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Transações
Imobiliárias
T
OPERAÇÕES T
IMOBILIÁRIAS I
Técnico em
Transações
Imobiliárias
OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS
AUTORES
Paula Elizabeth Cassel de Araújo
Jessiel Rodrigues de Oliveira
DIRETOR PRESIDENTE
Arnaldo Manoel Alves
DIRETORA DE OPERAÇÕES
Jaqueline Araújo
DIRETORA ESCOLAR
Maria Tereza N. Abdal S. Cunha INSTITUTO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETÁRIA ESCOLAR
Lisamar Delazeri Castro
Informamos que é de inteira
COORDENAÇÃO DE CONTEÚDO responsabilidade do(s) autor(es)
Ariane Francine Serafim a emissão dos conceitos.
REVISÃO
Nenhuma parte desta publicação poderá
Maria Tereza N. Abdal S. Cunha
ser reproduzida por qualquer meio ou
Ariane Francine Serafim
forma sem prévia autorização do IBRESP.
Valéria Serafim
Davi Bagnatori Tavares
A violação dos direitos autorais é crime
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO estabelecido na Lei 9.610/98 e punido de
João Carlos Rossi Fonseca acordo com o Art. 184 do Código Penal.
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Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
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Sumário
Caro(a) aluno(a), o componente curricular de Operações Imobiliárias foi desenvolvido
pelos professores Paula Elizabeth Cassel Araújo e Jessiel Rodrigues de Oliveira.
A professora Paula é responsável pelas aulas:
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
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Apresentação
Caro(a) aluno(a),
Assim, nosso componente curricular inicia com estudos de temas que nos permitirão
entender os bastidores que levaram à aprovação da Lei nº 6.530 (BRASIL, 1978a), que
regulamentou a profissão de corretor de imóveis no Brasil; as funções dos órgãos fiscali-
zadores e dos órgãos de classe; o Código de Ética do Corretor de Imóveis; a profissão de
corretor de imóveis e o mercado atual; Sistema Financeiro de Habitação; locação; con-
domínio; loteamentos; incorporação imobiliária; e a constituição da empresa imobiliária.
Espero que nosso componente curricular possa se tornar o seu manual de cabeceira,
a fim de que você possa encontrar nele as respostas necessárias para resolver os seus
desafios diários ao exercer as atividades de corretor de imóveis.
Bons estudos!
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Transações
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Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
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Objetivo de
aprendizagem
Contribuir para o desenvolvimento profissional dos corretores de imóveis, por meio
da formação técnica em Transações Imobiliárias, especificamente com o conteúdo do
componente curricular Operações Imobiliárias.
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Transações
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Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
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Aula 1
A atividade de Corretagem:
contexto e evolução histórica
A Atividade de Corretagem:
contexto e evolução histórica
Caro(a) aluno(a),
Você já ouviu falar em profissão regulamentada? Será que todas as profissões precisam ser
regulamentadas? Sabia que a profissão de corretor de imóveis é regulamentada?
Bom, nesta aula trataremos de temas que nos permitirão responder a todas essas perguntas,
bem como compreender o processo histórico pelo qual passou a regulamentação da profissão
de corretor de imóveis no Brasil. No final desta aula, você será capaz de entender que é impor-
tante zelar pelo bom exercício profissional, por uma prestação de serviço ética, para que esse
processo de valorização e reconhecimento da profissão, que se iniciou em 1937, seja contínuo.
` Profissões regulamentadas;
` Atividade de corretagem.
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Técnico em
Transações
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Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Profissões regulamentadas
A Constituição Federal (BRASIL, 1988), em seu Art. 5º, inciso XIII, nos assegura que a regra na
legislação brasileira é a de que podemos exercer qualquer atividade profissional. Vamos verificar?
Art. 5º, XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas
as qualificações profissionais que a lei estabelecer (BRASIL, 1988).
Você observou que o final do artigo fala sobre atender as qualificações profissionais que a lei
estabelece? Então, isso quer dizer que, em regra, o exercício da atividade profissional no Brasil é
livre, mas a lei pode estabelecer limites para o exercício das profissões.
Isso é muito importante para que você compreenda que nem todos os trabalhos ou profissões
podem ser condicionados ao cumprimento de exigências legais para o seu exercício. Por lei, só
podem exigir restrições para profissões que podem acarretar perigo ou dano à coletividade, como
as profissões ligadas à área da saúde, ou a engenharia, advocacia, entre outras.
Assim, a lei não pode impor restrições ao exercício de profissões que não ofereçam tais riscos.
Dessa forma, podemos resumir a questão da seguinte forma: em regra, o exercício da atividade
profissional é livre. Porém, nos casos em que o seu exercício possa causar risco para as pessoas,
a legislação deve regulamentá-la.
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Aula 1
A atividade de Corretagem:
contexto e evolução histórica
Para facilitar o entendimento, podemos exemplificar com dois casos que foram julgados pelo
Supremo Tribunal Federal (STF).
O primeiro deles tratou da profissão de músico, em que se questionou perante o STF sobre a
necessidade de o músico se inscrever no Conselho Profissional dos músicos para que pudesse
exercer sua profissão, conforme exigia a Lei nº 3.857/80. Nesse caso, o STF entendeu que essa
exigência era incompatível com a Constituição Federal, pois, para os Ministros do Supremo, a
atividade de músico, ainda que mal exercida, não tem potencial de causar grande prejuízo à
sociedade. Logo, trata-se de profissão que não precisa de controle ou de autorização. Pode ser
livremente exercida, mesmo por quem não possua “formação” em uma escola ou faculdade de
música. Vamos verificar um trecho dessa decisão?
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Técnico em
Transações
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Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
No segundo caso, o STF decidiu não ser possível exigir o diploma de curso superior de jorna-
lismo, registrado pelo Ministério da Educação, para o exercício da profissão de jornalista, já que
não se exige qualificação técnica para que a pessoa possa exercer a liberdade de expressão (STF.
Plenário. RE 511961, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 17/06/2009).
Legal! Com isso já conseguimos responder às perguntas iniciais desta aula, pois verificamos
que nem todas as profissões precisam ser regulamentadas e descobrimos quais são as hipóteses
em que isso ocorre: quando o exercício profissional puder ocasionar um risco à coletividade.
SAIBA MAIS: para ter acesso à íntegra da Lei nº 6.530/78, acesse o link:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6530.htm
A primeira legislação que vigorou no Brasil e regulamentou a venda de imóveis foi o conjunto
de leis portuguesas denominadas Ordenações do Reino, que estabeleciam:
(...) se for senhor de alguma cousa e vender duas vezes a desvairadas pessoas, o
que primeiro houver a entrega della será della feito verdadeiro senhor, se della
pagou o preço por que lhe foi vendida ou se houve o vendedor por pago della,
porque concorrendo assim na dicta venda entrega a cousa e paga do preço, o
fazem senhor della.
Dessa forma, a venda do imóvel era realizada com a entrega do bem pelo proprietário, sem
evidências da existência de um intermediador na comercialização de imóveis.
Foi após a vinda da família real portuguesa para o Brasil, quando as cidades começaram a tomar
uma forma mais urbana, que nasceu a profissão de agente de negócios imobiliários.
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Aula 1
A atividade de Corretagem:
contexto e evolução histórica
No entanto, foi somente com a industrialização brasileira, em 1930, que o mercado imobiliário
passou a ser uma fonte atraente de investimentos, devido ao enorme fluxo de migração nacional,
principalmente para a cidade de São Paulo.
Em 1942, os dois sindicatos firmaram um convênio que tinha a finalidade de adotar medidas
de interesse para a classe e aperfeiçoar as transações imobiliárias no Brasil. Como não havia, na
época, uma regulamentação legal que disciplinasse a relação entre o corretor e o cliente, as
normas do convênio foram utilizadas como uma verdadeira legislação supletiva, passando a ser
adotada por várias cidades brasileiras. Olhe que interessante o decálogo (conjunto de 10 normas)
do corretor, aprovado por esses sindicatos:
1. O Corretor vive o valor e seriedade de sua palavra, de sua ação e de seu espírito de iniciativa;
2. É o espírito de cooperação, e nunca o de competição ou concorrência, que deve presidir
as relações entre os Corretores. Não há necessidade de perturbar o negócio entregue a
outro Corretor, pois todo dia fica sempre aberta a porta da colaboração;
3. Não deve o Corretor aceitar a incumbência de venda ou de compra de um imóvel que seja
entregue a outro, cumprindo-lhe, portanto, indagar sempre do cliente a respeito;
4. Nenhum Corretor deve oferecer um imóvel sem estar devidamente autorizado pelo cliente
ou por outro Corretor autorizado;
5. Não cabe ao Corretor o direito de prender em suas mãos um negócio, se não tiver a pro-
babilidade de realizá-lo;
6. Ao oferecer um negócio, cabe ao Corretor apresentar dados rigorosamente certos, nunca
omitindo detalhes que o depreciem;
7. Diante de cliente e estranhos, nunca deve o Corretor atacar, mas ao contrário, defender e
justificar seus colegas. Só com esse ânimo conseguirá elevar o nível da classe, com pro-
veito geral para si próprio;
8. As queixas devem ser levadas por escrito ao conhecimento do Sindicato, e nunca expostas
ao público. O desprestígio de um Corretor reflete o conceito de todos os seus colegas;
9. Da camaradagem, respeito e amizade entre os Corretores resultará inevitavelmente a ele-
vação moral da classe e um campo mais vasto de negócios e oportunidades para todos;
10. O Corretor deve colocar estes preceitos da ética profissional acima de seus interesses
materiais, respeitando-os incondicionalmente.
Nesse sentido, os primeiros passos para a regulamentação da profissão foram dados em 1937,
por meio de uma comissão formada por membros dos sindicatos do Rio de Janeiro e de São
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Técnico em
Transações
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Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Paulo. No entanto, é somente depois de muitas idas e vindas de projetos de lei no Congresso
Nacional que, em 1962, é publicada a Lei nº 4.116, regulamentando a profissão.
Em 1974, foi encaminhado pelo Sindicato dos Advogados do antigo Estado da Guanabara ao
procurador-geral da República um ofício solicitando que a lei que regulamentava a profissão de
corretor de imóveis fosse considerada incompatível com a Constituição Federal, ou seja, incons-
titucional. Vamos ver quais foram os argumentos que eles utilizaram para efetuar este pedido?
Primeiro porque essa atividade, mesmo que exercida por inepto, não prejudicará
ninguém. Segundo, porque não há requisito de capacidade técnica para exercê-la.
Quais diplomas, que aprendizado, que prova de conhecimento se exigem para o
exercício da profissão? Nenhum é necessário; logo, a evidência não se justifica a
regulamentação. A honestidade do indivíduo por si só não pode ser considerado
como o único requisito para o ingresso na profissão (trechos extraídos do relatório
proferido pelo ministro Thompson Flores).
Assim, em 1976, é apresentado ao Congresso Nacional pelo Ministro do Trabalho, o Sr. Arnaldo
Pietro, o Projeto de Lei nº 3.090. O projeto é aprovado pela Câmara e pelo Senado, e, em 1978,
é sancionada pelo Presidente Geisel a Lei nº 6.530 (BRASIL, 1978a), que regulamenta novamente
a profissão de corretor de imóveis.
Para que você entenda melhor esses e outros marcos históricos, vamos ver uma linha do
tempo da profissão de corretor de imóveis:
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Aula 1
A atividade de Corretagem:
contexto e evolução histórica
~ 2003 – O Código Civil traz um capítulo sobre a Corretagem: Capítulo XIII, Arts. 722 a 729.
SAIBA MAIS: para ter acesso ao Capítulo XIII, Arts. 722 a 729, do Código
Civil (BRASIL, 2002), acesse: https://www.crecies.gov.br/codigo-civil-
-corretagem/
Bom, como você pode observar, não foi um processo fácil para que a profissão de corretor de
imóveis fosse regulamentada. Foram muitos anos de luta até sua valorização e reconhecimento.
Atividade de corretagem
Bom, agora que já conhecemos a evolução histórica da profissão de corretor de imóveis,
vamos entender melhor o que é corretagem?
Para tanto, é fundamental que você, como futuro corretor de imóveis, explore muito todo o
conhecimento que você pode adquirir aqui em nosso curso, pois tenho certeza de que você não
será apenas mais um. E sim, será “O” corretor de imóveis.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Nos Arts. 722 a 729 do Código Civil (BRASIL, 2002) (que já falamos anteriormente aqui em nossa
aula e você pode acessar o link no saiba mais para ter mais informações), é estabelecido que a
taxa de corretagem é a forma de remuneração da prestação de serviços dos corretores de imóveis.
O que mais esses artigos dizem? Vou detalhá-los e explicá-los para você:
O Art. 722 diz que o corretor, por meio de contrato de corretagem e de suas competências
técnicas profissionais, fará a conciliação dos interesses das partes envolvidas, facilitando a ne-
gociação.
O que isso quer dizer: que o corretor de imóveis é um profissional que deve utilizar sua for-
mação técnica, obtida por meio do curso Técnico em Transações Imobiliárias, para aproximar
pessoas que possuem interesses em comum de compra/ venda/ locação de imóveis.
