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1-PROCESSO
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1.2- Natureza Jurídica - O Direito processual é ramo do direito público porque tem por
finalidade regular a atividade desenvolvida pelo Estado ao pacificar os conflitos individuais e
coletivos de trabalho.
(...)
Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde
logo aos processos pendentes, ficando revogada a Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de
1973.
(...)
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1.4 -Princípios
f) Princípio da Publicidade - Igualmente está assegurado no artigo 5°, inciso LX, e art.
93, IX da Constituição Federal a publicidade de todas as decisões judiciais nos seguintes
termos “todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença,
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exige um juiz ativo no centro da controvérsia e a participação ativa das partes, por meio da
efetivação do caráter isonômico entre os sujeitos do processo. Trata-se, como já dito, de
uma evolução do princípio do contraditório.
e)- Princípio da eventualidade - Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda
a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do
autor e especificando as provas que pretende produz
O TST na sumula 425 deixa certo que o jus postulandi assegurado as partes no artigo
791 da CLT, limita-se as varas do Trabalho e aos TRTS e não se aplica nas ações rescisórias, o
mandado de segurança e os recursos de competência do TST.
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segundo o disposto no artigo 850 da CLT, as razões finais serão oferecidas verbalmente em
audiência após o encerramento da instrução.
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C) “Que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para
Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o
disposto no art. 700, parágrafo 2º, da CLT”.
d) Regimentos Internos dos Tribunais - trata-se da lei material dos tribunais, onde vem
estabelecido o regime jurídico-administrativo daquele Tribunal quanto às funções
processuais e as funções administrativas. O regimento Interno dos Tribunais deverá dispor
sobre a competência e sobre o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e
administrativos organizando suas secretarias e serviços auxiliares. Importante mencionar
que na elaboração dos regimentos Internos dos Tribunais devem ser observadas todas as
normas processuais vigentes e também todas as garantias processuais das partes,
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Os princípios gerais do direito costumam ser indicados pelos legisladores como meio
de suprir as lacunas da lei, por isso que é tido como fonte subsidiária de direito.
Para a escola racionalista, os princípios gerais de direito são verdades jurídicas
universais, postulados de Direito Natural, representam o que há de constante no direito. Ex.:
Moralidade – legalidade – autonomia de vontade – boa-fé se presume, a má fé deve ser
provada – não se pune alguém duas vezes pelo mesmo fato – ninguém pode transferir mais
direito do que tem – proibição de locupletamento ilícito.
Os princípios gerais de direito, para alguns, são não são preceitos de ordem ética,
política ou sociológica, mas na verdade, tratam-se de elementos componentes do direito.
São elementos normativos operantes nos casos concretos problemáticos
Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do
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direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste
Título.
É que o Direito Material do Trabalho tem uma raiz histórica marcante, surgindo como
uma exigência das classes operárias após várias décadas de batalhas por melhores condições
de trabalho, correspondendo ao principal, mecanismo de proteção do trabalhador
hipossuficiente para fazer face às vantagens da superioridade econômica do seu
empregador.
1.8 - Eficácia da lei trabalhista no Tempo - A lei processual tem eficácia imediata,
aplicando-se aos atos processuais ainda não praticados ou não consumados sob o império da
lei antiga, nos mesmos termos do disposto nos artigos abaixo transcritos:
Art. 912 - Os dispositivos de caráter imperativo terão aplicação imediata às relações
iniciadas, mas não consumadas, antes da vigência desta Consolidação.
Art. 915 - Não serão prejudicados os recursos interpostos com apoio em dispositivos
alterados ou cujo prazo para interposição esteja em curso à data da vigência desta
Consolidação.
Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos
processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas
consolidadas sob a vigência da norma revogada.
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Artigo 1046 do Código de Processo Civil de 2015. Ao entrar em vigor este Código,
suas disposições se aplicarão desde logo aos processos pendentes,
Eficácia da Lei Processual no Espaço - aplica-se no território brasileiro para todos que
se socorram da Justiça do Trabalho, sejam nacionais ou estrangeiros.
A Justiça do Trabalho é estruturada três graus de Jurisdição, sendo certo que o Tribunal
Superior do Trabalho é o órgão de cúpula da Justiça do Trabalho, com sede em Brasília e
jurisdição em todo o território nacional.
Composição – O artigo 111-A da Constituição Federal, estabelece que o Tribunal
Superior do Trabalho será composto por 27 Ministros, escolhidos entre brasileiros com mais
de 35 anos e menos de 65 anos nomeados pelo Presidente da república após a aprovação de
seu nome pela maioria absoluta do senado Federal, devendo ser observado que I - um
quinto da sua composição serão advogados com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo
exercício, observado o disposto no art. 94; II - os demais dentre juízes dos Tribunais
Regionais do Trabalho, oriundos da carreira da magistratura , indicados pelo próprio Tribunal
Superior.
Integram o Tribunal Superior do Trabalho os juízes da carreira da Justiça do Trabalho,
vindos dos tribunais regionais do Trabalho, os membros do Ministério Público e os da
advocacia que compõem o quinto constitucional, indicados por lista sêxtupla pelos órgãos de
representação da respectiva classe, reduzida à três nomes pelo TST e finalmente escolhido
pelo Presidente da República.
De acordo com § 2º do artigo 114 A “Funcionarão junto ao Tribunal Superior do
Trabalho:
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Os TRT’s são tribunais federais. No Brasil há 24 TRT’s, há estados na federação que não
possuem TRTs são eles Acre, Amapá, Roraima, Tocantins e por essa razão, existem alguns
TRT’s cuja jurisdição geográfica abrange mais de um Estado, são eles: TRT 11ª Região
(Amazonas e Roraima), TRT da 10ª Região (Brasília e Tocantins) e TRT da 8ª Região (Pará e
Amapá).
Um único estado possui mais de um TRT: São Paulo, que compreende o TRT da 2ª
Região e o da 15ª Região.
A forma de acesso para o TRT é a mesma do TST, ou seja, por nomeação do Presidente
da República. Mas, quanto aos membros de carreira, a decisão quanto a nomeação é do
próprio TRT que aprova o nome e o envia para a nomeação do Presidente da República. A
promoção é realizada alternativamente por antiguidade ou merecimento.
Quanto às vagas reservadas ao “quinto constitucional” há plena discricionariedade do
Presidente da República.
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Juízes do Trabalho
A Constituição Federal no artigo 116, com a redação dada pela Emenda Constitucional
24/99, deixou certo que as Varas do Trabalho serão compostas de juiz singular.
Assim, a lei 13.467/2017 deu nova redação ao artigo 652 da CLT para corrigir a
expressão Juntas de Conciliação e Julgamento para Varas do Trabalho , pois desde a EC
24/99 não há mais a representação classista e a composição colegiada no julgamento das
ações trabalhistas.
O acesso na carreira da magistratura trabalhista se dá por meio de concurso devendo
possuir três anos de prática jurídica
O artigo 112 da CF assim dispõe:
“Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não
abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo
Tribunal Regional do Trabalho”.
Ainda em relação aos juízes do trabalho, o Superior Tribunal de Justiça na Súmula 10
entende que, instalada a vara do trabalho, cessa a competência do juiz de direito em
matéria trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por estes proferidas.
O artigo 113 da Constituição Federal determina que a lei disporá sobre a constituição,
investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da
Justiça do Trabalho.
Em consonância com este dispositivo foi editada a lei n. 10.770/2003 que estabelece
que cada Tribunal Regional do Trabalho no âmbito de sua região, mediante ato próprio,
pode estabelecer e alterar a jurisdição das varas, bem como transferir-lhes a sede de um
município para outro de acordo com a necessidade de agilizar a prestação jurisdicional
trabalhista.
A lei n. 6.947/81 dispõe que a competência da vara do trabalho estende-se aos
municípios próximos num raio máximo de 100 quilômetros da sede, desde que existam
meios de acesso e de comunicação regulares com os referidos locais.
O acesso à primeira instância somente se dá por concurso de provas e títulos, cujo
cargo é de juiz do trabalho sendo, no primeiro grau da carreira, de “juiz do trabalho
substituto”.
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A Relação de Trabalho pode ser conceituada como todo contrato de atividade em que
o prestador do serviço é uma pessoa física, abrangendo eventual, autônomo, voluntário,
estagiário e também todos os contratos de prestação de serviços regulado pelos artigos 593
a 609 do novo código civil.
Ações de Servidores da Administração Pública - A Emenda Constitucional 45/2004,
estendeu a competência da Justiça do trabalho para julgamento das ações envolvendo os
entes da administração pública. No entanto, foi concedida liminar em ADIN proposta pela
Associação dos Juízes Federais do Brasil suspendendo qualquer interpretação que inclua na
competência da Justiça do Trabalho o julgamento de ações entre servidores e o Poder
Públicos vinculados à relação jurídica estatutária ou de caráter jurídico administrativo.
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CONSUMO
Analisando o inciso I do art. 114 da CF, verifica-se que o legislador constituinte atribuiu
a competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar: “as ações oriundas da relação
de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da Administração Pública
direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.
Questiona-se, no entanto, a questão da competência da Justiça do Trabalho para ações
movidas por empregados que prestam serviços em prol de entes de direito público externo
situados no território brasileiro, uma vez que estes entes têm imunidade de jurisdição, e
imunidade de execução de eventual sentença da Justiça brasileira.
O entendimento que tem prevalecido é que diante da previsão do texto constitucional,
resta claro que se um ente de direito público externo, como uma embaixada situada no
Brasil, contratar um trabalhador, a competência para dirimir eventual reclamação trabalhista
envolvendo a embaixada será da Justiça do Trabalho brasileira, uma vez que este ente,
quando contratar um empregado, no território brasileiro, estará sujeito à legislação
trabalhista brasileira e também à Justiça do Trabalho brasileira. Caso contrário, um
trabalhador brasileiro que prestasse serviço, no território brasileiro, para um ente de direito
público externo, teria de ingressar com um processo trabalhista fora do território nacional, o
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IV- Mandado de Segurança Habeas Corpus e Habeas Data - Uma das grandes
inovações é a possibilidade de impetração de mandado de segurança perante as Varas da
Justiça do Trabalho (órgão de primeira instância) quando o ato questionado envolver matéria
sujeita a sua jurisdição, por exemplo, quando a autoridade coatora for auditor do Trabalho,
Delegado Regional do Trabalho em decorrência de aplicação de multas provenientes da
fiscalização das relações do trabalho (art. 114, VII, da Constituição), na interdição de
estabelecimento ou setor, de máquina ou equipamento, no embargo à obra (art. 161 da CLT)
ou Membro do Ministério Público do Trabalho. No entanto quando a autoridade coatora for
o juiz do Trabalho a competência originaria pertence aos TRT's.
Habeas Data
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Neste sentido também se tem a sumula vinculante n. 22 do STF que dispõe ser da
competência da Justiça do Trabalho processar e julgar as ações de indenização por danos
decorrentes de acidente do trabalho
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A lei 13.467/2017 inseriu na CLT a alínea “f” no artigo 652 da CLT , estabelecendo a
competência das varas do Trabalho para decidir quanto à homologação de acordo
extrajudicial em matéria de competência da Justiça do Trabalho.
Outras competências
SERVIDORES DE CARTÓRIO – O Artigo 236 dispõe que os serviços notariais e de
registros serão exercidos em caráter privado por delegação do Poder Público.
Conforme entendimento do STF a relação entre trabalhadores e titulares de cartórios
extrajudiciais é tipicamente de emprego, e a atuação da Corregedoria dos Tribunais de
Justiça meramente fiscalizatória e disciplinatória, sendo a Justiça do Trabalho competente
para dirimir as lides envolvendo tais empregados e os titulares dos cartórios.
Para fins civis, o empreiteiro pode ser pessoa física ou jurídica e se obriga, mediante
contrato, sem subordinação, e mediante o pagamento de remuneração, a executar uma
obra. A empreitada pode ser de trabalho (lavor) ou mista em que o empreiteiro se
compromete a fornecer o serviço e o material.
A CLT no art. 652 dispõe: “Compete às Varas do Trabalho: a) conciliar e julgar [...]III –
os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário
ou artífice.”
Ao interpretar este dispositivo, a doutrina e a jurisprudência sedimentaram o
entendimento de que a competência da Justiça do trabalho só se verifica quando se tratar de
operário ou artífice que trabalha com pessoalidade, embora sob forma de empreitada. No
entanto, quando o Empreiteiro se constitui em firma organizada, explorando atividades de
construção civil, com a colaboração de empregados inscritos na Previdência Social a quem
contrata e remunera, não haverá a competência trabalhista. É que a competência da Justiça
do Trabalho justifica-se para o pequeno empreiteiro a fim de lhe facilitar o acesso à Justiça
do Trabalho e de lhe garantir a dignidade e os valores sociais do trabalho. O empreiteiro,
salvo se o contrato de empreitada mascarar uma verdadeira relação de emprego, não
cobrará na Justiça créditos trabalhistas previstos na CLT e legislação extravagante, mas sim
as parcelas e obrigações ajustadas no contrato de empreitada.
Pode ocorrer, ainda, de o pequeno empreiteiro postular na Justiça do Trabalho a
nulidade do contrato de empreitada e o reconhecimento do vínculo de emprego, com o
pagamento dos consectários trabalhistas, e, sucessivamente, caso não reconhecido o liame
de emprego, as parcelas oriundas do contrato de empreitada.
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Regra geral - A ação trabalhista deve ser proposta perante a Vara do Trabalho do
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último local da prestação de serviços, ainda que o empregado tenha sido contratado em
outro local ou no estrangeiro, é o que se depreendo do artigo 651 da CLT.
Por medida de proteção ao trabalhador não possui validade jurídica a estipulação de
foro de eleição.
Exceções: Quando se tratar de empregado viajante comercial, se estiver ligado à
agência ou filial, a competência será da Vara do local em que está localizada a agência ou
filial; na falta, ou se não estiver subordinado à agência ou filial, a competência será a do
domicílio do empregado ou local mais próximo.
Quando se tratar de empregado brasileiro laborando no estrangeiro, este pode optar
em ajuizar a ação no Brasil, desde que não haja convenção internacional dispondo em
contrário, caso em que será competente a Vara do Trabalho do local em que estiver situada
a repartição da empresa no Brasil. Neste caso as regras processuais aplicáveis serão as regras
brasileiras (CLT, lei 5584/70 e o CPC ou CDC)
No entanto em relação as regras de direito material devem ser observadas a norma
mais favorável adotando-se para tanto a teoria do conglobamento mitigado ou por instituto,
haja vista as regras contidas na lei 7064/82 e o cancelamento da sumula 207 do TST.
Quando se tratar de empresas que promovem atividades fora do lugar do contrato,
em lugares incertos, transitórios ou eventuais (Ex.: empresas circenses, desfiles de moda,
reflorestamento, etc.), os empregados podem escolher entre o local da prestação de serviços
e o local da contratação.
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as questões referentes à competência de cada uma das turmas e seções dos Tribunais.
Da formação da ação
Para que possamos identificar a existência de uma relação processual, devemos analisar
quais são os seus elementos, condições e pressupostos, o que será feito nos itens a seguir.
Elementos da ação
Objeto – é o direito material violado que na relação processual é a pretensão a ser levada a
juízo para recebimento de um pronunciamento judicial.
Causa de pedir – é apresentação com os fundamentos jurídicos do Direito Material a
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ser requerido. Pode ser apresentada por fatos que dão embasamento ao pedido (causa remota) e
qual a repercussão jurídica desses fatos (causa próxima).
Pedido – é a pretensão a ser apresentada na ação que pode ser de duas formas: pedido
imediato, que se caracteriza pela sentença e o pedido mediato que se representa pelo bem
jurídico que o autor da pretensão visa proteger por meio de uma sentença, neste particular é a
representação do direito material que foi desrespeitado.
Condições da ação
A condição da ação consiste na necessidade do preenchimento de requisitos que permitam
o uso do processo, sendo certo que sua não observação induz à extinção sem que o Juiz analise o
mérito, por ausência de legitimidade ou de interesse processual (CPC/2015, art. 485, VI).
Na redação do CPC/1973, o art. 267, VI, permitia a extinção do processo, quando não
concorresse qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade
das partes e o interesse processual.
Observamos com isso que o atual novel processual, não mais faz menção à carência de
ação, uma vez que o art. 485, VI, permite ao juiz não resolver o mérito, quando verificar ausência
de legitimidade ou de interesse processual, pois considera que há para o jurisdicionado o
direito de provocação da jurisdição e não o direito de julgamento de mérito. Com isso, ao retirar
a possibilidade jurídica do pedido, o CPC/2015 deixou de lado a necessidade de que a parte tenha
que mostrar ser detentora do direito em receber uma decisão de mérito, porém, o que se
pretende é garantir o direito da parte em provocar a jurisdição.
Desta forma, em conformidade com as regras externadas pelo CPC/2015, as condições da
ação são:
Interesse processual ou de agir – significa que a pessoa deve ter interesse em obter
proteção do direito material desrespeitado;
Legitimação – implica em afirmar que a pessoa deve ser o titular do direito lesado e por
isso proceder com a causa.
Possibilidade jurídica do pedido – o pedido a ser apresentado ao Judiciário deve ter
previsão no ordenamento jurídico. Nesse sentido, são os ensinamentos de Cleber Lucio de Almeida.
“Notamos que, embora não faça alusão as condições de ação e à carência de ação,
o CPC de 2015 impede o juiz de solucionar o mérito quando verificar a ausência de
legitimidade e/ou interesse processual (...).”
Ato contínuo, o juiz continua obrigado a examinar, previamente, a possibilidade de se
manifestar sobre o mérito, com a ressalva de que ele não está dispensado de examinar a
possibilidade jurídica do pedido, mas o fará não previamente ao julgamento do mérito,
porém ao procedê-lo (a possibilidade jurídica do pedido é, no CPC de 2015, questão a ser
enfrentada no julgamento do mérito).
Ademais, o exame do interesse de agir pressupõe o da legitimidade das partes, ao
passo que, somente quando estiverem presentes a legitimidade e o interesse de agir é que
será examinada a possibilidade jurídica da providência pleiteada. Destarte, as condições
de ação deverão ser examinadas na seguinte ordem: legitimidade das partes, interesse de
agir e possibilidade jurídica do pedido, com a ressalva de que, no CPC de 2015, a
declaração de impossibilidade jurídica do pedido implica solução de mérito.6
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Pressupostos processuais
Pressupostos Objetivos
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Citação regular
A citação válida, é o ato pelo qual o Juiz leva a conhecimento da parte o que contra ele está
sendo dito numa ação. Tal ato deve ser rigorosamente observado.
Procuração válida
Aquele que pleiteia em juízo em nome alheio deve receber autorização para tanto, o que
vem instituído legalmente, conforme preceitua o art. 76 do NCPC/2015, norma que parece mais
completa do que a redação que constava no art. 13 do CPC/1973.
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Litispendência
Características:
b) Devem ser praticados em dias úteis, entre 6 e 20 horas; (artigo 770 da CLT);
c) Quando o ato tiver que ser praticado por petição esta deverá ser entregue no horário
de expediente forense, nos termos da lei de organização judiciária local ou dos regimentos
internos dos tribunais;
e) As audiências serão realizadas no horário fixado pelo artigo 813 da CLT ou seja das
8,00 ás 18,00 horas.
A lei 9800/99 instituiu o sistema de transmissão de dados e imagem por fac-símile para
a prática de atos processuais que dependem de petição escrita.
Analisando a lei o TST deixou certo através da súmula 387:
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Parágrafo único. Quando a petição eletrônica for enviada para atender prazo
processual, serão consideradas tempestivas as transmitidas até as 24 (vinte e quatro) horas
do seu último dia.
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considera nulo o ato no caso de resultar manifesto prejuízo às partes. Tal fato induz que o
interesse está na finalidade essencial do ato.
c) Princípio da publicidade
Trata-se de um princípio que consagra uma garantia constitucional e se traduz na situação
em que os atos processuais devem ser públicos e, neste contexto, atender ao princípio
constitucional da publicidade, delimitado no art. 93, IX, da CF. Sem prejuízo, essa regra não é
absoluta, tendo em vista que, nos casos determinados em lei, podem os atos processuais ser
praticados sem a publicidade determinada, a exemplo daqueles destinados à defesa da intimidade
e interesse social, consoante se observa da redação inserida no art. 5o, LX, da CF, e NCPC/2015 –
arts. 11 e 368.CF
Art. 5o Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...) LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem;
Artigo 11 do NCPC 2015 - Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder
Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
Art. 368. A audiência será pública, ressalvadas as exceções legais.
d) Princípio da documentação
Caracteriza-se pela necessidade de que todos os atos processuais devem ser documentados, a
fim de que se perpetuem no tempo, para uma segura prestação jurisdicional e estabilidade nas
relações processuais. Neste sentido, no contexto do processo do trabalho, temos que os atos
processuais devem ser documentados, conforme exprime o art. 771 da CLT ao relatar que os atos
e termos processuais poderão ser escritos a tinta, datilografados ou a carimbo.
Art. 772. Os atos e termos processuais, que devam ser assinados pelas partes
interessadas, quando estas, por motivo justificado, não possam fazê-lo, serão
firmados a rogo, na presença de 2 (duas) testemunhas, sempre que não houver
procurador legalmente constituído.
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Prazo processual pode ser definido como o período de tempo em que o ato deve ser
praticado.
Classificações possíveis:
Prorrogáveis: são aqueles não previstos em lei, podendo o juiz dilatar tais prazos a seu
livre arbítrio. Inexistindo prazo na lei para a prática do ato o prazo será de cinco dias.
Contagem de prazo: os prazos processuais no Processo do Trabalho serão contados a
partir do momento em que o interessado tomou ciência do ato a ser praticado, ou seja, a
partir do recebimento da notificação ou intimação, da publicação em diário oficial (no caso
das decisões de TRT ou TST) ou do dia da ciência do ato dada por oficial de Justiça, conforme
for o caso. (Artigo 774 da CLT).
A lei 13.467/2017 deu nova redação ao artigo 775 da CLT estabelecendo que agora os
prazos passam a ser contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do
dia do vencimento. Esta inovação está em consonância com as regras constantes do artigo
219 do novo CPC e com o princípio da colaboração que vem tratado no CPC.
Por oportuno transcrevemos abaixo o artigo 775 da CLT com as alterações impostas pela
lei 13.467/2017:
“Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com
exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
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Por fim, é importante mencionar que, a contagem de prazos em dias úteis, se refere
unicamente aos prazos processuais ao dispor expressamente “Os prazos estabelecidos neste
Título” de forma que os prazos de direito material como, por exemplo: dias de férias, aviso-
prévio, ou data limite para pagamento das verbas rescisórias
No direito do trabalho há a presunção de que a parte recebeu a comunicação via correio
em 48 horas contados da expedição.
