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Qualifica profissionais da área imobiliária, e seus segmentos a comu-
nicar com a linguagem jurídica. Prepara o profissional para emitir lau-
dos, parecer técnicos, vistorias, petições e esclarecimentos. Inclusive
no procedimento de vendas de imóveis judiciais entre outros assuntos
relacionados a prova judicial, atuando assim como Perito Judicial Ava-
liador, Assistente técnico e Corretor Judicial.
1“ Edição
Cuiabá-MT - 2016
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SUMÁRIO
1 NOÇÕES DE DIREITO............................................................................09
1.1 FONTES DO DIREITO .......................................................................09
1.2 PRINCÍPIOS...........................................................................................10
1.3 DIREITO MATERIAL E PROCESSUAL.............................................12
2 DIREITO MATERIAL .............................................................................13
2.1 ATOS JURÍDICOS................................................................................13
2.1.1 ELEMENTOS ESSENCIAIS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS:......14
2.1.2 DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO.........................................14
2.2 FRAUDE CONTRA CREDORES E À EXECUÇÃO........................15
2.3 OBRIGAÇÕES.......................................................................................16
2.4 PROPRIEDADE E POSSE....................................................................17
2.35 DIREITO DE AÇÃO E PRESCRIÇÃO................................................20
3 DIREITO PROCESSUAL.........................................................................21
3.1 PROCESSO DE CONHEC. E EXECUÇÃO...........................................21
3.2 PROCESSO, PROCEDIMENTO E AUTOS.......................................21
3.3 CONFLITO DE INTERESSE (LIDE)..................................................22
3.4 AUXILIARES DA JUSTIÇA.................................................................22
3.5 PROVAS...................................................................................................22
3.5.1 NOÇÕES DE PROVA..........................................................................23
3.5.2 MEIOS DA PROVA..............................................................................23
3.6 CONFISSÃO............................................................................................26
3.7 PROVA DOCUMENTAL.....................................................................27
3.8 PROVA TESTEMUNHAL....................................................................28
3.9 PROVA PERICIAL................................................................................30
3.10 TITULOS DE CRÉDITO ...................................................................30
3.11 SATISFAÇÃO DA TUTELA.................................................................30
3.12 FASES PROCEDIMENTAIS..............................................................31
3.13 IMPUGNAÇÃO A SATISFAÇÃO DA TUTELA..............................34
3.14 EMBARGOS À ALIENAÇÃO.............................................................34
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Capítulo 1
1.2 PRINCÍPIOS
CELERIDADE – Previsto no art. 5º, LXXVIII, da Constituição Federal.
Determina que os processos devem desenvolver-se em tempo razoável,
de modo a garantir a utilidade do resultado alcançado ao final da de-
manda.
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Capítulo 2
2.3 OBRIGAÇÕES
As obrigações jurídicas podem ser de diversas naturezas e origens. Veja
o quadro abaixo:
a) Precauções:
Obrigações propterrem: são as que recaem sobre uma pessoa por força
de um determinado direito real, permitindo sua liberação pelo abando-
no do bem; passa a existir quando o titular do direito real é obrigado,
devido à sua condição, a satisfazer certa prestação; seus caracteres são:
a) vinculação a um direito real, ou seja, a determinada coisa de que o
devedor é proprietário ou possuidor; b) possibilidade de exoneração do
devedor pelo abandono do direito real, renunciando o direito sobre a
coisa; c) transmissibilidade por meio de negócios jurídicos, caso em que
a obrigação recairá sobre o adquirente. Ex. Dívidas com IPTU e Con-
domínio.
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Capítulo 3
3. DIREITO PROCESSUAL
3.1 PROCESSO DE CONHECIMENTO E EXECUÇÃO
Dentro do processo, temos dois procedimentos, o processo de conheci-
mento e o processo de execução.
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Autos: É o conjunto de autos, ou seja, é a documentação de inúmeros
acontecimentos relevantes para o processo.
3.5 PROVAS
É todo elemento pelo qual se procura mostrar a existência e a veracida-
de de um fato. Sua finalidade, no processo, é influenciar no convenci-
mento do julgador. Elemento de prova: todos os fatos ou circunstâncias
em que reside a convicção do juiz.
Provas Típicas: São aquelas que possuem uma disciplina legal, ou seja,
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estão amparadas por um dispositivo em lei. Ex: Prova testemunhal.
Provas Atípicas: São aquelas que não possuem uma disciplina legal, ou
seja, não há uma descrição em lei. Ex: reconstituição. No código de 1973
eram consideradas provas atípicas a Ata Notarial (art. 384) e a Prova
Emprestada (art. 372). No Novo CPC, essas provas passaram a ser con-
sideradas provas típicas, pois há no Novo CPC a previsão e descrição
em lei.
ATA NOTARIAL
É o instrumento público no qual, a pedido de pessoa capaz, o tabelião
formaliza um documento narrando fielmente tudo aquilo que verifica
com seus próprios sentidos sem emissão de opinião, juízo de valor ou
conclusão, ou seja, narra e materializa os acontecimentos em sua essên-
cia. Sua finalidade precípua é a de ser um instrumento de prova em pro-
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cesso judicial, mas que pode ter outros fins na esfera privada, adminis-
trativa, registral, e, inclusive, integradores de uma atuação jurídica não
negocial ou de um processo negocial complexo, para sua preparação,
constatação ou execução.
DEPOIMENTO PESSOAL
Depoimento pessoal é o meio de prova destinado a realizar o interroga-
tório da parte, no curso do processo. Aplica-se tanto ao autor como ao
réu, pois ambos se submetem ao ônus de comparecer em juízo e respon-
der ao que lhe for interrogado pelo juiz. É durante o depoimento pessoal
que a parte depoente irá ratificar os argumentos apresentados na peça
escrita, seja na inicial, na contestação, réplica, enfim, confirmar ou não
todos os fatos alegados no decorrer da fase processual postulatória, mas
deverá se limitar aos pontos controvertidos no processo.
3.6 CONFISSÃO
Há confissão quando a parte admite a verdade de um fato contrário ao
seu interesse e favorável ao adversário. A confissão pode ser feita em
juízo (judicial) ou fora dele (extrajudicial).
A confissão é chamada de rainha das provas, haja vista que gera uma
força maior de convicção no espírito do juiz, já que faz prova plena con-
tra o confitente e, em regra, faz suprir eventuais defeitos normais do
processo.
A plena eficácia da confissão tem por corolário que uma vez proferida,
O depoimento testemunhal
não é uma faculdade, mas
um dever imposto expres-
samente na lei, já que todo
cidadão tem obrigação de
colaborar com o poder judi-
ciário na apuração da verda-
de.
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O depoimento é sempre oral, não se admitindo substituí-lo por declara-
ção escrita previamente preparada.
Do depoimento podem derivar duas situações: a acareação, que consiste
em promover o confronto pessoal numa só audiência das pessoas que
prestaram depoimentos contraditórios (na área cível a acareação entre
as partes não é possível), e oitiva de testemunha referida, que é uma pes-
soa estranha ao processo que foi mencionada no depoimento de outra
testemunha ou da parte. Essas duas diligências podem ser determinadas
pelo juiz, de ofício ou a requerimento da parte.
3) PENHORA E AVALIAÇÃO
Momento em que se escolhem e avaliam os bens do patrimônio do de-
vedor para serem alienados e, conseqüentemente, satisfazer o crédito do
exeqüente.
Penhora é o ato judicial em que se constringe o bem do patrimônio do
devedor para garantir a execução.
Em regra a penhora e avaliação são realizadas por Oficiais de Justiça,
contudo, sendo o bem penhorado de difícil avaliação, como ocorre com
as propriedades rurais, o juiz poderá se utilizar de avaliador profissional
(pode ser o Corretor de Imóveis).
Após a penhora e avaliação, as partes (exeqüente ou executado), com
auxílio de um avaliador judicial, poderão impugnar o valor avaliado.
5) SATISFAÇÃO DO CRÉDITO
Fase em que é declarado pelo juiz se o valor arrecado na expropriação
foi suficiente para a satisfação do crédito.
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SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO...................................................................................39
2.0 HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS NO BRASIL.........39
3.0 NORMAS DA ABNT DA SÉRIE 14.653...........................................40
4.0 DEFINIÇÔES E CONCEITOS...........................................................40
5.0 SOBRE A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS.............................................41
6.0 SOBRE AS METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS....41
7.0 SOBRE OS BENS PASSÍVEIS DE AVALIAÇÃO.............................43
8.0 CAPACIDADE DE IMOVEIS EM GERAR LUCROS E DIREITOS
........................................................................................................................43
8.1 LUCROS:................................................................................................44
8.2 DIREITOS:.............................................................................................44
9.0 INDAGAÇÕES BÁSICAS NA ELABORAÇÃO DE AVALIA-
ÇÃO...............................................................................................................45
10.0 BENEFÍCIO DO PLANEJAMENTO DETALHADO DA AVALIA-
ÇÃO...............................................................................................................45
10.1 RESUMO DAS ETAPAS INICIAIS DA AVALIAÇÃO...................46
10.2 DIRIGINDO A AVALIAÇÃO.............................................................47
10.3 REGRAS PRATICAS............................................................................47
10.4 COLETA DE INFORMAÇÕES ......................................................47
10.5 TIPOS DE AVALIAÇÃO...................................................................48
11.0 ACEITAÇÃO DA AVALIACAO E NOMEAÇÃO DO AVALIA-
DOR..............................................................................................................48
12.0 INDICAÇÃO DOS ASSISTENTES TÉCNICOS E FORMULAÇÃO
DOS QUESITOS..........................................................................................56
13.0 HONORÁRIOS DO AVALIADOR E CORRETOR JUDI-
CIAL..............................................................................................................56
EM VIA JUDICIAIS.....................................................................................56
14.1 SISTEMA DA DILIGÊNCIA.............................................................57
15.0 ENTREGA DE LAUDO E JUNTADA DE PARECERES.............58
16.0 ESCLARECIMENTOS E SEGUNDA AVALIAÇÃO....................58
17.0 ETAPAS DE UMA AVALIAÇÃO...................................................58
17.1 OBJETIVO DA AVALIAÇÃO..........................................................59
17.4 ELEMENTOS PREVIOS DISPONIVEIS......................................60
17.5 PLANEJAMENTO DA AVALIAÇÃO..............................................60
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17.6 REQUISITOS ESSENCIAIS...............................................................61
17.7 REQUISITOS COMPLEMENTARES................................................61
17.8 VISTORIA NA AVALIAÇÃO............................................................62
17.9 ESTUDOS DA AVALIAÇÃO...............................................................62
17.10 CONCLUSÕES NA AVALIAÇÃO...................................................62
18.0 ELABORAÇÃO DO LAUDO...........................................................63
19.0 VALOR DE COMPRA E VENDA E VALOR DE LOCAÇÃO OU AR-
RENDAMENTO...........................................................................................63
19.1 COMPRA E VENDA.........................................................................63
19.2 VALOR DE LOCAÇÃO OU ARRENDAMENTO.........................63
19.3 VALOR DE MERCADO ...................................................................64
20.0 NOÇÕES BÁSICAS DE ESTATÍSTICA...........................................64
20.1 SÍMBOLOS E CONVENÇÕES..........................................................64
20.2 MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL....................................65
21.0 GLOSSÁRIO (DE ACORDO COM A NBR 14.653-2 ABNT):.....73
21.1 PARA PERÍCIAS DE AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS:
AVALIAÇÃO DE BENS..............................................................................73
ANEXOS.......................................................................................................88
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1.0 INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é instruir o Avaliador Imobiliário, com instru-
mento técnico e jurídico para encaminhamento das questões relativas a
Avaliações, orientando, elaborando e estudando sobre a área.