O Art. 723 diz que o corretor é obrigado a executar a mediação com zelo e prudência, e a
prestar ao cliente, espontaneamente, todas as informações sobre o andamento do negócio.
O que isso quer dizer: que o desempenho das atividades profissionais do corretor de imóveis
exige clareza, transparência e honestidade na conduta. Sendo assim, o corretor não deve ter
nunca uma conduta que cause prejuízos aos seus clientes.
O Art. 724 diz que a remuneração do corretor, se não estiver fixada em lei nem ajustada entre
as partes, será arbitrada segundo a natureza do negócio e os usos locais.
O que isso quer dizer: que a remuneração do corretor, uma vez que ele tenha conseguido
o resultado previsto no contrato, pode ser Fixa, quando for estabelecida uma quantia certa,
ou Variável, quando for um percentual do valor do negócio em transação. A remuneração
deve ser pactuada antes e constar no contrato.
O Art. 725 diz que a remuneração é devida ao corretor uma vez que ele tenha conseguido
o resultado previsto no contrato de mediação, ou ainda que este não se efetive em virtude de
arrependimento das partes.
O que isso quer dizer: que assim que o negócio estipulado no contrato for fechado, o cor-
retor de imóveis deve receber a taxa de corretagem/ comissão acordada, mesmo que uma
das partes se arrependa da transação. Ou seja, mesmo que haja o distrato entre as partes, o
corretor não deve devolver a comissão, pois sua atividade profissional já foi desempenhada.
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Aula 1
A atividade de Corretagem:
contexto e evolução histórica
O Art. 726 diz que, se por escrito for pactuada a corretagem com exclusividade, o corretor
terá direito à remuneração integral acordada, mesmo que o negócio tenha sido realizado sem
sua intermediação, exceto se comprovada a falta de atitude do corretor. Portanto, se combinada
a corretagem exclusiva, a comissão se torna devida, mesmo que o negócio seja concluído dire-
tamente pelo proprietário do imóvel.
O que isso quer dizer: se por escrito for pactuado um contrato de exclusividade com o
corretor de imóveis, mesmo que o proprietário venda sem sua intermediação, a taxa de
corretagem deverá ser paga ao corretor de imóveis, exceto se for comprovado que ele não
tenha demonstrando esforço para a negociação do imóvel.
O Art. 727 diz que, se, por não haver prazo determinado, o dono do negócio dispensar o
corretor, e o negócio se realizar posteriormente, como fruto da sua mediação, a corretagem
lhe será devida; igual solução se adotará se o negócio se realizar após a decorrência do prazo
contratual, mas por efeito dos trabalhos do corretor.
O que isso quer dizer: que a remuneração será devida ao corretor de imóveis sempre que
o negócio for concluído por consequência da aproximação realizada pelo corretor, mesmo
que o período de exclusividade já tenha esgotado ou que o corretor tenha sido dispensado.
O Art. 728 diz que, se o negócio se concluir com a intermediação de mais de um corretor, a
remuneração será paga a todos em partes iguais, salvo ajuste em contrário.
O que isso quer dizer: se a transação for feita por mais de um corretor, todos deverão receber
a mesma remuneração.
O Art. 729 diz que os preceitos sobre corretagem constantes deste Código não excluem a
aplicação de outras normas da legislação especial.
O que isso quer dizer: que esses artigos não excluem demais leis que regulam e disciplinam
as atividades de corretagem do corretor de imóveis.
Você deve estar se perguntando agora: mas quanto posso cobrar pelo meu trabalho?
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
O valor do trabalho do corretor de imóveis a ser cobrado deve estar de acordo com o nível
do serviço prestado. Por isso, estude! Aproveite a oportunidade que você está tendo em nosso
curso. Depois, continue se especializando. Invista em você. Esteja sempre atento ao mercado
imobiliário, defina em qual segmento você vai querer trabalhar e estude-o: imóveis na planta,
usados, novos, comerciais.
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Aula 1
A atividade de Corretagem:
contexto e evolução histórica
Porém, o valor da taxa de corretagem pode estar embutido no valor do imóvel, pois não
necessariamente deve ser um valor percentual do imóvel. Pode ser um valor fixo, independen-
temente do valor de venda final.
Quem paga a taxa de corretagem ao corretor, conforme o Código Civil, é quem contrata.
Ou seja, quando o dono de um imóvel contrata um corretor de imóveis para que ele procure
um comprador para o seu imóvel, será o dono do imóvel que pagará a taxa de corretagem. Já
se uma pessoa contrata um corretor de imóveis para que ele procure um imóvel que ele esteja
querendo comprar, será o comprador que fará o pagamento ao corretor.
Para não haver problemas futuros, antes de iniciar a prestação de seu serviço como corretor de
imóveis acorde com seu cliente, com todos os detalhes possíveis dos honorários a serem pagos/
recebidos. Essa negociação deve ser feita de uma forma educada e formal. Não transpareça ao
seu cliente, em nenhum momento, que o mais importante para você é a comissão. Deixe claro
que o que você quer é que esteja satisfeito e feliz com a transação imobiliária, tornando assim a
comissão uma consequência de um trabalho feito com êxito e profissionalismo.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Síntese da aula
` Nem todas as profissões precisam ser regulamentadas e que somente há necessidade de
regulamentação quando o exercício profissional puder oferecer um risco à coletividade;
` O corretor precisa zelar pelo bom exercício profissional, por uma prestação de
serviço ética, dentro dos parâmetros de legalidade, a fim de que esse processo de
valorização e reconhecimento da profissão, que iniciou em 1937, seja contínuo;
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Aula 1
A atividade de Corretagem:
contexto e evolução histórica
Exercícios
Vamos verificar se você compreendeu a matéria desta aula?
Caso tenha ficado com dúvidas, sugiro que retorne ao conteúdo da aula para revisão.
3. O processo de regulamentação da profissão de corretor de imóveis foi um processo fácil, que não
demandou muitas idas e vindas de projetos de lei ao Congresso Nacional.
A. ( ) Verdadeiro.
B. ( ) Falso.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
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Aula 2
O Corretor de Imóveis: características, o
exercício profissional e os encargos da profissão
O Corretor de Imóveis:
características, o exercício
profissional e os encargos
da profissão
Caro(a) aluno(a),
Vamos conversar um pouco sobre a carreira que você escolheu? Quais são as característi-
cas que um corretor de imóveis precisa ter para desempenhar bem a sua profissão? O que um
corretor de imóveis pode fazer? Quais são os desafios que precisa enfrentar para se destacar no
mercado de trabalho?
` Atuação profissional;
` Encargos da profissão.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
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Aula 2
O Corretor de Imóveis: características, o
exercício profissional e os encargos da profissão
Vivemos hoje a Revolução 4.0 (há quem afirme que já estamos na 5.0). A carreira 4.0 ca-
racteriza-se por uma internet mais presente em todos lugares, móvel, por sensores menores e
mais poderosos, alta conectividade, automação, cyber sistemas, biotecnologia, nanotecnologia,
interatividade entre máquina e homem.
Tem a ver que na carreira nunca foi tão essencial desenvolver habilidades como adaptabilidade,
criatividade e comunicação.
Temos imobiliárias on-line, corretores on-line e o contato com o cliente pode ocorrer de onde
quer que estejamos. O escritório poderá estar no seu próprio celular.
A tecnologia mudou a forma que as pessoas consomem e é preciso que você esteja acom-
panhando para ofertar um produto que atenda às necessidades do seu cliente. Quer ver como
isso acontece?
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Assim, para se adaptar a esse mercado, é preciso que o corretor da atualidade desenvolva:
Exercício profissional
Agora vamos conversar um pouco sobre as atividades que o corretor de imóveis pode de-
senvolver.
É possível que essas atividades sejam exercidas pelo corretor por meio de uma pessoa jurídica,
devidamente inscrita no CRECI.
Agora vamos estudar cada uma dessas atividades que o corretor de imóveis pode desempenhar:
Compra/venda
Quando alguém está querendo comprar ou vender um imóvel, o que ele está buscando? É
esta pregunta que o corretor de imóveis deve fazer para seu cliente: o que você quer?
É fundamental conhecer o seu cliente e saber o que ele quer com a compra ou a venda do
imóvel que está buscando. Estude e conheça seu cliente para oferecer o melhor serviço possível.
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Aula 2
O Corretor de Imóveis: características, o
exercício profissional e os encargos da profissão
Para tanto, é necessário ouvi-lo e fazer perguntas cujas respostas ofereçam a você informações
que vão te auxiliar a ter êxito na comercialização do imóvel em questão.
Caso seja uma situação de venda, vá conhecer o imóvel e estude toda a sua infraestrutura e
entorno, assim como suas limitações, condições e os pontos que agregam valor.
Por exemplo: se for um apartamento que esteja com problemas estruturais de infiltração,
esse é um fato importante que deve ser pontuado e levado ao conhecimento dos interessa-
dos pela compra. Nesse caso, faz-se necessário saber se o valor do imóvel (solicitado pelo
dono do imóvel) já está considerando essa condição ou pode ser um ponto a ser negociado.
Outro exemplo pode ser se o entorno do imóvel é um local que oferece fácil acesso a
transporte público ou possui lugares estratégicos da cidade. Esse cenário é importantíssimo
e auxilia como fator agregador de valor, ou o contrário, na divulgação do imóvel.
Tais questões são muito interessantes e vão fazer a diferença para publicização da venda do
imóvel.
Após conhecer o imóvel, o corretor deve tirar fotos que o valorizem. Quantas vezes não ve-
mos fotos de imóveis com bagunças e sujeiras aparentes? Com certeza isso não agrega valor à
comercialização de um imóvel.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Após conhecer o imóvel e fazer as fotos e filmagens necessárias para a divulgação, o corretor
deve conversar com o cliente (proprietário do imóvel que tem pretensão de vendê-lo) sobre
as condições da prestação de serviços. Como vimos na aula anterior, o corretor de imóveis e o
cliente podem pactuar contrato de exclusividade ou não. E o que isso significa?
Caso o contrato não tenha exclusividade, o corretor apenas receberá a comissão se concretizar
o negócio, podendo o proprietário do imóvel contratar outros profissionais.
Muito importante você saber que, ao assinar contrato de exclusividade com seu cliente, você
deve oferecer serviço diferenciado, garantindo mais qualidade e efetividade ao serviço. Isso sig-
nifica investir mais tempo nos anúncios, divulgação e prospecção de possíveis compradores.
O cliente que busca um contrato de exclusividade com o corretor quer agilidade no processo.
Portanto, o corretor de imóveis deverá potencializar a divulgação do imóvel em mídias diferen-
ciadas e estar em constante contato com o cliente, informando sempre o andamento e status
do negócio.
Na verdade, essas são atitudes que o corretor de imóveis deve ter sempre, em qualquer con-
trato. Porém, quando há exclusividade, elas devem ser potencializadas, de forma que o seu cliente
perceba a vantagem e os benefícios.
Bom, depois dos assuntos básicos definidos, é hora da construção do anúncio do imóvel.
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Aula 2
O Corretor de Imóveis: características, o
exercício profissional e os encargos da profissão
Nas aulas de Comunicação e Expressão e de Marketing Imobiliário, você verá esse assunto
com mais propriedade. Mas vale sempre lembrar:
Anunciar em sites, plataformas e redes sociais que atinjam o público-alvo daquele imóvel;
O corretor de imóveis deve elaborar o Termo/ Controle de Visitação de Imóvel. Esse instru-
mento serve como garantia e registro de que o corretor de imóveis realmente mostrou o imóvel
para os interessados.
Ao encontrar possíveis interessados, você deverá seguir cada passo de uma negociação, con-
forme explicado nas aulas de Organização e Técnicas de Negociação.
No momento que as partes estão negociando valores e formas de pagamento, você, como
corretor de imóveis, deve atuar esclarecendo dúvidas e colocando-se à disposição para auxiliar.
Mais uma vez, reforço aqui a importância de você estudar todas as aulas do nosso curso, para
que de fato consiga fazer a intermediação de forma exitosa.
O acordo das partes feito no momento do fechamento deve ser formalizado por meio do
contrato, que deve ser orientado por um advogado. A aquisição de uma propriedade no orde-
namento jurídico brasileiro acontece mediante o registro de título (escritura) de transferência de
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
propriedade entre vivos, por meio do serviço de registro imobiliário competente (conforme Art.
1.245 do Código Civil).
Permuta
A permuta imobiliária é uma transação comercial. É considerada uma modalidade de negócio
imobiliária, com segurança jurídica. Acontece por meio da troca de bens entre duas pessoas ao
mesmo tempo. Esses bens podem ser terrenos, casas, apartamentos, imóveis comerciais, entre
outros.
Ou seja, a permuta imobiliária acontece quando, por exemplo, uma pessoa quer comprar
uma casa e quer dar como parte do pagamento uma outra casa que possui maior (ou menor)
valor. Outro exemplo é quando uma pessoa quer vender um apartamento e aceita outro imóvel
de menor valor como parte do pagamento.
Note que, nos dois exemplos, estamos falando de transações imobiliárias em que parte do
pagamento de um imóvel é um outro imóvel de menor valor. Por esse motivo, a parte que rece-
berá o imóvel de maior valor deverá pagar a diferença.