Não se pode confundir início do prazo com o início da contagem do prazo. A contagem
do prazo processual dá-se com a exclusão do primeiro dia e inclusão do dia do vencimento –
art. 775 da CLT.
Assim, não se inicia nem se termina prazo em sábado, domingos e feriados.
A Súmula 262 TST dispõe: I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo
se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente, no item II da súmula 262
deixa certo que: II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior
do Trabalho suspendem os prazos recursais
Suspensão - Dá-se a suspensão quando se paralisa a contagem do prazo, e uma vez
cessada a causa suspensiva, recomeça a contagem do prazo no estado em que parou.
Interrupção – Cessa a contagem e cessada a causa interruptiva o prazo é devolvido
integralmente para as partes.
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Também está previsto expressamente no Novo CPC a intimação por meio eletrônico,
que segundo posicionamento até o momento majoritário, pode ocorrer por meio de remessa
da intimação nos portais dos sistemas de processamento eletrônico ou digital dos autos dos
processos, bem como através da publicação das decisões e despachos nos diários oficiais da
justiça.
Este prazo em dobro somente deixará de ser aplicado em momento em que a lei de
forma expressa determinar prazo diferente e próprio para a Fazenda Pública (art. 183, § 2º).
Não ser aplica no processo do trabalho o disposto no artigo 229 do CPC atual, em razão
dos princípios da celeridade e simplicidade que norteiam o Processo do Trabalho. Nesse
sentido, destacamos a OJ n. 310, da SDI-I, do C. TST, in verbis:
“Litisconsortes. Procuradores distintos. Prazo em dobro, Art. 191 do CPC. Inaplicável ao
Processo do Trabalho. A regra contida no art. 191 do CPC é inaplicável ao Processo do
Trabalho, em face da sua incompatibilidade com o princípio da celeridade inerente ao
Processo do Trabalho
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Quando a ação se processa pelo rito ordinário dispõe o legislador que se o réu criar
embaraços ao recebimento da notificação postal ou não for encontrado far-se-á a citação por
edital. Mesmo notificado por edital, no Processo do Trabalho, não se aplica o artigo 9º, inciso
II do CPC (curador especial).
No procedimento Sumaríssimo não se admite citação por edital (artigo 852-B da CLT).
O artigo 9º da lei nº 11.419/2006 que regulamenta o processo judicial eletrônico dispõe:
o
“ No processo eletrônico, todas as citações, intimações e notificações, inclusive da Fazenda
Pública, serão feitas por meio eletrônico, na forma desta Lei”. § 2o Quando, por motivo
técnico, for inviável o uso do meio eletrônico para a realização de citação, intimação ou
notificação, esses atos processuais poderão ser praticados segundo as regras ordinárias,
digitalizando-se o documento físico, que deverá ser posteriormente destruído
O de 2015 dispõe que: Quando não realizadas por meio eletrônico, consideram-se feitas
as intimações pela publicação dos atos no órgão oficial.
§ 1o Os advogados poderão requerer que, na intimação a eles dirigida, figure apenas o
nome da sociedade a que pertençam, desde que devidamente registrada na Ordem dos
Advogados do Brasil.
§ 2o Sob pena de nulidade, é indispensável que da publicação constem os nomes das
partes e de seus advogados, com o respectivo número de inscrição na Ordem dos Advogados
do Brasil, ou, se assim requerido, da sociedade de advogados.
§ 3o A grafia dos nomes das partes não deve conter abreviaturas.
§ 4o A grafia dos nomes dos advogados deve corresponder ao nome completo e ser a
mesma que constar da procuração ou que estiver registrada na Ordem dos Advogados do
Brasil.
§ 5o Constando dos autos, pedido expresso para que as comunicações dos atos
processuais sejam feitas em nome dos advogados indicados, o seu desatendimento implicará
nulidade.
§ 6o A retirada dos autos do cartório ou da secretaria em carga pelo advogado, por
pessoa credenciada a pedido do advogado ou da sociedade de advogados, pela Advocacia
Pública, pela Defensoria Pública ou pelo Ministério Público implicará intimação de qualquer
decisão contida no processo retirado, ainda que pendente de publicação.
§ 7o O advogado e a sociedade de advogados deverão requerer o respectivo
credenciamento para a retirada de autos por preposto.
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O TST no artigo 16 da Instrução Normativa 39/2016 deixa certo que : Art. 16. Para
efeito de aplicação do § 5º do art. 272 do CPC, não é causa de nulidade processual a intimação
realizada na pessoa de advogado regularmente habilitado nos autos, ainda que conste pedido
expresso para que as comunicações dos atos processuais sejam feitas em nome de outro
advogado, se o profissional indicado não se encontra previamente cadastrado no Sistema de
Processo Judicial Eletrônico, impedindo a serventia judicial de atender ao requerimento de
envio da intimação direcionada. A decretação de nulidade não pode ser acolhida em favor da
parte que lhe deu causa (CPC, art. 276).
Não obrigatório
O texto da portaria dispõe sobre o uso facultativo do aplicativo, somente às partes que
voluntariamente aderirem aos seus termos. A norma também prevê a utilização da
ferramenta apenas para a realização de intimações. Além de facultativa, a portaria exige a
confirmação do recebimento da mensagem no mesmo dia do envio; caso contrário, a
intimação da parte deve ocorrer pela via convencional.
Para o magistrado, autor da prática de uso do WhatsApp para expedição de mandados
de intimação, o recurso tecnológico se caracterizou como um aliado do Poder Judiciário,
evitando a morosidade no processo judicial. “Com a aplicação da Portaria observou-se, de
imediato, redução dos custos e do período de trâmite processual”, disse Gabriel Consigliero
Lessa.
Em seu relatório, a conselheira Daldice Santana, relatora do processo, apontou que a
prática reforça o microssistema dos Juizados Especiais, orientados pelos critérios da oralidade,
simplicidade e informalidade. “O projeto inovador apresentado pelo magistrado requerente
encontra-se absolutamente alinhado com os princípios que regem a atuação no âmbito dos
juizados especiais, de modo que, sob qualquer ótica que se perquira, ele não apresenta
vícios”, afirmou a conselheira Daldice, em seu voto.
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A comunicação por carta é feita à pessoa quando a pessoa se encontra em local fora da
jurisdição territorial da Vara ou do Juízo de Direito, e podem ser de três espécies á saber:
Carta Precatória - quando o ato tiver que ser praticado no território de jurisdição de
outra Vara do Trabalho, realizar-se por carta precatória; Alguns juízes no entanto, deixam de
se utilizar da carta precatória, valendo-se das disposições constantes no artigo 247 do Código
de Processo Civil de 2015 que autoriza a citação postal para qualquer comarca do pais, e
também aplicando no caso, o disposto no artigo 255 do CPC de 2015, que autoriza notificação
quando se tratar de comarcas contíguas, de fácil comunicação, e que se situem na mesma
região metropolitana.
Carta de ordem - é expedida quando o juiz for subordinado ao tribunal de que ela
emanar.
Nulidade da Citação
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CAPÍTULO I
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Art. 3º Consideram-se realizados os atos processuais por meio eletrônico no dia e hora
do seu envio ao sistema do Poder Judiciário, do que deverá ser fornecido protocolo
eletrônico.
Parágrafo único. Quando a petição eletrônica for enviada para atender prazo
processual, serão consideradas tempestivas as transmitidas até as 24 (vinte e quatro) horas do
seu último dia.
CAPÍTULO II
§ 1º O sítio e o conteúdo das publicações de que trata este artigo deverão ser assinados
digitalmente com base em certificado emitido por Autoridade Certificadora credenciada na
forma da lei específica.
§ 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado
como data da publicação.
Art. 5º As intimações serão feitas por meio eletrônico em portal próprio aos que se
cadastrarem na forma do art. 2º desta Lei, dispensando-se a publicação no órgão oficial,
inclusive eletrônico.
§ 2º Na hipótese do § 1º deste artigo, nos casos em que a consulta se dê em dia não útil,
a intimação será considerada como realizada no primeiro dia útil seguinte.
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§ 3º A consulta referida nos §§ 1º e 2º deste artigo deverá ser feita em até 10 (dez) dias
corridos contados da data do envio da intimação, sob pena de considerar-se a intimação
automaticamente realizada na data do término desse prazo.
§ 5º Nos casos urgentes em que a intimação feita na forma deste artigo possa causar
prejuízo a quaisquer das partes ou nos casos em que for evidenciada qualquer tentativa de
burla ao sistema, o ato processual deverá ser realizado por outro meio que atinja a sua
finalidade, conforme determinado pelo juiz.
CAPÍTULO III
DO PROCESSO ELETRÔNICO
§ 2º Quando, por motivo técnico, for inviável o uso do meio eletrônico para a realização
de citação, intimação ou notificação, esses atos processuais poderão ser praticados segundo
as regras ordinárias, digitalizando-se o documento físico, que deverá ser posteriormente
destruído.
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Art. 10. A distribuição da petição inicial e a juntada da contestação, dos recursos e das
petições em geral, todos em formato digital, nos autos de processo eletrônico, podem ser
feitas diretamente pelos advogados públicos e privados, sem necessidade da intervenção do
cartório ou secretaria judicial, situação em que a autuação deverá se dar de forma
automática, fornecendo-se recibo eletrônico de protocolo.
§ 1º Quando o ato processual tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio
de petição eletrônica, serão considerados tempestivos os efetivados até as 24 (vinte e quatro)
horas do último dia.
§ 4º (VETADO)
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julgadores, à exceção daqueles que tramitarem em segredo de justiça. (Incluído pela Lei nº
13.793, de 2019)
Art. 12. A conservação dos autos do processo poderá ser efetuada total ou parcialmente
por meio eletrônico.
§ 1º Os autos dos processos eletrônicos deverão ser protegidos por meio de sistemas de
segurança de acesso e armazenados em meio que garanta a preservação e integridade dos
dados, sendo dispensada a formação de autos suplementares.
Art. 13. O magistrado poderá determinar que sejam realizados por meio eletrônico a
exibição e o envio de dados e de documentos necessários à instrução do processo.
§ 2º O acesso de que trata este artigo dar-se-á por qualquer meio tecnológico
disponível, preferentemente o de menor custo, considerada sua eficiência.
§ 3º (VETADO)
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CAPÍTULO IV
Art. 14. Os sistemas a serem desenvolvidos pelos órgãos do Poder Judiciário deverão
usar, preferencialmente, programas com código aberto, acessíveis ininterruptamente por
meio da rede mundial de computadores, priorizando-se a sua padronização.
Art. 15. Salvo impossibilidade que comprometa o acesso à justiça, a parte deverá
informar, ao distribuir a petição inicial de qualquer ação judicial, o número no cadastro de
pessoas físicas ou jurídicas, conforme o caso, perante a Secretaria da Receita Federal.
Art. 16. Os livros cartorários e demais repositórios dos órgãos do Poder Judiciário
poderão ser gerados e armazenados em meio totalmente eletrônico.
Art. 18. Os órgãos do Poder Judiciário regulamentarão esta Lei, no que couber, no
âmbito de suas respectivas competências.
Art. 19. Ficam convalidados os atos processuais praticados por meio eletrônico até a
data de publicação desta Lei, desde que tenham atingido sua finalidade e não tenha havido
prejuízo para as partes.
Art. 20. A Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil, passa a
vigorar com as seguintes alterações:
Parágrafo único. A procuração pode ser assinada digitalmente com base em certificado
emitido por Autoridade Certificadora credenciada, na forma da lei específica." (NR)
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Parágrafo único. A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita
eletronicamente, na forma da lei." (NR)
.....................................................................................
§ 3º A carta de ordem, carta precatória ou carta rogatória pode ser expedida por meio
eletrônico, situação em que a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei." (NR)
....................................................................................
...................................................................................
V - os extratos digitais de bancos de dados, públicos e privados, desde que atestado pelo
seu emitente, sob as penas da lei, que as informações conferem com o que consta na origem;
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.............................................................................
Parágrafo único. Os votos, acórdãos e demais atos processuais podem ser registrados
em arquivo eletrônico inviolável e assinados eletronicamente, na forma da lei, devendo ser
impressos para juntada aos autos do processo quando este não for eletrônico." (NR)
Art. 22. Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias depois de sua publicação.
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O professor Sergio Pinto Martins nos ensina que Nulidade é a sanção determinada pela lei,
que priva o ato jurídico de seus efeitos normais, em razão do descumprimento das formas
mencionadas na norma jurídica.
Trata-se de vício do ato processual praticado pelo juiz ou pelas partes que impede a produção
de efeitos.
O sistema de nulidades adotado pelo Brasil traz no seu contexto tendências adotadas pelo
modelo francês, uma vez que oferta permissão para que, nos casos de prática de ato irregular,
uma vez alcançada sua finalidade, ser possível seu aproveitamento em determinados casos ou sua
repetição em outros.
Por outro lado, no que contexto das nulidades, o atual sistema adota ainda critérios
decorrentes do sistema alemão, tendo em vista que, por ocasião de pronunciamento pelo juiz acerca
dos atos considerados nulos, deve-se declarar a partir de qual, e em que momento o processo será
assim considerado.
A nulidade de um ato processual decorre de vícios, que podem ser considerados sanáveis ou
insanáveis.
Conforme a natureza do vicio que possui o ato processual ele pode ser considerado sanável
ensejando a declaração de nulidade relativa, anulabilidade ou irregularidade.
Outras vezes os vícios praticados são considerados insanáveis, ensejando a declaração de
nulidade absoluta. Vejamos:
Nulidade relativa -Ocorre nas situações em que a norma legal descumprida atinge interesse
da parte e não interesse público. Logo, uma vez realizado o ato, o vício é sanável. Exemplo: parte
representada no processo sem a respectiva procuração. Na medida em que o juiz concede prazo para
juntada do instrumento e a parte o faz, estará sanada eventual nulidade.
Anulabilidade -Nesta situação o vício decorre de violação de norma, e o ato só poderá ser
anulado por meio de provocação do interessado. Não havendo manifestação o ato que era inválido
torna-se válido. Exemplo: regra contida no art. 795 da CLT que determina que a parte deve se
manifestar nos autos na primeira oportunidade, e não o fazendo o ato se convalida.
Irregularidade -Neste contexto, temos a prática de atos que podem ser retificados por conta
de inexatidão material, ou seja, ato que pode ser corrigido. Além disso, há outros atos que não
requerem repetição como é caso da sentença, sem que por conta disso causam prejuízos no
processo. Exemplo: art. 515, § 4o, do CPC (art. 1013 do NCPC), que expressa situação no sentido de ao
se constatar nulidade sanável, determina que seja renovado ou refeito o ato processual.
Nulidade absoluta
É aquela originária do próprio ato, posto que vem delimitada por normas de interesse
público, sem que as partes tenham poder de dispor sobre elas, nesta situação, deve ser praticado
de ofício pelo juiz. Exemplo: regras sobre competência funcional, que gera nulidade absoluta.
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Inexistência
Muitas vezes o vício é tão grave que faz presumir a sua inexistência , é como se o ato não
tivesse sido praticado Exemplo: sentença assinada por oficial de justiça. Pode também ser
constatado o ato praticado no mundo dos fatos, mas não no mundo do direito, a exemplo de
sentença assinada por juiz aposentado. Esses atos não se convalidam.
A CLT trata das nulidades nos arts. 794 a 798, conforme abaixo explanados:
Art. 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade
quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as
quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
Art. 797 - O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se
estende.
Art. 798 - A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou
sejam consequência.
a) Princípio do prejuízo
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Significa que a nulidade apenas será declarada se resultar do ato viciado prejuízo processual à
parte, no que tange a sua defesa (art. 794 da CLT).
Art. 794. Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade
quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
b) Princípio da finalidade
Por este princípio, temos que, se o ato praticado ainda que não atendida a forma que está
prescrita em lei atingiu sua finalidade, não será declarado nulo. Exemplo: comparecimento
espontâneo, sana vício de citação (arts. 188 e 277 do NCPC/2015).
Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a
lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham
a finalidade essencial.
Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se,
realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.
c) Princípio da preclusão
Referido princípio implica dizer que as nulidades devem ser arguidas na primeira
oportunidade que se tem de falar nos autos, após sua ocorrência, sob pena de preclusão, conforme
regra do (art. 795 da CLT). Todavia, no caso de comprovação de impedimento, ou força maior, alheia
à vontade da parte, não haverá preclusão, conforme (arts. 223, § 1º, e 278, parágrafo único, do
NCPC/2015).
CLT Art. 795. As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as
quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
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d) Princípio da utilidade
Por este princípio, no caso dos atos serem praticados depois de outros atos terem sido
considerados nulos e com ele não mantém correlação de dependência, serão considerados válidos
(art. 798 da CLT).
Art. 798. A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou
sejam consequência.
O princípio em tela deixa certo que não haverá nulidade se a parte não arguir. Neste caso, o
ato é dirigido à parte e não ao juiz (arts. 276, 282, § 1º, do NCPC/2015).
Art. 276. Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a decretação
desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa.
(...)
Art.282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as
providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados.
§ 1º
O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte.
f) Princípio da causalidade
Princípio pelo qual, para que se concretize a nulidade deve haver entre os atos uma causa e
um efeito. Neste sentido, os atos devem ser interdependentes e, uma vez declarada à nulidade o juiz
deve explicitar quais atos são atingidos (arts. 797 e 798 da CLT) – (arts. 281 e 282 do NCPC/2015).
Art. 281. Anulado o ato, consideram-se de nenhum efeito todos os subsequentes que dele
dependam, todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras que dela sejam
independentes.
Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as
providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados.
§ 1º O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte.
§ 2º Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da
nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.
CLT Art. 797. O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela
se estende.
Art. 798. A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou
sejam consequência.
g) Princípio da repressão
Referido princípio decorre da lealdade processual com que as partes devem proceder
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quando estão em juízo. Neste contexto o juiz poderá decretar a nulidade absoluta do processo
se entender que as partes estão buscando objetivos vedados por lei, ou fazendo uso do processo
para prática de ato simulado, regra consubstanciada no (art. 142 do NCPC/2015).
Art. 142. Convencendo-se, pelas circunstâncias, de que autor e réu se serviram do processo
para praticar ato simulado ou conseguir fim vedado por lei, o juiz proferirá decisão que impeça
os objetivos das partes, aplicando, de ofício, as penalidades da litigância de má-fé
h) Princípio da convalidação
Neste particular, o princípio se traduz na situação de que, uma vez que a parte não reage,
o ato cuja nulidade não foi arguida no tempo oportuno vai se convalidar, permanecendo válido
ante a inércia (arts. 795 da CLT e 245 do CPC) – (art. 278 do NCPC/2015).
Art. 795. As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as
quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. Art.
278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte
falar nos autos, sob pena de preclusão.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar
de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.
i)Princípio da transcendência
Este princípio implica dizer que, nos moldes do sistema adotado pelo processo brasileiro
(francês), não havendo prejuízo para parte não haverá declaração de nulidade. (art. 794 da CLT).
Art. 794. Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade
quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
PARTES DO PROCESSO
CAPACIDADE- Em sentido amplo, é a aptidão conferida pela ordem jurídica para gozo
e exercício de direitos a uma pessoa.
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VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não
havendo essa designação, por seus diretores;
......................................................................................
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IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO –
O TST na IN 39/2016 deixou certo que sem prejuízo de outros, aplicam-se ao Processo
do Trabalho, em face de omissão e compatibilidade, os preceitos do Código de Processo Civil
que regulam os seguintes temas:
I - Art. 76, §§ 1º e 2º (saneamento de incapacidade processual ou de irregularidade de
representação) onde se tem que:
Tem-se, portanto, que diante do parágrafo 2º, do art. 76, do CPC, a regularização da
representação processual pode ser realizada na fase recursal, o que, aplica-se ao processo do
trabalho (arts. 15 do CPC e 769, da CLT). Além disso, é providência compatível com os
princípios do acesso à justiça, primazia do julgamento de mérito, instrumentalidade do
processo e combate à chamada jurisprudência defensiva.
Por essa razão o TST teve que alterar a redação da sumula 383 para o fim de ficar
constando que:
I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos
até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104
do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a
procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual
período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado
e não se conhece do recurso.
II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em
procuração ou Substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente
para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício.
Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber
ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência
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ASSISTÊNCIA
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Natureza Jurídica da Atuação do Advogado -O artigo 103 do novo CPC deixa certo que
se trata de representação; a CLT no artigo 791 § 2º adota a expressão assistência.
Considerando-se que no processo do trabalho a parte detém capacidade postulatória, a
participação do advogado não é no sentido de completar- lhe a capacidade, mas no sentido
de uma representação técnica.
Mandato tácito e procuração apud acta, são expressões que não se confundem. O
mandato tácito é formado em função do comparecimento do advogado à audiência,
representando qualquer das partes e praticando atos processuais, constando seu nome na
ata da audiência. A procuração apud acta é conferida pelo juiz em audiência, mediante ato
formal, solene, devidamente registrado na ata de audiência.
Vale mencionar que o mandato tácito apenas alcança os poderes do foro em geral,
chamado ad judicia, não englobando os poderes previstos no art. 38 do CPC (confessar,
desistir, receber e dar quitação, etc.) O advogado possuidor de mandato tácito não pode
substabelecer os poderes, pois não possui poder especial para praticar ato negocial de
procuração em geral, no qual se inclui o poder de substabelecer.
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A CLT, alterada pela Lei n. 12.437, de julho de 2011, passou a disciplinar o instituto no
parágrafo 3º do art. 791, in verbis:
“A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada,
mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado
interessado, com anuência da parte representada”.
Diante da redação do referido dispositivo legal, a procuração apud acta depende de
requerimento do advogado em audiência, concordância da parte representada, e registro na
ata de audiências, outorgando-se ao advogado os poderes para o foro em geral, sem os
poderes especiais para receber citação inicial, confessar, reconhecer a procedência do
pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ação, receber, dar
quitação e firmar compromisso.
Sendo assim, os honorários advocatícios que decorrem da sucumbência restam
aplicáveis para todas as ações propostas na Justiça do Trabalho, que não sejam as referentes
às controvérsias diretas entre empregados e empregadores. Nas reclamações trabalhistas
regidas pela CLT (relação de emprego), somente são cabíveis os honorários advocatícios nas
hipóteses do art. 14 da Lei n. 5.584/70.