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outros, e disso resulta que, o máximo que um avaliador, sincero e leal,
pode aspirar, é encontrar um valor provável que muito se aproxime
do valor de mercado, sendo este valor de mercado o efeito de fatores
vários e variáveis, a maior parte dos quais de origem psicológica e,
portanto, não suscetíveis de serem medidos e comparados.”
Em 1975 o Banco Nacional da Habitação – BNH, desejando
padronizar as avaliações de imóveis, firmou um acordo com a Asso-
ciação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT para a elaboração de
uma norma para avaliação de imóveis urbanos. Foi, então, instalada
a Comissão de Estudo de Vistorias e Avaliações – CEVA do Comitê
Brasileiro de Construção Civil – CB-2, da ABNT.
Desses trabalhos iniciais resultou a norma NB 502, para ava-
liação de imóveis urbanos. Esta norma evoluiu, posteriormente, para
NBR 5676:1990 – Avaliação de Imóveis Urbanos e surgiram as normas
NBR 8799:1985, para avaliação de imóveis rurais e NBR 8951:1985,
para glebas urbanizáveis, entre outras.
Bens intangíveis:
São aqueles que não têm existência
corpórea, ou seja, são imateriais.
Exemplos: Fundo de comércio, mar-
cas, patentes, frutos, direitos, etc.
8.2 DIREITOS:
Servidão: É o ônus real de uso, imposto a uma propriedade a fim de
assegurar a realização e manutenção de obras e serviços públicos ou
de utilidade pública, mediante indenização dos prejuízos efetivamente
suportados pelo proprietário.
Usufruto;
Direito real conferido a alguém para, por certo tempo, retirar de coisa
alheia todos os frutos e utilidade que lhe são próprios, desde que não lhe
altere a substância ou o destino, não Podendo transferi-lo ou aliená-lo.
Concessão:
Privilégio que o governo concede a uma empresa para que explore, em
regime de monopólio, um serviço de utilidade pública; privilégio con-
cedido pelo Estado a uma empresa ou indivíduo, para que explore, me-
diante contrato, recursos naturais cuja propriedade, segundo a Consti-
tuição Federal, não pode ser privada.
Comodato:
É o empréstimo gratuito de um imóvel, por tempo determinado e con-
dições preestabelecidas.
Os direitos podem ser resumidos em hereditários, que são aqueles
transmitidos por herança e em direitos possessórios, que são direitos
decorrentes da posse.
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10.3 REGRAS PRATICAS DE UMA PERICIA JUDICIAL
Há algumas regras que para o bom desenvolvimento de uma Avaliação:
1- Ser preciso, evitando prolixidade;
2- Utilizar linguagem compreensível
3- Ser imparcial, evitando emoções.
4- Sempre que necessário retornar ao local objeto da Avaliação, a fim de
sanar informações ou aspectos duvidosos;
5- utilizar listas de verificações para manter a abrangência pertinente.
6- Sempre agradecer e desculpar-se aos moradores e ao ocupante o imó-
vel caso haja pela vistoria e informações
Art. 465.
O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de
imediato o prazo para a entrega do laudo.
§ 1º Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intima-
ção do despacho de nomeação do perito:
I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;
II - indicar assistente técnico;
III - apresentar quesitos.
§ 2º Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 (cinco) dias:
I - proposta de honorários;
II - currículo, com comprovação de especialização;
III - contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde
serão dirigidas as intimações pessoais.
§ 3º As partes serão intimadas da proposta de honorários para, queren-
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do, manifestar-se no prazo comum de 5 (cinco) dias, após o que o juiz
arbitrará o valor, intimando-se as partes para os fins do art. 95.
§ 4º O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos
honorários arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo
o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e
prestados todos os esclarecimentos necessários.
§ 5º Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá redu-
zir a remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho.
§ 6º Quando tiver de realizar-se por carta, poder-se-á proceder à nome-
ação de perito e à indicação de assistentes técnicos no juízo ao qual se
requisitar a perícia.
Art. 466.
O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido,
independentemente de termo de compromisso.
§ 1º Os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão sujeitos
a impedimento ou suspeição.
§ 2º O perito deve assegurar aos assistentes das partes o acesso e o
acompanhamento das diligências e dos exames que realizar, com prévia
comunicação, comprovada nos autos, com antecedência mínima de 5
(cinco) dias.
Art. 467.
O perito pode escusar-se ou ser recusado por impedimento ou suspei-
ção.
Parágrafo único. O juiz, ao aceitar a escusa ou ao julgar procedente a
impugnação, nomeará novo perito.
Art. 468.
O perito pode ser substituído quando:
I - faltar-lhe conhecimento técnico ou científico;
II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe
foi assinado.
§ 1º No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à cor-
poração profissional respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito,
fixada tendo em vista o valor da causa e o possível prejuízo decorrente
do atraso no processo.
§ 2º O perito substituído restituirá, no prazo de 15 (quinze) dias, os va-
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lores recebidos pelo trabalho não realizado, sob pena de ficar impedido
de atuar como perito judicial pelo prazo de 5 (cinco) anos.
§ 3º Não ocorrendo a restituição voluntária de que trata o § 2º, a parte
que tiver realizado o adiantamento dos honorários poderá promover
execução contra o perito, na forma dos arts. 513 e seguintes deste Có-
digo, com fundamento na decisão que determinar a devolução do nu-
merário.
Art. 469.
As partes poderão apresentar quesitos suplementares durante a diligên-
cia, que poderão ser respondidos pelo perito previamente ou na audiên-
cia de instrução e julgamento.
Parágrafo único. O escrivão dará à parte contrária ciência da juntada
dos quesitos aos autos.
Art. 470.
Incumbe ao juiz:
I - indeferir quesitos impertinentes;
II - formular os quesitos que entender necessários ao esclarecimento da
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causa.
Art. 471.
As partes podem, de comum acordo,
escolher o perito, indicando-o me-
diante requerimento, desde que:
I - sejam plenamente capazes;
II - a causa possa ser resolvida por au-
tocomposição.
§ 1º As partes, ao escolher o perito, já
devem indicar os respectivos assisten-
tes técnicos para acompanhar a reali-
zação da perícia, que se realizará em
data e local previamente anunciados.
§ 2º O perito e os assistentes técnicos
devem entregar, respectivamente, lau-
do e pareceres em prazo fixado pelo
juiz.
§ 3º A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria
realizada por perito nomeado pelo juiz.
Art. 472.
O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na
contestação, apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos
ou documentos elucidativos que considerar suficientes.
Art. 473.
O laudo pericial deverá conter:
I - a exposição do objeto da perícia;
II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando
ser predominantemente aceito pelos especialistas da área do conheci-
mento da qual se originou;
IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas
partes e pelo órgão do Ministério Público.
§ 1º No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em lingua-
gem simples e com coerência lógica, indicando como alcançou suas
conclusões.
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§ 2º É vedado ao perito ultrapassar os limites
de sua designação, bem como emitir opini-
ões pessoais que excedam o exame técnico ou
científico do objeto da perícia.
§ 3º Para o desempenho de sua função, o pe-
rito e os assistentes técnicos podem valer-se
de todos os meios necessários, ouvindo tes-
temunhas, obtendo informações, solicitando
documentos que estejam em poder da parte,
de terceiros ou em repartições públicas, bem
como instruir o laudo com planilhas, mapas,
plantas, desenhos, fotografias ou outros ele-
mentos necessários ao esclarecimento do ob-
jeto da perícia.
Art. 474.
As partes terão ciência da data e do local desig-
nados pelo juiz ou indicados pelo perito para
ter início a produção da prova.
Art. 475.
Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de co-
nhecimento especializado, o juiz poderá nomear mais de um perito, e a
parte, indicar mais de um assistente técnico.
Art. 476.
Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro
do prazo, o juiz poderá conceder-lhe, por uma vez, prorrogação pela
metade do prazo originalmente fixado.
Art. 477.
O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo
menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.
§ 1º As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o
laudo do perito do juízo no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo
o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar
seu respectivo parecer.
§ 2º O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias,
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esclarecer ponto:
I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do
juiz ou do órgão do Ministério Público;
II - divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte.
§ 3º Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte requererá
ao juiz que mande intimar o perito ou o assistente técnico a comparecer
à audiência de instrução e julgamento, formulando, desde logo, as per-
guntas, sob forma de quesitos.
§ 4º O perito ou o assistente técnico será intimado por meio eletrônico,
com pelo menos 10 (dez) dias de antecedência da audiência.
Art. 478.
Quando o exame tiver por objeto a autenticidade ou a falsidade de do-
cumento ou for de natureza médico-legal, o perito será escolhido, de
preferência, entre os técnicos dos estabelecimentos oficiais especializa-
dos, a cujos diretores o juiz autorizará a remessa dos autos, bem como
do material sujeito a exame.
§ 1º Nas hipóteses de gratuidade de justiça, os órgãos e as repartições
oficiais deverão cumprir a determinação judicial com preferência, no
prazo estabelecido.
§ 2º A prorrogação do prazo referido no § 1º pode ser requerida moti-
vadamente.
§ 3º Quando o exame tiver por objeto a autenticidade da letra e da fir-
ma, o perito poderá requisitar, para efeito de comparação, documentos
existentes em repartições públicas e, na falta destes, poderá requerer ao
juiz que a pessoa a quem se atribuir a autoria do documento lance em
folha de papel, por cópia ou sob ditado, dizeres diferentes, para fins de
comparação.
Art. 479.
O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o disposto no art. 371,
indicando na sentença os motivos que o levaram a considerar ou a dei-
xar de considerar as conclusões do laudo, levando em conta o método
utilizado pelo perito.
Art. 480.
O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de
nova perícia quando a matéria não estiver suficientemente esclarecida.
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§ 1º A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre os quais
recaiu a primeira e destina-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão
dos resultados a que esta conduziu.
§ 2º A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a
primeira.
§ 3º A segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao juiz apreciar
o valor de uma e de outra.
Seção 11
Seção XI Da Inspeção Judicial
Art. 481.
O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do
processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato
que interesse à decisão da causa.
Art. 482.
Ao realizar a inspeção, o juiz poderá ser assistido por um ou mais peri-
tos.
Art. 483.
O juiz irá ao local onde se encontre a pessoa ou a coisa quando:
I - julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos
que deva observar;
II - a coisa não puder ser apresentada em juízo sem consideráveis des-
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pesas ou graves dificuldades;
III - determinar a reconstituição dos fatos.
Parágrafo único. As partes têm sempre direito a assistir à inspeção, pres-
tando esclarecimentos e fazendo observações que considerem de inte-
resse para a causa.
Art. 484.
Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto circunstanciado,
mencionando nele tudo quanto for útil ao julgamento da causa.
Parágrafo único. O auto poderá ser instruído com desenho, gráfico ou
fotografia.
