Você está na página 1de 3

DIREITO PROCESSUAL CIVIL I

ATIVIDADES ESTRUTURADAS
Em direito processual civil, a atividade substitutiva consistirá na elaboração de trabalho
acadêmico individual relativo a tema constante do programa da respectiva disciplina:
Princípios fundamentais do Direito Processual Civil: princípios previstos na
Constituição Federal e na legislação infraconstitucional.

PRINCÍPIOS UNIVERSAIS

Os princípios universais são aqueles que abrangem todo o âmbito do Direito.


São eles:

- O princípio da legalidade:

O princípio da legalidade vale para limitar o exercício do poder público e


assegurar a todos "a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade e à
propriedade" (CF, art. 5º, caput), também preservando umas das garantias fundamentais
que "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude
de lei" (CF, art. 5º, caput). Ademais, o princípio da legalidade também claramente
utilizado pelo juiz em seu dever de aplicar o ordenamento jurídico, assim como todo o
Poder Judiciário tem de seguir o princípio da legalidade, assim previsto no art. 37,
caput, da Constituição Federal.

- O princípio lógico
O princípio lógico prevê que os atos e as decisões das autoridades públicas
devem ter uma sustentação racional, decisões judiciais obrigatoriamente fundamentadas,
sob pena de nulidade (CF, art. 93, IX). O princípio lógico é uma exigência da ordem
pública, assim evitando quaisquer decisões não embasadas na lógica
- O princípio dialético
O princípio dialético prevê a observância pelo jurista e pelo operador do direito
de critérios lógicos. A lógica está baseada na razoabilidade, por meio do debate e da
argumentação a fim de melhor interpretar as normas presentes no ordenamento jurídico.

- O princípio político
O princípio político está presente na sujeição do juiz ao dever de prover o
efetivo cumprimento das suas decisões jurídicas, normas, princípios e valores
determinados pelo Constituição federal no Estado Democrático de Direito.

PRINCÍPIOS INFORMATIVOS E NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO

Os princípios informativos e normas fundamentais do processo são os princípios


consagrados na doutrina processual. São eles:

- Princípio do devido processo legal:

O princípio do devido processo legal está diretamente ligado à ideia do processo


justo. No Estado Democrático de Direito, seu papel é a atuação nos mecanismos
procedimentais de modo a preparar um processo compatível com a Constituição e os
direitos fundamentais. Compõem o devido processo legal, o novo processo justo, o
direito de acesso à justiça; o direito de defesa; o contraditório e a paridade de armas
processuais entre as partes; a independência e a imparcialidade do juiz; a
obrigatoriedade da motivação dos provimentos judiciais decisórios; e a garantia de uma
duração razoável, que proporcione uma tempestiva tutela jurisdicional.

- Princípio da verdade real:

O princípio da verdade real visa servir à causa da verdade, mesmo que a verdade
absoluta seja uma ideia inatingível ao homem. Na visão constitucional, o juiz deve
perseguir a veracidade das versões apresentadas. A verdade deve ser julgada de acordo
com as provas segundo critérios lógicos.

- Princípio do duplo grau de jurisdição:

O princípio do duplo grau de jurisdição está baseado no recurso, ou seja, que a


pretensão seja julgada por dois juízos diferentes. Contudo, os recursos devem estar
sujeitos às formas da lei para não tumultuar o processo.

- Princípio da oralidade:

O princípio da oralidade defende a discussão oral da causa em audiência. A


valorização da oralidade incentiva o contato entre o juiz e as partes do processo.

- Princípio da economia processual:


O princípio da economia processual idealiza o processo gratuito, que o ideal de
justiça seria propiciar as ambas as partes uma justiça rápida e barata. Isso, porém, ainda
não foi atingido. Este princípio está diretamente vinculado a garantia do devido
processo legal.

- Princípio da eventualidade e da preclusão:

O princípio da eventualidade e da preclusão prevê que o processo deve ser


dividido numa série de fases, nas quais se reparte o exercício das atividades das partes e
do juiz. Cada faculdade processual deve ser exercitada dentro da fase adequada, sob a
pena de perder a oportunidade de praticar o ato.

Você também pode gostar