São atos urgentes praticados por advogado sem outorga de mandato, nas situações de
urgência, (artigo 104 do CPC de 2015) mediante o que se denomina "caução de ratio", ou
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A renúncia ao mandato, ainda que tácito, deve ser expressa, observado o disposto no
artigo 112 do CPC de 2015, sendo indispensável a comunicação da renúncia ao mandante
para que constitua novo procurador, que poderá ser feita por via extrajudicial, por qualquer
meio que seja suficiente para demonstrar a ciência. Ex. carta com Aviso de recebimento.
REVOGAÇÃO DO MANDATO
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Tem-se, portanto, que ao contrário do que se tem na norma processual civil, onde basta a
simples declaração do requerente, no processo do trabalho a parte tem de demonstrar seu estado
de miserabilidade para ter assegurado o direito da Justiça gratuita
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justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa dos
honorários periciais, ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo.
LEGITIMAÇÃO - Para se propor a ação é preciso estar legitimado, de regra, deve haver
identidade entre aquele que propõe a ação e o titular do direito lesado; a ação só pode ser
proposta em face de quem tem titularidade para responder.
A legitimidade pode ser: ORDINÁRIA - As partes são os próprios titulares dos interesses
em conflitos, atuam em nome e na defesa de seus interesses. EXTRAORDINÁRIA - Conferida
por força de lei, a pessoas ou entes são autorizados a figurar no processo como parte em
nome próprio, na defesa de interesse alheio. Ex: sindicato, em nome da categoria.
SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL - Substituto Processual é aquele que é autorizado por lei para
ingressar em juízo pleiteando em nome próprio direito alheio
Na Substituição Processual o direito de agir não é exercido pelo titular do direito, mas
sim pelo substituto processual, autorizado por lei. Trata-se, portanto, de caso de legitimação
extraordinária, podendo o substituto praticar quase todos os atos do processo, não podendo
transigir, renunciar, ou reconhecer a procedência do pedido uma vez que o direito material
não lhe pertence.
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A Lei n. 6.858, de 24.11.1980, art. 1º, estabelece que "os valores devidos pelos
empregadores aos empregados e os montantes das contas individuais do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço e do Fundo de Participação PIS-PASEP, não recebidos em
vida pelos respectivos titulares serão pagos, em quotas iguais, aos dependentes
habilitados perante a Previdência Social e apenas na sua falta, aos sucessores previstos na
lei civil, indicados em alvará, independentemente de inventário ou arrolamento".
Nos termos da mesma Lei 6.858/80, as cotas devidas aos menores de 18 anos deverão
permanecer em conta-poupança até a maioridade, salvo se restar comprovada a necessidade
da quantia para custeio da própria sobrevivência da criança/adolescente; nesse caso, que
parece ser a regra no processo trabalhista, onde são discutidos, na imensa maioria das vezes,
pequenos créditos de trabalhadores simples, a quantia deverá ser desde logo liberado ao
representante do menor.
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Facultativo – é o mais comum. A reunião das partes se dá por vontade própria destas e
não por determinação legal. Não é imposto às partes, há apenas uma permissão para a sua
formação; deve sempre ser formado no ato da propositura da ação, não se admitindo a sua
formação posterior, em respeito ao princípio do promotor natural.
Quanto aos efeitos dos atos praticados por um litisconsorte em relação aos demais,
tem-se que, em princípio, os litisconsortes serão tratados de forma autônoma com relação
aos atos prejudiciais (confissão, desistência, etc.) e os atos benéficos aproveitarão a todos
(produção de defesa, recurso, etc.).
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facultativo não se transmite aos demais, uma vez que são considerados litigantes distintos
em face da parte contrária. No entanto, em se tratando de litisconsorte unitário necessário,
a contestação de um deles aproveita aos demais, não se presumindo a veracidade dos fatos
alegados pelo autor.
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS –
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COISA JULGADA- No artigo 123 do CPC de 2015. temos que tanto na assistência
simples quanto na litisconsorcial há uma presunção de justiça da decisão de maneira que de
regra o assistente não poderá em outra ação discutir a justiça daquela decisão salvo se
demonstrar que pelo estado em que recebeu o processo, ou pelas declarações e ato do
assistido fora impedido de produzir provas que certamente influenciariam na decisão ou,
ainda, se demonstrar que desconhecia provas ou alegações que o assistido por dolo ou culpa
não se utilizou (artigo 123, incisos I e II do CPC de 2015).
NOMEAÇÃO A AUTORIA - É cabível sempre que aquele que detiver a coisa em nome
alheio for demandado em nome próprio, quando deverá indicar o verdadeiro proprietário ou
possuidor, para correção do pólo passivo da demanda.
O novo CPC trata da nomeação a autoria nos seguintes termos:
Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o
responsável pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a
alteração da petição inicial para substituição do réu.
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Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo
da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as
despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de
indicação.
§ 2o No prazo de 15 (quinze) dias, o autor pode optar por alterar a petição inicial para
incluir como litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo réu.
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
A denunciação da lide prevista no artigo 125 do CPC de 2015, tem caráter de ação
autônoma, incidental, formada paralelamente à demanda originária, em que se pede que o
terceiro venha a integrar a lide para garantir eventual prejuízo do denunciante gerado pela
perda da demanda - direito de regresso. As hipóteses tratadas nos incisos, I e II, do artigo
125 não são cabíveis no processo do trabalho, mas a hipótese do inciso III, (aquele que
estiver obrigado pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que
perder a demanda) para grande parte da doutrina é perfeitamente cabível. Esta hipótese
envolve um direito de regresso do denunciante com relação ao denunciado. Renato Saraiva
aponta exemplo de empregada que demanda em face do empregador por dano moral em
decorrência de assédio sexual cometido por um gerente da empresa. Neste caso o autor
sustenta ser possível a denunciação do gerente, tendo a justiça do trabalho competência
para o julgamento.
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Amicus Curiae
Amicus curiae pode ser traduzido como amigo do Tribunal é um terceiro que ingressa no processo com a
finalidade de auxiliar tecnicamente os julgadores quando existir:
a) Matéria relevante;
b) Especificidade do tema objeto da demanda, ou
c) Repercussão social da controvérsia
Trata-se de uma forma híbrida de intervenção de terceiro, pois seu ingresso no processo poderá ser
determinado de ofício pelo juiz ou por meio de requerimento feito pelas partes ou, ainda, pelo próprio
interveniente, ou seja, aquele que pretenda atuar no processo nessa condição.
O “amicus curiae” poderá ser pessoa natural, jurídica, órgão ou entidade especializada, com
representatividade adequada. Assim, requer a demonstração de interesse institucional, e não jurídico, ao
contrário das outras formas de intervenção.
Essa modalidade de intervenção de terceiros, uma vez ocorrida, não implica na alteração de
competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração
e, no caso de decisão que julgar incidente de demandas repetitivas, conforme § 3º do art. 138 do
CPC/2015. Na decisão que solicitar ou admitir essa intervenção, caberá ao juiz definir os poderes do
“amicus curiae”.
§ 1º A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza
a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese
do § 3º.
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Conclusão
Durante muito tempo, parte da doutrina afirmava que as figuras típicas de intervenção
de terceiros, reguladas no CPC, não se aplicavam no Direito Processual do Trabalho, pois
neste caso, trata-se de empregadores que celebraram entre si contratos de natureza Civil ou
Comercial, que não significa relação de trabalho, e suas desavenças não decorrem da relação
de trabalho, mas sim de relação contratual de natureza civil ou comercial. Outros sempre
admitiram algumas formas de intervenção , e ainda outros admitiam , sem exceção, todas as
formas de intervenção de terceiros. No entanto, no momento presente estas discussões
foram superadas, eis que a emenda 45 /2004 que ampliou a competência da justiça do
trabalho, acabou com todos os obstáculos anteriormente existentes, pois consagrou a
competência da Justiça do Trabalho para julgar todas as demandas decorrentes de relação
de trabalho.
‘Art. 793-A. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como
reclamante, reclamado ou interveniente. ’
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Valor da multa
§ 2o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada
em até duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
§ 3o O valor da indenização será fixado pelo juízo ou, caso não seja possível mensurá-
lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos. ’
Parágrafo único. A execução da multa prevista neste artigo dar-se-á nos mesmos
autos.’”
HONORÁRIOS DE ADVOGADO
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“Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos
honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de
15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
Da literalidade do artigo 791 letra A da CLT tem-se que o valor dos honorários
advocatícios será, de no mínimo, 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por
cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido
ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
Logo no parágrafo 2º o legislador fixou os critérios que deverá ser observado pelo juiz ao fixar o
valor dos honorários advocatícios dispondo que:
§ 4o Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo,
ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações
decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e
somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da
decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de
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Ações individuais
Nas ações individuais, os titulares são as pessoas consideradas de modo singular e sua
destinação é para obtenção de uma decisão acerca de interesses concretos e individualizados.
Estas ações podem ser divididas em:
Ações condenatórias – São aquelas que conferem ao vencedor o poder de pedir a execução
judicial e têm como objeto principal a formação de um título executivo, a exemplo da
indenização, aviso prévio, horas extras, férias, FGTS etc.
Ações constitutivas – Neste contexto, referidas ações se prestam a criar, modificar, ou
extinguir um direito ou uma relação jurídica. A própria sentença já produz todos os efeitos
desejados e suficientes para a ordem jurídica, sendo, portanto, erga omnes. Como exemplo das
ações em comento, temos o inquérito para apuração de falta grave.
Ações declaratórias – Essas ações traduzem-se nas situações em que o interesse do
reclamante visa afirmar a existência ou inexistência de uma relação jurídica, declarando como
irrevogável o direito perseguido. Coloca-se em evidência aquilo que para o direito já existia. À guisa
de exemplo temos as ações que visam a declaração de existência de relação de emprego, tempo
de serviço, qualificação profissional.
Ações cominatórias – Traduzem-se pela imposição a uma parte de obrigação de fazer ou
não fazer algo, sob pena de pagamento de multa, a exemplo da ação civil pública utilizada para
cumprimento de norma de segurança do trabalho, contratação de deficientes, menores etc.
Ações executórias – São aquelas que visam à realização de um direito legalmente certo, de
forma coativa. Pressupõem a existência de títulos executivos judiciais como é o caso da sentença,
ou, títulos extrajudiciais como os acordos realizados perante a SRT, os termos de conciliação
decorrente de CCP, o Termo de Ajuste de Conduta (TAC), realizado perante o Ministério Público do
Trabalho, todos possuindo força executiva.
Ações cautelares – Antes do advento do CPC/2015, tínhamos as ações de arresto,
sequestro, protesto, justificação, exibição (procedimentos cautelares específicos). Todavia, a
partir do novo códex processual, esses assuntos foram alocados no procedimento comum, no
entanto, ainda existem algumas situações que podem ser consideradas como procedimento de
natureza cautelar, a exemplo dos arts. 305 a 310, onde praticamente estão reproduzidos o
procedimento cautelar antecedente ou preparatório. Noutro momento, o CPC/2015, ao tratar
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da produção antecipada de provas no art. 381, I, deixa claro o uso do instituto processual, por via
cautelar, caso haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a
verificação de certos fatos na pendência de ação.
Ações coletivas
Em relação às ações coletivas, os seus titulares são grupos e pessoas, isto é, categorias
profissionais, representadas no processo pelos sindicatos que visam tutelar direitos gerais e
abstratos, exemplos: Ação de Dissidio Coletivo, Ação Anulatória de Clausulas de Convenção e
Acordo Coletivo de Trabalho, Ação Civil Pública, Ação Civil Coletiva etc.
1-PROCEDIMENTO COMUM
2-PROCEDIMENTO ESPECIAL
A. PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
B. PROCEDIMENTO SUMÁRIO
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a) Quando o valor fixado para a causa, na forma deste artigo, não exceder de 2(duas)
vezes o salário mínimo vigente na sede do Juízo, será dispensável o resumo dos depoimentos,
devendo constar da ata a conclusão da Vara quanto à matéria de fato;
b) Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das
sentenças proferidas nos dissídios da alçada a que se refere o parágrafo anterior, considerado,
para esse fim, o valor do salário mínimo à data do ajuizamento da ação.
1-De acordo Com o art. 852-A da CLT, somente “os dissídios individuais cujo valor não
exceda a 40(quarenta) vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação
fica submetidos ao Procedimento Sumário”.
2-PRAZO PARA APRECIAÇÃO DO PROCESSO -De acordo com o disposto no artigo 852-B,
III, a apreciação da ação submetida ao Procedimento Sumário deverá ocorrer no prazo
máximo de 15(quinze) dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se
necessário, de acordo com o movimento judiciário da Vara do Trabalho
4-CITAÇÃO POR EDITAL- Quando a ação se processa pelo rito sumaríssimo não se fará
citação por edital
5-DO PEDIDO - Conforme estabelece o artigo 852-B da CLT nas ações enquadradas no
Procedimento Sumaríssimo o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor
correspondente, cabendo advertir o equívoco perpetrado pelo legislador, pois o conectivo
correto é o e, e não o ou. Portanto, o pedido deve ser certo e determinado; Consequência -
extinção do processo e condenação do reclamante no pagamento das custas processuais
O artigo 852 G deixa esclarecido que todos os incidentes e exceções deverão ser
resolvidos de plano. Por essa razão, não se aplica ao Procedimento Sumaríssimo os prazos de
horas estabelecidos no artigo 800 para manifestação, devendo a manifestação, a instrução e a
decisão ocorrer em audiência.
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7-PROVAS - Todas as provas serão produzidas na audiência ainda que não requeridas
previamente.
11-APRECIAÇÃO DAS PROVAS -Na apreciação das provas, o juiz deverá “dar especial
valor às regras de experiência comum ou técnica” (art. 852-D da CLT).
Tem-se, de regra, que a execução deverá ser processada pelo valor total da condenação,
sem qualquer limitação. Os juros e correção monetária constituem acessórios e não
necessitam serem calculados na inicialmente, impossível se falar em renúncia pelo reclamante
do valor que ultrapassar o limite legal, pois os direitos trabalhistas são irrenunciáveis.
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PROCEDIMENTO ESPECIAL
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A lei 13467/2017 inseriu na Consolidação das Leis do Trabalho os artigos 855 letras B
até 855 letra “E” regulamentando o processo de jurisdição voluntária para a homologação
dos acordos extrajudiciais trabalhistas, que deverá ser processado observando-se que:
‘Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição
conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado.
§ 1o As partes não poderão ser representadas por advogado comum.
§ 2o Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua
categoria.’
‘Art. 855-C. O disposto neste Capítulo não prejudica o prazo estabelecido no § 6o do
art. 477 desta Consolidação e não afasta a aplicação da multa prevista no § 8 o art. 477 desta
Consolidação.’
‘Art. 855-D. No prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juiz
analisará o acordo, designará audiência se entender necessário e proferirá sentença.’
‘Art. 855-E. A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo
prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados.
Parágrafo único. O prazo prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do
trânsito em julgado da decisão que negar a homologação do acordo’.
Petição Inicial – Conceito - Ato processual, de que se vale a parte para pleitear a tutela
jurisdicional. É a materialização do direito de ação assegurado constitucionalmente
Trata-se de um instrumento de relevante importância para o processo, uma vez que
descreve a pretensão do autor, seus fundamentos, e sobre o pedido formulado é que incidirá
a prestação jurisdicional, pois o juízo só pode atuar nos limites do que foi pedido.
Forma - Nos dissídios individuais a petição inicial pode ser verbal ou escrita. Quando se
tratar de dissídio coletivo, inquérito para apuração de falta grave, bem como outras ações
especiais exemplo mandado de segurança. Ação rescisória etc. a petição inicial deve ser
escrita.
Os artigos 840, e artigo 852 - B da CLT apontam os requisitos que devem conter a
petição inicial no dissídio individual, sendo que o a petição inicial do procedimento ordinário
é tratada no artigo 840 da CLT e no procedimento sumaríssimo no artigo 852 – B.
O artigo 840 da CLT dispõe que: “a reclamação poderá ser escrita ou verbal”.
A lei 13467/2017 deu nova redação ao parágrafo 1º do artigo 840 da CLT para ficar
constando que o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor,
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Parágrafo 2º. Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e
assinadas pelo escrivão ou diretor de secretaria, observado, no que couber, o disposto no
parágrafo no § 1o deste artigo. (lei 13467/2017)
ARTIGO 787 -A reclamação escrita deverá ser formulada em duas vias e desde logo
acompanhada dos documentos em que se fundar.
2-Qualificação das partes Nome completo das partes, estado civil, profissão e
endereço completo, CEP, número da CTPS, CPF, CNPJ, e PIS,
Fatos e Fundamentos Jurídicos do Pedido - verifica-se que não há exigência legal que
a inicial contenha os fundamentos jurídicos do pedido, as especificações do pedido, o valor
da causa a especificação das provas que o autor pretende se valer para demonstrar a
veracidade dos fatos alegados, e o requerimento de notificação do réu.
No entanto, ainda que vigore o Princípio da Simplicidade no processo do trabalho, deve
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o autor descrever com precisão os fatos relevantes que constituem a relação jurídica sobre a
qual pretende o pronunciamento jurisdicional. Possibilitando o exercício do direito de defesa
e do contraditório do réu, essenciais no Estado Democrático de Direito.
Também deve ser descrito o fato contrário do réu que impediu a efetivação voluntária
e espontânea do direito do autor, e tem a incumbência de apontar a natureza do direito da
situação descrita. O fato e fundamento jurídico constituem o que se denomina "causa
petendi", e também serve para verificação de litispendência, coisa julgada, continência,
conexão etc.
O fundamento jurídico é diferente de fundamento legal, esse é a indicação dos
dispositivos legais a serem aplicados, aquele se refere à relação jurídica e o fato contrário do
réu que justifica o pedido.
A. TEORIA DA SUBSTANCIAÇÃO
No que se refere aos requisitos da petição inicial, quanto a causa de pedir, o Direito
brasileiro adota a teoria da substanciação, que consiste na exigência legal de se apontar a
descrição dos fatos oriundos da relação de Direito Material e a justificativa da razão pela qual
afirma a existência do Direito.
Conforme se tem da doutrina não basta ao empregado alegar simplesmente que é
sujeito de uma relação de emprego e que por essa razão quer anotação na CTPS. O direito
exige que o autor especifique a razão pela qual afirma que é titular de direito, declinando por
exemplo que trabalhou com pessoalidade, subordinação etc.
São os fatos que dão origem à ameaça ou lesão aos direitos. O fundamento do pedido
compõe o que se denomina causa de pedir. Ex. Pede-se o vínculo de emprego, portanto deve
indicar que não era reconhecido, não tinha anotação na CTPS etc.
A causa de pedir é um dos elementos que identifica o processo e através dela é que se
faz a análise da ocorrência de litispendência, conexão continência e coisa julgada.
A teoria da substanciação se contrapõe à chamada teoria da individualização, segundo
a qual basta a indicação de um fundamento geral para o pedido: Ex. Sou credor, por essa
razão quero receber. No processo do trabalho não há a necessidade de se apontar o
fundamento legal.
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faculta ao empregado escolher entre ser reintegrado ou indenizado na forma dobrada (artigo
4° da Lei 9029/95.
Momento da Escolha: Se a escolha competir ao credor, este deverá na inicial, fazê-
la, optando por um dos pedidos, que o tornará fixo, e se a escolha couber ao réu, o juiz
condenará alternativamente fazendo o réu a escolha por ocasião da execução.
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representante, aparece como requisito essencial da petição inicial escrita. Petição sem
assinatura é apócrifa, e por essa razão é considerada inexistente. No entanto o juiz deve
conceder o prazo de 15 (dez) dias para a regularização.
b) Especificação de Provas
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Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts.
319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de
mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete,
indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
Art. 26. A distribuição da ação e a juntada da resposta, dos recursos e das petições em
geral, todos em formato digital, nos autos de processo eletrônico, serão feitas diretamente
por aquele que tenha capacidade postulatória, sem necessidade da intervenção da secretaria
judicial, de forma automática, mediante recibo eletrônico de protocolo, disponível
permanentemente para guarda do peticionante.
§ 1° A petição inicial conterá, além dos requisitos referidos no art. 840, § 1º, da CLT, a
indicação do CPF ou CNPJ da parte autora, conforme determinação contida no art. 15,
caput, da Lei nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006.
Lei 11419/2006 Art. 15. Salvo impossibilidade que comprometa o acesso à justiça, a
parte deverá informar, ao distribuir a petição inicial de qualquer ação judicial, o número no
cadastro de pessoas físicas ou jurídicas, conforme o caso, perante a Secretaria da Receita
Federal.
§ 2º O sistema fornecerá, por ocasião da distribuição da ação, o número atribuído ao
processo, o Órgão Julgador para o qual foi distribuída e, se for o caso, o local, a data e o
horário de realização da audiência, da qual estará o autor imediatamente intimado.
§ 3º Os dados da autuação automática deverão ser conferidos pela Unidade Judiciária,
que procederá a sua alteração em caso de desconformidade com os documentos
apresentados, com o devido registro no sistema.
1) quando for inepta; conforme dispõe o artigo 330§ 1º do novo CPC: Considera-se
inepta a petição inicial quando lhe faltar pedido ou causa de pedir, quando da narração dos
fatos não decorrer logicamente a conclusão, ou quando contiver pedidos incompatíveis
entre si;
2) quando a parte for manifestamente ilegítima;
3) quando o autor carecer de interesse processual;
Nos termos do que dispõe o artigo 332§1º, O juiz poderá julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar desde logo, a decadência de prescrição.
Da Juntada de Documento
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A decisão que indefere a inicial tem natureza terminativa, pois extingue o processo,
sem resolução de mérito (art. 485, I, do CPC). Desse modo, no Processo do Trabalho, tal
decisão desafia a interposição de Recurso Ordinário (art. 895 da CLT).
Desse modo, se o Juiz do Trabalho indeferir a inicial, o reclamante poderá recorrer, no
prazo de oito dias (art. 895 da CLT), facultando-se a retratação do juiz, deferindo o
recebimento da inicial.
Cabe destacar que a aplicabilidade do art. 331 do CPC se refere apenas ao
indeferimento liminar da inicial. Se a inicial for indeferida após designação da audiência e
oferecimento da defesa, o recurso cabível será apenas o Ordinário, sem possibilidade de
retratação do Juiz do Trabalho.
Se o juiz decretar a inépcia de eventual pedido depois da devida instrução do processo,
a parte poderá interpor recurso ordinário questionando a inépcia, juntamente com as
demais matérias recursais.
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AUDIÊNCIA TRABALHISTA
O artigo 841 da CLT dispõe que recebida e protocolada a inicial, o chefe da secretaria
tem o prazo de 48 (quarenta e oito) horas para enviar a segunda via a reclamada, notificando-
a para comparecimento na audiência que será na primeira data desimpedida depois de 5
(cinco) dias, e o parágrafo 2° do mesmo artigo estabelece também que o reclamante será
notificado da data da audiência no momento da distribuição da ação ou pelo correio.