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17.0 ETAPAS DE UMA PERICIA
17.1 OBJETIVO DA PERICIA
O objetivo da Avaliação deve ser estabelecido em consonância com a
finalidade a que a mesma se destina. Para tanto, o profissional baseia-se
nas informações e expectativas fornecidas pelos solicitantes da pericia,
nos documentos disponíveis e em elementos coletados em diligências
prévias. Paralelamente a analise dos fatos, documentos e dados técnicos
preliminares, cabe ao perito, também identificar a legislação aplicável ao
caso, a jurisprudência predominante e a relação entre as partes, objeti-
vando produzir prova necessária e suficiente ás decisões de ordem geral
que vierem a ser tomadas com base no resultado da perícia. O estabe-
lecimento do objetivo, que se faz necessário de forma clara e precisa,
irá subsidiar o planejamento e o grau de detalhamento das atividades a
serem desenvolvidas, assim como do laudo que será produzido.
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• Veículos automotores
• Instalações;
• Frutos, tais como alugueis, rendimentos proveniente de participações
societárias;
• Direito sobre bens, métodos, patente, entre outros;
• Responsabilidades, tais como aquelas relativas a projetos, fabricação.
Execução, manutenção;
• Origem de danos, defeitos, acidentes, vícios, entre outros.
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causa.
• Inspeção: Avaliação do estado da edificação e de suas partes cons-
tituintes, realizada para orientar as atividades de manutenção (NBR
5674/1999)
• Vistoria: constatação local de fatos, mediante observações criteriosas
em um bem e nos elementos e condições que constituem ou o influen-
ciam.
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17.6 REQUISITOS ESSENCIAIS
São os requisitos que, quando aplicáveis aos trabalhos de avaliação atra-
vés de uma metodologia adotada, deverão ser atendidos obrigatoria-
mente em todas as Avaliações
• Identificação da solicitante da Avaliação (pessoa física ou jurídica, en-
tidade, autoridade judiciária, indicando o Tribunal ou Vara, numero dos
Autos e respectivo ano, etc.)
• Identificação do objeto da Avaliação, a partir do elemento de seu ca-
dastro físico, da vistoria, do exame da avaliação ou do arbitramento.
17.8 VISTORIA
Na vistoria serão levantados todos os dados passiveis de serem obtidos
sobre o objeto da Avaliação, seguindo seu planejamento e compreen-
dendo as seguintes etapas:
• Caracterização do Objeto;
• Coleta de informações
• Investigação
• Subsídios de esclarecimentos
• Fatores complementares.
17.9 ESTUDOS
Compreendem a análise, correlação e interpretação dos dados apura-
dos. A formulação de hipóteses, o confronto com as normas técnicas e
legislação aplicáveis;
17.10 CONCLUSÕES
Com base nos dados coletados e estudos procedidos, utilizando de suas
experiências, conhecimentos e raciocínio, o perito alcança á conclusão
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possível e diagnósticos pertinentes. Os diagnósticos devem ser de cará-
ter extremante técnico.
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• Teoria estatística das pequenas amostras: Aplicada às amostras com
menos de 30 (trinta) elementos.
• Campo de arbítrio: Intervalo de valores, obtido por processo esta-
tístico, dentro do qual, pode-se adotar o valor mais representativo do
imóvel que se está avaliando.
20.4 Procedimentos estatísticos do Método Comparativo
Após a pesquisa de mercado e a respectiva homogeneização dos dados,
passa-se aos cálculos estatísticos conforme indicado a seguir:
01 – Rol dos valores homogeneizados (em ordem crescente);
TRABALHO DIRIGIDO:
Caso 1:
Para avaliar um apartamento novo com 100,00m2 de área privativa, ela-
borou-se uma pesquisa de apartamentos similares, vendidos recente-
mente e situados no mesmo bairro:
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Pergunta-se:
a) Que valor você indicaria para otimizar a venda do apartamento?
b) Qual o valor máximo e o valor mínimo que esse apartamento alcan-
çaria no mercado imobiliário?
PROCEDIMENTOS:
1º) Cálculo do valor/m2 de cada apto: Vu = Valor total ÷ área privativa
Apto. 1: Vu = R$ 1.052,63/m2
Apto. 2: Vu = R$ 1.142,85/m2
Apto. 3: Vu = R$ 1.086,95/m2
Apto. 4: Vu = R$ 972,22/m2
67
Apto. 5: Vu = R$ 1.000,00/m2
Σ = 5.254,65
2º) Cálculo da média aritmética
x = Σxi = 5.254,65 = R$ 1.050,93/m2
n 5
CASO 2
Para avaliar um lote de 13,00 x 30,00m procedeu-se a uma pesquisa, en-
contrando-se os seguintes valores referentes a lotes similares, vendidos
recentemente e situados na circunvizinhança:
Pergunta-se:
a) Que valor você indicaria para otimizar a venda do lote avaliando?
b) Qual o valor máximo e o valor mínimo que esse lote poderia alcançar
no mercado imobiliário?
69
1º) Cálculo do valor/m2 de cada lote pesquisado: Vu = Valor total ÷
Área
Lote 1: Vu = R$ 35,00/m2
Lote 2: Vu = R$ 38,38/m2
Lote 3: Vu = R$ 31,94/m2
Lote 4: Vu = R$ 31,16/m2
Lote 5: Vu = R$ 39,55/m2
9º ) Valor total
Valor total - Limite superior = R$ 14.827,80
71
Valor total - Média = R$ 13.728,00
Valor total - Limite inferior = R$ 12.628,20
TRABALHO DIRIGIDO:
Calcular o valor locativo de um prédio residencial, situado em bairro de
classe média baixa, com as seguintes características:
EXEMPLO PRÁTICO
Calcular o valor locativo para uma casa idêntica à do exemplo anterior,
porém situada em bairro de classe média, onde o preço/m2 de terreno
é de R$ 200,00.
a) Valor total do terreno: Vt = 396,00 m2 x R$ 200,00/m2 = R$ 79.200,00
b) Valor da edificação: Ve = R$ 74.788,20
c) Valor total da casa: Vt = R$ 153.988,20
d) Valor do aluguel: V.aluguel = R$ 153.988,20 x 7,2% a.a.
V.aluguel = R$ 11.087,15/ano
V.aluguel = R$ 923,93/mês
21.0 GLOSSÁRIO (DE ACORDO COM A NBR 14.653-2 ABNT):
21.1 PARA PERICIAS DE AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS:
AVALIAÇÃO DE BENS:
Análise técnica, realizada por engenheiro de avaliações, para identificar
o valor de um bem, de seus custos, frutos e direitos, assim como deter-
minar indicadores de viabilidade de sua utilização econômica, para uma
determinada finalidade, situação e data.
APROVEITAMENTO EFICIENTE
Aquele recomendável e tecnicamente possível para o local, numa data
de referência, observada a tendência mercadológica nas circunvizi-
nhanças, entre os diversos usos permitidos pela legislação pertinente
ÁREA DE SERVIDÃO
Parte do imóvel serviente diretamente atingida pela servidão
BDI
Percentual que indica os benefícios e despesas indiretas incidentes sobre
o custo direto da construção
BEM:
Tudo aquilo que tem valor, suscetível de utilização ou que pode ser ob-
jeto de direito, constituindo o patrimônio ou a riqueza de uma pessoa
física ou jurídica.
São chamados de bens tangíveis os que podem ser tocados, tais como,
uma casa, um edifício, uma mesa, um computador. São chamados de
bens intangíveis os que não têm existência material, tais como, as mar-
74
cas, as patentes, o fundo de comércio.
BENFEITORIA:
Obras ou serviços que se realizem em um imóvel com o intuito de con-
servá-lo, melhorá-lo ou embelezá-lo, incorporados permanentemente
ao bem ou ao solo pelo homem, que não podem ser retirados, sem des-
truição, fratura ou dano.
BENFEITORIA NECESSÁRIA:
É aquela que tem a finalidade de conservar o bem ou evitar a sua dete-
rioração.
BENFEITORIA ÚTIL:
Aquela que aumenta ou facilita o uso do bem.
BENFEITORIA VOLUPTUÁRIA:
Aquela que não aumenta o uso normal do bem, sendo sua finalidade de
mero recreio ou deleite.
CUSTO:
É o total dos gastos diretos e indiretos necessários à produção de um
bem, numa determinada data e situação.
CUSTO DE REPRODUÇÃO:
Gasto necessário para reproduzir um bem no estado “novo”, sem con-
siderar, portanto, eventual depreciação. Este custo é encontrado através
de um Orçamento, no qual estão inclusos todos os insumos, tais como,
materiais, mão de obra, obrigações sociais e trabalhistas, impostos, lu-
cros, etc.
CUSTO DE REEDIÇÃO:
É o custo de reprodução, descontada a depreciação do bem, tendo em
vista sua idade e seu estado de conservação.
CÓDIGOS ALOCADOS
Ordenação numeral (notas ou pesos) para diferenciar as características
qualitativas dos imóveis
CONCILIAÇÃO
Adoção do valor final, devidamente justificado, em função dos resulta-
dos obtidos, quando utilizado mais de um método
DEFEITOS CONSTRUTIVOS
Anomalias que podem causar danos efetivos ou representar ameaça
potencial à saúde ou à segurança do usuário, decorrentes de falhas do
projeto, do serviço ou do material aplicado na execução da construção
DEPRECIAÇÃO:
É a perda de valor sofrida por um bem devido à idade, desgaste físico e
obsolescência. É um fenômeno que atinge qualquer bem, seja móvel ou
imóvel, iniciando-se no instante em que o mesmo passa a ser utilizado.
Alcança seu ponto máximo com o término da vida útil do bem.
DESMEMBRAMENTO
Subdivisão de um terreno em lotes destinados a edificação, com apro-
veitamento do sistema viário existente, desde que não implique a aber-
tura de novas vias e logradouros públicos, nem o prolongamento, modi-
ficação ou ampliação dos já existentes
DOMÍNIO
Direito real que submete a propriedade, de maneira legal, absoluta e
exclusiva, ao poder e vontade de alguém
DOMÍNIO DIRETO
Aquele pertencente ao proprietário do imóvel sob o instituto da enfi-
teuse
DOMÍNIO PLENO
Domínio total, que é a soma do domínio útil com o domínio direto
76
DOMÍNIO ÚTIL
Direito atribuído ao enfiteuta de se utilizar do imóvel, podendo extrair
dele seus frutos, vantagens e rendimentos econômicos
EDIFÍCIO
Construção com mais de um pavimento, destinada a abrigar atividades
institucionais, comerciais, industriais ou habitações multifamiliares
EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO
Benfeitoria que visa atender às necessidades básicas de saúde, educação,
transporte, segurança ou lazer da comunidade
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Situação física de um bem em decorrência de sua manutenção
FRAÇÃO IDEAL
Percentual pertencente a cada um dos compradores (condôminos) no
terreno e nas coisas comuns da edificação
FRENTE PROJETADA
Menor projeção da frente real sobre a normal a um dos lados, quando
estes são convergentes na direção dos fundos, ou a corda, no caso de
77
frente em curva
FRENTE REAL
Projeção horizontal da linha divisória do imóvel com a via de acesso
FRENTE DE REFERÊNCIA
Frente da situação paradigma adotada
FRUTO:
Resultado da exploração econômica de um bem. Exemplo: a renda gera-
da pelos imóveis (aluguéis e arrendamentos).
FUNDO DE COMÉRCIO:
É um bem intangível pertencente a uma empresa, decorrente de sua ca-
pacidade de gerar lucros e que abrange o valor do ponto comercial, da
clientela, das patentes, dos registros das marcas comerciais e industriais,
desenhos e modelos industriais, expressões e sinais de propaganda.
GABARITO DE ALTURA
Altura máxima de uma edificação permitida pela legislação municipal
para um determinado local.
