por abuso de autoridade, quando configurada hipótese de
atentado à garantia legal de exercício profissional, prevista na Lei nº 4.898, de
09 de dezembro de 1965.

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20 Conclusão

Diante do exposto, no presente trabalho, pode-se verificar que a profissão do


Advogado possui imensurável importância para a sociedade e contribui para a
manutenção do Estado Democrático de Direito, protegendo as pessoas das
arbitrariedades e lutando pela preservação das garantias individuais e coletivas
dentro da sociedade. Esclarecendo o entendimento de que as prerrogativas do
advogado e uma garantia estipulada aos cidadãos, e não há como falar de
advocacia sem antes abordarmos as ferramentas das prerrogativas de que o
advogado necessita para exercer seu “múnus publicum”.

21 Referencias

<https://blog.lfg.com.br/profissoes/prerrogativas-do-
advogado/#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20prerrogativa%3F,04%20de%20j
ulho%20de%201994>. Aceso em: 31/08/2023.

<file:///C:/Users/NIPOLIFE/Desktop/8%20AN/ETICA/Estatuto%20da%20Advoc
acia.pdf>. Aceso em: 31/08/2023.

<https://www.jusbrasil.com.br/artigos/principais-prerrogativas-do-
advogado/403894453>Aceso em 31/08/2023.

https://chat.openai.com/?model=text-davinci-002-render-sha

<https://fadiva.edu.br/documentos/jusfadiva/2016/18.pdf>Aceso em: 31/08/2023

LEI Nº 8.906, DE 4 DE JULHO DE 1994.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de


1988. Brasília, DF: Presidente da República, 2023.

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