Conceito: É o ato do juiz de ouvir as partes, suas pretensões e suas testemunhas
De acordo com os artigos 813 a 817 da CLT, as audiências dos órgãos da Justiça do
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Trabalho serão públicas e realizadas de regra na sede do Juízo ou Tribunal, em dias úteis
previamente fixados, entre 8h e 18h, não podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo
se houver matéria urgente. Em casos especiais poderá ser realizada em outro local, mediante
edital fixado na sede do juízo com antecedência de 24 (vinte e quatro) horas no mínimo.
Se até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o juiz não houver comparecido, os
presentes poderão retirar-se, devendo apenas constar no livro de registros das audiências.
(Observação: este prazo é para o caso de não comparecimento do juiz, e não atraso na
audiência).
A OJ n. 245, da SDI-I, dispõe: “Revelia. Atraso. Audiência. Inexistente previsão legal
tolerando atraso no horário de comparecimento da parte à audiência”.
Nos termos da CLT a audiência trabalhista, qualquer que seja o rito (sumário,
sumaríssimo ou ordinário) deveria ser sempre UNA (arts. 841 e 852-A ) ou seja a proposta
conciliatória, apresentação da defesa, instrução do processo e julgamento são realizados em
uma única oportunidade, em obediência ao Princípio da Imediatidade e concentração dos
atos processuais, próprios do processo do trabalho.
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A lei 13.467/2017 acrescentou na CLT o parágrafo 3º no artigo 843 para ficar constando
que o preposto, não precisa ser empregado da reclamada
......................................................................................
§ 3o O preposto a que se refere o § 1o deste artigo não precisa ser empregado da parte
reclamada.”
A lei 13467/2017 acrescentou os parágrafos 2º,3º no artigo 844 da CLT para ficar
constando que na hipótese de ausência do reclamante na audiência designada, este será
condenado ao pagamento das custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação,
ainda que beneficiário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que
a ausência ocorreu por motivo legalmente justificável, e também que o pagamento das
custas é condição para a propositura de nova demanda.
Artigo 844...........................:
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REVELIA
ADVOGADO PREPOSTO
Quanto ao advogado acumular a função de preposto, pensamos que tal não é possível,
pois, embora não haja proibição legal expressa, o Código de Ética da OAB proíbe tal
cumulação. Além disso, o advogado tem dever legal de sigilo com o cliente, o que prejudica a
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Súmula 74
I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação,
não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor.
II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a
confissão ficta não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores
III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se
aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo.
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A lei 13467/2017 também acrescentou no artigo 844 da CLT o parágrafo 5º para ficar
constando que ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão
aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados. Apesar da lei não
mencionar, neste caso há revelia, mas a confissão poderá ser elidida por outras provas
constante da defesa que será admitida.
AUDIENCIA VIRTUAL
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O artigo 846 da CLT dispõe que aberta a audiência o juiz proporá a conciliação.
No processo do trabalho, quando a ação se processa pelo rito ordinário, o juiz em 2
(dois) momento processual deve formular a proposta conciliatória. A primeira tentativa deve
ocorrer logo na abertura da audiência (art. 846 CLT) antes da apresentação da defesa e a
segunda após as razões finais (art. 850 CLT) antes da sentença, não havendo impedimento
para a conciliação entre as partes em qualquer fase do processo, ou seja: mesmo ultrapassado
o momento processual previsto na lei, as partes poderão pôr fim ao processo mediante a
celebração de acordo (artigo 764 da CLT).
Havendo acordo o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a
previdência social quanto às contribuições devidas ao órgão arrecadador (artigo 831
parágrafos 1°). Só por ação rescisória é que pode ser atacado o termo de homologação de
acordo. (Súmula 259 do TST).
DEFESA DA RECLAMADA
Nos termos do disposto no artigo 847 da Consolidação das Leis do Trabalho “Não
havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da
reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes”
Tem-se, portanto, que a defesa deverá ser apresentada em audiência, oralmente, no
prazo de 20 (vinte) minutos. Porém, a praxe sedimentou a prática da reclamada apresentar
defesa escrita.
A lei 13.467/2017, acrescentou o parágrafo único no artigo 847 da CLT para ficar
constando a possibilidade de apresentação da defesa escrita pelo sistema do processo judicial
eletrônico.
“Art. 847.
Parágrafo único. “A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo
judicial eletrônico até a audiência. ” (NR)
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A exceção constitui uma forma de defesa processual ou defesa indireta, contra defeitos,
irregularidades, ou vícios do processo, que impedem seu desenvolvimento regular, não se
discutindo o mérito da questão, em que o réu, sem negar os fatos articulados pelo autor, opõe
fatos extintivos ou impeditivos ligados ao processo. Observe-se também que em algumas
hipóteses pode também ser oferecida pelo autor.
DA EXCEÇÃO DE IMPEDIMENTO
Importante mencionar que a CLT não menciona no artigo 799 a possibilidade de ser oposta a
exceção de impedimento, mas esta é cabível, e a ausência do tratamento normativo, é decorrente
do fato de que o referido instituto foi previsto no Código de Processo Civil de 1973, considerando-se
que a CLT foi editada em 1943, portanto não existia ainda a figura quando foi publicada.
O impedimento é causa de nulidade do processo, pois o artigo 144 do novo CPC dispõe
expressamente que “Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no
processo:
I - Em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como
membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
II - De que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
III - Quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do
Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim,
em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
IV - Quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
V - Quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica
parte no processo;
VI - Quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes;
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de
emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge,
companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro
grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;
IX - Quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO
A suspeição está regulada no artigo 801 da CLT, e ocorre em relação ao juiz à pessoa dos
litigantes e não de seus procuradores.
Dispõe a norma celetista que dá-se a suspeição nos casos:
1-Inimizade pessoal;
2-Amizade íntima;
3-Parentesco por consanguinidade ou afinidade até terceiro grau civil;
4-Interesse particular na causa.
Também se aplica no processo do trabalho as regras do artigo 145 do CPC de 2015 onde
se tem que “Há suspeição do juiz:
I - Amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
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II - Que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de
iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que
subministrar meios para atender às despesas do litígio;
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou
companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
IV - Interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.
§ 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de
declarar suas razões.
§ 2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando:
I - Houver sido provocada por quem a alega;
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do
arguido.
A lei 13467/2017 deu nova redação ao artigo 800 da CLT com a finalidade de
regulamentar o processamento da exceção de incompetência agora denominada territorial,
fixando o prazo de 5 dias contados da notificação, antes da audiência, sob pena de
preclusão para sua apresentação.
A grande novidade é que agora o reclamado deverá, no prazo de 5 dias contados da
notificação, através de petição, sem que precise se deslocar até o local do ajuizamento da
ação, apresentar a exceção, em petição indicando que o local da prestação de serviços fica
em outra localidade. Assim ficou redigido o artigo 800 da CLT:
“Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a
contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção,
seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo.
Conforme disposto no parágrafo 1º, acrescentado na CLT pela lei 13.467/2017,
apresentada a exceção, haverá a suspensão do processo e a audiência que antes estava
designada para apresentação de contestação será resignada, pois antes da sua realização
deverá ser decidida a exceção.
Recebida a exceção o juiz determinará a notificação do reclamante e litisconsortes se
existentes para impugnação no prazo de 5 dias contados da notificação. Assim, não há mais
que se falar em prazo de 24 horas mencionados na antiga redação do artigo 800 da CLT
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Da Decisão da exceção
A decisão proferida por ocasião do julgamento da exceção tem natureza de decisão
interlocutória. Nos termos do que dispõe a sumula 214 do TST esta decisão admite recurso,
apenas na hipótese de a remessa dos autos ser feita para uma vara do trabalho vinculada a
outro TRT.
Na região de São Paulo, dividida em foros regionais, na hipótese de ser impugnada a
vara regional, admite-se a interposição de exceção de incompetência funcional, pois no caso
a comarca e a região é a mesma.
SUSPEIÇÃO
“Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja consenso na pessoa do juiz,
não mais poderá alegar exceção de suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. A suspeição
não será também admitida, se do processo constar que o recusante deixou de alegá-la
anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois de conhecida, aceitou o juiz recusado
ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo de que ela se originou”.
Caso acolha a preliminar de incompetência, deverá o Juiz do Trabalho encaminhar o
processo ao juízo competente em razão da matéria.
Preliminares são matérias de defesa processual que o réu deve suscitar ao juiz antes de
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O artigo 193 do novo Código Civil estabelece que a prescrição pode ser impugnada em
qualquer grau de jurisdição a quem ela aproveita. Porém, a Súmula 153 do TST estabelece que
“não se conhece da prescrição não arguida na instância ordinária.”
Por instância ordinária compreende-se a fase do processo caracterizada pelo exame amplo
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das questões componentes da lide, quer seja matéria de direito, quer seja matéria de fato. Trata-
se, pois, da fase processual de contraditório e da oportunidade de veiculação de matérias novas.
Por essa razão, pode-se afirmar que até em razões de recurso ordinário ou em razões de recurso
ordinário adesivo, é cabível a arguição da prescrição.
Na Sustentação oral já não é mais possível porque não há como ser assegurado o
contraditório. E também não pode ser arguida em embargos de declaração, pois estes
somente têm cabimento em caso de omissão, obscuridade e contradição, não sendo hábil
para veicular alegações novas.
DEFESA DE MÉRITO
Defesa Direta de Mérito- Negação do fato constitutivo do direito do autor. Ex.: Não é
empregado.
Defesa Indireta de Mérito - Reconhece o fato constitutivo do direito, mas opõe um fato
extintivo (já foi efetuado o pagamento, transação, prescrição etc.) impeditivo (dispensa se deu
por justa causa, não é devido a indenização) ou modificativo do direito do autor (reclamante
pede reajuste salarial previsto em norma coletiva de 6% (seis por cento) a partir de janeiro. A
empresa alega que o reajuste é para ser pago somente a partir de maio.
COMPENSAÇÃO: Também por se tratar de Defesa Indireta de Mérito, sempre que 2
(duas) pessoas reúnem entre si as qualidades de credoras e devedoras reciprocamente,
poderão requerer ao juiz que os créditos sejam compensados.
Trata-se de instituto do Direito Material e, no processo do trabalho, só podem ser
compensadas dívidas de natureza trabalhista (Súmula 18 do TST), e ainda conforme disposto
no artigo 767 da CLT, só pode ser invocado como matéria de defesa, ou seja, na contestação.
Impossível ser requerida na fase recursal o na fase de execução (Súmula 48 do TST).
A RECONVENÇÃO não se trata de modalidade de resposta do réu consiste em um
contra-ataque do réu em face do autor, no mesmo processo, dando origem a uma nova
demanda com os polos invertidos: o autor passa a ser réu e o réu, autor na demanda
reconvencional. Na reconvenção há uma cumulação objetiva de ações (principal e
reconvenção). Deve ser proposta no prazo de defesa e será tratada como ação conexa. Por
ser facultativa, caso não seja intentada no prazo mencionado, persistirá a possibilidade de o
direito ser pleiteado de forma autônoma (entretanto, se proposta a ação independente antes
da sentença, também ocorrerá a conexão).
A reconvenção é medida de economia processual e majoritariamente aceita pela
doutrina trabalhista, havendo maior cizânia quanto à incompatibilidade da reconvenção nos
procedimentos, sumário e sumaríssimo. (Renato Saraiva entende que é cabível em todos os
procedimentos trabalhistas).
Processamento - Apresentada a reconvenção, o juiz deverá conceder prazo para o
reclamante se manifestar sobre a reconvenção de no mínimo 5 (cinco) dias (artigo 841 da CLT)
salvo se “abrir mão” desse prazo e oferecer sua defesa na própria audiência. Embora sejam
processadas no mesmo processo, ambas as ações têm vida própria, de maneira que se o
reclamante não contestar a reconvenção será revel e confesso quanto à matéria de fato
tratada na reconvenção. A desistência da ação, por parte do autor não implica na desistência
da reconvenção, que será processada normalmente até a sentença, o mesmo acontecendo em
caso de desistência da reconvenção. Nos termos do artigo 318 do CPC, ação e reconvenção
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Nos termos do parágrafo 5º do art. 343 do CPC, se o autor for substituto processual, o
reconvinte deverá afirmar ser titular de direito perante o substituído, e a reconvenção deverá
ser proposta em face do autor, também na qualidade de substituto processual.
O referido dispositivo, alterando o paradigma anterior, possibilita que o demandado
dirija pretensão ao substituído, a ser dirigida perante o substituto processual. Nessa hipótese,
o substituto deve ter legitimidade, também para a defesa do direito postulado em face do
substituído.
Parte da doutrina não a admite, argumentando que tal atitude provoca complicadores
excessivos no processo, atenta contra a celeridade processual e, ainda, propicia uma chance a
mais ao autor, que deveria ter formulado todos os seus pedidos no próprio corpo da inicial
(princípio da eventualidade da inicial).
A reconvenção é uma modalidade de resposta. Portanto, uma vez respondendo à
reconvenção, o autor (reconvindo) pode aduzir outra reconvenção em face do réu
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(reconvinte). Esse entendimento fica fortalecido no CPC atual que, no parágrafo 1º do art. 343,
assevera que o autor será intimado na pessoa de seu advogado para apresentar resposta. A lei
não veda a reconvenção de reconvenção, e autores de renome, como Pontes de Miranda,
Calmon de Passos e Cândido Rangel Dinamarco a admitem.
Pode-se questionar a aplicabilidade da reconvenção de reconvenção no Processo do
Trabalho em razão dos princípios da celeridade e informalidade do procedimento trabalhista e
por trazer ao processo, complicadores que podem comprometer seu bom andamento. Em
razão disso, acreditamos que, embora seja possível a reconvenção de reconvenção no
Processo do Trabalho, o Juiz do Trabalho, valorando o custo-benefício em se admitir uma
reconvenção de reconvenção poderá indeferi-la se provocar uma demora excessiva no
andamento do processo ou complicadores excessivos na relação jurídico-processual.
PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE
PROVA
FUNDAMENTO LEGAL - A CLT trata das provas no processo do trabalho nos artigos 818 a
837. Aplica-se subsidiariamente no processo do trabalho as regras contidas no CPC em caso de
lacuna na lei trabalhista conforme previsto no artigo 769 da CLT.
PRINCÍPIOS QUE DEVEM SER OBSERVADOS PELO JUIZ RELACIONADOS COM PROVAS .
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a) Princípio do devido processo legal – Em face deste princípio as partes têm o direito
de produzir todas as provas previstas no ordenamento jurídico;
b) Princípio do contraditório e da ampla defesa – Sobre todas as provas produzidas
deverá ser concedido a outra parte a oportunidade para manifestação e conforme se tem no
artigo 332 do CPC todos os meios legais bem como os moralmente legítimos, ainda que não
especificados, são hábeis para provar a verdade dos fatos.
c)Princípio do livre convencimento motivado –ou Princípio da livre Persuasão racional
do juiz. O juiz tem ampla liberdade para colher as provas e apreciar a prova produzida nos
autos, mas deverá fundamentar a sua decisão apontar as razoes de decidir;
d) Princípio da licitude da prova –De acordo com o artigo 5º inciso LVI- são inadmissíveis
no processo as provas obtidas por meio ilícito. Este princípio tem por finalidade preservar a
dignidade e a moralidade no processo. No entanto, em situações excepcionais admite-se a
prova obtida por meio ilícito com fundamento nos princípios da ponderação dos interesses
da razoabilidade e da proporcionalidade.
e) Princípio da Busca da Verdade Real –Este princípio vem expresso nos artigos 765 da
CLT e 130 do CPC- De acordo com este princípio o juiz tem a direção do processo, e velará pelo
andamento rápido da causa, podendo determinar de oficio todas as provas necessárias e
indeferir as diligencias inúteis e desnecessárias .
f) Princípio da aquisição da prova para o processo ou da comunhão da prova -As
provas pertencem ao processo independentemente da parte que a produziu . Trazida a prova
a juízo ela passa a pertencer ao processo, não mais podendo ser extraída ou desconsiderada,
pouco importando saber quem a produziu. Assim, o reclamante ou o reclamado não pode,
por exemplo, pedir que seja desconsiderado determinado testemunho feito por testemunha
por eles trazida a juízo sob o argumento de que depôs contra quem a trouxe.
g) Princípio da Unidade da Prova - A prova deve ser examinada no seu conjunto e não
de forma isolada.
O artigo 374 do CPC de2015: Enumera os fatos que independem de prova, a saber:
a) Fato Notório – Assim entendido aquele que é de conhecimento geral do Grupo Social
em que ele ocorreu ou desperta interesse. Exemplo citado por Carlos Henrique Bezerra Leite
“é desnecessário provar que por ocasião das festas de final de ano as vendas crescem no
comércio,
b) Fatos Incontroversos, ou seja, aqueles alegados e não contestados pelo réu, e
c) Fatos cuja existência legal é presumida ou aqueles com presunção de veracidade ou
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de existência: Ex.: O reclamante não precisa provar que sofreu coação ao aceitar uma
alteração contratual ilícita.
d) Fatos irrelevantes - São aqueles que não tenham nexo de casualidade com o tema
posto em discussão.
A lei 13.467/2017 deu nova redação ao artigo 818 da Consolidação das Leis do
Trabalho estabelece que no processo do trabalho a prova das alegações para ficar constando
que o ônus da prova incumbe ao reclamante quanto ao fato constitutivo de seu direito e ao
reclamado quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do
reclamante.
Para que não reste nenhuma dúvida, no parágrafo 2º também acrescentado no artigo
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818, estabeleceu o momento em que deve ser preferida a decisão sobre a inversão do ônus
da prova, assim como deixou certo que a inversão do ônus da prova deve ser feita através de
uma decisão fundamentada do juiz, e também assegurou a parte a oportunidade de se
desincumbir do ônus que lhe foi atribuído, e se for uma decisão tomada na audiência,
deverá haver o adiamento para possibilitar a parte se desincumbir do ônus que lhe foi
atribuído.
Nosso ordenamento jurídico adota o sistema da livre persuasão racional ou seja o juiz
tem liberdade de avaliação da prova, não está vinculado a valores probatórios pré-
estabelecidos (sistema da prova legal); mas sua liberdade não é total: não está livre para julgar
sem provas ou contra as provas dos autos, devendo sempre motivar suas decisões.
Prova de Fato Negativo – Durante muito tempo entendia-se ser dispensável a prova de
fato negativo, sob a alegação de que o ônus da prova era de quem os afirmava. No entanto,
quando a negativa resulta em uma afirmação, impõe-se a obrigação de quem alega o fato ter
que prová-lo. Ex.: Empregador ao alegar que não dispensou o empregado, está implicitamente
alegando abandono de emprego.
MEIOS DE PROVA
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defesa.
Confissão – conceito - É a declaração que uma das partes faz da verdade dos fatos
afirmados pela parte e favorável a este. A confissão pode ser: espontânea assim considerada
aquela feita deliberadamente pela parte ou provocada, quando for obtida através de depoimento
pessoal.
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jurídico do pedido é mais amplo que a confissão. A confissão versa apenas sobre os fatos
controvertidos da causa e o reconhecimento jurídico do pedido abrange todo o pedido; a
confissão é apreciada na sentença (mérito), e o reconhecimento jurídico do pedido é causa de
extinção do processo com julgamento do mérito.
MENOR DE 18 ANOS: Menor de 18 anos desde que assistido na forma da lei pode
prestar depoimento pessoal para esclarecimento dos fatos, questão que se coloca é saber se
ele pode confessar .
2-PROVA DOCUMENTAL
“Art. 830. O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado
autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal.
DOCUMENTO DIGITAL
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ATA NOTARIAL
O artigo 384 do CPC introduziu no mundo jurídico das provas a ata notarial. Trata-se
de um instrumento público (com fé pública) pelo qual o tabelião ou preposto (escrevente
juramentado do cartório), por solicitação de pessoa interessada e capaz, redige fielmente
fatos, coisas, pessoas ou situações para comprovar a sua existência ou o seu estado, que assim
foram verificados anteriormente por seus próprios sentidos. Assim, expressamente feito em
documento redigido pelo tabelião ou preposto. Veja, por oportuno a transcrição do referido
dispositivo legal
Art. 384 do CPC - A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados
ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.
Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos
eletrônicos poderão constar da ata notarial.
Art. 405 do CPC - O documento público faz prova não só da sua formação, mas
também dos fatos que o escrivão, o chefe de secretaria, o tabelião ou o servidor
declarar que ocorreram em sua presença.
Importante mencionar que o Código Civil, também cuida da força probante dos
documentos lançados em ata notarial, nos artigos 215 e 217 do CC:
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a) pessoas capazes,
b) incapazes (maiores de dezesseis),
c) procuradores e
d) pessoas jurídicas;
É necessária a apresentação dos documentos de identificação pessoal do interessado,
dentre os quais CPF, RG, comprovante de residência ou domicílio quando for o caso,
instrumento de mandato, contrato social e alterações, etc.
A Ata Notarial tem a força de provar a integridade e a veracidade de fato, atribuir
autenticidade, fixar a data e hora, assim como comprovar, inclusive, a existência do conteúdo
ofensivo/criminoso. Incluem-se aí casos de quaisquer tipos de acidentes que posam causar
dano moral ou físico.
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partes.
A prova do Contrato de Trabalho pode ser feita pelas anotações da CTPS, ou por
instrumento escrito, e pode ser por todos os meios de provas em direito permitidos, no entanto,
existem alguns Contrato de Trabalho, (atleta profissional, trabalho temporário, aprendiz etc.) que
por força de lei devem ser celebrados por escrito.
Prova das anotações na CTPS – As anotações da CTPS gozam de presunção relativa de
veracidade Súmula 12 do TST e Súmula 225 do STF Dallegrave – As anotações na CTPS gozam
de presunção “iuris tantum” de veracidade apenas para o empregado, pois para o
empregador a presunção é “iuri et de iuri” salvo se demonstrado que resultou de erro
material.
3-PROVA TESTEMUNHAL
Conceito: Testemunha é a pessoa naturalmente capaz, que sem ter interesse no litígio
que é convidada para depor sobre fatos que presenciou e são discutidos na causa.
Testemunhar não é uma faculdade, mas sim um dever público de colaboração com o
Estado, encarregado de fazer a entrega da prestação jurisdicional, salvo se tratar de fatos que
lhe acarretem grave dano, bem como a seu cônjuge ou a seus parentes consanguíneos ou
afins, ou em se tratando de fatos, cujo respeito, por estado ou profissão deva guardar sigilo.