GLEBA URBANIZÁVEL
Terreno passível de receber obras de infra-estrutura urbana, visando o
78
seu aproveitamento eficiente, através de loteamento, desmembramento
ou implantação de empreendimento
IDADE APARENTE
Idade atribuída ao imóvel de modo a refletir sua utilização, funcionali-
dade, partido arquitetônico, materiais empregados, entre outros. Tam-
bém pode ser analisada como Idade que o imóvel aparenta ter, em de-
corrência de reformas que o mesmo tenha sofrido.
IDADE REAL
Tempo decorrido desde a conclusão de fato da construção até a data de
referência
IMÓVEL:
Bem constituído de terreno e eventuais benfeitorias a ele incorporadas.
Pode ser classificado como urbano ou rural, em função da sua localiza-
ção uso ou vocação.
IMÓVEIS DE COMPARAÇÃO:
São aqueles identificados em pesquisa de mercado e que, pela seme-
lhança de características com o imóvel em análise, servem de base ao
cálculo do valor de mercado. São também chamados de “imóveis de
referência”.
IMÓVEL ALODIAL
Aquele livre de quaisquer ônus, encargos, foros ou pensões
IMÓVEL DE REFERÊNCIA
Dado de mercado com características comparáveis às do imóvel ava-
liando
IMÓVEL DOMINANTE
Imóvel que impõe restrição a outro por servidão (por exemplo: lote en-
cravado)
IMÓVEL PARADIGMA
Imóvel hipotético cujas características são adotadas como padrão repre-
sentativo da região ou referencial da avaliação
79
IMÓVEL COM VOCAÇÃO URBANA
Imóvel em local com características, uso, ocupação, acesso e melhora-
mentos públicos disponíveis que possibilitam sua utilização imediata
para fins urbanos
IMÓVEL URBANO
Imóvel situado dentro do perímetro urbano definido em lei
IMÓVEL SERVIENTE
Imóvel que sofre restrição imposta por servidão
INFRA-ESTRUTURA BÁSICA
Equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais, iluminação
pública, redes de esgoto sanitário, abastecimento de água potável, de
energia elétrica pública e domiciliar e as vias de acesso.
LAUDO DE AVALIAÇÃO:
Relatório técnico elaborado por engenheiro de avaliações em confor-
midade com esta parte da NBR 14653, para avaliar o bem.
LOTE
Porção de terreno resultante de parcelamento do solo urbano
LOTEAMENTO
Subdivisão de gleba em lotes destinados a edificações, com abertura de
novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento,
modificação ou ampliação das vias existentes
LIQUIDAÇÃO FORÇADA:
Condição relativa à hipótese de uma venda compulsória ou em prazo
menor que o médio de absorção pelo mercado.
LUVAS
Quantia paga pelo futuro inquilino, para assinatura ou transferência do
contrato de locação, a título de remuneração do ponto comercial
MANUTENÇÃO
Ações preventivas ou corretivas necessárias para preservar as condições
80
normais de utilização de um bem
OUTLIER
Ponto atípico, identificado como estranho à massa de dados, que, ao ser
retirado, melhora a qualidade de ajustamento do universo analisado
OBSOLESCÊNCIA ECONÔMICA:
É a perda de utilidade de um imóvel resultante de fatores econômicos,
tais como, mudanças na legislação sobre posturas municipais, na legis-
lação de uso e ocupação do solo e na vocação de uso.
OBSOLESCÊNCIA FÍSICA:
É a perda de utilidade de um imóvel resultante de fatores físicos, tais
como, deterioração por uso, desgaste ou envelhecimento natural.
OBSOLESCÊNCIA FUNCIONAL:
É a perda de utilidade de um imóvel resultante de fatores diversos, tais
como, mudanças nas concepções arquitetônicas das edificações, nas exi-
gências legais, nas técnicas e produtos utilizados nas construções.
PARECER TÉCNICO:
Relatório circunstanciado ou esclarecimento técnico emitido por um
81
profissional capacitado e legalmente habilitado sobre assunto de sua
especialidade.
PADRÃO CONSTRUTIVO:
Qualidade de uma edificação estabelecida em função das especifica-
ções dos projetos, dos materiais, da execução e da mão de obra efeti-
vamente utilizados. A NBR 12.721 da ABNT/2006 classifica o padrão
construtivo em “Baixo”, “Normal”, “Alto”, “Popular” e “De Interesse
Social”. Fora desta norma, costuma-se fazer uma classificação em fun-
ção da diversidade de padrões observados no mercado: Proletário,
Modesto, MédioInferior, Médio Comercial, Médio Superior, Fino e
Luxo.
PÉ-DIREITO
Distância vertical livre entre o piso e o teto
PESQUISA:
É o conjunto de procedimentos para coleta de dados relativos a imóveis
ofertados ou vendidos no mercado imobiliário e que apresentam seme-
lhança com o imóvel a ser avaliado.
PLANTA DE VALORES
Representação gráfica ou listagem dos valores genéricos de metro qua-
drado de terreno ou do imóvel numa mesma data
PÓLO DE INFLUÊNCIA
Local que, por suas características, influencia os valores dos imóveis, na
medida de sua proximidade
PONTO COMERCIAL
Bem intangível que agrega valor ao imóvel comercial, decorrente de sua
82
localização e expectativa de exploração comercial
PONTO INFLUENCIANTE
Ponto atípico que, quando retirado da amostra, altera significativamen-
te os parâmetros estimados ou a estrutura linear da amostra
POSSE
Detenção ou ocupação, com ou sem fruição, de coisa ou direito
PREÇO:
É a quantidade de dinheiro pelo qual se efetua uma transação ou trans-
ferência de domínio de um bem ou de um direito.
PROFUNDIDADE EQUIVALENTE
Resultado numérico da divisão da área de um lote pela sua frente pro-
jetada principal
QUOTA-PARTE
Valor atribuído a uma fração ideal
RECURSO AMBIENTAL:
Recurso natural necessário à existência e preservação da vida.
83
RENDA
Fruto da exploração de bens ou direitos, ou aplicação de capital
TERRENO DE FUNDO
Aquele que, situado no interior da quadra, se comunica com a via públi-
ca por um corredor de acesso
TERRENO ENCRAVADO
Aquele que não se comunica com a via pública
TERRENO INTERNO
Aquele localizado em vila, passagem, travessa ou local assemelhado,
acessório da malha viária do Município ou de propriedade de particu-
lares, e que não consta oficialmente na Planta Genérica de Valores do
Município
TERRENOS DE MARINHA
Terrenos, em uma profundidade de 33 m, me-
didos horizontalmente, para a parte da terra, da
posição da linha do preamar-médio de 1831,
que:
a) são situados no continente, na costa maríti-
ma, nas ilhas e nas margens dos rios e lagoas, até
onde se faça sentir a influência das marés;
b) contornam as ilhas situadas em zonas onde se
faça sentir a influência das marés
TESTADA
Medida da frente
84
UNIDADE IMOBILIÁRIA PADRONIZADA
Imóvel de ocorrência usual e repetitiva no mercado imobiliário, com-
provada através de pesquisa específica, e identificado de acordo com
suas características construtivas
VALOR:
Medida de uma necessidade ou a medida de um desejo de possuir um
bem. O valor de um bem está intimamente ligado às suas possibilidades
de uso.
Decorre da composição de inúmeras variáveis de características socioe-
conômicas. Tais variáveis abrangem os aspectos físicos do bem, do meio
ambiente, da sua utilidade, bem como os fatores subjetivos que a pró-
pria coletividade cria no contexto em que está inserido.
VALOR DE MERCADO:
Preço à vista estabelecido para um bem, por um vendedor desejoso de
vender (mas não forçado) e pago por um comprador desejoso de com-
prar (também não coagido), ambos com pleno conhecimento da sua
utilidade e condições.
VALOR PATRIMONIAL:
Valor correspondente à totalidade dos bens de pes-
soa física ou jurídica.
VALOR DEPRECIÁVEL
Diferença entre o custo de reprodução da benfeito-
ria e o seu valor residual
VALOR RESIDUAL:
Valor atribuível a um bem ao final de sua vida útil.
Para os imóveis, o valor residual é chamado de
“valor de demolição”. Para as máquinas e equipa-
mentos, é chamado de “valor de ferro velho” ou de
“sucata”.
VARIÁVEIS-CHAVE
Variáveis que, a priori e tradicionalmente, são im-
portantes para a formação do valor do imóvel
85
VARIÁVEIS INDEPENDENTES
Variáveis que dão conteúdo lógico à formação do valor do imóvel objeto
da avaliação
VARIÁVEIS QUALITATIVAS
Variáveis que não podem ser medidas ou contadas, mas apenas ordena-
das ou hierarquizadas, de acordo com atributos inerentes ao bem (por
exemplo: padrão construtivo, estado de conservação, qualidade do solo)
VARIÁVEIS QUANTITATIVAS
Variáveis que podem ser medidas ou contadas (por exemplo: área priva-
tiva, número de quartos, número de vagas de garagem)
VARIÁVEL DEPENDENTE
Variável que se pretende explicar pelas variáveis independentes
VARIÁVEL DICOTÔMICA
Variável que assume apenas dois valores
VARIÁVEL PROXY
Variável utilizada para substituir outra de difícil mensuração e que se
presume guardar com ela relação de pertinência
VÍCIO
Anomalia que afeta o desempenho de produtos ou serviços, ou os torna
inadequados aos fins a que se destinam, causando transtornos ou preju-
ízos materiais ao consumidor
VÍCIO CONSTRUTIVO
Vício que decorre de falha de projeto, de material aplicado na constru-
ção ou de execução
VÍCIO DE UTILIZAÇÃO
Vício que decorre de utilização inadequada ou falha na manutenção
VÍCIOS REDIBITÓRIOS
São os vícios ocultos ou não declarados pelo vendedor, que afetam o
86
desempenho das edificações, surgidos algum tempo depois do início do
uso do bem, os quais, a depender da gravidade, podem levar à anulação
do negócio contratado ou efetivado.
VISTORIA
Ë uma etapa indispensável ao processo de análise de valor. É o exame
detalhado de um imóvel, mediante descrição minuciosa dos elementos
que o constituem, objetivando sua avaliação ou parecer técnico sobre o
mesmo.
Através da vistoria levantamos as características do imóvel que influen-
ciam seu valor final.
VIDA ÚTIL
Período durante o qual o imóvel produz economicamente. A vida útil
varia de acordo com o tipo de imóvel, situando-se entre 50 e 80 anos.
VIDA REMANESCENTE
Vida útil que resta a um bem.
VOCAÇÃO DO IMÓVEL
Uso economicamente mais adequado de determinado imóvel em fun-
ção das características próprias e do entorno, respeitadas as limitações
legais
TAXA DE DESCONTO
Taxa adotada para o cálculo do valor presente de uma despesa ou receita
futura.
ANEXOS
CÁLCULO DE HOMOGENEIZAÇÃO
CUB SINDUSCON/MT
CUB SINDUSCON/MT
MODELO DE AVALIAÇÃO URBANA
MODELO DE CHECK LIST PARA ELABORAÇÃO DE AVALIAÇÃO
RESOLUÇÃO CONFECI n° 1066/2007
PROPOSTA DE HONORARIOS
APRESENTACAO JUIZ
PARECERER IMPUGNATIVO
PARECERER ICONCORDANCIA
TABELA DEPRECIACAO
ENTREGA DO LAUDO PERICIAL
QUESITOS
QUESTIONARIO
AVALIAÇÃO
RESIDENCIAL
LAUDO DE AVALIAÇÃO
Perito Avaliador
_________________
Profissão.