Portanto, a permuta imobiliária não necessariamente é realizada com bens de valores iguais,
visto que pode haver a compensação financeira de uma das partes.
O corretor de imóveis, quando se depara com uma situação de permuta imobiliária, que é
cada vez mais comum, deve desempenhar seu trabalho da mesma forma como na modalidade
de compra e venda sem permuta.
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Aula 2
O Corretor de Imóveis: características, o
exercício profissional e os encargos da profissão
Caso uma das partes ainda queira algum documento adicional, não tem problema.
Isso mostra que eles querem segurança na transação imobiliária. Por isso, caso um dos
clientes solicite algum outro documento, você não deve agir de forma incompreensiva.
E quais são esses outros documentos que podem ainda ser solicitados?
O que seria esse “detalhadamento”? É constar os valores dos imóveis e como a diferença de
valores (caso haja) será paga, informações de localizações e como será feita a entrega dos bens.
O interessante da permuta imobiliária é que, caso os valores dos imóveis sejam iguais, o ne-
gócio é isento de tributação de imposto de renda, já que não existe a torna (complementação
pela diferença do valor).
A permuta imobiliária é uma transação um pouco mais complexa para o corretor, pois envolve
mais visitas a cada imóvel e mais tempo de negociação para chegar a um acordo com os dois
lados sobre os valores e condições da permuta. Por isso, são consideradas duas vendas em uma
mesma operação.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
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Aula 2
O Corretor de Imóveis: características, o
exercício profissional e os encargos da profissão
Locação
Locação de imóveis é a cessão de uma parte, proprietária do bem, à outra do direito de usu-
fruto desse bem em troca de um pagamento por um tempo determinado.
O contrato de locação é o que vai reger essa relação. Nas aulas de Direito Imobiliário, há todas
as peculiaridades desse contrato, pois, para o corretor que pretende trabalhar com locação, é
imprescindível conhecer muito bem a Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/91) (BRASIL, 1991).
Alguns corretores de imóveis não querem trabalhar com locação por achar que a remunera-
ção não é tão vantajosa quanto à de compra/venda. Porém, é uma alternativa interessante, pois
é uma transação muito mais rápida e constante.
É importante que o corretor de imóveis entenda o motivo pelo qual alguém loca um imóvel.
Veja que há uma grande diferença entre locação e transação de compra e venda.
A pessoa que está colocando seu imóvel para locação provavelmente trata esse imóvel como
um investimento, renda extra. Por isso, ela não quer “perder dinheiro”.
Por outro lado, uma pessoa que está buscando um imóvel para locação não está comprando
sua casa própria. Portanto, como em qualquer outra transação, o corretor precisará compreender
o que cada cliente quer para que possa oferecer a melhor prestação de serviços que for possível.
Todas as questões sobre Atendimento e Negociação que já vimos aqui em nossas aulas e
que estão nos demais componentes curriculares também devem ser colocadas em práticas nas
atividades de locação de imóveis.
O corretor, como sempre, deve conhecer bem o imóvel disponível para locação a fim
de passar para os possíveis locatários todas as possibilidades e limitações estruturais;
Garantia de locação: o locador poderá exigir do locatário uma garantia para que
ele ceda o imóvel para uso. Ele poderá solicitar apenas uma das garantias:
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
O corretor deve saber muito bem quais são os direitos e deveres de cada parte na locação,
que são:
Deveres do locador:
Deveres do locatário:
O corretor de imóveis deve conversar com o proprietário para que ele já estipule como será
o reajuste do valor do aluguel. Isso deve ser informado ao locatário e essa informação deverá
constar do contrato.
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Aula 2
O Corretor de Imóveis: características, o
exercício profissional e os encargos da profissão
O corretor de imóveis deve conhecer e saber qual a documentação fundamental que garante
saber as condições do imóvel.
~ Matrícula atualizada do imóvel: é o dossiê do imóvel, que registra todas alterações es-
truturais realizadas nele e aponta restrições, caso o imóvel tenha alguma, como hipoteca,
promessa de compra e venda, arrolamento em alguma ação que possa resultar em penhora.
A cópia da matrícula pode ser retirada no Cartório de Registro de Imóvel da região em que
o imóvel está localizado.
~ Certidões: são os documentos que garantem o estado civil das partes envolvidas (pois,
caso a pessoa seja casada, o cônjuge também precisa ser averiguado); que garantem que
o imóvel negociado não consta de nenhum inventário de herança; que certificam que o
bem não está passando por processo de execução municipal, estadual e federal.
~ IPTU e condomínios: é importante solicitar documento que comprove que, até a data de
assinatura do contrato, os débitos referentes ao IPTU e condomínio estão pagos.
SAIBA MAIS: para saber como é feito o reajuste de aluguel, acesse o link:
https://meulugar.quintoandar.com.br/igp-m-reajuste-de-aluguel/
No momento que há o interesse de uma pessoa em alugar um imóvel, todas as questões que
acabamos de ver devem ser negociadas.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
O que pode ser negociado? Valores, garantia de locação, pagamento de IPTU e demais taxas,
dia de vencimento, reformas que se façam necessárias. Tudo isso deverá estar de forma clara
no contrato.
Esse é um processo fundamental que muitas vezes as pessoas não fazem de forma adequada.
Você, como um corretor de imóveis diferenciado, deixará claro para as duas partes o quanto essa
etapa é importante. Você pode pedir a eles que a façam com você.
Portanto, assim que o negócio for fechado, faça a vistoria com o locatário, observando e
verificando se tudo o que está no contrato está em conformidade com as condições do imóvel,
pois é exatamente assim que ele deverá devolvê-lo. Depois disso, assina-se o contrato e o termo
de vistoria.
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Aula 2
O Corretor de Imóveis: características, o
exercício profissional e os encargos da profissão
É um nicho muito interessante para atuação do corretor de imóveis. Para aqueles que gostam
de pesquisa, investigação e antecipação dos fatos, é uma excelente alternativa. Mas é funda-
mental que todo corretor de imóveis faça esse tipo de estudo para melhorar sua produtividade
e expandir os negócios.
O corretor de imóveis, ao fazer estudo do mercado imobiliário, deve reunir uma série de
dados e transformá-los em informação, contribuindo assim para o planejamento estratégico e
definição das metas de negócio.
Exemplo: ao ler que nos anos seguintes os juros de financiamento de imóveis deverão
ficar mais baixos, o corretor pode trabalhar com essa notícia de forma estratégica. Uma
possibilidade é levar essa informação para clientes que costumam comprar imóveis para
vender em ocasiões oportunas do mercado (como essa).
Mas o corretor não deve simplesmente chegar e falar: “Olha, ouvi dizer que…”. Essa não é uma
atitude profissional. Ele deve pesquisar em mais fontes (confiáveis), buscando mais informações
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
para fazer uma apresentação que demonstre, com simulações, como o cliente poderá ganhar
dinheiro e em quanto tempo.
Nunca, de forma alguma, o corretor deve levar informações equivocadas. Quanto mais você
demonstrar profissionalismo, mais segurança seus clientes terão em você.
~ IBGE – Mercado imobiliário: no site do IBGE, você pode encontrar informações e estudos
referentes ao mercado imobiliário.
SAIBA MAIS: https://www.ibge.gov.br/
~ Blogs confiáveis: sempre que acessar um blog, tome cuidado para ter certeza de que é
uma fonte confiável, pois nem todos os blogs possuem curadoria e controle de postagens.
Por isso, assegure-se de que o responsável pelo blog seja uma fonte confiável.
Como exemplo de blog confiável temos o Blog Corretor Ibresp.
SAIBA MAIS: https://www.ibresp.com.br/blog/
Existem várias formas de fazer pesquisa de mercado imobiliário, mas o ponto principal é en-
tender qual objetivo: saber o comportamento, as necessidades e as preferências do consumidor?
Acompanhar tendências?
Depois de saber o que você quer ter de informações, verifique as fontes que poderão oferecer
tais dados. Fazer pesquisas diretamente com os clientes também é importante.
Fazer pesquisa de mercado de forma detalhada não é simples. Caso você se interesse pelo
assunto, se especialize. Tenho certeza de que agregará valor ao seu trabalho e se tornará um
diferencial.
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Aula 2
O Corretor de Imóveis: características, o
exercício profissional e os encargos da profissão
Captação de imóveis
A captação de imóveis é o processo de busca de imóveis que estão disponíveis para comer-
cialização. Essa atividade só pode ser desenvolvida pelo corretor de imóveis. Portanto, é uma
ação que requer técnica e profissionalismo.
Podemos dizer que o primeiro contato com o cliente proprietário de um imóvel acontece
por meio da captação. Portanto, é uma etapa importante que deve ser feita de forma estratégica.
Captar imóveis não é falar para o proprietário que está querendo vender um imóvel: “Oi, sou
corretor de imóveis e quero vender seu imóvel”. Essa abordagem deve obedecer a premissas de
atendimento para que o cliente/ proprietário confie em você ou na empresa em que você trabalha.
O que o proprietário do imóvel quer? Ele quer sentir segurança em saber que o imóvel dele
está sob os cuidados de uma pessoa qualificada, que ele não terá problemas e, claro, que con-
seguirá realizar a venda ou locação de maneira eficaz e satisfatória.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
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Aula 2
O Corretor de Imóveis: características, o
exercício profissional e os encargos da profissão
Administração de imóveis
Administração de imóveis é a intermediação da locação, entre o proprietário e o inquilino, por
meio da gestão do imóvel, aluguel e eventuais problemas que possam surgir. É a intermediação
entre proprietário e inquilino. Pode ser realizada pelo próprio proprietário do imóvel, por uma
imobiliária, por um corretor de imóveis ou por um advogado.
Mas aqui vamos ver como você, enquanto corretor de imóveis, pode atuar nessa área.
A administração de imóveis é um serviço que o corretor de imóveis pode oferecer aos seus
clientes.
O que o corretor de imóveis deverá fazer como administrador do imóvel? Após o contrato ser
assinado, da forma como vimos aqui em nossa aula, o corretor deverá:
9 Fazer a gestão dos documentos referentes à locação. Para isso, é
importante que tenha local apropriado para guardar os documentos
físicos e que faça cópia de segurança em meios virtuais;
9 Prestar todos os esclarecimentos possíveis às duas partes: locador e locatário;
9 Ser o intermediário entre proprietário e inquilino para resolução
de eventuais problemas que possam surgir;
9 Prover o meio de pagamento mensal do aluguel: boleto ou depósito em conta;
9 Receber mensalmente o pagamento da locação e
atuar de forma que não haja inadimplência;
9 Expedir recibo de pagamento mensal do aluguel;
9 Zelar pelo imóvel e cobrar, se necessário, a entrega do imóvel
em condições iguais às que foram entregues.
ATENÇÃO: isso não é uma regra. O corretor de imóveis tem liberdade para
fazer a cobrança da forma que achar melhor. Porém, é sempre importante
ter parâmetros para saber como você pode cobrar seus honorários.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Encargos da profissão
O corretor e, se for o caso, a pessoa jurídica a ele vinculada têm a obrigação de efetuar o pa-
gamento da anuidade para o CRECI – Conselho Regional do Estado em que estiverem inscritos.
O valor das anuidades foi fixado pela Lei º 6.530 (BRASIL, 1978a), Art. 16.
TOME NOTA: esses valores são corrigidos anualmente pelo índice oficial de preços
ao consumidor e você pode consultar as alterações, assim como realizar a impressão
do boleto para pagamento do valor da anuidade diretamente no site do Conselho
Regional em que mantiver sua inscrição.
O Art. 6º da Lei nº 6.530 (BRASIL, 1978a) prevê que as pessoas jurídicas inscritas no Conselho
Regional de Corretores de Imóveis (CRECI) sujeitam-se aos mesmos deveres e têm os mesmos
direitos das pessoas físicas nele inscritas.
Prevê ainda que o corretor de imóveis pode associar-se a uma ou mais imobiliárias e manter
sua autonomia profissional, mediante contrato de associação específico, registrado no Sindicato
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Aula 2
O Corretor de Imóveis: características, o
exercício profissional e os encargos da profissão
dos Corretores de Imóveis ou, onde não houver sindicato instalado, nas delegacias da Federação
Nacional de Corretores de Imóveis.
O corretor de imóveis associado e a imobiliária devem ajustar, entre si, como serão desem-
penhadas as funções correlatas à intermediação imobiliária e quais serão os critérios da partilha
dos resultados da atividade de corretagem, mediante obrigatória assistência da entidade sindical.
Assim, desde que não haja elementos que caracterizem vínculo empregatício, previstos no
Art. 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o contrato de associação não implica troca
de serviços, pagamentos ou remuneração entre a imobiliária e o corretor de imóveis associado.
Art. 3º. Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de
natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário
(BRASIL, 1943).
Bom, agora que abordamos as principais atividades desempenhadas pelo corretor de imóveis,
seguem algumas orientações de boas práticas para o dia a dia:
9 Visto que muitos clientes chegam até o corretor de imóveis por meio das redes
sociais, tenha perfis e fotos que demonstrem profissionalismo e credibilidade;
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Síntese da aula
` Devido ao desenvolvimento tecnológico, o perfil do
corretor mudou e a sua forma de atuar também;
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Aula 2
O Corretor de Imóveis: características, o
exercício profissional e os encargos da profissão
Exercícios
Vamos verificar se você compreendeu a matéria desta aula?