A prova testemunhal é sempre admissível salvo quando o juízo entender que os fatos já
se encontram suficientemente provados, ou quando só por documento puderem ser provados
, ou ainda se já foram confessados pela parte .No processo do trabalho há duas hipóteses que
não se admite prova testemunhal: a)Para provar insalubridade e periculosidade ; b)para
provar pagamento de salários
De acordo com o que dispõe os artigos 825 e 852H as testemunhas comparecerão para
depor independentemente de intimação e rol , as que não comparecerem serão intimadas
para comparecimento sob pena de condução coercitiva, ressaltando-se que quando a ação
estiver sendo processada pelo rito sumaríssimo< só será determinada a notificação de
testemunha que comprovadamente foi convidada e não compareceu>
“A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, (impedido) amigo íntimo ou
inimigo de qualquer das partes, (suspeito) não prestará compromisso, e seu depoimento
valerá como simples informação. Aplicam-se no processo do Trabalho as regras contidas nos
artigos 442 a 448 do CPC de 2015 que tratam do impedimento, suspeição e incapacidade
para depor como testemunha”
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Art. 442. A prova testemunhal é sempre admissível, não dispondo a lei de modo
diverso.
Art. 443. O juiz indeferirá a inquirição de testemunhas sobre fatos:
I - já provados por documento ou confissão da parte; II - que só por documento ou por
exame pericial puderem ser provados.
Art. 444. Nos casos em que a lei exigir prova escrita da obrigação, é admissível a prova
testemunhal quando houver começo de prova por escrito, emanado da parte contra a qual
se pretende produzir a prova.
Art. 445. Também se admite a prova testemunhal quando o credor não pode ou não
podia, moral ou materialmente, obter a prova escrita da obrigação, em casos como o de
parentesco, de depósito necessário ou de hospedagem em hotel ou em razão das práticas
comerciais do local onde contraída a obrigação.
Art. 446. É lícito à parte provar com testemunhas: I nos contratos simulados, a
divergência entre a vontade real e a vontade declarada; II - nos contratos em geral, os vícios
de consentimento.
Art. 447. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes,
impedidas ou suspeitas.
O parágrafo 1º do artigo 447 arrola as pessoas que são incapazes de depor como
testemunha:
§ 1o São incapazes:
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§ 2o São impedidos:
E por fim, no parágrafo 3º estão arroladas as pessoas suspeitas para deporem como
testemunha
§ 3o São suspeitos:
I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo;
II - o que tiver interesse no litígio.
§ 4o Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas menores,
impedidas ou suspeitas.
§ 5o Os depoimentos referidos no § 4o serão prestados independentemente de
compromisso, e o juiz lhes atribuirá o valor que possam merecer.
Art. 448. A testemunha não é obrigada a depor sobre fatos:
I - que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou companheiro e aos
seus parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau;
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.
Art. 449. Salvo disposição especial em contrário, as testemunhas devem ser ouvidas
na sede do juízo.
Parágrafo único. Quando a parte ou a testemunha, por enfermidade ou por outro
motivo relevante, estiver impossibilitada de comparecer, mas não de prestar depoimento, o
juiz designará, conforme as circunstâncias, dia, hora e lugar para inquiri-la.
A Súmula 357 do TST - Estabelece que não torna suspeita a testemunha pelo fato de
estar litigando ou ter litigado contra o mesmo empregador.
Contradita - Contraditar a testemunha significa arguir seu impedimento, incapacidade
ou suspeição. Deve ser realizada até antes do início do depoimento, após a qualificação da
testemunha. Se não for feita nessa oportunidade, a contradita estará preclusa. O juiz pode
ouvir testemunhas impedidas ou suspeitas como informantes se julgar necessário. (artigo 447
parágrafos 4°).
O artigo 829 da CLT dispõe que: “testemunha, sendo parente até o terceiro grau civil,
amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu
depoimento valerá como simples informação”.
NÚMERO DE TESTEMUNHAS -
No processo do trabalho são admitidas até 3 (três) testemunhas para cada parte no
procedimento ordinário, quando a ação se processa pelo rito sumaríssimo admite-se até 2
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(duas) para cada parte, e em se tratando de inquérito para apuração de falta grave este
número sobe para 6 (seis) para cada parte.
ACAREAÇÃO –
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito,
contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou
em juízo arbitral:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº
12.850, de 2013) (Vigência)
§ 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante
suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo
penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou
indireta.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o
ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.
Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a
testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou
calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpretação:
Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de
28.8.2001)
Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é cometido
com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal ou em processo civil
em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta. (Redação dada pela Lei
nº 10.268, de 28.8.2001)
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5-INSPEÇÃO JUDICIAL
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artigos 765 e 769 da CLT, aplica-se subsidiariamente no processo do trabalho o artigo 481 a
484 do CPC de 2015, de maneira que, o juiz do Trabalho pode de ofício ou atendendo
requerimento inspecionar coisas e pessoas. “Inspeção judicial trata-se da percepção sensorial
direta do juiz” com a finalidade de colher esclarecimentos quanto a fato, qualidade ou
circunstâncias corpóreas de pessoas ou coisas.
Nos termos do disposto do artigo 483, parágrafo único do CPC de 2015, as partes têm
sempre o direito de assistir a inspeção, prestando esclarecimentos e observações que
reputem importantes para a causa. No entanto, há quem afirme que, embora o CPC diga que
as partes tem direito de assistir à diligência, pode o Juiz do Trabalho, considerando os
princípios da efetividade processual e busca da verdade real (arts. 765, da CLT ), postergar o
contraditório para fase posterior ao término da diligência, pois a realidade tem demonstrado
que, no âmbito trabalhista, dificilmente a inspeção judicial terá eficácia se as partes, e
principalmente determinada empresa for previamente avisada da inspeção judicial.
Após concluída a inspeção, será lavrado um termo circunstanciado contendo tudo for
útil ao julgamento da causa, podendo ser instruído o termo com fotos, gráficos ou desenhos.
7-PROVA EMPRESTADA
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a) - Vedação total da prova ilícita; para os adeptos dessa vertente, toda e qualquer
prova obtida por meio ilícito não pode ser admitida no processo
b) - Permissiva: Segundo esta teoria, desde que o conteúdo da prova seja lícito, ela pode
ser utilizada, mesmo que tenha sido obtida por meio ilícito. Essa corrente de interpretação
prestigia o caráter publicista do processo, o acesso à justiça e a busca da verdade real.
c)- teoria da proporcionalidade ou regra de ponderação: Para esta teoria, na
interpretação de determinada norma jurídica, constitucional ou infraconstitucional, devem ser
sopesados os interesse e direitos em jogo, de modo a dar-se a solução concreta mais justa.
Assim, o desatendimento de um preceito não pode ser mais forte nem ir além do que indica a
finalidade da medida a ser tomada contra o preceito sacrificado.
Pela aplicação da presente teoria, apresentando os seguintes argumentos: “As partes
têm o dever de agir com lealdade em todos os atos processuais, mormente na produção da
prova. O princípio da licitude da prova encontra residência no art. 5º, LVI, da CF, segundo o
qual ‘são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos’. Esse princípio tem
sido mitigado por outro: o princípio da proporcionalidade ou razoabilidade, segundo o qual
não se deve chegar ao extremo de negar validade a toda e qualquer prova obtida por meios
ilícitos, como, por exemplo, uma gravação sub-reptícia utilizada por empregada que deseja
fazer prova de que fora vítima de assédio sexual pelo empregador ou superior hierárquico,
sem o conhecimento desta. A revista íntima também pode ensejar a violação ao princípio,
salvo se o empregador adota todos os meios necessários à preservação da intimidade e da
dignidade do trabalhador”.
Assim, a doutrina vem se firmando, no sentido de que em casos extremamente graves e
excepcionais, quando estiverem em risco valores fundamentais, também assegurados
constitucionalmente, cabe ao julgador admitir e valorar a prova tida por ilícita, devendo ser
observado, no entanto:
a) se a prova do fato poderá ser obtida por outro meio lícito ou moralmente legítimo de
prova, sem precisar recorrer à prova ilícita;
b) a lealdade e boa-fé da parte que pretende a produção da prova elícita;
c) a seriedade e verossimilhança da alegação;
d) avaliar o custo-benefício na produção da prova;
e) aplicar o princípio da proporcionalidade, prestigiando o direito que merece maior
proteção.
Forma - podem ser feitas oralmente, em audiência, após o final da fase de instrução,
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em 10 minutos. Mas pode ocorrer de ser concedido prazo para a apresentação das razões
finais por escrito.
Razões finais no rito sumaríssimo - não há previsão legal de razões finais quando a
ação se processa pelo rito sumaríssimo e ficará ao critério do juiz autorizá-las ou não.
Após a apresentação das razões finais e antes da sentença, o Juiz do Trabalho deverá
renovar a proposta de conciliação. Se houver acordo, não haverá julgamento.
Partes da sentença: O artigo 832 da CLT dispõe que da decisão deverão constar: nome das
partes, resumo do pedido, e a defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a
respectiva conclusão. Da mesma forma o artigo 458 do CPC estabelece que a sentença deverá
conter:
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IV- O art. 489, § 1º, IV, do CPC não obriga o juiz ou o Tribunal a enfrentar os
fundamentos jurídicos invocados pela parte, quando já tenham sido examinados na
formação dos precedentes obrigatórios ou nos fundamentos determinantes de enunciado
de súmula.
V- Decisão que aplica a tese jurídica firmada em precedente, nos termos do item I,
não precisa enfrentar os fundamentos já analisados na decisão paradigma, sendo
suficiente, para fins de atendimento das exigências constantes no art. 489, § 1º, do CPC, a
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3-DISPOSITIVO OU CONCLUSÃO
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Artigo 832.
§ 4o- tem-se que a União será intimada das decisões homologatórias de acordos que
contenham parcela indenizatória, na forma do art. 20 da Lei no 11.033, de 21 de dezembro
de 2004, facultada a interposição de recurso relativo aos tributos que lhe forem devidos.
O juiz deve decidir dentro dos limites do que foi pedido pelo autor. Assim, é vedado ao
juiz dar ao autor objeto que ele não pediu, (ultra petição) deixar de analisar ou de decidir
pedidos feitos pelo autor (citra petição) ou conceder ao autor coisa diversa da requerida na
petição inicial. (Extra petição) Trata-se do princípio da adstrição da sentença aos pedidos
formulados:
Art. 492 do CPC 2015– É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da
pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que
lhe foi demandado.
Artigo 141 do CPC- O juiz deve decidir a lide nos limites em que foi proposta, sendo-
lhe defeso conhecer de questão não suscitada a cujo respeito a lei exige a iniciativa da
parte.
Em caso de julgamento extra ou ultra petição é possível ao tribunal dar a sentença sua
exata medida, cortando, por exemplo, o que tiver sido dado a mais ou fora do pedido, por
ocasião da análise do recurso ordinário, sem a necessidade de declarar-se a nulidade da
sentença. Também é certo que há entendimentos no sentido de que a sentença ultra petita
ou extra petita pode ser corrigida inclusive por meio de embargos de declaração, em razão
da contradição.
Há que se ressaltar que juros de mora, correção monetária poderão ser concedidos ainda
que não requeridos expressamente conforme súmula n. 211 do TST. Juros são aplicados ao
principal devidamente corrigido.
A decisão citra ou infra petita é a que não aprecia todos os pedidos, quando o juiz
decide aquém do pedido, contem omissão. È certo que a sentença citra petita, pode ser
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corrigida por meio de embargos de declaração. De outro lado, se não forem opostos os
embargos de declaração, a omissão acarretará o efeito de não ser formada coisa julgada
material sobre o pedido que não fora apreciado. Na hipótese de não serem apresentados os
Embargos de declaração ou caso tenham sidos opostos, mas ainda persista a omissão, o
Tribunal deverá baixar os autos para que a Vara dirima a omissão, decretando-se a nulidade
parcial da sentença.
A OJ 41 da SDI-2 do TST deixa certo que: revelando-se a sentença "citra petita", o vício
processual vulnera os arts. 141 e 492 do CPC de 2015 tornando-a passível de desconstituição,
ainda que não interpostos embargo
Sentença inexistente
Há situações em que a sentença contém vícios tão contundentes que acabam por
atingir à própria existência do ato, como nas hipóteses da falta de investidura do juiz ou falta
de jurisdição deste (art. 966 do CPC) e também em regra pela falta de assinatura do juiz. No
entanto, há situações em que a sentença, mesmo que não assinada, pode ter constatada a
autenticidade desta, não se deve pronunciar a nulidade. Nesse sentido, destacamos a
seguinte ementa:
“A sentença deve ser assinada pelo juiz. A falta de assinatura não nulifica a sentença,
quando sua existência e autenticidade podem ser comprovadas por intermédio do termo de
audiência, de sua leitura, de sua publicação, da assinatura das partes, MP, advogados e
funcionários que participaram do ato (RT n. 577/185)”.
É nula a decisão quando prolatada, sem a observância dos requisitos previstos em Lei,
quais sejam: sem relatório, fundamentação ou conclusão e também quando não estiver
devidamente fundamentada (arts. 93, IX, da CF, 489 do CPC e 832 da CLT.
Publicidade: O artigo 852 da CLT dispõe que a sentença será prolatada na audiência, e
os litigantes notificados serão notificados na mesma oportunidade, salvo no caso de revelia,
quando a notificação deverá ser feita por via postal, no entanto poderá ocorrer três
situações diversas:
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3-Prolação da sentença sem a sua redação: pode ocorrer de ser proferida em audiência
a conclusão da decisão, e não foi juntada no processo no prazo até 48 horas a redação final da
sentença:
Assim, na primeira hipótese, considera-se que a sentença foi publicada na data da
audiência (art. 834 da CLT). Na segunda hipótese, considerar-se-á publicada a sentença na
data de sua juntada aos autos, sem necessidade de intimação das partes (Súmula n. 197 do
TST), se isto ocorrer até 48 horas após a audiência; e na hipótese de a sentença não ser
redigida em audiência ou não ser juntada aos autos no prazo de 48 horas, a Vara do Trabalho
deverá expedir intimação às partes da publicação da sentença (súmula do. 30 TST).
SÚMULA Nº 197 O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à
audiência em prosseguimento para a prolação da sentença, conta-se de sua publicação.
Nos termos do que dispõe o art. 852 da CLT, no processo do trabalho deve ser
expedida ao revel a intimação da sentença, que será realizada por meio de editais.
Uma vez publicada a decisão, o juiz cumpre seu ofício jurisdicional, não podendo
alterar sua decisão, salvo nas hipóteses de existência de erros materiais, ou em razão de
embargos de declaração.
Erros materiais são falhas de digitação ou de grafia, identificados de plano, ou erros
aritméticos, facilmente identificados na sentença
Conforme disposto no art. 833 da CLT “Existindo na decisão evidentes erros ou
enganos de escrita, de datilografia ou de cálculo, poderão os mesmos, antes da execução, ser
corrigidos, ex officio, ou a requerimento dos interessados ou da Procuradoria da Justiça do
Trabalho”.
No mesmo sentido, é o parágrafo único do art. 897-A da CLT: “Os erros materiais
poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes”.
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HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
A grande novidade que a lei 13.467/2017 trouxe ao processo do trabalho é a condenação das
partes em honorários advocatícios ou honorários de sucumbência, e tal como no processo civil os
honorários são devidos aos advogados e a pessoa jurídica da sociedade de advogados, sendo cabíveis
ainda que o advogado esteja litigando em causa própria.
“Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos
honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de
15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
Da literalidade do artigo 791 letra A da CLT tem-se que o valor dos honorários
advocatícios serão de no mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por
cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido
ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
Logo no parágrafo 2º, o legislador fixou os critérios que deverá ser observado pelo juiz ao fixar
o valor dos honorários advocatícios dispondo que:
§ 2o Ao fixar os honorários, o juízo observará:
I - O grau de zelo do profissional;
II – O lugar de prestação do serviço;
III - A natureza e a importância da causa;
IV - O trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
Conforme disposto no parágrafo 3º do artigo 791 A, em caso de sucumbência recíproca, o juízo
arbitrará honorários de sucumbência sendo vedado a compensação entre os honorários.
§ 3o Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência
recíproca, vedada a compensação entre os honorários.
No parágrafo 4º o legislador deixa certo a possibilidade de condenação em honorários
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Querela Nullitatis
A Querela Nullitatis visa desconstituir uma sentença que não pode ser atacada pela
Ação Rescisória, eis que o entendimento é de que a sentença nula jamais adentrou ao
mundo jurídico.
Distingue-se a Querela Nullitatis da Ação Rescisória, pois, na Rescisória, tem-se uma
sentença transitada em julgado, fazendo coisa julgada material. A mais importante distinção
entre Querela Nullitatis e Ação Rescisória é o que versa sobre prazo decadencial para
propositura de ambas. Para que se possa manejar a Ação Rescisória, tem-se o prazo
decadencial e improrrogável de 02 (dois) anos após o trânsito em julgado da
sentença/acórdão que se queira rescindir. Já, no caso da Querela Nullitatis, pelas
peculiaridades anteriormente expostas, esta não possui prazo decadencial para propositura,
podendo ser ajuizada a qualquer momento, após a decisão possui uma nulidade insanável. A
Querela pode ser proposta sempre que se estiver diante de sentença inexistente.
DECISÃO SURPRESA
Aplica-se no processo do trabalho o disposto no artigo 10 do Novo CPC que veda a
decisão surpresa
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em
fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se
manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
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O vigente CPC dedicou um espaço especial para Tutela Provisória no artigo 294 que
enuncia, in litteris: " A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência". E,
seu parágrafo único, por sua vez, informa que esta pode ser concedida em caráter
antecedente ou incidental. Por sua vez no artigo 295 se tem que a tutela provisória requerida
em caráter incidental independe do pagamento de custas, e no artigo 296 estabelece que a
tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer
tempo, ser revogada ou modificada. Verifica-se assim que a norma processual vigente
regulamenta, cinco modalidades de tutelas provisórias, a saber:
Analisando os artigos 295 ao 299 do CPC vigente verificamos que estes dispositivos
estabelecem algumas normas gerais para a concessão de qualquer espécie de tutela
provisória, a saber:
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Segundo os termos do artigo 300 do CPC vigente, a tutela de urgência será concedida
quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito (fumus boni iuris ou
plausibilidade do direito arguido) e o perigo de dano (periculum in mora) ou risco ao
resultado útil do processo.
Dispõe o artigo 301 do CPC, que a Tutela de Urgência de caráter cautelar pode ser
efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra
alienação de bem e, também qualquer outra medida idônea para assegurar o direito. No
entanto, para se dar a máxima efetividade aos dispositivos do CPC vigente, a doutrina
sedimentou o entendimento de que essa enumeração de medidas cautelares referidas no
artigo 301 CPC é meramente exemplificativo. De sorte, que havendo premência da medida
cautelar, pouco importa o nomen juris adotado pelo demandante, bastando apenas ao
julgador verificar, se estão presentes ou não os requisitos estabelecidos para a concessão
dessas medidas, quais sejam: fumus boni iuris (juízo de probabilidade) e o periculum in mora
(perigo da demora ou de dano, ou ainda, de risco ao resultado útil ao processo).
O arresto consiste em uma apreensão judicial de bens de pessoa que se aponta como
devedora para garantia de que pagará aquilo a que se entende estar obrigada. Trata-se de
medida cautelar que objetiva a apreensão de bens, com o escopo de assegurar a efetividade
de uma execução.
O sequestro diferentemente do arresto, tem por finalidade apreender quaisquer bens
do devedor sobre o qual pende litígio.
O artigo 302 CPC vigente que, independentemente da reparação por dano processual, a
parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversar,
se:
I - a sentença lhe for desfavorável;
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios
necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
Parágrafo único: A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido
concedida, sempre que possível.
O artigo 300 do CPC dispõe que: a tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo. Assim, há quem que uma vez atendidos tais pressupostos legais
arrolados no bojo do dispositivo legal vigente, o juiz não poderá deixar de conceder a tutela
provisória de urgência, sob pena de tornar letra morta, a norma processual em exame, além
de esquecer dos princípios constitucionais que garantem o acesso ao Judiciário em face da
hipótese de ameaça ao direito e de lesão, e, ainda, o da duração razoável do processo.
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Nos artigos 303 e 304 do CPC o legislador regulamenta o procedimento para se obter a
tutela de urgência antecipada requerida em caráter antecedente. Ou seja, ANTES do pedido
principal.
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a
petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido
de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano
ou do risco ao resultado útil do processo.
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma
do art. 335 .
§ 4º Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o
valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final.
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 , torna-se estável se
da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.
§ 2º Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou
invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput .
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§ 4º Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi
concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2º, prevento o
juízo em que a tutela antecipada foi concedida.
§ 6º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos
respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida
em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2º deste artigo.
Os artigos 305 ao 310 do CPC regulam o procedimento a ser observado quando se tratar
de tutela cautelar requerida em caráter antecedente
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter
antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se
objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza
antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303 .
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e
indicar as provas que pretende produzir.
Art. 307. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão
aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único. Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento
comum.
Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo
autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que
deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas
processuais.
§ 1º O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela
cautelar.
§ 2º A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido
principal.
§ 3º Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de
conciliação ou de mediação, na forma do art. 334 , por seus advogados ou pessoalmente,
sem necessidade de nova citação do réu.
§ 4º Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma
do art. 335 .
Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:
I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;
II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o
processo sem resolução de mérito.
Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado
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TUTELA DE EVIDENCIA
A evidência não é um tipo de tutela jurisdicional, mas um fato que autoriza que se
conceda uma tutela jurisdicional mediante técnica específica ou diferenciada. A evidência, em
outras palavras, é um pressuposto fático de uma técnica processual para a obtenção da
tutela, veja por oportuno as regras constantes do artigo 311 do CPC.
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RECURSO
CONCEITO
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Efeito Extensivo
No caso de litisconsórcio unitário, opera-se o efeito extensivo no recurso, uma vez que,
de acordo com o artigo 997 do NCPC. Cada parte interporá o recurso independentemente, no
prazo e com observância das exigências legais. No entanto, sendo vencidos autor e réu, ao
recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro. Também é certo que, o recurso
interposto por um dos litisconsórcios a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos seus
interesses.
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Efeito Regressivo
Consiste na possibilidade de retratação ou reconsideração pelo mesmo julgador da
decisão, o que pode ocorrer no agravo de instrumento, ou agravo regimental, quando se tem
lícito a autoridade julgadora reconsiderar a decisão.