CRECI
89
LAUDO DE AVALIAÇÃO
Nome: ¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬____________________________
Endereço: Rua ¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬______________ – Bairro
__________________
Cidade: Cuiabá/MT
CPF: __________________
1.Objetivo
Esta perícia técnica-avaliatória tem por finalidade trazer todos os dados
necessários para demonstrar as condições do bem avaliado, que é com-
posto por terrenos, edificações, avaliando-os detalhadamente, quanti-
ficando os bens conforme cálculo matemático, pesquisa de mercado,
respeitadas as Normas da ABNT.
2.Considerações Preliminares
A avaliação de bens de produção em geral, representados por terreno e
edificações, constitui uma tarefa árdua e extensa tendo em vista todos os
dados e fatores a serem tomados em consideração, para que o trabalho
represente um retrato tão fiel quanto possível da realidade encontrada.
Conveniente, por oportuno, que ressaltemos, o significado dos termos
a avaliação:
90
A complexidade do campo de valoração e avaliação de uma residência
exige por parte do profissional envolvido uma gama considerável de co-
nhecimentos, resultado de experiências adquirido ao longo dos anos em
atividades, não só técnicas, como também administrativas. Relevante
ainda é a necessidade que tem o Engenheiro de Avaliações de ampliar
seu acervo de entendimento nos diversos ramos da engenharia, dando-
-lhe uma visão de conjunto do trabalho, sem que signifique extrapola-
ção da modalidade de formação.
3. Metodologia Aplicada
Objetivando facilitar a compreensão das técnicas de avaliação, esclarece
a seguir alguns conceitos e definições pertinentes a metodologia avalia-
tória do imóvel em seu todo.
3.1. Procedimentos
Na realização e execução de uma avaliação, tal como qualquer outro
serviço de engenharia, releva-se uma planificação e medidas prelimi-
91
nares necessárias para que se tenha um regular transcorrer. No caso,
empreende trabalhos preparatórios e de desenvolvimento:
-Trabalhos Preparatórios
-visita preliminar aos locais para reconhecimento
-identificação dos bens a avaliar
-obtenção de informações e documentações pertinentes.
-Trabalhos de Desenvolvimento:
- No Campo:
-levantamento Cadastral, com plantas gerais e detalhadas, com indica-
ções
• conformação e topografia dos terrenos
• localização, ruas, circunvizinhas e divisas
• identificação, disposição e situação das edificações
-divisões internas das edificações
-descrição das edificação
-coleta de informações em geral
-documentação fotográfica.
- No Escritório:
-memorial descritivo dos bens avaliados
-avaliação dos bens tangíveis
92
-relatório preliminar
-elaboração do laudo.
3.2.1.1. Terreno
O terreno será avaliado pelo MÉTODO COMPARATIVO, que consiste
em se transportar para o imóvel avaliado uma média unitária de valores
93
de oferta e/ou transação já efetiva de compra e venda, resultado de pes-
quisas na circunvizinhança, com um considerável número de amostras
(pela Norma no mínimo 05), atendido os patrões de similaridade (ho-
mogeneização, com tratamento estatístico).
A homogeneização dos valores da amostra será feita com incidência dos
seguintes coeficientes:
-Coeficiente de oferta/fonte (Co)
-trata da flexibilidade em uma negociação
-Coeficiente de transposição (Ct)
-cuida da diferença de força comercial entre as amostras e o imóvel em
avaliação e, neste caso, será dado pelos parâmetros de Vo (preço do Cub
na região)
-Coeficiente de equivalência (Ce)
-adéqua padrão e características físicas.
-Coeficiente de área (Ca)
-leva em conta as diferenças entre as áreas da amostra e do imóvel ava-
liado.
Ca = ( área da amostra / área do imóvel avaliando )1/4, para diferenças
inferiores a 30%
Ca = ( área da amostra / área do imóvel avaliando )1/8, para diferenças
superiores a 30%
3.2.1.2. Edificações
Será empregado o MÉTODO DE CUSTO DE REPRODUÇÃO, que
consiste em aplicar a área construída o custo equivalente da construção,
considerando-se tipologia, padrão construtivo e estado de conservação.
Entende-se como área equivalente de construção (NB 140/NB 12.721) a
área fictícia que, ao custo unitário básico, tenha o mesmo valor, em real,
que o efetivamente estimado para a área real correspondente, descober-
ta ou coberta de padrão diferente.
Definidos os tipos de padrão, resta-nos determinar a depreciação.
Depreciação vem a ser a perda de valor de um bem associado por
obsolescência, física, funcional e/ou econômica, do imóvel, que pode
ser:
I. Obsolescência física: trata-se da perda de utilidade de uma proprieda-
de em função de fatores físicos, como deterioração por uso, envelheci-
mento, desgastes, etc.
II.Obsolescência funcional: é a perda de utilidade de uma proprieda-
94
de resultante de alterações na arte de projetar, nas exigências legais ou
inovações de produtos e técnicas que substituam com vantagens os exis-
tentes.
III. Obsolescência econômica: é a perda de utilidade de uma proprieda-
de resultante de fatores econômicos, como mudança de uso, relação de
oferta e procura, ou seja, variações do mercado, ou até mesmo mudança
na legislação sobre posturas municipais, podendo, em certos casos, se-
rem considerados fenômenos passageiros.
4. Técnica de Avaliação
4.1. Avaliação do Terreno
Eleito o MÉTODO COMPARATIVO, que se utiliza a técnica na qual a
estimativa do valor de mercado é obtida sobre preços pagos em transa-
ções imobiliárias, sendo assim um processo de correlação de valores de
95
propriedades vendidas.
Vc = A x C x Ko, onde:
Vc= Valor da Construção
A= Área Construída
C= Custo da Construção (SINDUSCON)
Ko= Fator de Depreciação (Neste caso o estado do imóvel é Novo )
98
5.1.2 Vias de Acesso
A Residência avaliada situa-se na cidade de Cuiabá - Estado do Mato
Grosso, mais precisamente na Rua __________________ com Aces-
so pela Avenida Arquimedes Pereira Lima, asfaltada, iluminada e em
Bom estado de conservação, distanciando do centro da cidade apenas
+- 10KM, com vias de acesso da infra-estrutura excelente.
5.2. Terreno
A Residência está situada em uma área de 360m², com levantamento
topográfico que identifica o terreno com relevo plano. Com um solo de
boa estrutura e conformações, que esta sendo avaliada.
6. Da Avaliação
6.1 Terreno
Para encontrar o valor de mercado do terreno, objeto da presente ava-
liação, foram utilizados fatores, resultado de pesquisas de mercado na
circunvizinhança, atendendo os patrões de similaridade. Que alcançou
o seguinte valor:
360m² x R$ 70.83
Totalizando para o Terreno R$ 25.498,80
(Vinte e Cinco Mil, Quatrocentos e Noventa e Oito Reais e Oitenta Cen-
tavos)
99
6.2. Edificações
A área construída da edificação de 254m².Para se alcançar o preço do
m.² do imóvel avaliado são utilizados índices obtidos pelo Sinduscon/
MT, mês de referencia Fevereiro de 2008.
Utilizando-se da fórmula matemática obtemos então o valor de merca-
do do imóvel em tela conforme se segue:
A residência tem padrão construtivo alto com acabamento em piso de
1ª e granito.
A residência esta em bom estado de conservação e tem sua aparência de
nova. Ko = estado de novo.
Vc = A x C
Vc = 254m² x R$ 1.038,32
Totalizando para a Edificação R$ 263.733,28
(Duzentos e Sessenta e Três Mil, Setecentos e Trinta e Três Reais e Vinte
e Oito Centavos)
100
CONCLUSÃO
Terreno R$ 25.498,80
Edificações R$ 263.733,28
TOTAL R$ 289.232,08
Em números Redondos:
R$ 290.000,00
(Duzentos e Noventa Mil Reais)
101
ENCERRAMENTO
________________________
Nome ___________________
Profissão_________________
CRECI___________________
102
103
104
ANEXO FALTA CUB-RO ONERADO.
CÁLCULO DE HOMOGENEIZAÇÃO
MÉTODO COMPARATIVO DIRETO COM HOMOGENEIZAÇÃO
POR FATORES
Memória de Cálculo
Imóvel avaliando
Imóvel situado em área Urbana. Endereço Rua Euclides Moura, s/nº,
Bairro Jardim Aclimação - Cuiabá/MT
Área: 15053,01 m2
Método empregado
Para a avaliação do imóvel foi utilizado o método comparativo direto
com homogeneização por fatores, conforme descrito na Norma Brasi-
leira NBR-14653. Por este método, o imóvel avaliando é avaliado por
comparação com imóveis de características semelhantes, cujos respec-
tivos valores unitários (por m2) são ajustados com fatores que tornam a
amostra homogênea.
Imóvel 3
Imóvel com Oferta de Venda
Dora Corretora de Imóveis
Fone:(65) 3637-2733
Av. Couto Magalhães com esquina Rua Rio dos Peixes, nº 19, Bairro
Grande Terceiro
Área: 250,00 m2
Valor: $ 240.000,00
106
Valor por metro quadrado: $ 960,00
Fator de homogeneização F1: 1
Imóvel 4
Imóvel com Oferta de Venda
Particular
Fone : (65) 9961-9711
Rua Itália, s/n Bairro Jardim Europa
Área: 360,00 m2
Valor: $ 230.000,00
Valor por metro quadrado: $ 638,89
Fator de homogeneização F1: 1
Imóvel 5
Imóvel com Oferta de Venda
Cleide Imóveis
Fone: (65) 3623-6660
Rua Rio Teles Pites, nº 952, Grande Terceiro
Área: 182,00 m2
Valor: $ 180.000,00
Valor por metro quadrado: $ 989,01
Fator de homogeneização F1: 1
Tabela de homogeneização:
109
110
MODELO DE CHECK LIST AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
1.Área do Imóvel/Terreno____________________________________
2.Nome do Proprietário_____________________________________
3.Região: ( ) urbana ( ) Rural
4.Construções existentes no Área /Terreno_______________________
5.Localização:
Rua ________ Bairro __________ Cidade____________
UF__________.
6. Serviços Públicos: ( ) Transporte ( )Água Potável
( ) Esgotos ( ) Energia Elétrica ( ) Telefone ( ) Ilum. Pública
Outros __________________________________________________
7. Serviços comunitários: ( )Escola ( )Policia ( )Posto médico
Outros __________________________________________________
8.Transportes _____________________________________________
9.Tipos de pavimentações___________________________________
10.Terrenos confrontantes___________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
11.Imagens de Satélite da Área/Terreno/Imóvel.___________________
12.Fotografia da Área/Terreno/Imóvel.__________________________
13.Croqui da Área/Terreno/Imóvel.____________________________
14. Dados das Amostras
Nome do Proprietário_______________________________________
Endereço_________________________________________________
Telefone__________________________________________________
Area da Amostra___________________________________________
Valor da Área/Terreno/Imóvel.________________________________
PROPOSTA HONORARIO
EXCELENTÍSSIMO SR. DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 50 VARA
CÍVEL DA COMARCA DE ....................
2. METODOLOGIA
Os procedimentos de levantamento serão basea-
dos em normas da ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas), prin-
cipalmente as NBRs 14653 e5676, bem como a NB
502/89, utilizando-se:
•O METÓDO COMPARATIVO DE DADOS DE
MERCADO COM
TRATAMENTO DE FATORES, com saneamento
dos valores amostraisutilizando o critério exclu-
dente de Chauvenet e otratamento estatísticofun-
damentado na teoria estatística de pequenas amos-
tras (n<30) com adestruição de “t” de Student,
havendo amostras suficientes e disponíveis.