Caso tenha ficado com dúvidas, sugiro que retorne ao conteúdo da aula para revisão.
2. Sempre que o corretor prestar serviços para uma imobiliária ele deve ser devidamente registrado
como empregado, nos moldes da CLT.
A. ( ) Verdadeiro.
B. ( ) Falso.
3. O valor da anuidade paga pelas pessoas jurídicas ao Conselho Regional depende do valor do capital
social da empresa imobiliária.
A. ( ) Verdadeiro.
B. ( ) Falso.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
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Aula 3
Órgãos Fiscalizadores e Entidades de Classe:
COFECI, CRECI, sindicatos e associações
Órgãos Fiscalizadores
e Entidades de Classe:
COFECI, CRECI, sindicatos
e associações
Caro(a) aluno(a),
Agora vamos lá: por que algumas profissões têm órgãos de fiscalização e outras não? Qual a
diferença entre o COFECI, o CRECI, os sindicatos e associações da área imobiliária? Para tanto,
estudaremos:
` Associações;
` Sindicatos;
No final desta aula, você será capaz de diferenciar cada uma das instituições estudadas, en-
tender a função que exercem e a importância delas para o exercício da atividade profissional de
corretor de imóveis.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
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Aula 3
Órgãos Fiscalizadores e Entidades de Classe:
COFECI, CRECI, sindicatos e associações
Conselhos de Classe –
autarquias profissionais
Agora que você sabe o que é profissão regulamentada, fica mais fácil entender que a lei pode
criar órgãos para fiscalizar esse exercício profissional, para verificar se o profissional, na sua rotina
de trabalho, observa as normas técnicas que foram regulamentadas.
Os órgãos que possuem esse poder de fiscalização são chamados de Conselhos de Classe. Eles
são pessoas jurídicas de direito público interno, constituídas sob a forma de autarquias federais,
o que significa dizer que exercem uma atividade tipicamente pública.
Por causa disso, eles possuem privilégios conferidos pela administração pública, como a pos-
sibilidade de arrecadar, de forma obrigatória, contribuições dos seus filiados, também chamadas
de anuidades.
Assim, a anuidade dos Conselhos possui natureza tributária, razão pela qual a falta de paga-
mento pode gerar cobrança via execução fiscal.
TOME NOTA: segundo o Art. 8º da Lei nº 12.514 (BRASIL, 2011a), para que
os Conselhos Profissionais ajuízem execução fiscal cobrando anuidades em
atraso, é necessário que o total da quantia executada seja de, no mínimo,
quatro vezes o valor da anuidade. Mesmo não tendo o poder de executar
a dívida, o Conselho Profissional poderá adotar outra sanção contra o
inadimplente: poderá suspender ou cancelar seu registro profissional. Assim,
o fato de os conselhos não poderem executar dívidas inferiores a quatro
vezes o valor cobrado anualmente da pessoa física ou jurídica inadimplente
não impede que seja feita a suspensão ou o cancelamento do registro do
profissional que deixar de efetuar o pagamento das anuidades. Isso está
previsto no Art. 8º, parágrafo único, da Lei nº 12.514 (BRASIL, 2011a), que
trata das contribuições devidas aos conselhos profissionais em geral.
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Técnico em
Transações
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Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
COFECI / CRECI
O Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI) e os Conselhos Regionais de Corretores
de Imóveis (CRECIs) são Conselhos Profissionais, que, conforme estudamos, têm a finalidade de
fiscalizar o exercício da atividade profissional do corretor de imóveis.
O COFECI tem sede em Brasília e possui competência para atuar em todo o território nacio-
nal. Já os CRECIs têm sede na capital do estado ou dos estados pelos quais são responsáveis, a
critério do Conselho Federal.
O Conselho Federal é composto por dois representantes de cada Conselho Regional, eleitos
dentre os seus membros. Os Conselhos Regionais, por sua vez, são compostos por 27 membros,
eleitos pelos profissionais inscritos.
Já as atribuições dos Conselhos Regionais estão fixadas no Art. 17 da mesma lei, entre as quais
podemos citar: decidir sobre os pedidos de inscrição de Corretor de Imóveis e de pessoas jurídi-
cas; expedir carteiras profissionais e certificados de inscrição; impor sanções; baixar resoluções
no âmbito de sua competência.
SAIBA MAIS: para complementar seu estudo, você pode consultar a Lei
nº 6.530/1978, por meio do link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/l6530.htm
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Aula 3
Órgãos Fiscalizadores e Entidades de Classe:
COFECI, CRECI, sindicatos e associações
Associações
As associações são formadas por indivíduos que decidem se unir para lutar por seus interesses
comuns. A associação não possui finalidade lucrativa, como acontece com as sociedades.
Assim, a primeira coisa que precisamos entender é que qualquer pessoa pode criar uma
associação, desde que organize um grupo com fins lícitos e interesses comuns e que não haja
objetivo de ganhar dinheiro.
Como exemplos de associações do mercado imobiliário podemos citar a Associação das Em-
presas do Mercado Imobiliário (ADEMI), Associação das Empresas Loteadoras (AELO), Associação
Brasileira de Mercado Imobiliário (ABMI), Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis
(ABADI) e outras.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
A Constituição Federal (BRASIL, 1988) garante, em seu Art. 5º, incisos XVII e XVIII, que as
pessoas são livres para se associarem e para constituírem associações, independentemente de
autorização estatal.
O Código Civil (BRASIL, 2002), por sua vez, em seus Arts. 53 a 61, traz as regras para criação,
funcionamento e dissolução das associações.
Para o nosso estudo, é importante saber que a associação é uma pessoa jurídica constituída
mediante Estatuto e registrada no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas (CRPJ).
É possível que a associação institua por meio de seu estatuto a cobrança de mensalidade dos
associados, a fim de custear as despesas administrativas com a sua manutenção.
No entanto, a própria Constituição Federal (BRASIL, 1988) garante, em seu Art. 5º, inciso XX,
que “ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado”.
Bom, voltando ao conceito de associação, pelo que estudamos, é possível perceber que elas
não são Conselhos Profissionais, que pertencem à administração pública e, por isso, pode instituir
taxas que são consideradas tributos.
O pagamento dessas taxas, mais conhecidas como anuidades, é obrigatório, sob pena de
ajuizamento de ação de execução fiscal para cobrança da dívida, bem como proibição do exer-
cício profissional.
As associações, por outro lado, são constituídas livremente e, apesar da possibilidade de seus
estatutos preverem a cobrança de mensalidade, ela não é obrigatória para aqueles que não de-
sejam se associar, ressalvadas as discussões que já expusemos.
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Aula 3
Órgãos Fiscalizadores e Entidades de Classe:
COFECI, CRECI, sindicatos e associações
Sindicatos
Os sindicatos surgiram em meados do século XIX em virtude da união dos trabalhadores, que
dividiam o mesmo espaço na indústria e buscavam melhorias para as suas condições de trabalho.
Essas uniões deram origem aos sindicatos, entidades que, representando a coletividade, pas-
saram a ostentar um poder maior de barganha perante os empregadores, conferindo melhores
perspectivas de trabalho aos empregados.
Com o passar do tempo, foram criadas também entidades sindicais que representassem os
empregadores, também chamados de sindicatos representativos da categoria econômica ou
sindicatos patronais.
Nesse sentido, a realidade trabalhista brasileira tem entidades coletivas que representam os
dois polos da relação.
Assim, para verificar quais são os direitos de um determinado trabalhador, é preciso analisar
se, além das leis, também existe, para a categoria, algum acordo coletivo ou convenção coletiva.
É importante que você saiba que, como ocorre na associação, a filiação ao sindicato é livre,
não podendo o empregado ou o empregador ser obrigado a se filiar.
Entre os sindicatos do setor imobiliário podem ser citados o SECOVI (Sindicato das Empre-
sas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e
Comerciais), também conhecido como o Sindicato da Habitação, e o SINDUSCON (Sindicato
da Indústria da Construção Civil), de grande importância no setor. Para conhecer melhor, visite
a página de cada um desses sindicatos de seu estado.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Por último, antes de falarmos sobre o custeio das entidades sindicais, sugiro que você visite a
página do sindicato dos corretores de imóveis do seu estado, bem como da Federação Nacional
dos Corretores de Imóveis (Fenaci), que coordena as atividades dos sindicatos filiados, a fim de
acompanhar suas atividades em prol de melhorias na atuação do corretor.
SAIBA MAIS: você pode acessar o site da Fenaci por meio do seguinte
link: http://www.fenaci.org.br/
Assim, por certo, você irá lembrar que o trabalhador não é mais obrigado a pagar o valor co-
brado pelo sindicato a título de contribuição sindical.
No entanto, esse assunto pode causar certa dúvida, uma vez que o sindicato tem a possibili-
dade de cobrar dos seus filiados a contribuição confederativa.
Se você fizer novamente a leitura do Art. 8º, inciso IV, da Constituição Federal (BRASIL, 1988),
que já estudamos, será possível perceber que a Constituição assegurou aos sindicatos a possibilida-
de de cobrar duas contribuições diferentes: a contribuição fixada pela assembleia geral (chamada
de contribuição confederativa) e a contribuição prevista em lei (chamada de contribuição sindical).
A contribuição confederativa não é um tributo. Ela é fixada pela assembleia geral do sindicato
e o seu pagamento somente é exigido daqueles que optaram por se filiar.
A contribuição sindical, por outro lado, era instituída por lei e considerada um tributo. Por-
tanto, o pagamento dessa contribuição era obrigatório. Funcionava da seguinte forma: todos
aqueles que faziam parte de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma
profissão liberal, deveriam pagar ao sindicato representativo da mesma categoria ou profissão o
equivalente a 01 dia do seu trabalho. Os empregados realizavam esse pagamento, normalmente,
no mês de março.
No entanto, a Reforma Trabalhista, por meio da Lei nº 13.467 (BRASIL, 2017a), alterou todos os
dispositivos que dispunham sobre a Contribuição Sindical como sendo algo obrigatório (Arts. 578,
579, 582 e 587 da CLT (BRASIL, 1943)), passando a ser tratada como um pagamento facultativo.
Assim, hoje, os sindicatos não estão mais autorizados a cobrar, de forma obrigatória, a contri-
buição sindical, podendo cobrar apenas dos seus filiados a contribuição confederativa.
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Aula 3
Órgãos Fiscalizadores e Entidades de Classe:
COFECI, CRECI, sindicatos e associações
Síntese da aula
` Os Conselhos de Classe são órgãos criados para fiscalizar o
exercício profissional das pessoas a eles vinculadas;
` As associações são formadas por indivíduos que decidem se unir para lutar
por seus interesses comuns. A associação não tem finalidade lucrativa;
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Exercícios
Vamos verificar se você compreendeu o conteúdo desta aula?
Caso tenha ficado com dúvidas, sugiro que retorne ao conteúdo da aula para revisão.
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Aula 3
Órgãos Fiscalizadores e Entidades de Classe:
COFECI, CRECI, sindicatos e associações
5. A filiação ao sindicato é obrigatória para que o empregado possa se beneficiar dos acordos e
convenções coletivas celebradas em benefício da categoria.
A. ( ) Verdadeiro.
B. ( ) Falso.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
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Aula 4
Código de Ética do Corretor de Imóveis
Código de Ética do
Corretor de Imóveis
Caro(a) aluno(a),
Provavelmente você consegue se lembrar de alguma atitude profissional que tenha lhe cha-
mado atenção por ter, por exemplo, causado prejuízos financeiros ou até mesmo morais ao
cliente, ou por ter prejudicado os próprios colegas de profissão. Nesse sentido, para que possamos
entender as condutas permitidas ao corretor de imóveis e as consequências do seu descumpri-
mento, estudaremos:
No final desta aula, você será capaz de reconhecer práticas que infringem o Código de Ética
do Corretor de Imóveis e entender como se instaura o processo disciplinar, assim como os tipos
de punição disciplinar.
Bons Estudos!
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Pois bem, podemos definir ética, não tendo a pretensão de esgotarmos seu significado, como
uma consciência coletiva de quais são as condutas adequadas para uma convivência harmoniosa,
que privilegie o interesse de todos em detrimento do próprio interesse ou do interesse de alguns.
Nesse sentido, a ética pressupõe liberdade. Portanto, o seu cumprimento depende da escolha
individual de cada um. Assim, você pode decidir se prefere colocar os seus interesses acima de
qualquer outro, mesmo sabendo que isso pode prejudicar muitas pessoas.
A norma jurídica, por sua vez, se diferencia da ética, justamente porque não há liberdade
para o seu cumprimento. Ao contrário, a sua observância é obrigatória, concordando ou não os
indivíduos, sob pena de punição do Estado no caso de seu descumprimento.
Assim, não há consequências senão sociais para aquele que descumpre comportamentos
éticos. De acordo com o Art. 5º, inciso II, da Constituição Federal (BRASIL, 1988), “ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
Bom, agora que já conseguimos identificar a diferença entre ética e lei, podemos concluir que
o Código de Ética Profissional utiliza o vocábulo “ética” apenas para anunciar o tipo de norma
que tratará. Portanto, as pessoas que devem se submeter as suas regras não possuem liberdade
para cumpri-las ou não, o que evidencia sua natureza de lei.