1-CABIMENTO
O ato de ser impugnado deve ensejar o recurso escolhido pelo recorrente. No processo
do trabalho não são todas as decisões que admitem recurso, pois há que se observar a
Irrecorribilidade das decisões interlocutórias.
É que o Artigo 893 Parágrafo 1° e Súmula 214 TST deixam certo que de regra as decisões
interlocutórias são irrecorríveis, entretanto, na Súmula 214 do TST, são previstas exceções que
permitem a interposição de recurso contra decisão interlocutória, a saber:
INSTÂNCIA ÚNICA
Nos dissídios de alçada, ou seja, nas causas em que o valor da causa for de até dois
salários mínimos, não caberá qualquer recurso, salvo se a matéria debatida nos autos for de
natureza constitucional sendo que nesse caso, caberá recurso extraordinário conforme súmula
640 do Supremo Tribunal Federal que dispõe: “É cabível recurso extraordinário contra a
decisão proferida por juiz de 1° grau nas causas de Alçada ou Turma Recursal de Juizado
Especial Civil e Criminal”.
2-LEGITIMIDADE
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pois não compõe a relação jurídica de direito material. No caso de honorários periciais o
interesse é meramente econômico.
Preposto: não tem legitimidade para recorrer em nome da parte. Ele apenas representa
a parte em audiência.
O conceito de terceiro interessado pode ser extraído do Parágrafo único do artigo 996
do NCPC. Declara o parágrafo único do artigo 996: “Cumpre ao terceiro demonstrar a
possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir
direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual”.
3-CAPACIDADE
A mesma capacidade que a lei processual exige para se ingressar em juízo (art. 8º do
CPC), deve existir no momento da interposição dos recursos, eis que o exercício do direito de
recorrer configura-se típico ato processual.
Quando se tratar de recurso interposto por advogado é imprescindível o mandato
judicial conforme dispõe a súmula 383 do TST com a nova redação que lhe foi dada
recentemente dispõe:
SÚMULA 383
I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até
o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art.
104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação,
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Em relação ao jus postuland é de ser observada a regra contida na súmula 425 do TST
(limita-se as varas e aos TRTs. Não se aplica em relação a Ação rescisória, MS ação cautelar e
outro recurso de competência do TST.
Súmula 425 - O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às
Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a
ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do
Trabalho.
O art. 75, inciso VIII, do CPC de 2015 (art. 12, VI, do CPC de 1973) não determina a
exibição dos estatutos da empresa em juízo como condição de validade do instrumento
de mandato outorgado ao seu procurador, salvo se houver impugnação da parte
contrária.
4-INTERESSE
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2-TEMPESTIVIDADE
“Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com
exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
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Por fim, é importante mencionar que a contagem de prazos, em dias uteis, se referem
unicamente aos prazos processuais ao dispor expressamente “Os prazos estabelecidos neste
Título” de forma que os prazos de direito material como por exemplo dias de férias, aviso-
prévio, ou data limite para pagamento das verbas rescisórias
No direito do trabalho há a presunção de que a parte recebeu a comunicação via correio
em 48 horas contados da expedição.
Não se pode confundir início do prazo com o início da contagem do prazo. A contagem
do prazo processual dá-se com a exclusão do primeiro dia e inclusão do dia do vencimento –
art. 775 da CLT.
Assim, não se inicia nem se termina prazo em sábado, domingos e feriados.
A Súmula 262 TST dispõe:
I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil
imediato e a contagem, no subsequente, no
II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho
suspendem os prazos recursais
O C. TST decidiu pelo cancelamento da sua Súmula 434, por força do decidido pelo E.
STF, no Agravo de Instrumento (AI) 703.269-MG, no dia 5 de março de 2015, que passou a
entender que não mais são considerados intempestivos os recursos interpostos antes da
publicação do acórdão impugnado.
Parágrafo único. Quando a petição eletrônica for enviada para atender prazo
processual, serão consideradas tempestivas as transmitidas até as 24 (vinte e quatro) horas
do seu último dia.
PREPARO
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processuais e quando se tratar de reclamada deve ser realizado o depósito recursal. Com
efeito, o parágrafo 1º artigo 899 da CLT dispõe qualquer recurso, somente será admitido
mediante o depósito do valor da condenação, com natureza jurídica de garantia do juízo.
Também conforme determina o artigo 7º da Lei n.5584/70, e com a nova redação da lei
nº 10.537/02, o depósito recursal e o pagamento das custas devem ser feitos e comprovados
no prazo previsto para a interposição do recurso, ou seja, oito dias.
A lei 13.467/2017 deu nova redação ao parágrafo 4°do artigo 899 para ficar constando
que o deposito recursal será feito em conta vinculada ao juízo e corrigido com os mesmos
índices da poupança.
Artigo 899.
§ 9o O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins
lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais,
microempresas e empresas de pequeno porte.
§ 9o O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins
lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais,
microempresas e empresas de pequeno porte.
No mesmo sentido a súmula n.245 do TST - o depósito recursal deve ser feito e
comprovado no prazo alusivo ao recurso, e a interposição antecipada do recurso não prejudica
a dilação legal. O TST no artigo 10da IN- Nº 39/2016 deixa certo que se aplicam, no processo
do trabalho, as regras contidas no parágrafo único do artigo 932 que dispõe:
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§ 1o Constatada a ocorrência de vício sanável, inclusive aquele que possa ser conhecido
de ofício, o relator determinará a realização ou a renovação do ato processual, no
próprio tribunal ou em primeiro grau de jurisdição, intimadas as partes.
E ainda a regra dos §§2º e 7º do artigo 1007 do NCPC que dispõe: artigo 1007....
Não havendo condenação em pecúnia, assim como quando se tratar de massa falida não
é devido o depósito recursal - Súmula 86 do TST.
Em 29 de junho de 2010 foi sancionada a Lei 12.275/2010 alterando dispositivos da CLT,
tornando obrigatório o pagamento prévio de depósito recursal para interposição de Agravos
de Instrumento na Justiça do Trabalho. De acordo com a alteração legal o empregador,
condenado em parcela de natureza pecuniária, que pretender interpor agravo de instrumento
deverá efetuar depósito de 50% correspondente ao recurso que teve denegado seu
prosseguimento.
Também é certo que com a lei 13015/2004 foi inserido o § 8o no artigo 899 para o fim
de ficar constando que :
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Art. 23. A dispensa de depósito recursal a que se refere o § 8º do artigo 899 da CLT não
será aplicável aos casos em que o agravo de instrumento se refira a uma parcela de
condenação, pelo menos, que não seja objeto de arguição de contrariedade a súmula ou a
orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho.
Parágrafo único. Quando a arguição a que se refere o caput deste artigo revelar-se
manifestamente infundada, temerária ou artificiosa, o agravo de instrumento será
considerado deserto.
De acordo com a Instrução normativa 27/2005 mesmo nas demandas que envolvam
relação de trabalho, e não relação de emprego, em caso de recurso, exige-se o deposto
recursal.
O depósito tem como limite máximo o valor da condenação. Se o valor da condenação
for superior ao limite estabelecido na lei n. 8.177/91, deposita-se o valor limite, mas se o valor
da condenação for inferior ao limite legal, deposita-se apenas o valor da condenação.
A União, os Estados, Distrito Federal e Municípios e o Ministério Público estão
dispensados do pagamento de custas e depósito recursal (790 A e Decreto Lei 779/69) A
isenção não alcança as entidades fiscalizadoras do exercício profissional OAB, CRECI CREA etc.,
nem exime as pessoas jurídicas de direito público de reembolsarem as despesas judiciais
realizadas pela parte vencedora.
A parte não terá que pagar os honorários periciais para recorrer, pois estes não se
inserem no conceito de custas ou emolumentos.
CUSTAS
As custas serão pagas pelo vencido após o trânsito em julgado da decisão. No caso de
recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro recursal (parágrafo 1º do
art. 789 da CLT).
A lei 13467/2017 alterou a redação do referido artigo fixando o valor máximo para as
custas, permitindo com maior facilidade a interposição e o conhecimento do recurso.
Atualmente o valor máximo das custas é limitado a quatro vezes o valor máximo do
benefício da Previdência social, o valor mínimo já vinha estabelecido no artigo estudado.
Veja por oportuno, a nova redação do artigo 789 da CLT que trata do valor das custas
no processo do trabalho:
“Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e
procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas
propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas
relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento),
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III- Havendo condenação solidária entre duas ou mais empresas, o depósito recursal
efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não
pleiteia sua exclusão da lide.
Ressalte-se que de acordo com a Orientação Jurisprudencial n.140 do TST, ocorre
deserção, embora ínfima a diferença inferior a devida.
O artigo 899 da CLT, dispõe que o recurso poderá ser interposto por simples petição, ou
seja, não há necessidade de fundamentação, e segundo Sergio Pinto Martins poderá ser feito
inclusive oralmente, por termo lavrado, desde que a parte esteja postulando sem advogado.
No entanto, para alguns doutrinadores, o recurso deve indicar as razões pelas quais se
impugna a decisão recorrida.
No caso do recurso de embargos ou recurso de revista, é necessário que a parte
demonstre e comprove a divergência ou a violação literal da lei.
Assinatura - Devem ser assinadas a petição de juntada do recurso e as razões recursais.
Mas Orientação Jurisprudencial 120 da SDI do TST dispõe:
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“O recurso sem assinatura será tido por inexistente. Será considerado válido o apelo
assinado, ao menos, na petição de apresentação ou nas razões recursais”
O artigo 893 da CLT estabelece que das decisões são admissíveis os seguintes recursos:
I- Embargos
II-Recurso Ordinário
III-Recurso de Revista
IV-Agravo
Porém deve ser incluído no rol dos recursos trabalhistas o recurso adesivo. A permissão foi
negada durante bastante tempo pela jurisprudência trabalhista, mas esse obstáculo está hoje
superado pela súmula n.283 do TST.
Também poder-se-ia acrescentar o agravo regimental previsto pela lei 7701 de 21 de
dezembro de l988 e mereceu tratamento por todos os Regimentos Internos dos Tribunais do
Trabalho, bem como os embargos infringentes – alínea “c” do inciso II do art. 2º, do mesmo Diploma
Legal.
1-EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
NATUREZA JURÍDICA
Ainda não é pacífica a doutrina a respeito da natureza jurídica dos embargos de declaração,
parte da doutrina afirma tratar-se de recurso, uma vez que sua origem é o direito processual civil e
naquele ramo do direito processual não resta dúvida a natureza recursal dos embargos de
declaração por força de lei (artigo 496 IV) e também porque no artigo 897-A foi inserido no processo
trabalhista no capítulo que trata dos recursos.
Outros, no entanto, sustentam que de recurso não se trata uma vez que:
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CABIMENTO
O TST entende que não cabe Embargos de declaração contra decisão do relator no
exame da admissibilidade de recurso de revista, não tendo o efeito de interromper qualquer
prazo recursal. OJ 377 da SDI-I.
Não encontra amparo no art. 894 da CLT, quer na redação anterior quer na redação
posterior à Lei n.º 11.496, de 22.06.2007, recurso de embargos interposto à decisão
monocrática exarada nos moldes do art. 932 do CPC de 2015 (art. 557 do CPC de 1973), pois
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Isto significa que para o recurso de revista seja conhecido o recorrente deve cuidar para
que na decisão recorrida haja apreciado a explicitamente a matéria. Se o recorrente alega a
violação da literalidade de determinado dispositivo de lei que deixou de ser citado
expressamente na decisão, embora o acórdão permita até deduzir que a interpretação é em
torno desse dispositivo da lei, deve antes se valer dos embargos declaratórios para deixar
prequestionada a matéria.
A lei 13.467/2017, inseriu no artigo 896 parágrafo 1º da CLT o para ficar constando que
quando o recorrente suscitar no recurso de revista a preliminar de nulidade por negativa de
prestação jurisdicional, é obrigatório que seja transcrito na peça recursal, o trecho dos
embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do tribunal sobre questão
veiculada no recurso ordinário e o trecho da decisão regional que rejeitou os embargos
quanto ao pedido, para cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão.
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COMPETÊNCIA
Preparo
PROCESSAMENTO
Os embargos de declaração serão interpostos por petição, dirigida ao juiz que proferiu a
decisão ou o voto, indicando o ponto obscuro, contraditório, ou omisso da decisão, salvo se o
juiz estiver convocado, licenciado, aposentado, promovido ou afastado por qualquer outro
motivo.
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novos embargos, como reconhecido, aliás, pelo Supremo Tribunal Federal, na linha da
doutrina tradicional. O que não se justifica é a reiteração da impugnação pelo mesmo
fundamento já utilizado. Se, no julgamento proferido em embargos, nega-se a existência de
obscuridade, não há como voltar com a mesma medida, insistindo na existência do vício.
Restará, eventualmente, a utilização de outro meio de impugnação do pronunciamento.
2-RECURSO ORDINÁRIO
O sistema processual brasileiro adota o duplo grau de jurisdição, ou seja, duas instâncias
ordinárias 1° grau e 2° grau e utiliza-se de dois critérios para a utilização de recursos:
1) Ordinário ou comum
DO RECURSO ORDINÁRIO -
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TRT, como:
a) Dissídios coletivos;
b) Ação rescisória;
c) Mandado de segurança;
d) Habeas corpus;
e) Decisões administrativas Exemplo: aquelas que aplicam penalidades a servidores da
Justiça do Trabalho.
Assim, cabe recurso ordinário de todas as decisões definitivas da Vara do Trabalho bem
como das decisões de processos de competência originária do TRT quer apreciem ou não o
mérito da causa.
SÚMULA Nº 201 - Recurso ordinário em mandado de segurança (Revisão do Súmula 154)
Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança cabe recurso
ordinário, no prazo de 8 dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, correspondendo igual
dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade.
Acrescente-se também que o recurso ordinário pode ser utilizado tanto para corrigir
erros de julgamento (“erros in judicando”) quanto para corrigir erros de procedimento (“erros
in procedendo”) isto é, para reforma da decisão quer para corrigir injustiças reexaminado as
provas ou anular a sentença por erros na forma de conduzir o processo (nulidades).
OBS: Não cabe recurso ordinário contra decisão proferida em agravo regimental
interposto em reclamação correcional
FORMA DE INTERPOSIÇÃO
O recurso ordinário, como determina o artigo 899 da CLT, poderá ser interposto por
simples petição. Mas, a peça deverá ser fundamentada, demonstrando o motivo legal para o
inconformismo do recorrente, sendo que ao final deverá pleitear que o mesmo seja conhecido
e provido, para que haja a reforma da sentença.
EFEITO
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A nova redação do inciso I da súmula 414 do TST dispõe que É admissível a obtenção de
efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal, ao
relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do
Recebida a sentença pela parte, se esta não concorda com a decisão, interpõe recurso
ordinário no prazo de oito dias.
O juiz ou Presidente do Tribunal irá verificar se o recurso atende os pressupostos legais
para a sua admissibilidade, determinando que a parte contrária venha a contra-arrazoar o
recurso no prazo de oito dias. Não admitido o recurso, pelo Juiz da Vara ou Presidente do
Tribunal por falta e pressuposto recursal, poderá ser interposto cabe agravo de instrumento.
Após a apresentação das contrarrazões, é facultado ao juiz o reexame dos pressupostos de
admissibilidade de recurso, pois muitas vezes são as contrarrazões que mostram a
intempestividade, a falta de preparo, etc.
Também nos casos de extinção do processo sem julgamento de mérito, poderá o juiz no
prazo de 5 horas, reconsiderar a sua decisão. (Artigo 331 do NCPC)
A decisão que admite o recurso é irrecorrível, e não vincula o juízo “ad quem” Quando
após a distribuição o relator indeferir o processamento do recurso caberá Agravo Regimental.
Os demais tramites processuais devem obedecer às regras previstas no regimento Interno dos
Tribunais, notadamente no que diz respeito a remessa dos autos ao Ministério Público do
Trabalho para parecer, tem TRT que distribuem e remetem os autos, outros enviam os autos
antes de distribuir etc.
O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a sentença ou a decisão recorrida no
que tiver sido objeto do recurso (art. 1008 do NCPC). Deixa, então, de subsistir a decisão
recorrida, se o tribunal reformar a sentença, passando a valer o acórdão. Todo acórdão deverá
conter ementa (art. 943§1º do NCPC).
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O artigo 5° da Lei 5584/70 deixa certo que o prazo para o membro do Ministério Público
do Trabalho oferecer o parecer é de oito dias, contados da data em que lhe for distribuído o
processo; este poderá ser circunstanciado ou pelo prosseguimento do feito, ressaltando-se
sempre o direito de manifestação posterior em sessão de julgamento ou em qualquer fase
processual conforme lhe faculta o artigo 83, inciso VII da LC 75/93.
A Lei 9.957 publicada no Diário Oficial da União do dia 13 de janeiro de 2000 e que
entrou em vigor sessenta dias após essa data, também previu o cabimento do recurso
ordinário para as reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo.
A referida lei acabou dando um tratamento diversificado ao processamento desses
recursos nos Tribunais, determinando a sua imediata distribuição com liberação em dez dias
pelo relator e a sua inclusão em pauta sem revisor. Nesses processos a manifestação do
Ministério Público do Trabalho é realizada oralmente e o acórdão consistirá unicamente na
certidão de julgamento com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das
razões de decidir do voto prevalente. No caso de a sentença ser mantida por seus próprios
fundamentos essa circunstância será registrada na certidão.
Art. 900 da CLT.: Interposto o recurso, será notificado o recorrido para oferecer as suas
razões, em prazo igual ao que tiver o recorrente.
A finalidade das contrarrazões é postular a manutenção da sentença, pelos seus
fundamentos, ou seja, contrapor aos interesses do recorrido.
A parte ao interpor as contrarrazões, jamais deve postular a reforma da sentença, na
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parte que foi vencida. Note-se que para esse fim existe o recurso.
O Prazo para Contrarrazões de Recurso Ordinário é de oito dias.
Processamento será também apresentada em petição dirigida ao Juízo da Vara
requerendo-se o processamento das razões e a remessa a instância superior para julgamento.
2-RECURSO ADESIVO
O Recurso Adesivo pode ser incluído no rol dos recursos trabalhistas ainda que o artigo
893 da CLT, não faça referência. O cabimento do recurso adesivo trabalhista, foi negado
durante muito tempo pela jurisprudência, mas hoje está superado o obstáculo do cabimento
por súmula da jurisprudência do TST.
A súmula Nº 283 consagra o entendimento que o recurso adesivo é compatível com o
processo do trabalho, no prazo de oito dias, nas hipóteses de interposição do recurso de
recurso ordinário, de agravo de petição, de revista e de embargos, sendo desnecessário que a
matéria nele veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto pela parte contrária.
PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
Para interposição do recurso adesivo deve haver sucumbência recíproca, assim como
deverão ser preenchidos todos os demais pressupostos de admissibilidade recursal,
notadamente o preparo.
PROCESSAMENTO
O recurso adesivo deverá ser interposto no prazo de oito dias, no prazo que a parte
dispõe para apresentar contrarrazões, e será endereçado à autoridade competente para
admitir o recurso principal.
Diante da falta de regramento na norma celetista e aplicando as disposições constantes
do artigo 769 da CLT, o processamento do recurso adesivo observará as disposições
constantes na lei processual civil, art. 500, onde se tem que o recurso adesivo fica subordinado
à sorte do principal e a ele se aplicam as mesmas regras do recurso independente, quanto às
condições de admissibilidade, preparo e julgamento no tribunal superior.
Interposto o recurso adesivo, a parte recorrida será notificada para oferecer suas
contrarrazões no prazo de oito dias. (Lei n. 55.584/70, artigo 6º).
No tribunal será analisado, inicialmente, se o recurso principal preenche as condições de
admissibilidade e, uma vez conhecido, passa-se ao exame do adesivo.
Assim, não sendo admitido o recurso principal, ou dele vindo a desistir a parte que o
interpôs, não será admitido o recurso adesivo.
3-RECURSO DE REVISTA
O recurso de revista possui natureza extraordinária uma vez que não é utilizado como
recurso de segundo grau, nem para corrigir erros “in judicando” ou “in procedendo “, mas sim
como instrumento de preservação da supremacia do direito nacional e para uniformizar a
jurisprudência nacional. Até 1949, o recurso de revista tinha o nome de recurso extraordinário
trabalhista.
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1-PREQUESTIONAMENTO
Prequestionamento ficto
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A lei 13.467/2017, inseriu no artigo 896 parágrafo 1º da CLT o para ficar constando
que quando o recorrente suscitar no recurso de revista a preliminar de nulidade por
negativa de prestação jurisdicional, é obrigatório que seja transcrito na peça recursal, o
trecho dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do tribunal sobre
questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da decisão regional que rejeitou os
embargos quanto ao pedido, para cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão.
A dispensa do prequestionamento
2-TRANSCENDÊNCIA
Qualidade que transcende, significa algo muito relevante, importante. O artigo 896 A da
CLT dispõe que o TST não conhecerá de recurso oposto contra decisão em que a matéria de
fundo não ofereça transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza jurídica,
política, social ou econômica
Trata-se de um pressuposto de admissibilidade recursal que é examinado pelo Tribunal,
não pelo presidente do Tribunal, por ocasião do julgamento, marcado pela subjetividade.
Diante do caráter subjetivista de que se reveste este pressuposto, a jurisprudência do TST
não tem sido rigorosa na alise do referido pressuposto de admissibilidade recursal.
A lei 13.467/2017 inseriu no artigo 896 A os parágrafos 1°,2°,3°;4°; 5°,6º , sendo que
no parágrafo 1º definiu os indicadores da transcendência .
No parágrafo 2° a lei autorizou o relator, por decisão monocrática, denegar
seguimento ao recurso de revista que não demonstrar transcendência, cabendo agravo
desta decisão para o colegiado.
Prosseguindo, no parágrafo 3° deixou certo a possibilidade do recorrente, fazer
sustentação oral na sessão de julgamento do recurso para o fim de demonstrar a existência
de transcendência da matéria recursal, pelo prazo de cinco minutos, e no parágrafo
4°dispõe que e mantido o voto do relator negando o processamento do recurso por falta de
transcendência será lavrado acórdão sucinto, revestindo a referida decisão do caráter de
decisão irrecorrível.
No parágrafo 6° restou estabelecida a competência do relator para aferir a existência
da transcendência, deixando certo que o exame da admissibilidade que é feito pela
Presidência do Tribunal limita-se à análise dos pressupostos intrínsecos e extrínsecos do
apelo, não abrangendo o critério da transcendência das questões nele veiculadas. Diante da
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Artigo 896 A
....................................................................................................................
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a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver
dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios
Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a Súmula de Jurisprudência Uniforme
dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal; acrescentado pela lei
13.015/2014;
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal
à Constituição Federal.