112
•METÓDO COMPARATIVO DE CUSTOS DE REPRODUÇÃO DE
BENFEITORIAS, utilizando-se tabela SINDUSCON (Sindicato das
Indústrias da Construção) com tratamento de fatores de depreciação
segundo Ross-Heidecke, não havendo amostras disponíveis ou
insuficientes.
4. EQUIPE DE TRABALHO
• ........................., Brasileiro, Casado, Perito Imobiliário, Corretor
de ImóveisCRECI nº ................., com escritório profissional situado à
Av. .................................., Bairro Centro, nesta cidade de ............................
.......;
• ....................................., Brasileiro, Solteiro, Corretor de Imóveis
CRECI n° ...................... com escritório profissional situado à Av. ............
........................, nesta cidade de .................................
6. HONORARIOS PROPOSTOS:
Em face da impossibilidade de se estimar previamente o valor que será
atribuído a área, objeto da avaliação, propomos honorários por hora
113
técnica com base na tabela do CRECI – MT, onde a Hora Técnica é equi-
valente ao dobro do Salário Mínimo Vigente x 10%, conforme abaixo.
SM x 2 x 10% = HT
SM (Salário Mínimo)= R$ 880,00
R$ 880,00 x 2 = R$1.760,00x 10% = R$ 176,00
HT (Hora Técnica) = R$ 176,00
1. DA PROPOSTA
• Que sejam fixados os honorários para avaliação do imóvel descrito no
item 5, em R$ 3.168,00 (Três Mil Cento e Sessenta e Oito Reais).
• Que sejam depositados integralmente na Conta Única do Tribunal,
sendo me concedido adiantamento de 50% do valor total dos honorá-
riospara custeio de despesas gerais.
• Que os 50% restantes sejam pagos na entrega do laudo de
avaliação.
2. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Agradecemos a V. Exa. pela deferência em nossa nomeação como perito
deste
114
juízo, e nos colocamos a disposição para quaisquer informações com-
plementares que se fizerem necessárias.
________________________
NOME.
Corretor: CRECI/
Perito Imobiliário
CNAE. 0000000
PARECER IMPUGNATIVO
EXMO. SR. DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ............ VARA DA JUS-
TIÇA FEDERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO
Processo nº 000000000000
115
PARECER PARCIALMENTE DIVERGENTE
1. PRELIMINARES
3.1 – PARAMETROS
SINDUSCON-MT
CUSTOS UNITÁRIOS BÁSICOS DE CONSTRUÇÃO (NBR
12.721:2006 - CUB 2006)
MÊS: 3 ANO: 2016
116
4. – ANALISE E RAZÕES DAS DIVERGÊNCIAS
4.1 – Quanto à divergência dos custos indiretos
Não concordo com a aplicação deste índice de majoração, uma vez que
as construção foi avaliada com custos locais de mão de obra local, ob-
servando a especificidade das construções.
4. AVALIAÇÃO
Os valores abaixo referem-se aos Custos Unitários Básicos de Cons-
trução (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de
16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Bra-
sileira de Normas Técnicas (ABNT) e são correspondentes ao mês de
ABRIL DE 2007.
“Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT
NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais des-
critivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova
série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com
a designação de CUB/2006”.
“Na formação destes custos unitários básicos não foram considera-
dos os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determi-
nação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com
o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso
particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes,
rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instala-
ções, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração,
ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground
(quando não classificado como área construída); obras e serviços com-
plementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajar-
dinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros servi-
ços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos,
117
taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, proje-
to estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do
construtor; remuneração do incorporador.”
6. CONCLUSÃO
Somando se os valores das
construções calculado pelo As-
sistente a indenização pelo ato
expropriatório correspondente
ao valor de mercado real e justo
do imóvel será:
Vtc = Valor Total das construções
Vtc = R$ 112.791,23 (Cento e Doze Mil, Setecentos e Noventa e Um
Reais e Vinte e Três Centavos)
7. ENCERRAMENTO
O presente parecer crítico consta de 4(três) folhas deste papel, escritas
de um só lado, rubricadas e a última data e assinada.
_________________________
EDMILSON PINHO DE SÁ
Engenheiro Civil – CREA.000000000000
Engenheiro de Segurança do Trabalho
Especialista em Avaliações e Perícias. Ms
Corretor e perito imobiliário CNAE.000000
Assistente técnico da reclamada
PARECER DE CONCORDANCIA
119
EXMO. SR. DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ............ VARA DA
JUSTIÇA FEDERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO
Processo nº 000000000000
1.PRELIMINARES
1.1– O autor tem por objeto a indenização das benfeitorias a seguir, situ-
ada na Gleba Edmilson , Município de ÁGUA LIMPA – MT.
3.CONCORDANCIA
O nobre perito imobiliário engenheiro expert, .............................., desen-
volveu um brilhante trabalho, no desenvolvimento desta pericia, com
muito conhecimento técnico respondeu claramente os quesitos e sem
sobra de dúvida.
No item deu-se início aos trabalhos apresentando no dia e horário mar-
cado e coordenou a vistoria nas dependências do imóvel.
Em seu laudo no item.
__________________________
EDMILSON PINHO DE SÁ
Engenheiro Civil – CREA.000000000000
Engenheiro de Segurança do Trabalho
Especialista em Avaliações e Perícias. Ms
Corretor e perito imobiliário CNAE.000000
Assistente técnico da reclamada
APRESENTACAO
121
122
Tabela de Ross-Heidecke para Depreciação de Imóveis
123
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR
JUIZ FEDERAL DA 2º VARA DE ____________________
124
EDMILSON PINHO DE SÁ brasileiro, divorciado, Engenheiro Ci-
vil e de Segurança do trabalho CREA nacional 000000000000 CRE-
CI,00000000000000000000portador do CPF Nº 0000000000000, com
escritório profissional situado a Rua 00, Nº 000 - Bairro __________es-
perança, Cuiabá – MT. Telefone 00- 0000 - 0000, nomeado por defe-
rência de V.Exa nos autos da ação Redibitória com pedido de indeniza-
ção por perdas e danos. Do processo Nº0000000000000000
Venho a presença de vossa senhoria entregar a laudo pericial.
Também solicito levantamentos dos 50% , para finalizar os honorários.
Agradeço a honrosa incumbência e confiança com que fui designado.
Nestes Termos, Pede e espera Deferimento
___________________________
EDMILSON PINHO DE SÁ
Engenheiro Civil – CREA.000000000000
Engenheiro de Segurança do Trabalho
Especialista em Avaliações e Perícias. Ms
Corretor e perito imobiliário CNAE.000000
Quesito do juízo
01- Pode o Senhor perito informar se a Requerida tem registro junto ao
CREA/MT bem como os engenheiros que assinam o projeto do condo-
mínio Vilário San Marino?
Quesito do Requerido
01 - As trincas da Edificação em geral, são ocorrências muito comuns
127
nas edificações em Cuiabá? Surgem em função de inúmeras causa dife-
rentes e são conhecidas também como fissuras ou rachaduras? Existem
meios de intervenção da Engenharia para sanar está patologia? Pode
demonstrar algum exemplo?
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
PTAM
PARECER TÉCNICO DE AVALIAÇÃO MERCADOLÓGICA
IMÓVEL
PROPIETÁRIA
EDMILSON PINHO SA.
CPF. 0000000000
END.
ESTADO.
129
01 - FOLHA RESUMO
130
02 - CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
A avaliação de imóveis baseia-se em fatos e acontecimentos que
influenciam, em cada momento, o resultado final do valor do imóvel,
não se atem a um único aspecto, muito pelo contrário, faz-se necessário
considerar simultaneamente diversos fatores, inclusive de custo e utili-
dade do bem.
A avaliação de imóveis constitui uma tarefa árdua e extensa, ten-
do em vista todos os dados e fatores a serem tomados em consideração
para que o trabalho represente um retrato tão fiel quanto possível da
realidade encontrada.
A complexidade do campo de valoração e avaliação de imóveis
exige por parte do profissional envolvido uma gama considerável de co-
nhecimentos e experiências, não só técnicas, como também administra-
tivas, dando uma visão de conjunto do trabalho.
Avaliação Técnica - é aquela em que estão expressamente carac-
terizados cada um dos elementos que contribuem para formar a convic-
ção do valor, conforme descrito na norma NBR 14653 (1, 2 ou 3) e pode
131
ser classificado em graus de fundamentação e de precisão I, II ou III.
O PTAM – Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica foi instituído
pela resolução COFECI 1.066/2007, considerando o disposto no artigo
3º da Lei n.º 6530/78 que atribui ao Corretor de Imóveis, entre outras,
a competência para opinar sobre comercialização imobiliária, e o dis-
posto no artigo 39 inciso VIII da Lei nº 8.078/90 (Código de Defesa do
Consumidor), que impede o fornecimento de serviços em desacordo
com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, na sua
inexistência, com as diretrizes das normas técnicas da Associação Brasi-
leira de Normas Técnicas – ABNT.
O Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários – CNAI, cuja
organização e manutenção estão a cargo do Conselho Federal de Corre-
tores de Imóveis, a quem cabe também expedir Certificados de Registro
de Avaliador Imobiliário para os Corretores de Imóveis nele inscritos.
Todo Corretor de Imóveis inscrito no Cadastro Nacional de Avaliadores
Imobiliários tem direito à utilização do selo certificador, fornecido pelo
Conselho Regional da jurisdição, para afixação em cada Parecer Técni-
co de Avaliação Mercadológica de sua emissão. O selo certificador terá
numeração individual e sequenciada, com mecanismo que permita au-
tenticação e certificação de código de segurança. O avaliador foi inscrito
no CNAI porque atendeu as exigências do COFECI, concluindo curso
132
de nível superior em gestão imobiliária.
Avaliação Expedita – É uma Opinião de Mercado que se louva
em informações e na escolha arbitrária do avaliador, sem se pautar por
metodologia definida e sem comprovação expressa dos elementos e mé-
todos que levaram à convicção do valor, conforme expresso no artigo 3º
da lei 6.530/78 “Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermedia-
ção na compra, venda, permuta e locação de imóveis, podendo, ainda,
opinar quanto à comercialização imobiliária”.
03 - RESSALVAS
Este laudo apresenta todas as condições limitativas impostas
pela metodologia empregada, que afetam análises, opiniões e suas con-
clusões. Para a propriedade do estudo foram empregados os métodos
mais recomendados e o avaliador realizou pessoalmente os trabalhos de
inspeção, pesquisa, análise, conclusão, elaboração e revisão do laudo.
A elaboração do laudo foi com estrita observância dos postu-
lados constantes do Código de Ética Profissional e os honorários pro-
fissionais do avaliador não estão, de qualquer forma, subordinados às
conclusões deste laudo.
Não há nenhuma inclinação pessoal do avaliador em relação à
matéria envolvida neste laudo no presente e o avaliador não contempla
para o futuro qualquer interesse nos bens objeto desta avaliação.
Os valores apurados representam a realidade de mercado no pe-
ríodo compreendido entre o início dos trabalhos e a conclusão do lau-
do, considerando documentação totalmente regular, impostos e outras
obrigações em dia e o imóvel livre de quaisquer ônus e no estado de
conservação em que se encontra. Não são consideradas perspectivas de
valorização ou desvalorização futuras.