Visto isso, vamos conversar sobre o Código de Ética Profissional do Corretor de Imóveis.
62
Aula 4
Código de Ética do Corretor de Imóveis
Código de Ética do
Corretor de Imóveis
O Código de Ética do Corretor de Imóveis foi publicado na Resolução-COFECI nº 326, de
1992 (BRASIL, 1992).
É possível verificar, logo no Art. 1º da resolução, o objetivo pelo qual esse Código foi criado:
“fixar a forma pela qual deve se conduzir o Corretor de Imóveis, quando no exercício profissional”.
Não pretendemos aqui copiar todos os artigos do Código e analisar um por um. Nossa in-
tenção é que você consiga compreender os valores que permearam sua idealização, razão pela
qual mencionaremos somente aqueles que forem importantes para cumprir o objetivo proposto.
No entanto, você pode acessar a íntegra do código por meio do link: http://www.crecies.
gov.br@crecies.gov.br/Dowloads_Arquivos/documentos_internos/RESOLUCOES/1992/resolu-
cao326_92.pdf.
Essa lei contém apenas 10 artigos, que recomendo a leitura, por se tratarem justamente da
forma pela qual o corretor de imóveis deve conduzir sua atuação profissional.
Assim, tanto o Art. 2º quanto os incisos V, VI, X e XI do Art. 3º tratam da forma zelosa com a
qual o corretor precisa agir no momento de exercer suas atividades, bem como do respeito e
consideração no tratamento com os colegas de profissão.
O Art. 4º traz alguns deveres que devem ser observados no relacionamento com os clientes.
Ao analisarmos os incisos de I a X, verificamos que novamente todos eles exigem do corretor
atitudes respeitosas, zelosas e transparentes. Vamos verificar?
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
O Art. 5º traz a orientação de que “O Corretor de Imóveis responde civil e penalmente por atos
profissionais danosos ao cliente, a que tenha dado causa por imperícia, imprudência, negligência
ou infrações éticas”.
O tema responsabilidade civil do corretor de imóveis foi trabalhado no curso de Direito Imo-
biliário, portanto sugiro que você retome a leitura desse ponto no material.
Toda vez que o corretor praticar alguma conduta que se enquadre em um crime previsto no
Código Penal ou em outra Legislação Penal Especial, ele pode ser responsabilizado nessa esfera.
Assim, perceba que, dependendo da conduta praticada, o corretor pode responder nas três esferas:
civil (exemplo: indenização por danos morais, materiais), administrativa (penalidades aplicadas
pelo CRECI) e penal (justiça criminal).
TOME NOTA: como exemplos de crimes que podem ser praticados durante o
exercício da atividade profissional de corretor podemos citar o crime de falsificação
de documento particular – Art. 298 do Código Penal (falsificar a assinatura do cliente
no laudo de vistoria do imóvel); o crime de estelionato, previsto no Art. 171 do Código
Penal; e o crime de lavagem de dinheiro, previsto na Lei nº 9.613 (BRASIL, 1998).
O Art. 7º do Código de Ética prevê que compete ao CRECI em que o corretor está inscrito
apurar as faltas que este cometer e aplicar as penalidades.
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Aula 4
Código de Ética do Corretor de Imóveis
O Art. 8º elenca as hipóteses em que a penalidade é considerada leve e grave. Observe o quadro:
Transgressão ética grave Prestar ao cliente, quando solicitado, ou logo que concluído o
negócio, contas pormenorizadas;
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Receber sinal nos negócios que lhe forem confiados caso não esteja
expressamente autorizado para tanto.
Transgressão ética leve Tudo o que desatender os demais preceitos do Código de Ética.
Perceba, caro(a) aluno(a), que o Código de Ética elenca padrões de conduta para resolver
determinadas situações-problema, que correspondem a valores importantes e que devem ser
respeitados para o bom exercício da atividade profissional.
A Lei nº 6.530 (BRASIL, 1978a) também elenca, em seu Art. 20, algumas condutas que são
proibidas ao Corretor de Imóveis. Vamos verificar?
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Aula 4
Código de Ética do Corretor de Imóveis
II. auxiliar, ou por qualquer meio facilitar, o exercício da profissão aos não inscritos;
III. anunciar publicamente proposta de transação a que não esteja autorizado
através de documento escrito;
IV. fazer anúncio ou impresso relativo à atividade de profissional sem mencionar
o número de inscritos;
V. anunciar imóvel loteado ou em condomínio sem mencionar o número de
registro do loteamento ou da incorporação no Registro de Imóveis;
VI. violar o sigilo profissional;
VII. negar aos interessados prestação de contas ou recibo de quantias ou
documentos que lhe tenham sido entregues a qualquer título;
VIII. violar obrigação legal concernente ao exercício da profissão;
IX. praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como crime
ou contravenção;
X. deixar de pagar contribuição ao Conselho Regional.
Código de Ética
e a Lei nº 6.530/1978
Analisando os 10 artigos do Código de Ética que estudamos anteriormente e também as
vedações impostas ao corretor por meio da Lei n. 6530 (BRASIL, 1978a), você observará que ele
não trata das penalidades que serão aplicadas caso suas normas sejam descumpridas nem do
procedimento que deve ser observado no trâmite da punição, ou seja, como se inicia o processo
disciplinar, possibilidade de defesa do acusado, entre outros.
Existem sim. Lembra-se da regra do Art. 5º, inciso II, da Constituição Federal “ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”?
Logo, as espécies de sanções foram disciplinadas na Lei nº 6.530 (BRASIL, 1978a), em seu Art.
21º, e são elas:
~ Advertência verbal;
~ Censura;
~ Multa;
~ Suspensão da inscrição, até noventa dias;
~ Cancelamento da inscrição, com apreensão da carteira profissional.
67
Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Os instrumentos que norteiam o procedimento para aplicação dessas penalidades são: Reso-
lução-COFECI nº 146 (BRASIL, 1982), que trata do Código de Processo Disciplinar; Lei nº 6.530
(BRASIL, 1978a), que regulamenta a profissão de corretor de imóveis; e o Decreto nº 81.871 (BRASIL,
1978b), que regulamenta a Lei nº 6.530 (BRASIL, 1978a).
O Processo Disciplinar pode ser instaurado por auto de infração ou representação. O primeiro
é instaurado pelo próprio agente de fiscalização do CRECI e o segundo inicia-se por despacho
do Presidente do CRECI, em denúncia, comunicação de membro ou servidor do COFECI ou do
CRECI, ou ainda ofício de autoridade pública.
As penas de advertência, censura e de multa serão comunicadas pelo CRECI ao autuado por
meio de ofício reservado. Somente em caso de reincidência é que deverá constar de certidão a
menção a essas penalidades.
Com relação à penalidade de multa, se ela não for paga no prazo de 30 dias, contados da data
de comunicação da decisão final que determinou sua aplicação, ela será inscrita como dívida
ativa para cobrança judicial.
68
Aula 4
Código de Ética do Corretor de Imóveis
Note, então, que existem consequências sérias para aquele que não observa as regras do
Código de Ética, razão pela qual devemos ser cautelosos e diligentes para não as desrespeitar.
Além disso, na maior parte das vezes, sabemos se as nossas atitudes estão de acordo com a
ética ou não.
Assim, esperamos que nossas aulas proporcionem a inspiração necessária para alcançar sem-
pre a boa vontade.
Síntese da aula
` Podemos definir ética como uma consciência coletiva de quais são
as condutas adequadas para uma convivência harmoniosa;
` Dentre outros valores que nortearam a criação das regras do Código de Ética dos
Corretores de Imóveis, destacam-se o respeito, zelo profissional e a transparência;
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Exercícios
Vamos verificar se você compreendeu o conteúdo desta aula?
Caso tenha ficado com dúvidas, sugiro que retorne ao conteúdo da aula para revisão.
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Aula 4
Código de Ética do Corretor de Imóveis
A. ( ) Advertência.
B. ( ) Suspensão.
C. ( ) Multa.
D. ( ) Censura.
E. ( ) Apreensão.
4. O corretor de imóveis que aceita tarefas para as quais não está preparado ou que
Gabarito e respostas nas páginas 156-157
não se ajusta às disposições vigentes ou ainda que possam prestar-se à fraude
pratica uma penalidade considerada de natureza leve pelo Código de Ética.
A. ( ) Verdadeiro.
B. ( ) Falso.
5. O corretor pode anunciar imóvel loteado ou em condomínio sem que seja necessário
mencionar o número de registro do loteamento ou da incorporação no Registro de Imóveis.
A. ( ) Verdadeiro.
B. ( ) Falso.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
72
Aula 5
Empresa Imobiliária: a constituição da empresa
Empresa Imobiliária:
a constituição da empresa
Caro(a) aluno(a),
Nesta aula, vamos aprender como o profissional da área imobiliária pode exercer suas ativida-
des, quais são as modalidades de empresa mais conhecidas no Brasil e aspectos relacionados a
questões tributárias. No final, você terá informações suficientes para sozinho conseguir responder
ao seguinte questionamento: qual a melhor modalidade de empresa para o meu caso?
` Espécies de empresário;
` Simples Nacional.
Espécies de empresário
Há quatro espécies de empresário hoje no Brasil:
IV. Sociedade limitada unipessoal (artigo introduzido pela MP nº 881 (BRASIL, 2019)).
Vamos conversar um pouco sobre cada um deles para que você possa, quando precisar cons-
tituir uma empresa, tomar a decisão mais acertada para o seu caso. Vamos lá?
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Empresário individual
É a pessoa física que realiza uma atividade empresarial.
O empresário individual deve registrar sua atividade na Junta Comercial do Estado. Quando o
registro é feito, a Junta Comercial impõe que esse empresário individual tenha um CNPJ.
Aqui é necessária uma distinção muito importante, pois as pessoas costumam fazer confusão:
o empresário individual não é uma pessoa jurídica, mesmo tendo um CNPJ, porque somente a
lei pode dizer quem é pessoa jurídica ou não. Vejamos o que diz o Art. 44 do Código Civil:
74
Aula 5
Empresa Imobiliária: a constituição da empresa
Pela análise do Art. 44 do Código Civil, é possível observar que não consta do rol das pessoas
jurídicas o empresário individual.
Então você poderia se perguntar: por que essa informação é importante? Ocorre que o empre-
sário individual não constitui uma nova pessoa para exercer sua atividade profissional. Ele mesmo
como pessoa natural exerce essa atividade e, caso enfrente dificuldades financeiras para pagar
seus credores, todo o seu patrimônio pode ser utilizado para pagamento das dívidas. Quando há
a constituição de uma nova pessoa jurídica, o patrimônio pessoal da pessoa física do empresário
fica protegido, e somente poderá ser utilizado para pagamento das dívidas da pessoa jurídica o
patrimônio desta. Assim, podemos falar que há uma distinção de patrimônio.
Podemos concluir que o empresário individual é aquele que exerce a atividade empresarial
em nome próprio, respondendo com todo o seu patrimônio pelas obrigações que vier a contrair.
Chamamos isso de responsabilidade ilimitada.
Outro detalhe importante com relação ao empresário individual diz respeito ao nome que ele
utilizará para exercer sua atividade profissional. O empresário individual não pode utilizar “nome
fantasia”.
A firma individual identifica o empresário, que deverá exercer suas atividades utilizando obri-
gatoriamente o seu nome civil por extenso ou abreviado e, se houver interesse, seguido do
ramo da atividade. Detalhe: o sobrenome não pode ser abreviado. Os empresários individuais
obrigatoriamente devem utilizar a firma individual como nome empresarial. Exemplo: José da
Silva Imobiliária.
A firma social ou razão social é utilizada nas espécies de sociedades em que o nome empre-
sarial deve ser obrigatoriamente o nome civil dos sócios que a representam. O legislador permite
que a firma social seja composta pelo nome de apenas um dos sócios, seguido da expressão
“companhia (CIA)”, por extenso ou abreviada. As sociedades que possuem sócios de responsabi-
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
lidade ilimitada devem obrigatoriamente adotar a firma social como nome empresarial. Exemplo:
Roberto Carlos da Silva & CIA.
A denominação é uma espécie de nome empresarial que pode ser livremente criado pelos
sócios ou empresário, também conhecida como nome fantasia. As sociedades limitadas, a EIRELI
e as sociedades anônimas podem adotar essa espécie de nome empresarial. Exemplo: Viva mais
negócios imobiliários LTDA; Viva mais negócios imobiliários EIRELI.
TOME NOTA: as juntas comerciais são autarquias estaduais que possuem competência
dentro dos limites territoriais do estado em que estão constituídas. Portanto, o
nome registrado na Junta Comercial de São Paulo, por exemplo, terá exclusividade
e proteção dentro dos limites do estado de São Paulo (Art. 1.166 do Código Civil).
Agora, voltando ao empresário individual, apenas para sanar qualquer dúvida que possa surgir,
é importante entendermos que a figura do empresário individual não se confunde com a so-
ciedade, pois são espécies distintas e estamos estudando cada uma delas para que você possa
compreender as especificidades.
Assim, não confunda, pois a sociedade empresarial não pode ser considerada MEI, mas tão
somente o empresário individual que possua receita bruta anual de no máximo R$ 81.000,00
(informação de março de 2020).