Verifica-se assim, que o recurso de revista pela sua devolutividade restrita não visa
corrigir a decisão injusta, ou reapreciar a prova dos autos, como se dá com o recurso
ordinário, que devolve ao Tribunal ad quem o conhecimento de toda a matéria impugnada.
A interpretação divergente, (conflitante) prevista pelo artigo 896 da CLT, haverá de ser,
necessariamente aquela que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho ou o
Tribunal Superior do Trabalho através da Seção Especializada de Dissídios Individuais. Registre-
se que a divergência haverá de ser entre Tribunais do Trabalho. São inservíveis, portanto,
decisões de Varas do Trabalho, do STJ ou até mesmo do Colendo Supremo Tribunal Federal.
DA COMPROVAÇÃO DA DIVERGÊNCIA
A lei 13015/2014 acrescentou os parágrafos 1º, incisos I, II, III ao artigo 896 da CLT para
o fim de ficar constando:
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II - Interpretação razoável de preceito de lei, ainda que não seja a melhor, não dá
ensejo à admissibilidade ou ao conhecimento de recurso de revista com base na alínea
"c" do art. 896 da CLT. A violação há de estar ligada à literalidade do preceito.
Verifica-se, portanto que a regra prevista no artigo 899 da CLT no sentido de que os
recursos são interpostos por simples petição não se aplica ao recurso de revista, em vista das
exigências da lei e da jurisprudência do TST.
Da literalidade da alínea “a” do artigo 896 tem-se também que unicamente as decisões
proferidas pela Seção de Dissídios Individuais do TST podem ser indicadas como paradigma,
nunca das turmas do TST por falta de previsão legal.
Esta posição é criticada pois a divergência entre turmas e estas e a seção especializada
admitem o recurso de embargos.
Assim, a admissibilidade do recurso de revista por divergência jurisprudencial exige a
demonstração de decisão divergente de qualquer turma ou pleno de outro TRT.
A lei 13.015/2014 tornou obrigatório aos TRTs que procedam a uniformização de sua
jurisprudência, que vinha regulamentada nos parágrafos 3°,4°, 5° e 6º da CLT. No entanto, os
§§ 3º, 4º, 5º e 6º do artigo 896 da CLT foram revogados pela Lei 13.467/2017.
Desse modo, o incidente de uniformização de jurisprudência no âmbito dos Tribunais
Regionais do Trabalho deixa de existir por disposição expressa de lei, o que pode resultar
em certo descompasso com as diretrizes instituídas pelo CPC de 2015. Nesse enfoque,
segundo o seu artigo 926, os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la
estável, íntegra e coerente.
O TST na Instrução normativa número 41/2018, no artigo 18 deixa certo que “O dever
de os Tribunais Regionais do Trabalho uniformizarem a .sua jurisprudência faz incidir,
subsidiariamente ao processo do trabalho, o art. 926 do CPC, por meio do qual os Tribunais
deverão manter sua jurisprudência íntegra, estável e coerente.
No parágrafo 1º do mesmo artigo 18, dispõe que “Os incidentes de uniformização de
jurisprudência suscitados ou iniciados antes da vigência da Lei nº 13.467/2017, no âmbito dos
Tribunais Regionais do Trabalho ou por iniciativa de decisão do Tribunal Superior do Trabalho,
deverão observar e serão concluídos sob a égide da legislação vigente ao tempo da
interposição do recurso, segundo o disposto nos respectivos Regimentos Internos” e no
parágrafo 2º diz que “Aos recursos de revista e de agravo de instrumento no âmbito do
Tribunal Superior do Trabalho, conclusos aos relatores e ainda não julgados até a edição da
Lei nº 13.467/17, não se aplicam as disposições contidas nos §§ 3º a 6º do artigo 896 da
Consolidação das Leis do Trabalho” Por fim no parágrafo 3º estabelece que “As teses jurídicas
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DA ATUALIDADE DA DIVERGENCIA
A matéria referida nos parágrafos 7º e 8º do artigo 896, já era uma exigência do TST,
constante das súmulas n. º 333 e 337, que agora converte-se em lei –
Analisando o disposto na alínea “c” do artigo 896 da CLT, verificamos caber o recurso de
revista quando a decisão for proferida com violação literal de disposição da lei federal ou
afronta direta e literal da Constituição da República. Isto é a violação há de ser manifesta,
inequívoca, perceptível a primeira vista, deve estar ligada a literalidade do preceito legal
Por essa razão, a prática vem demonstrando que a demonstração de violação à lei é,
sem dúvida alguma, o pressuposto mais difícil de ser atendido. É necessário que a violação
esteja ligada à literalidade da lei. A jurisprudência do Egrégio Tribunal Superior do Trabalho
tem entendido indispensável o prequestionamento, nas hipóteses de indicação de violação à
lei.
No entanto, o cancelamento do inciso II da Súmula n. 221 do TST, demonstra o
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entendimento de que a jurisprudência do TST, irá analisar caso a caso se houve ou não
violação literal de lei ou da constituição no caso concreto, não mais prevalecendo o critério da
interpretação razoável. Com isso, o Tribunal Superior do Trabalho passa a admitir o recurso de
revista com maior flexibilidade.
Também é certo que a lei objeto de violação pode ser tanto de direito material, como
processual. Não necessita ser legislação trabalhista, apenas que a matéria nela versada seja da
competência da Justiça do Trabalho (art. 114, da CF).
Tem-se que a decisão recorrida necessita examinar a matéria e enquadrá-la no preceito
da lei que a parte pretende apontar como violado, mas a dificuldade em demonstrar o
arranhão à literalidade da lei está exatamente no fato de que o julgador ao aplicá-la acaba
interpretando-a.
Conforme se verifica do artigo 896 § 9º da CLT com a nova redação dada pela lei Nº
13.015, DE 21 JULHO DE 2014 : “Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo , somente
será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do
Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por
violação direta da Constituição Federal. TST na OJ 352 da SDI-I deixou certo que não cabe
recurso de revista no sumaríssimo por contrariar OJ do TST.
Nos termos do que dispõe o artigo 896 § 2o Das decisões proferidas pelos Tribunais
Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo
incidente de embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de
ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal.
No entanto no § 10 do artigo 896 tem-se que. “Cabe recurso de revista por violação
à lei federal, por divergência jurisprudencial e por ofensa à Constituição Federal nas
execuções fiscais e nas controvérsias da fase de execução que envolvam a Certidão Negativa
de Débitos Trabalhistas (CNDT), criada pela Lei no 12.440, de 7 de julho de 2011”.
Neste parágrafo houve uma ampliação do Recurso de revista na fase de execução, sendo
possível seu cabimento nas execuções fiscais, e nas controvérsias da fase de execução que
envolva a Certidão de Débitos Trabalhistas, criada pela Lei 12.440, de 7 de julho de 2011.
Observa-se que neste caso, as hipóteses que admitem o recurso de revista são: violação
a lei federal, por divergência jurisprudencial e por ofensa à Constituição Federal não menciona
a lei que a ofensa tem que ser direita e literal. Também não vem mencionado o cabimento
nas hipóteses de violação a súmula vinculante do STF.
DO SANEAMENTO DO RECURSO
§ 11. Quando o recurso tempestivo contiver defeito formal que não se repute grave, o
Tribunal Superior do Trabalho poderá desconsiderar o vício ou mandar saná-lo, julgando o
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mérito. Trata-se de uma alteração necessária porque, muitas vezes, apenas por um defeito
formal, ou mesmo um erro material, perde a parte a possibilidade de ver seu recurso
apreciado, embora tempestivamente interposto. Assim, na hipótese de ser verificado a
existência de vícios de natureza formal que não seja grave o relator poderá desconsiderá-lo,
ou mandar que o recorrente regularize podendo suspender o processo. A nova redação
reafirma o princípio da instrumentalidade, segundo o qual não se pronuncia a nulidade se for
possível suprir a falta ou a irregularidade, bem como o princípio do aproveitamento dos atos
processuais.
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julgamento sob o rito dos recursos repetitivos , comunicará aos demais Presidentes de Turma
ou de Seção Especializada que poderão enviar outros processos versando sobre a mesma
questão jurídica para serem julgados conjuntamente.
A fim de evitar que sejam julgados nos TRTs outros recursos que versam sobre a mesma
questão a que consta dos recursos afetados como repetitivos, o Presidente do Tribunal
Superior do Trabalho oficiará os Presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho para que
suspendam a tramitação dos recursos interpostos até o pronunciamento em definitivo do TST
sobre a matéria controvertida. A suspensão será certificada nos autos, dando-se ciência as
partes e ao Ministério Público.
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Artigo 896C § 10. Transcorrido o prazo para o Ministério Público e remetida cópia do
relatório aos demais Ministros, o processo será incluído em pauta na Seção Especializada ou
no Tribunal Pleno, devendo ser julgado com preferência sobre os demais feitos.
Assim, após o trânsito em julgado da decisão, será dado ciência aos TRTs, informando o
resultado do julgamento e este deverá adotar uma das seguintes providencias em relação aos
recursos sobrestados:
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Se o novo julgamento, adotar a tese esposada pelo TST, a decisão será reformada e o
recurso de revista interposto ficará prejudicado. Mantida a decisão divergente, proceder ao
exame da admissibilidade do recurso de revista já interposto.
Artigo 896C § 13. Caso a questão afetada e julgada sob o rito dos recursos repetitivos
também contenha questão constitucional, a decisão proferida pelo Tribunal Pleno não
obstará o conhecimento de eventuais recursos extraordinários sobre a questão
constitucional.
Pode acontecer que a matéria apreciada pelo TST através do procedimento dos recursos
repetitivos seja de ordem constitucional. Neste caso, a decisão proferida pelo Tribunal Pleno
não obstará o conhecimento de eventuais recursos extraordinários sobre a questão
constitucional.
Artigo 896C § 14. Aos recursos extraordinários interpostos perante o Tribunal Superior
do Trabalho será aplicado o procedimento previsto no art. 543-B da Lei no 5.869, de 11 de
janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), cabendo ao Presidente do Tribunal Superior do
Trabalho selecionar um ou mais recursos representativos da controvérsia e encaminhá-los
ao Supremo Tribunal Federal, sobrestando os demais até o pronunciamento definitivo da
Corte, na forma do § 1o do art. 543-B da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de
Processo Civil).
Artigo 896C § 16. A decisão firmada em recurso repetitivo não será aplicada aos casos
em que se demonstrar que a situação de fato ou de direito é distinta dos presentes no
processo julgado sob o rito dos recursos repetitivos.
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Pode ocorrer que a tese adotada pelo Tribunal não seja a melhor, no entanto, a tese só
poderá ser modificada quando se alterar a situação econômica, social ou jurídica, caso em que
será respeitada a segurança jurídica das relações firmadas sob a égide da decisão anterior
Segundo o TST, nas hipóteses dos artigos 896-B e 896-C da CLT, somente poderão ser
afetados recursos representativos da controvérsia que sejam admissíveis e que contenham
abrangente argumentação e discussão a respeito da questão a ser decidida.
Nesta Instrução Normativa logo no artigo 1º fica certo que “As normas do Código de
Processo Civil relativas ao julgamento dos recursos extraordinário e especial repetitivos
aplicam-se, no que couber, ao recurso de revista e ao recurso de embargos repetitivos (CLT,
artigos 894, II e 896 da CLT).”
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§ 4º Não será admitida sustentação oral versando, de forma específica, sobre a proposta
de afetação.
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decidida. Parágrafo único. O relator desse incidente não fica vinculado às propostas de
afetação de que trata o artigo anterior, podendo recusá-las por desatenderem aos requisitos
previstos no caput deste artigo e, ainda, selecionar outros recursos representativos da
controvérsia. Fonte: Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho, Brasília, DF, n. 1856, 17 nov.
2015. Caderno Judiciário do Tribunal Superior do Trabalho,
Art. 8º Se, após receber os recursos de revista selecionados pelo Presidente ou Vice-
Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, não se proceder à sua afetação, o relator, no
Tribunal Superior do Trabalho, comunicará o fato ao Presidente ou Vice-Presidente que os
houver enviado, para que seja revogada a decisão de suspensão referida no artigo 896-C, § 4º,
da CLT.
Art. 9º As partes deverão ser intimadas da decisão de suspensão de seu processo, a ser
proferida pelo respectivo relator.
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§ 3º A outra parte deverá ser ouvida sobre o requerimento, no prazo de cinco dias§ 4º
Reconhecida a distinção no caso:
Art. 10. Para instruir o procedimento, pode o relator fixar data para, em audiência
pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e conhecimento na matéria, sempre
que entender necessário o esclarecimento de questões ou circunstâncias de fato subjacentes
à controvérsia objeto do incidente de recursos repetitivos.
Art. 11. Os recursos afetados deverão ser julgados no prazo de um ano e terão
preferência sobre os demais feitos.
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Parágrafo único. É vedado ao órgão colegiado decidir, para os fins do artigo 896-C da
CLT, questão não delimitada na decisão de afetação.
§ 1º Na hipótese de que trata o caput deste artigo, o recurso de revista será submetido a
novo exame de sua admissibilidade pelo Presidente ou Vice-presidente do Tribunal Regional,
retomando o processo o seu curso normal.
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Art. 16. A parte poderá desistir da ação em curso no primeiro grau de jurisdição, antes
de proferida a sentença, se a questão nela discutida for idêntica à resolvida pelo recurso
representativo da controvérsia.
Art. 18. Caso a questão afetada e julgada sob o rito dos recursos repetitivos também
contenha questão constitucional, a decisão proferida pelo Tribunal Pleno não obstará o
conhecimento de eventuais recursos extraordinários sobre a questão constitucional.
Art. 20. Art. 20. Quando o julgamento dos embargos à SbDI-1 envolver relevante
questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos mas
a respeito da qual seja conveniente a prevenção ou a composição de divergência entre as
turmas ou os demais órgãos fracionários do. Tribunal Superior do Trabalho, poderá a SbDI-1,
por iniciativa de um de seus membros e após a aprovação da maioria de seus integrantes,
afetar o seu julgamento ao Tribunal Pleno.
Parágrafo único. Aplica-se a este incidente, no que couber, o que esta Instrução
Normativa dispõe sobre o incidente de julgamento de recursos repetitivos
Art. 21. O Tribunal Superior do Trabalho deverá manter e dar publicidade às questões
de direito objeto dos recursos repetitivos já julgados, pendentes de julgamento ou já
reputadas sem relevância, bem como daquele objeto das decisões proferidas por sua
composição plenária, nos termos do § 13 do artigo 896 da CLT e do artigo 20 desta Instrução
Normativa.
Parágrafo único. As decisões, organizadas por questão jurídica julgada, serão divulgadas,
preferencialmente, na rede mundial de computadores e constarão do Banco Nacional de
Jurisprudência Uniformizadora – BANJUR, instituído pelo artigo 7º da Instrução Normativa nº
37/2015, aprovada pela Resolução nº 195, de 02.03.2015, do Tribunal Superior do Trabalho.
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EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA
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CABIMENTO
A LEI Nº 13.015, DE 21 JULHO DE 2014 deu nova redação ao artigo 894 da CLT para
deixar que certo que os embargos de divergência podem ser interpostos nas seguintes
hipóteses :
Art. 894
II - Das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela
Seção de Dissídios Individuais, contrárias à súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal
Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal.
§ 2o A divergência apta a ensejar os embargos deve ser atual, não se considerando tal a
ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou
superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.
Também, importante ressaltar a Súmula 353 do TST trata do cabimento dos embargos e
dispõe, in verbis:
“Não cabem embargos para a SDI de decisão de Turma proferida em agravo, salvo:
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EMBARGOS INFRINGENTES
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PREPARO
6-AGRAVO DE INSTRUMENTO
Nos termos do disposto na alínea “b” do artigo 897 Consolidação das Leis do Trabalho
cabe agravo de instrumento, dos despachos (decisão monocrática) que denegarem a
interposição dos recursos. Podemos afirmar que cabe agravo de instrumento da decisão que
denegar segmento ao recurso ordinário, adesivo, revista e extraordinário. E também contra a
decisão que denega segmento ao agravo instrumento interposto. Não cabe da decisão que
denega segmento aos embargos para o TST, pois o recurso cabível seria o agravo regimental,
ainda que alguns doutrinadores afirmem caber agravo de instrumento (Sergio Pinto Martins)
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do recurso, denegado., sendo certo que foi acrescentado o parágrafo 5º no art. 897 da CLT ,
onde se tem logo no inciso I desse mesmo parágrafo as peças obrigatórias que devem instruir
a formação do agravo, tais como a cópia da decisão agravada, da certidão da respectiva
intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e agravado, petição
inicial. Contestação, decisão originária, comprovação do depósito recursal e do recolhimento
das custas.
Também conforme se verifica, o inciso II do mesmo dispositivo consolidado a lei permitiu
que o agravante possa facultativamente trazer peças que reputar úteis ao deslinde da matéria
de mérito controvertida.
As razões do agravo não devem ficar adstritas ás razões do recurso trancado mas devem
voltar-se para combater a juridicidade do r. Despacho agravado O agravo de instrumento não
é sucedâneo do recurso denegado e o seu êxito depende, portanto, da parte mostrar que o
recurso tinha condições de ser processado.
EFEITO
Apenas devolutivo, a matéria analisada será o acerto ou não da decisão que denegou
segmento ao recurso interposto, e somente em caso de provimento do agravo de instrumento
é que o Tribunal passará a analisar o recurso cujo segmento havia sido obstado pelo juízo a
quo.
PROCESSAMENTO
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Art. 23. A dispensa de depósito recursal a que se refere o § 8º do artigo 899 da CLT
não será aplicável aos casos em que o agravo de instrumento se refira a uma parcela de
condenação, pelo menos, que não seja objeto de arguição de contrariedade a súmula ou a
orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho.
Parágrafo único. Quando a arguição a que se refere o caput deste artigo revelar-se
manifestamente infundada, temerária ou artificiosa, o agravo de instrumento será
considerado deserto.
7-AGRAVO REGIMENTAL
CABIMENTO
Trata-se de recurso cabível para atacar decisão que denegar segmento ao recurso, ou
para atacar decisões das quais a lei não prevê nenhum recurso, também há alguns regimentos
Internos que admitem o Agravo regimental para atacar decisão que denegar ou conceder
medida liminar, que indeferir de plano petição inicial de ação rescisória, mandado de
segurança, ação cautelar e habeas corpus, das decisões proferidas pelo corregedor em
reclamação correcional e proferidas pelo Presidente do Tribunal em matéria administrativa
etc.
FONTE NORMATIVA
A Consolidação das Leis do Trabalho no artigo 709 fala no agravo regimental e a Lei 7701/88
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NATUREZA JURIDICA
Há quem entenda que não constituem propriamente modalidade de recurso, pelo fato de
não haver oportunidade para contrarrazões ou sustentação oral, preparo, nem revisor, no
entanto, é certo que o agravo regimental provoca o reexame e a revisão de decisão anterior.
PRAZO DE INTERPOSIÇÃO
PROCESSAMENTO
Trata-se de recurso que deve ser interposto perante o órgão judicial que proferiu a
decisão atacada, devendo ser requerido a reconsideração da decisão e sucessivamente o
encaminhamento dos autos ao órgão colegiado. Não havendo retratação, o relator que é o juiz
que proferiu a decisão agravada determinará a inclusão do processo em pauta para
julgamento, pois não lhe permitido indeferir o processamento do agravo. È certo que O
agravante deve ter muito cuidado pois o processamento do agravo regimental varia de acordo
com o regimento interno de cada Tribunal
8-AGRAVO DE PETIÇÃO
O Agravo de Petição é recurso previsto pela alínea a do art.897 da C.L.T, cabível no prazo
de oito dias das decisões do juiz ou Presidente, nos processos de execução.
CABIMENTO
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Teixeira Filho entende que não é admitido, aduzindo que pela mesma razão não é cabível agravo
de petição para atacar decisão que rejeita artigos de liquidação, sustenta que em caso de rejeição
por não estarem provados, estes poderão ser renovados.
Também há que se deixar certo que o agravo de petição não é o recurso cabível para
atacar a decisão que denega o pedido de exceção de pré-executividade (interlocutória), mas a
que aceita a exceção de pré-executividade cabe agravo de petição.
José Augusto Rodrigues Pinto sustenta o cabimento do agravo de petição das decisões
interlocutórias mistas como no caso a que julga não provados os artigos de liquidação.
Por se tratar de recurso, deve ser interposto no prazo de oito dias contados a partir da
data em que a parte é cientificada da sentença proferida na fase execução.
Nos termos do que dispõe o § 3o do artigo 897 da CLT a competência para julgar o
recurso de agravo de petição se se tratar de decisão proferida pelo Juiz do Trabalho de 1ª
Instância ou de Juiz de Direito, o julgamento competirá a uma das Turmas do Tribunal
Regional a que estiver subordinado o prolator da sentença.
Quando o agravo de petição versar apenas sobre as contribuições sociais, o juiz da
execução determinará a extração de cópias das peças necessárias, que serão autuadas em
apartado, conforme dispõe o § 3o, parte final, e remetidas à instância superior para
apreciação, após contraminuta.
Importante lembrar que conforme disposto no § 2º do artigo 897 da CLT” O agravo de
instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição não suspende
a execução da sentença.
Dispõe ao parágrafo primeiro do artigo 897 que o agravo de petição só será recebido
quando o agravante delimitar e justificar os valores impugnados, permitindo a execução da
parte remanescente. Tem-se, portanto, que a delimitação da matéria é pressuposto de
admissibilidade do recurso por parte do devedor e se não for observado, o recurso não será
processado.
Em doutrina encontramos entendimentos de que se for o credor que estiver interpondo
o agravo de petição não é necessário delimitar a matéria, eis que a delimitação visa tutelar
interesse do credor, em nome do qual se processa toda a execução. Também sustentam que
não há essa exigência quando se trata de terceiro, uma vez que este não pretende discutir o
valor devido na execução, mas sim a legalidade ou não do ato judicial de penhora de bem que
alega ser de sua propriedade, ou que se encontravam em sua posse legitima.
PREPARO
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EFEITO
Depois da edição da Lei 8432/92 o agravo de petição passou a ser recebido no efeito
devolutivo em razão do disposto na regra geral do artigo 899, restrito aos valores impugnados
pelo agravante.
PROCESSAMENTO
9- RECURSO EXTRAORDINÁRIO
O Recurso Extraordinário previsto no art. 102, III, da Constituição Federal. poderá ser
interposto no prazo de 15 dias, das decisões proferidas pelo TST, em única ou última instância,
quando a decisão:
a) Contrariar dispositivo da Constituição Federal;
b) Houver a necessidade de se declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei
federal;
c) For julgado válida lei federal ou ato do governo local contestado em face da
Constituição Federal.