04 - CONCEITOS
Valor - A primeira e original definição que poderemos dar a um
objeto avaliando é a de que “avaliar é pôr medida às coisas vendáveis”.
135
desgastes, envelhecimento, levando a depreciação, regra geral, mais
acentuada ao longo do tempo, relevando-se a incidência da conservação
e manutenção, uso de material sem qualidade que redundam em avarias
bruscas e acidentais e decrepitude (extrema velhice).
Obsolescência funcional - É a perda de utilidade de uma pro-
priedade resultante de alterações na arte de projetar, nas exigências le-
gais ou inovações de produtos e técnicas que substituam com vantagens
os existentes e na inadaptabilidade do imóvel a outros fins.
Obsolescência econômica - É a perda de utilidade de uma pro-
priedade, resultante de fatores econômicos, como mudança de uso, re-
lação de oferta e procura, ou seja, variações do mercado, ou até mesmo
mudança na legislação sobre posturas municipais, podendo, em certos
casos, serem considerados fenômenos passageiros.
Para melhor entender o processo de depreciação de um bem uti-
lizando a tabela de depreciação de Ross-Heidecke, é necessário conhe-
cer alguns conceitos básicos:
Vida Útil de um Bem - É o período decorrido entre a data que
foi concluída a edificação e o momento em que deixa de ser utilizado
devido à necessidade de reformas de grande monta.
Idade Real - Período decorrido entre a data que foi concluída a
edificação e a data de referência da avaliação.
Vida remanescente - Tempo estimado entre a data da avaliação
e o fim da sua vida útil.
Valor residual - É o valor de demolição ou de reaproveitamento
de parte dos materiais ao fim da sua vida útil.
Valor novo - É o custo de reprodução de uma edificação nova
através de orçamentos analíticos.
Valor depreciável - É o valor novo menos o valor residual.
A tabela de Ross-Heidecke não proporciona uma leitura dire-
ta, é necessário que conhecer a Vida Útil do Imóvel, estabelecida pelo
Bureau of Internal Revenue, para aplicação da regra de três simples e
descobrir a idade em percentual de vida do imóvel avaliando:
Apartamentos – 60 anos, Bancos – 70 anos, Casas de alvenaria –
65 anos, Casas de madeira – 45 anos, Hotéis – 50 anos, Lojas – 70 anos,
Teatros – 50 anos, Armazéns – 75 anos, Fábricas – 50 anos, Construções
rurais – 60 anos, Garagens – 60 anos, Edifício de escritórios – 70 anos,
Galpões depósitos – 70 anos, Silos – 75 anos.
136
07 - PROCEDIMENTOS
Os procedimentos foram baseados em normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, principalmente na NBR 14653-
2, na legislação em vigor e em resoluções do COFECI/CRECI
- Coleta do maior número de informações possíveis, ao alcance do pe-
rito avaliador, trazendo tudo que se pode observar e analisar, com o
máximo de prudência.
- Identificação do imóvel a avaliar.
- Obtenção de informações e documentações pertinentes.
- Levantamento cadastral com plantas gerais e detalhadas.
- Conformidade e topografia dos terrenos.
- Localização e divisas.
- Pesquisa no bairro ou na região para identificação de amostra de imó-
veis assemelhados ofertados ou vendidos no mercado imobiliário, lo-
calizados num raio de aproximadamente 1.000m do imóvel avaliando.
- Registro fotográfico do imóvel avaliando e da amostra.
- Registro de mapas de localização.
Renda: O bairro é de renda alta, sendo que a média da renda dos res-
ponsáveis pelos domicílios é de 37,51 salários mínimos. Conforme a
classe de rendimento mensal do responsável pelo domicílio, o bairro
apresenta predominância de pessoas com rendimentos na faixa de mais
de 20 salários mínimos (S.M.) e segundo a seguinte distribuição: 3,08%
não possuem rendimentos, 4,84% recebem até 2 S.M., 1,61% recebem
de 2 a 3 S.M., 3,59% de 3 a 5 S.M., 7,26% na faixa de 5 a 10 S.M., 23,32%
de 10 a 20 S.M. e 56,31% recebem mais de 20 S.M.
Saneamento: Água: dos 326 domicílios, 319 eram abastecidos pela rede
geral, dos quais 302 tinham canalização em pelo menos um cômodo e
17 eram canalizados apenas na propriedade ou terreno e 7 domicílios
eram abastecidos por poço ou nascente. Esgotamento Sanitário: todos
os domicílios possuíam banheiro ou sanitário, dos quais, 122 eram liga-
dos à rede geral de esgoto ou rede pluvial, 189 utilizavam fossas sépticas,
14 fossas rudimentares e 1 utilizava para escoamento a vala. Destino do
Lixo: do total de domicílios, 321 tinham o lixo coletado, sendo que 319
utilizavam o serviço público de limpeza e 2 utilizavam caçamba, os 5
restantes, queimavam, enterravam, jogavam em terreno baldio, em rio
ou lago ou tinham outro destino.
10 - O IMÓVEL AVALIANDO
Descrição apresentada na matricula nº 0000000 ficha 01, do cartório do
Sétimo Ofício de ___________________.
141
Vistoria.
O imóvel está em estado de conservação regular e necessita de
reparos simples, ocupado com o fim residencial unifamiliar, e o Valor
Venal atribuído pela Prefeitura de Cuiabá é de R$800,00.
11 – AVALIAÇÃO DO TERRENO
Método comparativo de dados de mercado com tratamento de fatores
Pesquisa ao mercado
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Valor: R$120.000,00
Valor por metro quadrado: R$289,16
Fator de homogeneização LOCALIZAÇÃO: 1,10
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Área: 415m²
Valor: R$119.000,00
Valor por metro quadrado: R$286,75
Fator de homogeneização LOCALIZAÇÃO: 1,20
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Área: 415m²
Valor: R$105.000,00
Valor por metro quadrado: R$253,01
Fator de homogeneização LOCALIZAÇÃO: 1,20
Oferta 15
Área: 453m²
Valor: R$90.000,00
Valor por metro quadrado: R$198,68
Fator de homogeneização LOCALIZAÇÃO: 1,20
Tabela de homogeneização:
O quociente entre o desvio (d) de cada oferta e o desvio padrão deve ser
menor que o valor crítico (VC), fornecido pela tabela de Chauvenet. Ou
seja: d = |Xi - X|/S < VC
150
nente)
Oferta 15: d = |238,41 - 289,10| / 84,02 = 0,60 < 2.13 (amostra perti-
nente)
Conclusão:
IC Área R$ / M² Total
Limite Inferior 1.297,50 R$ 260,19 R$ 337.596,52
Valor Provável (média) 1.297,50 R$ 289,09 R $
375.094,27
Limite Superior 1.297,50 R$ 318,00 R$ 412.605,00
Piscina
A Piscina foi construída em paredes de concreto/alvenaria, revestimen-
to com azulejo na cor azul. Valor estimado em R$25.000,00 (Vinte e
cinco mil reais)
Piso externo
A unidade residencial unifamiliar conta com piso em áreas externas,
entretanto necessita de reparos importantes, por esta razão, não foi atri-
buído valor monetário.
152
13 - AVALIAÇÃO TOTAL DO IMÓVEL
Conciliação – Resultado da adoção de dois métodos e do critério de
consulta
153
Fundamentação: O público para este tipo de imóvel, classe de renda
alta, tem grande preferência por imóveis mais novos, com projetos ar-
quitetônicos mais modernos e com a utilização de materiais construti-
vos de geração mais atual.
Público alvo
Pessoas de classe média alta para uso residencial unifamiliar ou
Investidores, para uso em locação, a empresas de grande porte, a órgãos
públicos ou para uso comercial em prestação de serviços (Clínica médi-
ca, agências de publicidade, escritório de advocacia, etc.), condicionado
a obtenção de alvará na Prefeitura.
155
156
157
158
SUMÁRIO
1 PERÍCIA JUDICIAL.....................................................................161
1.1 CONCEITO................................................................................161
1.2 INDEPENDÊNCIA DO PERITO JUDICIAL...........................162
1.3 QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PROFISSIONAL........................163
2.1 RESPONSABILIDADE DO PERITO........................................164
2.1.1 CIVIL (ART. 147 DO CPC)....................................................164
2.1.2 CRIMINAL (ART. 342 E 343 DO CÓDIGO PENAL).........164
2.1.3 PROCEDIMENTO DA PROVA PERICIAL...........................165
2.1.4 NOMEAÇÃO DO PERITO E “PERÍCIA CONSENSUAL”.....165
2.1.5 DEVER E ESCUSA DO PERITO............................................167
2.1.6 INDICAÇÃO DO ASSIST. TÉCNICO E FORMAÇÃO DOS
QUESITOS.......................................................................................167
2.1.7 RECUSA OU SUSPEIÇÃO OU IMPEDIMENTO DO PERITO
.........................................................................................................168
3 HONORÁRIOS PERICIAS..........................................................170
3.1 REALIZAÇÃO DOS ESTUDOS................................................174
4.0 ELABORAÇÃO DO LAUDO PERICIAL..................................174
4.1 MODELO DE LAUDOS..........................................................174
4.2 ESTRUTURAÇÃO DO LAUDO PERICIAL...........................175
4.3 PRAZO E PONTUALIDADE.................................................176
4.4 ELABORAÇÃO DO LAUDO PERICIAL...............................177
4.5 ANEXOS QUE PODEM COMPOR O LAUDO PERICIAL....179
4.6 ENTREGA DO LAUDO PERICIAL.......................................180
4.7 MANIFESTAÇÃO DAS PARTES – ASSISTENTES TÉCNICOS
.........................................................................................................180
4.8 ESCLARECIMENTOS EM AUDIÊNCIA..................................181
4.9 EXECUÇÃO DOS HONORÁRIOS PERICIAIS.......................181
4.10 COMPLEXIDADE DAS ATRIBUIÇÕES................................182
5.1 PLANEJAMENTO DA PERICIA...............................................183
5.2 OBJETIVOS...............................................................................183
5.3 RECURSOS MATERIAIS E DE PESSOAL...................................183
5.4 RISCOS......................................................................................183
6. QUESITOS...................................................................................184
6.1 CONCEITOS DE QUESITO......................................................185
6.2 QUESITOS PERTINENTES E IMPERTINENTES...................186
6.3 EXEMPLOS DE FORMULAÇÃO DE QUESITOS...................186
159
6.4 ELABORAÇÃO DE PEÇAS.......................................................187
7. PEÇA...........................................................................................189
7.1 ACEITAÇÃO E DE HONORÁRIOS..........................................189
7.2 ESCUSA DE NOMEAÇÃO........................................................190
7.3 PEDIDO DE DOCUMENTOS AS PARTES..............................192
7.4 ENTREGA DO LAUDO E HONORÁRIOS..............................193
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...........................................194
160
1 PERÍCIA JUDICIAL
1.1 CONCEITO
Meio de prova consistente que tem como objetivo esclarecer fatos que
exijam um conhecimento técnico especifico para a sua exata compre-
ensão. Ou seja, é a declaração de caráter técnico sobre um elemento
da prova. A perícia serve para provar fatos de percepção técnica, que
dependem de conhecimento técnico específico.
161
ma e o conteúdo do laudo pericial, exigindo do perito que o laudo seja
estruturado com os seguintes elementos: I – exposição do objeto da pe-
rícia; II – análise técnica ou científica realizada pelo perito; III – indi-
cação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser aceito
pelos especialistas da área de conhecimento; e IV – resposta conclusiva
a todos os quesitos apresentados pelo juiz, partes e Ministério Público,
este último como fiscal da lei.