O MEI deve aderir a uma forma simplificada de recolhimento de tributos, que é o Simples
Nacional, o que implica um pagamento unificado dos tributos necessários para o exercício da
atividade profissional.
No entanto, não iremos nos estender na análise do MEI porque existe muita discussão sobre
a possibilidade de o corretor de imóveis utilizar essa modalidade de empresário individual, tendo
em vista considerações a respeito de ela ter sido criada para tirar da informalidade atividades que
não têm regulamentação legal.
76
Aula 5
Empresa Imobiliária: a constituição da empresa
Sociedades empresárias
Sociedade limitada
O Código Civil (BRASIL, 2002) prevê como espécies de sociedades empresárias: sociedade em
conta de participação, sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples, sociedade
em comandita por ações, sociedade limitada e sociedade anônima.
Provavelmente você deve ter escutado falar apenas das duas últimas, que são mais conhe-
cidas. Exceto a sociedade em conta de participação, as demais perderam um pouco a utilidade
em razão, principalmente, de características como a responsabilidade ilimitada dos sócios pelas
dívidas contraídas pela empresa.
Assim, nesta aula, vamos conversar apenas sobre a sociedade limitada, pois, das mencionadas,
sem dúvida é a mais utilizada pelos corretores que pretendem constituir uma sociedade.
A sociedade limitada é composta por no mínimo duas pessoas, que realizam um contrato
social, em que devem ser estipuladas regras específicas, como o valor do capital social, que é a
soma que os sócios se comprometem a investir na empresa, a designação e responsabilidade
dos administradores da empresa, as hipóteses de dissolução da empresa, entre outras que os
sócios queiram estabelecer.
77
Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Esse contrato social deve ser registrado na Junta Comercial do Estado em que a empresa pre-
tende exercer suas atividades, e os sócios poderão optar se pretendem que o nome empresarial
seja firma social ou denominação, conforme estudamos anteriormente.
Deve ser acrescentada ao nome empresarial sempre a expressão LTDA, e, se os sócios optarem
pela denominação, deverá ser acrescentado, obrigatoriamente, o ramo da atividade.
Como o próprio nome dessa sociedade diz, a responsabilidade dos sócios pelas dívidas con-
traídas pela empresa é limitada ao patrimônio da própria empresa, não podendo atingir, em regra,
o patrimônio pessoal de cada sócio.
A expressão em regra foi utilizada porque existem situações excepcionais, que chamamos
de desconsideração da personalidade jurídica, em que, mesmo nesses tipos de sociedade de
responsabilidade limitada, o patrimônio dos sócios poderá ser atingindo.
Isso acontece nos casos em que se comprove que, no exercício da atividade profissional, os
sócios se utilizaram da empresa para operar com desvio de finalidade (lavagem de dinheiro, en-
cobrir ato ilícito, lesar credores) ou fizeram confusão patrimonial (misturaram os bens pessoais
com os da empresa, por exemplo quando o sócio compra um carro em nome da empresa para
uso pessoal).
A EIRELI não é uma espécie de sociedade, tendo em vista a própria redação do Art. 980-A do
Código Civil (BRASIL, 2002), que menciona que a empresa individual de responsabilidade limitada
será constituída por uma única pessoa.
Na verdade, essa nova modalidade de pessoa jurídica buscou diminuir a criação de socieda-
des limitadas de “fachadas”, em que uma pessoa emprestava seu nome para que o outro sócio
pudesse montar uma sociedade limitada e conseguisse ter a proteção patrimonial. Aquele sócio
que emprestava o nome possuía apenas uma pequena parcela do capital social, não raras vezes
com 1%, e não atuava em nenhum ato decisório, tampouco administrativo da sociedade.
78
Aula 5
Empresa Imobiliária: a constituição da empresa
A fim de acabar com essa situação do empresário que pretendia exercer a atividade empre-
sarial sozinho, mas queria ter seus bens pessoais protegidos, foi criada a empresa individual de
responsabilidade limitada.
Ocorre que o mesmo Art. 980-A do Código Civil previu que, para constituir uma EIRELI, o
empresário individual deveria iniciar suas atividades com um capital social de, no mínimo, 100
vezes o valor do salário-mínimo.
Pois bem, quantos empresários individuais que estão iniciando sua atividade econômica pos-
suem condições de iniciar a empresa com esse valor mínimo de capital social? Muito poucos.
Por esse motivo, a criação da EIRELI não conseguiu acabar de vez com as sociedades limitadas
de “fachada”.
Bom, agora que já explicamos seu conceito e a razão de sua criação, vamos analisar alguns
detalhes sobre essa modalidade de empresa.
Para constituição do nome empresarial da EIRELI, o empresário pode optar pela firma indi-
vidual ou denominação, com o acréscimo da expressão “EIRELI” no final, ao contrário, como já
estudamos, do empresário individual de responsabilidade ilimitada, que deve, obrigatoriamente,
utilizar a modalidade firma individual.
79
Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Os comentários sobre a sociedade limitada unipessoal ainda são poucos e teremos que analisar
os resultados de sua incidência na prática.
Contudo, o que podemos afirmar é que essa nova modalidade de sociedade pode ser cons-
tituída por uma única pessoa.
Apesar de parecer estranho, pois normalmente temos a ideia de que uma sociedade pressupõe
no mínimo duas pessoas, essa modalidade já é comum em outros países, e, no Brasil, a sociedade
unipessoal de advogados já existe desde 2016.
A sociedade limitada unipessoal tem como vantagem a proteção patrimonial dos bens pes-
soais do empresário e não se exige valor mínimo para sua constituição, o que a difere da EIRELI.
Além disso, como já estudamos, o empresário individual, pessoa física, só poderá constituir
uma única EIRELI. Assim, se desejar ter outra empresa, não poderá optar novamente por essa
modalidade.
A sociedade limitada unipessoal, por sua vez, não traz restrição quanto à possibilidade de o
mesmo titular possuir mais de uma sociedade limitada unipessoal.
80
Aula 5
Empresa Imobiliária: a constituição da empresa
Muitas pessoas confundem, acreditando que a ME e a EPP são espécies de empresa. Contudo,
já estudamos as modalidades de empresas existentes no Brasil e elas não estiveram presentes,
até então, no nosso estudo.
Porque ME e EPP não são espécies de empresas, mas um enquadramento que tem como base
o valor bruto anual de suas receitas, o que lhes permite ter um tratamento jurídico diferenciado,
com a finalidade de incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias,
previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.
Esse tratamento diferenciado para as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte foi deter-
minado pela Constituição Federal, em seu Art. 170, inciso IX. Vamos verificar?
[...]
Assim, foi em obediência ao comando constitucional que o legislador editou a Lei Comple-
mentar nº 123 (BRASIL, 2006a), que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa
de Pequeno Porte.
Essa Lei Complementar, por sua vez, em seu Art. 3º, incisos I e II, trouxe um conceito objetivo
para qualificar juridicamente a ME e a EPP, uma vez que estabeleceu que será considerada Mi-
croempresa a atividade empresarial, seja ela individual, seja de sociedade empresária, que possua
renda bruta anual de até R$ 360.000,00, ao passo que será considerada Empresa de Pequeno
Porte a atividade empresarial que tenha receita bruta anual superior a R$ 360.000,00, mas até
R$ 4.800.000,00.
81
Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Sugiro que você sempre consulte a lei para obter esses valores atualizados.
Segue link para acesso: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp123.htm
TOME NOTA: note que a receita é bruta e não líquida, bem como anual e não mensal.
Importante esclarecer também que algumas espécies, mesmo que se enquadrem na receita
bruta prevista na lei, não poderão se enquadrar nos benefícios da Lei Complementar nº 123 (BRA-
SIL, 2006a), por expressa vedação dos incisos do parágrafo 4º do Art. 3º. O legislador entendeu
que as pessoas jurídicas tratadas nesses incisos não eram compatíveis com o público-alvo que
a lei pretendia alcançar. Entre elas podemos mencionar as empresas que exercem atividade de
financiamento ou investimento de crédito imobiliário.
Não se esqueça que o profissional da área imobiliária que queira se destacar no mercado de
trabalho deve possuir um conhecimento amplo e integrado das relações que possam interferir
no negócio que ele está intermediando.
O tributo é uma dessas relações que interferem no negócio que as partes estão celebrando, e
uma orientação precisa e acertada pode transmitir a confiança que o cliente precisa para fechar
o negócio com você.
No nosso estudo, iremos nos concentrar em alguns impostos que são importantes no dia a
dia do corretor de imóveis.
Assim, apenas para facilitar, vamos analisar a tabela seguinte, que nos permitirá compreender
quais são os tipos de impostos existentes e qual o ente federativo (União/ Estados/ Distrito Federal/
Municípios) que possui competência para criar esses tributos.
82
Aula 5
Empresa Imobiliária: a constituição da empresa
• Imposto de Importação de
Produtos Estrangeiros (II);
• Imposto de Exportação, para o Exterior, de
Produtos Nacionais ou Nacionalizados (IE);
• Imposto de Renda e Proventos
de Qualquer Natureza (IR);
• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
• Imposto sobre Operações de Crédito,
União Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos
ou Valores Mobiliários (IOF);
• Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural (ITR);
• Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF),
nos termos de Lei Complementar;
• Impostos residuais;
• Impostos extraordinários de guerra.
83
Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Assim, observando o quadro, você conseguirá identificar que o ITBI (Imposto sobre Transmis-
são de Bens Imóveis), imposto bem conhecido nas transações imobiliárias, é de competência
do Município. Essa informação é extremamente relevante para que você compreenda que o
percentual que irá incidir (alíquota) sobre o valor venal do imóvel, para determinar o valor que
deve ser pago de tributo, dependerá de cada município.
Em regra, os municípios fixam suas alíquotas entre 1% e 3%. Na cidade de São Paulo, por exem-
plo, a alíquota do ITBI é de 3%, exceto nas transmissões compreendidas no Sistema Financeiro
de Habitação, no Programa de Arrendamento Residencial e naquelas que envolvam Habitação
de Interesse Social, em que a alíquota é de 0,5%, conforme você pode conferir: https://www.
prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/fazenda/servicos/itbi/index.php?p=2513
Agora vamos imaginar o seguinte caso para compreender como isso tudo funciona na prá-
tica: João, que mora na cidade de São Paulo, procura você para auxiliá-lo a vender um imóvel
residencial localizado na cidade de Campinas-SP. Em duas semanas, você consegue achar um
comprador para o imóvel de João. Agora, para concluir as tratativas, ele faz as seguintes perguntas:
Há uma regra interessante no Brasil: se você vende um imóvel e compra outro dentro do
prazo de 180 dias, você fica isento de qualquer pagamento de imposto de renda. Essa é uma
informação importante, pois quanto mais conhecimento você fornece para o seu cliente, mais
confiança você gera.
84
Aula 5
Empresa Imobiliária: a constituição da empresa
Simples Nacional
O Simples Nacional é um Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribui-
ções devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. A adesão ao Simples Nacional
é facultativa.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Síntese da aula
` O empresário individual é aquele que exerce a atividade empresarial em nome próprio,
respondendo com todo o seu patrimônio pelas obrigações que vier a contrair;
` A sociedade limitada é composta por no mínimo duas pessoas, que realizam um contrato
social, que deve ser registrado na Junta Comercial do Estado em que a empresa preten-
de exercer suas atividades;
` Na sociedade limitada, a responsabilidade dos sócios pelas dívidas contraídas pela em-
presa é limitada ao patrimônio da própria empresa;
` A EIRELI é uma modalidade de pessoa jurídica constituída por uma única pessoa, que
possui responsabilidade limitada ao patrimônio da empresa;
` Para constituir uma EIRELI, o empresário individual deve iniciar suas atividades com um
capital social de, no mínimo, 100 vezes o valor do salário-mínimo;
` A partir da Medida Provisória nº 881 (BRASIL, 2019), tornou-se possível constituir a socie-
dade limitada unipessoal, em que é possível a proteção patrimonial dos bens pessoais do
empresário, único titular, e não exige valor mínimo para sua constituição;
` A ME e EPP não são espécies de empresas, mas enquadramentos que têm como base
o valor bruto anual das receitas da empresa e que permitem ter um tratamento jurídico
diferenciado;
` Será considerada Microempresa a atividade empresarial que aufira renda bruta anual de
até R$ 360.000,00 e Empresa de Pequeno Porte a atividade empresarial que tenha re-
ceita bruta anual entre R$ 360.000,00 e R$ 4.800.000,00 (valores de dezembro de 2019);
86
Aula 5
Empresa Imobiliária: a constituição da empresa
` Quem faz escritura pública não é o cartório de imóveis, mas o tabelião de notas;
Exercícios
Vamos verificar se você compreendeu o conteúdo desta aula?
Caso tenha ficado com dúvidas, sugiro que retorne na aula para revisão.
E. ( ) ITBI.
3. Para constituir uma EIRELI, o empresário individual deve iniciar suas atividades
com um capital social de, no mínimo, 100 vezes o valor do salário-mínimo.