Ou seja, as causas trabalhistas poderão vir a ser discutidas no Supremo Tribunal Federal,
em grau de recurso extraordinário, sempre que estiver em jogo a possibilidade de ofensa à
Constituição Federal por decisão oriunda da Justiça do Trabalho (do Tribunal Superior do
Trabalho).
“No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das
questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal
examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços
de seus membros".
PROCESSAMENTO:
O processamento do recurso extraordinário obedecerá às regras previstas nos artigos
541 e seguintes do CPC bem como do Regimento Interno do STF
Dispõe a Carta Política: Art. 103-B: O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por
provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões
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sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa
oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à
administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como
proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas
determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses
e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de
processos sobre questão idêntica.
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou
cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta
de inconstitucionalidade.§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a
súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal
Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial
reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula,
conforme o caso."
Conforme dispõe o artigo 893§2º o recuso extraordinário não suspende a execução do
julgado, no entanto diverge a doutrina e a jurisprudência a respeito se a execução é definitiva ou
provisória. O TST na OJ 56 da SDI-II- deixa certo que “Não há direito liquido e certo a execução
definitiva na pendência de recurso extraordinário “
A correição pode ser geral ou ordinária, assim entendida aquela que é realizada uma vez
por ano nas varas ou nos tribunais, extraordinária que é feita sempre que o corregedor
entender necessário e Correição Parcial, quando o corregedor toma conhecimento de
ocorrências particulares, denunciadas pela parte prejudicada
CABIMENTO
Dispõe o artigo 709 inciso II, que cabe ao Juiz Corregedor decidir reclamações contra
atos atentatórios da boa ordem processual praticados pelos Tribunais Regionais e seus
Presidentes quando inexistir recurso específico.
a) ato atentatório á boa ordem processual, sendo certo também que a lei não relaciona
quais são estes atos, e nesse vazio deverá prevalecer sempre o bom senso da parte, e do juiz
corregedor,
b) Não há recurso cabível para atacar o ato impugnado,
c) existência de prejuízo para a parte em decorrência do ato praticado pelo juiz Assim,
sempre que existir recurso cabível para atacar o ato impugnado não caberá correição
NATUREZA JURÍDICA
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mero procedimento administrativo, que tem por fim coibir procedimentos do juiz
atentatórios a boa ordem processual, outros no entanto, atribuem a correição parcial,
natureza recursal sui generis de origem clandestina, eis que não está previsto na lei como
recurso, mas que tem por fim a reforma do ato judicial.
O prazo de interposição, vem fixado nos regimentos internos dos Tribunais, que
geralmente fixam em 05 dias contados a partir da publicação do ato ou da ciência pela parte
dos fatos relativos a impugnação
PROCESSAMENTO
O artigo 709, inciso II da CLT, dispõe que cabe ao Ministro Corregedor do TST decidir
reclamações contra atos atentatórios a boa ordem processual praticados pelos TRTs e seus
Presidentes, por essa razão a petição inicial è dirigida ao Juiz Corregedor A apresentação de
correição não suspende o processo principal, Apresentada a petição inicial o juiz de primeiro
grau não pode negar segmento, ainda que esteja fora de prazo, Autuada será enviado cópia a
autoridade para manifestação no prazo de dez dias, prestando as informações necessárias. A
petição inicial será indeferida pelo Corregedor sempre que se verificar não ser caso de
correição, ou se a petição for inepta. O corregedor deverá decidir no prazo de dez dias, sendo
o julgamento realizado pelo juiz monocrático e não colegiado. Das decisões proferidas pelo
Corregedor caberá Agravo Regimental
EXECUÇÃO
A seguir vamos analisar a execução no processo do trabalho, que pode ser entendida
como o conjunto de atos praticados pelas partes ou de oficio pelo juiz, com a finalidade de
compelir o devedor a satisfazer a obrigação constante do título executivo.
1 - Títulos Executivos -O artigo 876 da Consolidação das Leis do Trabalho, com a nova
redação que lhe foi dada pela Lei 9958 /2000 aponta quais são os títulos executivos que
podem ser executados na Justiça do Trabalho que são:
a) Títulos judiciais (decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido
recurso com efeito suspensivo; e os acordos, quando não cumpridos);
b) Títulos extrajudiciais os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério
Público do Trabalho; e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de
Conciliação Prévia.
No parágrafo único do artigo 876 da CLT tem-se que serão executados de officio os
créditos previdenciários devidos em decorrência de decisão proferida pelos Juízes e Tribunais
do Trabalho, resultantes de condenação ou homologação de acordo.
Este dispositivo legal está em consonância com o artigo 114, inciso VIII da Constituição
Federal que prevê a competência material da Justiça do trabalho para executar esses
créditos. Importante lembrar que o Supremo Tribunal Federal ao interpretar o referido
dispositivo legal, vem decidindo que a competência da justiça obreira alcança apenas a
execução das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante das
sentenças que proferir.
Deve ser mencionado que o rol de títulos executivos referidos no artigo 876 da CLT não
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é exaustivo pois existem outros títulos passíveis de execução na Justiça do Trabalho Exemplo.
Laudo arbitral (artigo 31 da Lei 9.307/96 e os créditos previdenciários
Importante mencionar que a lei 13.467/2017 deu nova redação ao parágrafo único
do artigo 876 da CLT para ficar constando a competência da Justiça do trabalho para
executar de oficio as contribuições sociais previstas na alínea a do inciso I e no inciso II do
caput do art. 195 da Constituição Federal, e seus acréscimos legais, relativas ao objeto da
condenação constante das sentenças que proferir e dos acordos que homologar.
“Art. 876.
Parágrafo único. A Justiça do Trabalho executará, de ofício, as contribuições sociais
previstas na alínea a do inciso I e no inciso II do caput do art. 195 da Constituição Federal, e
seus acréscimos legais, relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que
proferir e dos acordos que homologar.
3 - Legitimação Ativa na execução -O artigo 878 da CLT com a nova redação que lhe
foi dada pela lei 13.467/2017 dispõe que A execução será promovida pelas partes,
permitida a execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos
em que as partes não estiverem representadas por advogado.
Tem-se, portanto, que agora a execução de oficio só será possível quando o as partes
não estiverem representadas por advogados, e por essa razão, agora, não se tem mais
dúvida de que a prescrição intercorrente, e aplicada no processo do trabalho,
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execução poderá ser promovida em face de qualquer empresa do grupo ainda que não tenha
sido parte na fase de conhecimento.
Da leitura do artigo 877 da Consolidação das Leis do trabalho se verifica que de regra a
competência para a execução é do juiz ou presidente do tribunal que julgou originariamente
a ação. Havendo reforma da decisão pelos tribunais as sentenças serão executadas perante a
vara de onde originaram o processo, uma vez que o fato de ser ou não provido o recurso não
altera a competência executória do juízo originário. Da mesma forma, os acordos judiciais
celebrados em fase de recurso, perante o juízo de 2° serão executados em primeira
instância. Nas ações de mandado de segurança ou rescisória de competência originária dos
Tribunais o acórdão proferido deve ser executado perante o próprio órgão do segundo grau
(artigo 682, VI da CLT).Quando se tratar de execução de título executivo extrajudicial, o
artigo 876 A da CLT, estabelece que a competência será do juiz que teria competência para o
processo de conhecimento relativo á matéria.
6-Liquidação Da Sentença
Mesmo quando a ação se processa pelo rito sumaríssimo, que por força de lei deverá
ser liquida, é necessário que proceda a liquidação para apuração dos juros correção
monetária, o valor das contribuições previdenciárias devidas e outras parcelas acessórias da
condenação.
Conforme disposto na nova redação do parágrafo 2°do artigo 879 da CLT, elaborada a
conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes prazo comum de oito dias para
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impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob
pena de preclusão.
No parágrafo 3°, a lei celetista impõe, ainda, a notificação da União para manifestação
no prazo de 10 dias sob pena de preclusão.
2 – Arbitramento
Far-se-á a liquidação por arbitramento sempre que assim houver sido determinado
pela sentença, ajustado pelas partes ou sempre que assim exigir a natureza do objeto da
liquidação. Na liquidação por arbitramento, os elementos para a liquidação não estão nos
autos, sendo necessário um conhecimento técnico para obtê-los ou avaliá-los.
A liquidação por arbitramento poderá ocorrer, também, quando houver lacuna na
prova produzida, por inexistência de documentos ou falta de dados, sendo determinado
segundo as diretrizes do juiz. È que muitas vezes.
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A lei 13.467/2017 acrescentou na CLT o artigo 883 letra A para ficar constando a
possibilidade de protesto dos e inscrição do devedor no cadastro de devedores dos
serviços de proteção ao credito e cadastro de devedores da Justiça do Trabalho quando
transcorrido o prazo de 45 dias depois da citação para pagamento do devedor não atender
a determinação judicial .
“Art. 883-A. A decisão judicial transitada em julgado somente poderá ser levada a
protesto, gerar inscrição do nome do executado em órgãos de proteção ao crédito ou no
Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT), nos termos da lei, depois de
transcorrido o prazo de quarenta e cinco dias a contar da citação do executado, se não
houver garantia do juízo.”
FRAUDE A EXECUÇÃO
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DA RESPONSABILIDADE DO SOCIO
Art. 795. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade,
senão nos casos previstos em lei.
§ 1o O sócio réu, quando responsável pelo pagamento da dívida da sociedade, tem o
direito de exigir que primeiro sejam excutidos os bens da sociedade.
§ 2o Incumbe ao sócio que alegar o benefício do § 1o nomear quantos bens da sociedade
situados na mesma comarca, livres e desembargados, bastem para pagar o débito.
§ 3o O sócio que pagar a dívida poderá executar a sociedade nos autos do mesmo
processo.
§ 4o Para a desconsideração da personalidade jurídica é obrigatória a observância do
incidente previsto neste Código.
RESPONSABILIDADE DO ESPOLIO
Art. 796. O espólio responde pelas dívidas do falecido, mas, feita a partilha, cada
herdeiro responde por elas dentro das forças da herança e na proporção da parte que lhe
coube.
Art. 805 NCPC -. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o
juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa
incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção
dos atos executivos já determinados
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ESPÉCIES DE EXECUÇÃO
Trata-se da forma mais usada no processo do trabalho, e tem por fim expropriar bens
do devedor para satisfazer o direito do credor. Inicia-se com a expedição de mandado de
citação do executado, a requerimento da parte ou ex officio, para que cumpra a decisão ou
o acordo no prazo, pelo modo e sob as cominações estabelecidas, ou em se tratando de
pagamento em dinheiro, incluídas as contribuições sociais devidas ao INSS, para que pague
no prazo de 48 horas ou garantia da execução, sob pena de penhora (art. 880 da CLT).
O mandado deverá ser acompanhado da sentença exequenda ou o acordo descumprido
(§ 1º do art. 880 da CLT).
Na fase de execução a citação é feita por oficial de justiça e grande parte da doutrina
entende que deverá ser pessoal. Não sendo o devedor encontrado por duas vezes, no
espaço de 48 horas, será feita a citação por edital, publicado no jornal oficial ou, na falta
deste, afixado na sede da Vara ou Juízo, durante cinco dias (§ 3º do art. 880 da CLT). Assim
como no processo de conhecimento, não existe citação por hora certa na execução,
passando-se diretamente a citação por edital.
“Art. 882. O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a
execução mediante depósito da quantia correspondente, atualizada e acrescida das
despesas processuais, apresentação de seguro-garantia judicial ou nomeação de bens à
penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 835 da Lei no 13.105, de 16
de março de 2015 - Código de Processo Civil
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Art. 831 do NCPC. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o
pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios.
Art. 832. NCPC Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera
impenhoráveis ou inalienáveis.
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15 da Lei nº 6.830/88.
Da formalização da Penhora
Art. 841NCPC. Formalizada a penhora por qualquer dos meios legais, dela será
imediatamente intimado o executado.
§ 1o A intimação da penhora será feita ao advogado do executado ou à sociedade de
advogados a que aquele pertença.
§ 2o Se não houver constituído advogado nos autos, o executado será intimado
pessoalmente, de preferência por via postal.
§ 3o O disposto no § 1o não se aplica aos casos de penhora realizada na presença do
executado que se reputa intimado.
§ 4o Considera-se realizada a intimação a que se refere o § 2o quando o executado
houver mudado de endereço sem prévia comunicação ao juízo, observado o disposto no
parágrafo único do art. 274.
Penhora on line
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A lei 13467/2017 modificou a redação do artigo 882 da CLT incluindo como forma de
garantia da execução além do deposito da quantia do valor da condenação atualizada e
acrescida das despesas processuais e da nomeação de bens a penhora a possibilidade de ser
apresentada seguro-garantia judicial
Art. 882. O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a
execução mediante depósito da quantia correspondente, atualizada e acrescida das
despesas processuais, apresentação de seguro-garantia judicial ou nomeação de bens à
penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 835 da Lei no 13.105, de 16
de março de 2015 - Código de Processo Civil.
Avaliação- O artigo 886 da CLT parágrafo 2º, estabelece que julgada subsistente a
penhora, o juiz, mandará que se proceda a avaliação dos bens. Uma vez concluída a
avaliação será designado data para praça. O prazo para que os oficiais de justiça cumpram os
mandados, de acordo com a regra do artigo 721 parágrafos 2 da CLT é de 9 (nove dias), mas
tratando-se de avaliação o prazo será de 10 (dez) dias, uma vez que o parágrafo 3 faz
remissão expressa ao artigo 888. Na impossibilidade de ser realizada pelo oficial de justiça
poderá determinar que a mesma seja realizada por outro serventuário da justiça, e em caso
de impugnação da avaliação, poderá, ainda, o juiz nomear avaliador oficial para proceder
nova avaliação no prazo de 15 dias.
Leilão- Por força do disposto no artigo 888 parágrafo 1, os bens penhorados serão
vendidos pelo maior lanço e será realizada uma só vez, ainda que se trate de bens imóveis
poderá ser arrematado em praça única, por quem oferecer o maior lanço, ainda que inferior
a avaliação. A alienação dos bens será anunciada por edital afixado na sede do Juízo ou
Tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a antecedência mínima de 20 dias (art.
888 da CLT).
Arrematação - Conceito- Ato público de execução que o Estado pratica por meio do
juiz visando transferir ao patrimônio de outrem bem penhorado do devedor para propiciar
com o produto pecuniário desta transferência a satisfação do direito do credor e das
despesas da execução. A arrematação será realizada no dia, lugar e hora anunciados, e os
bens serão vendidos pelo maior lance, sendo certo que o exequente tem preferência para a
adjudicação.
Arrematados os bens será lavrado o auto de arrematação dentro do prazo de vinte e
quatro horas, contados da hasta pública, podendo o devedor dentro deste prazo remir a
execução quitando todo o seu débito, inclusive custas e despesas processuais, e o credor
também poderá adjudicar os bens penhorados. Após a assinatura do auto de arrematação
pelo juiz e pelo arrematante e pelo servidor encarregado da praça tem-se por perfeita e
acabada a arrematação. Caso não sejam opostos embargos a arrematação ou se estes forem
julgados improcedentes, será extraída a carta de arrematação.
Após a assinatura da carta de arrematação não se admite nenhum recurso ou medida
judicial para desfazer a arrematação. A súmula 399 do TST estabelece que não cabe ação
rescisória para impugnar decisão homologatória de adjudicação ou arrematação.
Também entende o TST que se aplica, no Processo do Trabalho, as regras constantes
do artigo 895 e parágrafos que tratam do pagamento parcelado do lanço do nos seguintes
termos:
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Adjudicação
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A adjudicação poderá ser feita pelo exequente, desde que este manifeste sua intenção,
e só será deferida a requerimento do credor, após a realização da praça, com ou sem
licitantes, também não será aceita depois de assinado o auto de arrematação.
Assim, a adjudicação poderá ser feita até o dia anterior ao da assinatura do referido
auto, porém deverá ser feito após a praça e não antes dela.
De regra, o legitimado para requerer a adjudicação é o credor, no entanto, também
serão legitimados os credores concorrentes, e o credor hipotecário
Após ter sido deferida a adjudicação, dentro de 24 horas será lavrado o auto de
adjudicação, podendo o devedor neste prazo requerer a remição da execução.
Após será lavrado a carta de adjudicação aperfeiçoando assim a transferência da
propriedade do bem para o nome do credor devendo ser registrada nos órgãos
competentes.
Importante mencionar ainda que o TST, na sumula 399 e da Orientação jurisprudencial
n.66 da SDI-II deixa certo que
SUM-399 AÇÃO RESCISÓRIA. CABIMENTO. SENTENÇA DE MÉRITO. DECISÃO
HOMOLOGATÓRIA DE ADJUDICAÇÃO, DE ARREMATAÇÃO E DE CÁLCULOS
I - É incabível ação rescisória para impugnar decisão homologatória de adjudicação
ou arrematação.
II - A decisão homologatória de cálculos apenas comporta rescisão quando enfrentar
as questões envolvidas na elaboração da conta de liquidação, quer solvendo a controvérsia
das partes quer explicitando, de ofício, os motivos pelos quais acolheu os cálculos
oferecidos por uma das partes ou pelo setor de cálculos, e não contestados pela outra.
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REMIÇÃO
Embargos à Execução
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embargos a penhora, afirmando que naqueles serão impugnados o próprio título executivo,
enquanto neste, atacam os atos de constrição do bem, ou seja, a penhora.
Competência
Prescrição Intercorrente
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Procedimento
O prazo para interposição dos embargos é de cinco dias a contar da data da intimação
da penhora pelo oficial da justiça (art. 774 da CLT) ou da data em que foi efetuado o depósito
para a garantia da execução.
A lei 13.467/2017 acrescentou o parágrafo 6º ao artigo 884 da CLT passando a prever
que a exigência de garantia da execução para oposição de embargos de execução não se
aplica as entidades filantrópicas
Artigo 884.
§ 6o A exigência da garantia ou penhora não se aplica às entidades filantrópicas e/ou
àqueles que compõem ou compuseram a diretoria dessas instituições.
Em relação a Fazenda Pública o prazo para interposição dos Embargos será de 30
(trinta) dias (Lei 9.494/97, artigo 1B)
Os embargos á execução no processo do trabalho são processados nos mesmos autos
da execução, e serão sempre recebidos no efeito suspensivo, ficando a execução suspensa
até o julgamento dos embargos aplica-se no processo do trabalho o disposto no parágrafo
6o do artigo 739-A onde se tem que “a concessão de efeito suspensivo não impedirá a
efetivação dos atos de penhora e de avaliação dos bens” Quando os embargos forem
parciais, a execução prosseguirá quanto à parte não embargada. O oferecimento dos
embargos por um dos devedores não suspenderá a execução contra os que não
embargaram, quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao
embargante. Quando a execução for embargada por um dos devedores e o fundamento for
relativo a todos, a execução deve ser suspensa,
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Embargos de Terceiro
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(dez) dias. Apresentada a resposta, será instruído proferindo-se em seguida a sentença. Não
sendo contestado os embargos de terceiro, presumir-se-ão aceitos pelo embargante,
conforme previsto nos artigos 679 e 307 do NCPC. Em caso de serem interpostos embargos
de execução e de terceiros, serão julgados inicialmente os embargos de terceiro.
Não há uniformidade na doutrina acerca do recurso cabível em face da sentença que
julga os embargos de terceiro, se seria recurso ordinário ou agravo de petição. A doutrina
mais aceita é a que prevê recurso ordinário se os embargos são opostos na fase de
conhecimento, e agravo de petição se forem interpostos na fase de execução.
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seja empresa público, presta serviço público essencial, e por essa razão o STF entendeu que
esta empresa se beneficia com o regime diferenciado de execução, aplicando-se as regras
da execução contra a fazenda pública.
A execução contra a Fazenda Pública não se processa da mesma forma como se dá
quando o devedor é pessoa física ou jurídica de direito privado, uma vez que os bens da
Fazenda Pública são impenhoráveis e imprescritíveis.
A Fazenda Pública estará dispensada de garantir previamente o Juízo da execução para
opor Embargos e se processará na forma do disposto no artigo 535 do NCPC onde se tem:
Art. 535. A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial, por
carga, remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 30 (trinta) dias e nos
próprios autos, impugnar a execução, podendo arguir:
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Tem-se, portanto que os pagamentos a cargo da Fazenda Pública serão feitos segundo
rigorosa ordem de apresentação dos precatórios (ordem cronológica), à conta do crédito
orçamentário, ou extra orçamentário, aberto para este fim.
O precatório consiste na requisição feita pelo Poder Judiciário ao Poder Executivo
respectivo, de numerário suficiente para arcar com as condenações impostas à Fazenda
Pública por meio de sentença judicial contra a qual não caiba mais recurso.
O artigo 100, §3º da CF/88, com redação dada pela EC 62/2009, dispôs sobre as
denominadas dívidas de pequeno valor da Fazenda Pública Federal, Estadual ou Municipal,
contraídas em virtude de sentença judicial transitada em julgado, excluindo-as da incidência
do precatório.
Ainda sobre o conceito de pequeno valor, poderão ser fixados, por leis próprias, valores
distintos às entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas,
sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social.
A IN 37/07 do TST define credito de pequeno valor nos seguintes termos: reputa-se de
pequeno valor credito cuja importância atualizada, por beneficiário, seja igual ou inferior a:
I-60 salários mínimos se a devedora for a Fazenda Pública Federal:
II- 40 Salários-mínimos ou outro valor estipulado pela legislação local se as devedoras
forem a Fazenda Pública Estadual e Distrital;
III- 30 salários mínimos ou u outro valor estipulado pela legislação local se a devedora
forem a Fazenda Pública Municipal
Desta forma, enquanto não forem elaboradas pelos respectivos entes da Federação as
leis instituidoras dos débitos de pequeno valor, será considerada dívida de pequeno valor em
relação aos Estados a que não ultrapassar 40 salários mínimos e em relação aos Municípios, a
que não superar 30 salários mínimos. Em relação à Fazenda Pública Federal, considera-se
dívida de pequeno valor a que não ultrapassar 60 salários mínimos.
Finalmente cabe evidenciar o entendimento cristalizado na OJ 382 da SDI-1 do TST,
segundo o qual A Fazenda Pública, quando condenada subsidiariamente pelas obrigações
trabalhistas devidas pela empregadora principal, não se beneficia da limitação dos juros,
prevista no art. 1º-F da Lei nº 9.494, de 10.09.1997 (0,5% ao mês), neste caso, submetida ao
regime legal de 1%/ mês.
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