162
perito e os assistentes técnicos podem utilizar-se de todos os meios ne-
cessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando do-
cumentos que estejam em poder das partes ou de repartições públicas,
bem como instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias e outras
peças quaisquer que julgar importantes.
163
O perito deverá ter disponível um curriculum vitae detalhado de no
máximo 02 (duas) laudas, contendo no mínimo sua identificação, ende-
reço completo (telefone, fax, e-mail), qualificação (curso de formação,
especialização e outros específicos), referências (profissionais, pessoais
e periciais, caso já tenha sido nomeado em outras perícias), a área de
atuação desejável (dar uma ênfase especial em sua área de formação e
na qual tenha experiência profissional).
O curriculum vitae deve ser protocolado pelo perito por meio de uma
petição dirigida à Diretoria Geral do órgão público ou diretamente na
Secretaria da Vara, conforme a organização de cada unidade judiciária.
Conforme dispõe o art. 343 do CP, também cometerá ato ilícito, punível
com pena de reclusão de 3 a 4 anos, aquele que der, oferecer ou prome-
ter dinheiro ou qualquer outra vantagem ao perito para fazer afirmação
falsa, negar ou calar a verdade em perícia.
165
mais incumbência do juiz, isto porque, o art. 157, § 2º, do CPC prevê
que será organizada uma lista de peritos na vara ou na secretaria, de
modo que as perícias sejam distribuídas equitativamente, observadas a
capacidade técnica e a área de conhecimento.
De outro norte, o art. 471, do CPC prevê que as partes podem, de co-
mum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante requerimento
destes. Em outros tempos, a escolha do perito era do juiz da causa, onde
as partes não participavam da escolha deste ou daquele profissional.
Com o novo CPC, as partes podem escolher o perito, desde que estas
sejam plenamente capazes e a causa possa ser resolvida com a autocom-
posição.
166
2.1.5 DEVER E ESCUSA DO PERITO
De acordo com o art. 378 do CPC, ninguém pode se eximir de auxiliar
o juízo na busca da verdade. Isto quer dizer que o perito tem um dever
de prestar o serviço técnico, sendo remunerado por isso.
Por outro lado, a escusa deve ser apresentada dentro de 15 (quinze) dias,
a contar de sua intimação. Se o perito não se manifestar no prazo assina-
lado, reputar-se-á que aceitou a nomeação.
“Compete ao juiz:
I - Indeferir quesitos impertinentes;
Se alguma das partes não se manifestou nos autos a respeito dos quesi-
tos, há que ser observado se ainda não decorreu o prazo de 05 (cinco)
dias para sua apresentação.
167
Se ainda não estiver precluso o direito de formulação dos quesitos, os
autos devem ser devolvidos ao cartório para que a parte possa juntar
seus quesitos. Só então, o perito deve fazer carga definitiva para iniciar
seu trabalho pericial.
169
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das
partes.
§ 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem
necessidade de declarar suas razões.
§ 2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando:
I - houver sido provocada por quem a alega;
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta
aceitação do arguido”.
3. HONORÁRIOS PERICIAIS
Com o recebimento da intimação de nomeação, o perito vai ao cartório
Quando não for possível obter o valor indicativo da hora técnica, o pro-
fissional poderá estimar um valor que julgue justo e adequado para sua
remuneração, procurando sempre ter bom senso no seu estabelecimen-
to para não correr o risco de ser impugnado pelas partes ou glosado
pelo juiz em face do exagero do pedido.
171
A indicação da metodologia a ser utilizada pelo perito na própria pro-
posta de honorários poderá ser de grande importância para demonstrar
sua competência e o conhecimento técnico profissional.
se sair vencedor da lide, ressarcido pelo autor dos valores que eventual-
mente pagou ao expert.
A não manifestação das partes no prazo assinalado pelo juiz, faz presu-
mir que há concordância quanto ao valor apresentado pelo perito.
O valor dos honorários de perito serão sempre arbitrados pelo juiz, com
base em sua convicção sobre a abrangência e complexidade do trabalho
pericial, os valores em litígio, etc.
Pode ocorrer que a parte responsável pelo depósito dos honorários, pre-
tendendo evitar os tramites burocráticos e acelerar o início dos traba-
lhos periciais, resolva pagar diretamente ao perito o adiantamento au-
torizado pelo juiz.
174
Cada situação processual é diferente de outra, ainda que possam ocor-
rer muitas semelhanças em alguns aspectos do processo ou do trabalho
pericial que deva ser desenvolvido.
Também deve ser considerado que cada profissional tem estilo próprio
de estruturação e apresentação de seu trabalho profissional, não sendo
garantido que um laudo elaborado por certo perito sirva integralmente
como padrão para outro expert.
O laudo pericial é o produto final da perícia que tem por objetivo auxi-
liar o juiz no entendimento da questão técnica controvertida, propician-
do-lhe a oportunidade de fazer justiça ao decidir matéria sobre a qual
não detém conhecimento científico.
A boa técnica orienta para que sejam evitadas respostas diretas fechadas
como simples “sim” e “não”.
pericial, não tenham sido indeferidos pelo juiz, o expert poderá recu-
sar-se a respondê-los, apontando os motivos justificados que o levaram
a tal decisão ou demonstrar a impossibilidade técnica de respondê-los,
quando for o caso.
179
Entretanto, nos termos do art. 425, VI, do CPC, fazem a mesma prova
que os originais se declaradas pelo perito como cópias fieis e autênticas
dos mesmos, respondendo o expert civil e criminalmente pela
O número de assistentes técnicos a ser indicado por cada uma das par-
tes encontra-se vinculado ao tipo de assunto que envolve a causa. Se a
causa exigir uma perícia complexa que abranja mais de uma área de co-
nhecimento especializado, recomendando a nomeação de mais de um
180
perito pelo juiz, o mesmo número de assistentes técnicos será admitido
a cada uma das partes.
A Lei não permite que tais perguntas sejam equivalentes a quesitos ge-
néricos. Ao contrário, devem ser perguntas elucidativas, destinadas a
esclarecer as respostas dadas no laudo e não quesitos novos sobre maté-
ria não suscitada anteriormente.
182
própria razão de ser da prova pericial.
5.4 RISCOS
Pode acontecer que em determinada lide, as partes litiguem com eleva-
do nível de animosidade. Nessas situações o perito poderá ver-se im-
pedido de realizar seu trabalho, como por exemplo, ao ter negado pelo
inquilino o acesso ao imóvel periciado, ou quando a parte sonega infor-
mações ou documentos que são indispensáveis à elaboração do laudo,
183
como por exemplo, documentos contábeis.
Nesses casos, para não prejudicar seu trabalho, o perito, por meio de
petição, deve comunicar ao juiz da causa a dificuldade que lhe é impos-
ta pela parte, requerendo auxílio para solucionar o problema, inclusive
com força policial, e, se for o caso, dilação do prazo para conclusão da
perícia.
6. QUESITOS
184
6.1 CONCEITOS DE QUESITO
A formulação dos quesitos encontra-se intimamente vinculada com a
natureza do litígio e das provas técnicas para auxiliar a convicção do juiz
com outros elementos e fatos provados nos autos.
Nos termos do art. 470, incisos I e II, do CPC, compete ao juiz a decisão
de indeferir os quesitos que considerar impertinentes ao processo ou de
formular outros que julgue necessários ao deslinde da causa.
187
As petições são requerimentos endereçados ao juiz em que se expõem
argumentos fáticos e jurídicos para ao final requerer algo.
188
7. PEÇA
7.1 ACEITAÇÃO E DE HONORÁRIOS
PROCESSO 377/2003
189
7.2 ESCUSA DE NOMEAÇÃO
PROCESSO 377/2003
PROCESSO 377/2003
192
7.4 ENTREGA DO LAUDO E HONORÁRIOS
PROCESSO 377/2003
193
194
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
196
197
198
ALIENAÇÃO JUDICIAL
Professor:
NILSON DUARTE DA SILVA JUNIOR
Alienação Judicial
INDICE ANALÍTICO
I N D I C E A N A L Í T I C O ................................................................................ 2
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 4
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Alienação Judicial
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Alienação Judicial
1 INTRODUÇÃO
Esta forma de expropriação não veio prevista no Código de
Processo Civil, cabendo a cada Tribunal regulamentar a forma que se
realizará.
2 MODELO EXISTENTE EM MT
2.1 PROCEDIMENTO
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Alienação Judicial
1) Do corretor de imóvel,
2) Do prazo para a entrega das propostas
3) Do local para abertura das propostas
4) O preço mínimo, condições de pagamento
5) A forma de publicidade
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Alienação Judicial
6.7.27 - O corretor de imóveis poderá efetuar visitas ao imóvel que será alienado,
acompanhado de oficial de justiça, a fim de inteirar-se de suas condições para
informar aos pretendentes à aquisição.
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Alienação Judicial
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Alienação Judicial
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Alienação Judicial
6.7.55.1 - Nas hipóteses dos itens anteriores aguardar-se-á o prazo de cinco (5)
dias, para oferecimento de embargos (CPC, art. 746), certificando-se tais
ocorrências.
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Alienação Judicial
3 PERSPECTIVA DE FUTURO
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Alienação Judicial
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Alienação Judicial
5 ELABORAÇÃO DE PEÇAS
5.1 PEÇA - ENTREGA DE PROPOSTA DE COMPRA
PROCESSO 377/2003
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PERÍCIA JUDICIAL
Professor:
NILSON DUARTE DA SILVA JUNIOR
Alienação Judicial
INDICE ANALÍTICO
I N D I C E A N A L Í T I C O ................................................................................ 2
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Alienação Judicial
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Alienação Judicial
1 PERÍCIA JUDICIAL
1.1 CONCEITO
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Alienação Judicial
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Alienação Judicial
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Alienação Judicial
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Alienação Judicial
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Alienação Judicial
se sair vencedor da lide, ressarcido pelo autor dos valores que eventualmente
pagou ao expert.
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Alienação Judicial
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Alienação Judicial
Página 11
Alienação Judicial
O CPC em seu art. 431-A estabelece que “as partes terão ciência
da data e do local designados pelo juiz ou indicados pelo perito para ter
início a produção da prova”.
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Alienação Judicial
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Alienação Judicial
pericial, não tenham sido indeferidos pelo juiz, o expert poderá recusar-se a
respondê-los, apontando os motivos justificados que o levaram a tal decisão
ou demonstrar a impossibilidade técnica de respondê-los, quando for o caso.
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Alienação Judicial
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Alienação Judicial
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Alienação Judicial
1.6.1 OBJETIVOS
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Alienação Judicial
1.6.3 RISCOS
Nesses casos, para não prejudicar seu trabalho, o perito, por meio
de petição, deve comunicar ao juiz a dificuldade que lhe é imposta pela parte,
requerendo auxílio para solucionar o problema, inclusive com força policial,
e, se for o caso, dilação do prazo para conclusão da perícia.
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Alienação Judicial
1.7 QUESITOS
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Alienação Judicial
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Alienação Judicial
2 ELABORAÇÃO DE PEÇAS
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Alienação Judicial
2.1 PEÇA
2.1.1 ACEITAÇÃO E DE HONORÁRIOS
PROCESSO 377/2003
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Alienação Judicial
PROCESSO 377/2003
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Alienação Judicial
PROCESSO 377/2003
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Alienação Judicial
PROCESSO 377/2003
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