A. ( ) Verdadeiro.
B. ( ) Falso.
4. Não se admite no Brasil a sociedade unipessoal (sociedade constituída por uma só pessoa)
A. ( ) Verdadeiro.
B. ( ) Falso.
87
Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
88
Aula 6
Conhecimentos Necessários
aos Corretores de Imóveis
Conhecimentos
Necessários ao Corretor
de Imóveis: financiamento
imobiliário, locação,
condomínio, loteamentos
e incorporação imobiliária
Caro(a) aluno(a),
Nesta aula, vamos estudar temas que estão diretamente ligados ao exercício da sua atuação
profissional como corretor de imóveis. Portanto, conhecê-los é de suma importância para que
você se destaque no mercado de trabalho, demonstrando uma postura segura diante do seu cliente.
` Financiamento imobiliário;
` Condomínio;
` Incorporação Imobiliária.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
90
Aula 6
Conhecimentos Necessários
aos Corretores de Imóveis
Financiamento Imobiliário
É muito comum que, em uma negociação envolvendo a compra e venda de um imóvel, o
comprador pretenda utilizar o financiamento bancário.
Nesse caso, você, como corretor de imóveis, pode ser indagado a respeito de questões como
estas: este imóvel pode ser financiado? Qual a taxa média de juros? Quais são as modalidades de
financiamento? É possível financiar pelo Programa Minha casa Minha Vida?
A primeira coisa que você precisa saber é que quem quer financiar um imóvel precisa escolher
um tipo de financiamento e um tipo de amortização de juros.
No Brasil, temos algumas modalidades de financiamento e cada uma delas possui regras
próprias. Vamos verificar rapidamente?
O Sistema Financeiro de Habitação (SFH) é outra modalidade de financiamento, criada pela Lei
nº 4.380 (BRASIL, 1964a) com o objetivo de facilitar que pessoas de baixa renda pudessem adquirir
a sua casa própria. O valor máximo de um imóvel que se enquadra no SFH é de R$ 1.500.000,00,
e o financiamento não pode representar mais de 80% do valor do imóvel. Não é permitido ter
utilizado o FGTS para financiamento ou construção do imóvel em questão, nos últimos 3 anos.
É possível usar o valor do FGTS para abater o valor financiado.
O programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) é vinculado ao SFH e estimula as famílias que
possuem uma renda mensal de até R$ 7.000,00 a adquirirem seu imóvel próprio. Existem quatro
faixas de renda contempladas no programa, e aqueles que auferem renda bruta de até R$ 4.000,00
podem receber um subsídio do governo de até R$ 29.000,00. O valor máximo do imóvel adquirido
também varia de acordo com a faixa de renda bruta auferida pelo comprador.
91
Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
IMPORTANTE: sugiro que você sempre consulte o site da Caixa para obter
esses valores atualizados. Segue link para acesso: http://www.caixa.gov.br/
voce/habitacao/minha-casa-minha-vida/Paginas/default.aspx
O Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), por sua vez, engloba todos os financiamentos que não
se encaixam no SFH, ou seja, imóveis acima do valor de R$ 1.500.000,00, o que acaba por aten-
der o comércio de imóveis de luxo e os investidores. Nessa modalidade, não é possível utilizar
os recursos do FGTS.
Além das regras específicas de cada financiamento, é preciso observar também que o per-
centual de juros aplicado muda conforme o financiamento e a instituição bancária. Segue um
comparativo dos juros aplicados pelos principais agentes financeiros no mês de dezembro de 2019.
Caixa (atualizada pela inflação) a partir de 2,95% + IPCA a partir de 2,95% + IPCA não opera até 80% do valor o imóvel
Agora você deve estar se perguntando: existe um percentual máximo que as instituições
financeiras podem utilizar para instituir os juros?
E a resposta é: não! As instituições financeiras devem se orientar pelo mercado. Assim, o Banco
do Brasil, por exemplo, não pode cobrar na mesma época e na mesma modalidade de finan-
ciamento juros que ultrapassem a média do valor cobrado pelas demais instituições financeiras.
No site do Banco Central, você tem acesso aos juros de mercado por ano.
92
Aula 6
Conhecimentos Necessários
aos Corretores de Imóveis
Características do SFH e
SFI – tabela comparativa
SFH SFI
Lei de criação Nº 4.380, de 1964 Nº 9.514, de 1997
Quem tem acesso Apenas pessoa física Pessoa física e jurídica
Prazo de financiamento Até 35 anos (420 meses) Até 35 anos (420 meses)
Tipo de contrato Instrumento Particular com Poder de Escritura Pública ou Escritura Pública Escritura Pública
Carteira Hipotecária
Você já ouviu falar sobre Carteira Hipotecária? Sabe o que é?
Não existem regras prefixadas por lei, podendo cada instituição estabelecer as suas próprias
regras.
A carteira hipotecária permite ao contratante do financiamento, seja pessoa física, seja jurídica,
a obtenção de financiamento em uma modalidade parecida com o SFI, pois as condições são
livres. Diferentemente do SFH, não é possível a utilização do FGTS e geralmente usa-se de 30%
a 60% do valor do imóvel como referência para o valor a ser financiado.
Em referência às prestações, elas são corrigidas pelo índice das cadernetas de poupança, a
TR (Taxa Referencial).
93
Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Ações locatícias
Agora, estudaremos as ações locatícias. É muito importante que você saiba que a Lei de Lo-
cações traz regras relacionadas ao direito material e processual.
Mas você sabe o que são os Direitos Material e Processual? Vamos conhecê-los?
Bem, o Direito Material trata das normas relacionadas aos direitos de cada indivíduo, como o
direito do locatário de encerrar o contrato de locação, por prazo indeterminado, mediante aviso
por escrito ao locador com antecedência mínima de 30 dias.
Já o Direito Processual traz normas que possibilitam ao titular do direito material se socorrer
do Poder Judiciário caso seu direito seja desrespeitado.
Antes de mais nada, gostaria de chamar a sua atenção para a importância de o profissional da
área imobiliária conhecer a Lei de Locações, uma vez que nenhum cliente se sentirá confortável
em fechar um negócio com alguém que desconheça as regras do jogo.
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Aula 6
Conhecimentos Necessários
aos Corretores de Imóveis
Ação de despejo
As regras da ação de despejo estão previstas nos Art. 59 a 66 da Lei nº 8.245 (BRASIL, 1991),
que é a Lei de Locações.
O pedido de rescisão da locação pode ser acumulado ao pedido de cobrança dos aluguéis,
se o motivo do despejo for a falta de pagamento.
Nos casos de denúncia vazia (quando o locador pode solicitar a retomada do imóvel sem a
necessidade de apresentar justificativas), despejo para uso próprio e para demolição ou obras, se
o locatário, na contestação, concordar com a desocupação do imóvel, ele será autorizado pelo
juiz a desocupar no prazo de seis meses.
É uma ação que visa ao depósito dos valores devidos ou até mesmo entrega das chaves do
imóvel, a fim de evitar as consequências legais de sua não realização, quando o locador está de
alguma forma impedindo que o locatário cumpra com a sua obrigação.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
caso o locador manifeste sua recusa ao banco, será necessário entrar com a ação judicial para
efetuar o depósito.
No procedimento judicial, o autor deverá realizar o depósito do que entende devido no prazo
de 24 horas a partir da citação do réu.
O autor da ação revisional de aluguel pode pedir ao juiz que determine liminarmente o valor
de um aluguel provisório que não poderá ser inferior, se a ação for proposta pelo locatário, a
80% do aluguel vigente nem superior, se a ação for proposta pelo locador, a 80% do valor pedido.
Em regra, haverá perícia para a atribuição do valor correto e, na contestação, o réu pode fazer
uma contraproposta.
Por fim, as partes podem fazer acordo para desocupação do imóvel, o qual, se não for cum-
prido, enseja mandado de despejo no mesmo processo.
96
Aula 6
Conhecimentos Necessários
aos Corretores de Imóveis
A lei que trata desses temas é a Lei nº 6.766 (BRASIL, 1979). Ela estabelece as regras do par-
celamento do solo urbano. Você pode consultá-la em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
Leis/L6766.htm.
97
Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
No entanto, para criar um loteamento, é preciso realizar um pedido na prefeitura, que irá
verificar se ele respeita as regras estabelecidas no plano diretor, principal instrumento da política
urbana, pois traz as regras de como a cidade pode crescer, institui regras relacionadas ao direito
de vizinhança, ao direito ambiental, entre outras. Cada município possui o seu plano diretor.
Quer saber por que essa informação é de suma importância para você que pretende ser cor-
retor? O Art. 51 da Lei nº 6.766 (BRASIL, 1979) prevê que aquele que comercializa loteamento
não aprovado no Cartório de Registro de Imóveis comete crime contra a administração pública.
Vamos verificar esse artigo? É muito importante que você seja cauteloso para não entrar em
enrascadas como corretor e comprometer sua carreira.
Nesse sentido, podemos dividir os tipos de loteamento em: loteamento regular (urbano ou
rural), loteamento irregular e loteamento clandestino.
O loteamento regular é aquele que foi aprovado pelo Município e registrado no Cartório de
Registro de Imóveis, ou seja, está em condições de comercialização.
O loteamento irregular é aquele que foi aprovado na prefeitura, mas não foi registrado ou
a execução da obra não segue o projeto. Vamos analisar um exemplo de loteamento irregular
98
Aula 6
Conhecimentos Necessários
aos Corretores de Imóveis
para facilitar? O plano diretor de determinado município estabelece que os lotes não podem ter
menos de 200 m². O loteador, burlando as regras, faz tudo com 400 m² e depois divide os lotes.
O loteamento clandestino é aquele que não é aprovado nem registrado. Esse tipo de lote-
amento é desconhecido do poder público e geralmente descobre-se que não poderia existir
qualquer loteamento naquela região.
Você, como corretor de imóveis, precisa ficar atento a esse tema e buscar informações para
verificar se o loteamento é regular antes de comercializá-lo. Como já mencionamos, você pode
responder civil e até criminalmente por essa ausência de cautela.
99
Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Condomínio
No componente de Direito Imobiliário, estudamos a diferença entre condomínio geral e con-
domínio edilício. Se você não se lembra, volte lá e consulte novamente o material.
Neste tópico, estudaremos as alterações promovidas pela Lei nº 13.465 (BRASIL, 2017b), no
que diz respeito ao condomínio de lotes e ao loteamento de acesso controlado.
Antes dessa lei, não havia previsão legal a respeito do “condomínio fechado”. O que se fazia
era uma solicitação ao Município, que permitia que o espaço de determinado residencial fosse
murado e fechado.
No entanto, por se tratar de um bairro residencial fechado, as casas são privadas, mas as ruas
continuam públicas (bens de uso comum do povo), portanto administradas pelo município. A
solução para resolver esse entrave foi a criação de associações de moradores de bairro para
administração desses espaços públicos (como coleta de lixo, iluminação pública, entre outras).
Ocorre que, diante disso, surgiram questionamentos ainda não pacificados pelos nossos Tribu-
nais Superiores sobre a obrigatoriedade do pagamento da taxa de administração pelos moradores,
100
Aula 6
Conhecimentos Necessários
aos Corretores de Imóveis
uma vez que muitos alegam que não são obrigados a contribuir com a manutenção dos espaços
devido à liberdade para se associar garantida pela Constituição Federal.
Outro problema era com relação à entrada de não residentes nesses locais.
A Lei nº 13.465 (BRASIL, 2017b) tratou desses temas e trouxe uma regulamentação antes ine-
xistente para os loteamentos fechados, denominando-os de loteamento de acesso controlado.
Acrescentou o artigo 36-A à Lei de Parcelamento do Solo Urbano (BRASIL, 1979), tratando do
papel desempenhado pelas associações de moradores de bairro. Contudo, não deixou muito
claro sobre a obrigatoriedade dos titulares dos imóveis arcarem com as despesas de manutenção
do loteamento, não resolvendo definitivamente a questão. Vamos verificar?
O condomínio de lotes, por sua vez, também foi instituído pela Lei nº 13.465 (BRASIL, 2017b),
que acrescentou o artigo 1.358-A ao Código Civil e trouxe algumas inovações, permitindo que
frações ideais de lotes sejam comercializadas sem a necessidade de uma construção, o que atende
o interesse dos compradores quanto a uma maior liberdade para a construção das casas, assim
como, por se tratar de um condomínio, o pagamento da taxa de administração é obrigatório.
Assim, não há que se confundir o condomínio de lotes com o loteamento fechado, pois no
condomínio de lotes é possível comercializar fração ideal de terra sem nada construído em cima.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Incorporação Imobiliária
Neste tópico, estudaremos a incorporação imobiliária, a fim de conseguir responder às se-
guintes perguntas: o que é incorporação? Quem pode incorporar no Brasil? Existe vantagem na
incorporação? Quais são os principais procedimentos que devem ser observados para incorporar?
A primeira coisa que temos que saber é que a lei que regulamenta a incorporação imobiliária
no Brasil é a Lei nº 4.591 (BRASIL, 1964b) e que o grande objetivo dessa lei foi regularizar os con-
tratos de promessa de compra e venda, conferindo mais segurança aos negócios e auxiliando a
economia do país.
É a atividade que pode ser exercida por qualquer pessoa física ou jurídica, independentemen-
te de ter o CRECI, com o intuito de promover e realizar construção para venda de edificações
compostas de unidades autônomas.
102
Aula 6
Conhecimentos Necessários
aos Corretores de Imóveis
A primeira fase é muito importante para o incorporador, pois a compra de um imóvel com
vícios documentais ou problemas ambientais pode gerar prejuízos capazes, inclusive, de invia-
bilizar o negócio.
A terceira fase é a do registro da incorporação. É apenas depois dessa fase que as unidades
autônomas podem ser comercializadas.
É importante sabermos que o número do registro, bem como a indicação do cartório com-
petente, constará obrigatoriamente dos anúncios, impressos, publicações, propostas e contratos.
O Art. 35-A da Lei nº 4.591 (BRASIL, 1964b), inserido pela Lei nº 13.786 (BRASIL, 2018), especifica
as informações que obrigatoriamente devem constar do quadro-resumo, entre elas o valor refe-
rente à corretagem, suas condições de pagamento e a identificação precisa de seu beneficiário.
Aquele que compra um imóvel em que ocorreu a incorporação pode se sentir mais seguro,
pois há um procedimento rigoroso de entrega de documentos, com responsabilização civil e
criminal do oficial de registro, nos casos em que forem arquivados documentos que contrariem
a lei ou dada certidão sem o arquivamento de todos os documentos exigidos.
Assim, aquele que incorpora terá, após o registro da incorporação, mais facilidade para con-
seguir a participação de uma instituição financeira que se interesse em oferecer crédito para
desenvolver o projeto.
Por fim, para finalizar este estudo, sugiro que você leia:
103
Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Síntese da aula
` No Brasil, temos algumas modalidades de financiamento e cada uma delas possui
regras próprias: Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE); FGTS pró-
cotista; Sistema Financeiro de Habitação (SFH); Sistema Financeiro Imobiliário (SFI);
` A Lei de Locações trata de quatro ações locatícias: a ação de despejo, a ação de consignação
de aluguel e acessórios da locação; ação revisional de aluguel; e ação renovatória;
` A ação de despejo é uma modalidade utilizada quando se pretende rescindir o contrato de locação;
` A ação revisional de aluguel tem por objetivo rever o valor do aluguel, adequando-o ao
patamar do mercado. Pode ser proposta tanto pelo locador quanto pelo locatário;
` Loteamento é a subdivisão da gleba em lotes destinados à edificação com abertura de novas vias
de circulação, ou seu prolongamento, ou ainda modificação ou ampliação das vias existentes;
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Aula 6
Conhecimentos Necessários
aos Corretores de Imóveis
Exercícios
Vamos verificar se você compreendeu o conteúdo desta aula?
Caso tenha ficado com dúvidas, sugiro que retorne ao conteúdo da aula para revisão.
1. Assinale a alternativa que apresenta o sistema de financiamento para imóveis acima do valor de R$
1.500.000,00, que atende o comércio de imóveis de luxo e os investidores.
A. ( ) SFI – Sistema Financeiro Imobiliário.
B. ( ) SFH – Sistema Financeiro de Habitação.
C. ( ) SBPE – Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo.
D. ( ) FGTS pró-cotista.
5. A diferença básica entre loteamento e desmembramento é que neste último, aproveita-se o sistema
viário existente, não ocorrendo abertura de novas vias e logradouros públicos, nem prolongamento,
modificação ou ampliação dos já existentes.
A. ( ) Verdadeiro.
B. ( ) Falso.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
106
Aula 7
Registro de Imóveis
Registro de imóveis
Caro(a) aluno(a), agora que já estudamos tantas questões importantes relacionadas a ope-
rações imobiliárias, vamos nesta aula estudar Registro de Imóveis, ato que individualiza e define
a titularidade de um imóvel. Por isso, os objetivos desta aula são atualizar, informar, orientar e
instruir você, como corretor de imóveis, a respeito da documentação necessária para conclusão
de toda e qualquer transação imobiliária. O que se pretende é que, após esses estudos, você seja
capaz de transmitir aos clientes segurança quanto à concretização do negócio.
` Registro;
` Matrícula;
` Escritura do imóvel;
Nesse cartório, o corretor de imóveis pode saber a quem realmente pertence um determinado
imóvel. Ele é o depositário de todo o histórico dos bens imóveis e nele você consegue informa-
ções sobre o imóvel por meio de certidões, para saber se existem restrições ou qualquer outra
situação que não permita uma transação de compra e venda do imóvel.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Os cartórios de imóveis estão divididos em territórios que recebem o nome de “áreas de atu-
ação”. Dessa forma, quando do registro referente a um imóvel, você deve atentar-se para saber
qual é o cartório responsável por essa região.
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Aula 7
Registro de Imóveis
É importante lembrar ainda que as certidões relativas ao imóvel, como quinzenária, vintenária,
trintenária, dominial, de ônus real, de inteiro teor do imóvel e outras, poderão ser obtidas no car-
tório de imóveis. Essas são certidões compostas pelas certidões de matrícula atual, bem como
dos últimos anos do imóvel, podendo ser verificado por meio delas algum tipo de ônus, como
penhora, hipoteca, usufruto etc. ou que não pesa nenhum tipo de ônus sobre o imóvel.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Art. 172. No Registro de Imóveis serão feitos, nos termos desta Lei, o registro e a
averbação dos títulos ou atos constitutivos, declaratórios, translativos e extintos
de direitos reais sobre imóveis reconhecidos em lei, “inter vivos” ou “mortis causa”
quer para sua constituição, transferência e extinção, quer para sua validade em
relação a terceiros, quer para a sua disponibilidade.
Art. 236. Nenhum registro poderá ser feito sem que o imóvel a que se referir
esteja matriculado.
Caro(a) aluno(a), o Cartório de Registro de Imóveis é o lugar onde tudo é feito em termos de
documentação de um imóvel. Então poderíamos fazer a seguinte pergunta: será que os cartórios
de registro de imóveis fazem parte do Judiciário? A resposta é: não! Esses cartórios são instituições
particulares que participaram de um concurso público e receberam essa delegação do Estado.
Quem fiscaliza as atividades de registro cartoriais é o Poder Judiciário.
Registro
De acordo com a lei, o proprietário de imóvel só é dono se esse imóvel estiver registrado em
seu nome. Portanto, podemos afirmar que o registro é o ato que declara quem é o verdadeiro
proprietário.
O registro imobiliário possibilita a publicidade por meio do histórico como compra/ venda e
outras alterações que venham a ser feitas a qualquer tempo em um imóvel.
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Aula 7
Registro de Imóveis
Para se fazer um registro de imóvel, são necessários procedimentos, como pagar custas car-
torárias, que podem variar de acordo com o estado do imóvel, e impostos como o ITBI (Imposto
sobre a Transmissão de Bens Imóveis) e o ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação).
O registro pode ser feito por qualquer pessoa, bastando que seja apresentada a documentação
e seja efetuado o pagamento, que pode ser em dinheiro ou cheque, sendo os valores cobrados
de acordo com a tabela oficial de custas e emolumentos cartorários, que são os custos de taxas
e impostos estabelecidos por cada Unidade da Federação (estados).
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Matrícula
A matrícula é o documento que confirma a existência do imóvel e contém informações sobre
seus proprietários. Há também informações referentes às características desse imóvel, suas me-
didas e todas as demais informações relevantes a respeito da existência e transações ocorridas,
como compra/ venda.
Todo imóvel deve ter matrícula, pois as qualificações dos proprietários e o histórico da vida
do imóvel estarão descriminados nesse registro, como ações judiciais, inventários, doações, des-
membramentos, hipotecas/ alienações fiduciárias, desapropriações, usufruto, enfim, tudo o que
diz respeito ao imóvel.
Então você, como corretor, deve, antes de qualquer coisa, averiguar a existência desse do-
cumento e seu conteúdo, pois isso evitará muitos problemas. Caso não tenha a matrícula no
Cartório de Registro de Imóveis, pode haver algum problema. Portanto, tome cuidado e faça
sempre uma verificação aprofundada.
Averbação do imóvel
no cartório de registro
O termo averbação já indica a função desse documento, pois averbar é o ato de anotar, regis-
trar. A averbação faz constar da matrícula fatos que gerem qualquer alteração realizada no imóvel.
Dessa forma, todo o histórico vai sendo escrito por meio da averbação na matrícula.
Podem ser citadas modificações como construções no imóvel, alterações de nome de rua,
contrato de locação, caução e cessão fiduciária, usucapião e muitas outras.
As averbações têm por finalidade tornar públicas todas as alterações do imóvel. Isso faz com
que haja uma segurança jurídica.
Para que a averbação seja feita, é necessária a apresentação da documentação solicitada pelo
Cartório de Registro de Imóveis. Seu custo é variável, de acordo com o tipo de averbação a ser
realizada.
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Aula 7
Registro de Imóveis
Escritura do imóvel
Agora iremos juntos estudar um assunto que parece simples, porém que requer um pouco
mais de atenção de sua parte. Então vamos ler, entender e assimilar.
Escritura de Promessa de Compra e Venda – título provisório usado para as transações fi-
nanciadas pelo proprietário. Após pagamento do financiamento, poderá ter a Escritura Definitiva
de Compra e Venda.
SAIBA MAIS: caro(a) aluno(a), para saber mais, acesse o link: http://www.
mundonotarial.org/docness.html
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Entre esses tributos está o ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis por Ato Oneroso
“Inter Vivos”). Esse tributo é cobrado pela prefeitura do município no qual se localiza o imóvel
urbano. A porcentagem de cobrança varia de 1% a 3% do valor do imóvel. Porém, é necessário
verificar, pois varia de um munícipio para outro.
A taxa para escritura do imóvel é cobrada, o que dá validade oficial ao documento a ser elabo-
rado, e seu valor é calculado conforme o valor venal do bem. Não há como determinar um valor
exato, pois o custo final da escritura dependerá do valor do imóvel e da taxa aplicada ao município.
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Aula 7
Registro de Imóveis
Você sabia que durante as transações imobiliárias serão solicitadas algumas certidões? É. De-
pendendo do que você esteja fazendo, o cartório solicitará as documentações necessárias para
cada caso, mas fique tranquilo porque eles informam a maneira de conseguir, os lugares nos
quais podem ser obtidas e as outras documentações que o próprio cartório obtém, facilitando
o seu trabalho. Essas certidões são:
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Bem, agora você deve, antes de mais nada, diante da transação imobiliária que está sendo feita,
providenciar os documentos necessários para fazer os devidos registros cartoriais legais, como:
registro de imóveis, averbação, registro de contrato de compra e venda, registro de contrato de
locação etc. Não é tão complicado como pode parecer, pois hoje, na maioria das vezes, os do-
cumentos necessários podem ser obtidos de maneira eletrônica. Os próprios cartórios tomam
essa providência e as taxas são também anunciadas pelos cartórios. Não se preocupe! Se as
partes tiverem os documentos pessoais e do imóvel em ordem, essa será a etapa mais tranquila.
Já falamos anteriormente em nossas aulas do nosso componente curricular, mas vale a pena
lembrar os impostos que temos:
ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Inter Vivos – trata-se de um imposto sobre a
transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos.
ITCMD – Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação – este imposto é um tribu-
to de competência dos estados e do Distrito Federal. O fator que o gera é a transmissão
causa mortis de imóveis ou a doação de quaisquer bens ou direitos e está na Constituição
Federal, Art. 155, I e §1º (BRASIL, 1988).
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
A incidência desse imposto acontece quano há transmissão de bens móveis e imóveis resul-
tante de herança ou doação.
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Aula 7
Registro de Imóveis
Laudêmio
Imposto no valor de 5% do valor do imóvel arrecadado pela Secretaria do Patrimônio da União,
quando se trata de Terrenos de Marinha na faixa de 80 metros ou menos de proximidade do mar
ou rios influenciados pelas marés. No dia 7 de agosto de 2018, instituiu-se, por meio da Portaria
nº 7.687 da SPU (BRASIL, 2018), que os imóveis da região da orla do estado de São Paulo podem
solicitar à Secretaria de Patrimônio da União o domínio direto em regime de aforamento, estando
livres de pagamentos de taxa de laudêmio.
Esse imposto deve ser pago exclusivamente pelo vendedor e será cobrado quando da trans-
ferência do domínio da propriedade mediante venda ou dação em pagamento, porém nos casos
de doação e herança não cabe pagamento.
Síntese da aula
` O Cartório de Registro de Imóveis tem como função básica deter todas as
documentações e informações fiéis do imóvel e dos negócios jurídicos a ele referentes;
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Exercícios
Vamos verificar se você compreendeu o conteúdo desta aula?
Caso tenha ficado com dúvidas, sugiro que retorne ao conteúdo da aula para revisão.....
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Aula 7
Registro de Imóveis
( ) Essa certidão informa se o imóvel possui algum ônus de natureza real. Se o imóvel foi dado
em garantia em um financiamento ou se existe um registro de um compromisso de compra
e venda, esses ônus aparecerão nessa certidão.
( ) Essa certidão é um documento que atesta e existência ou a inexistência de imóveis registra-
dos em nome de uma determinada pessoa na cidade ou na Zona de Responsabilidade daquele
determinado Cartório ao qual foi requerida. Para a liberação de recursos do FGTS, essa certi-
dão pode ser solicitada.
( ) São certidões compostas pela matrícula atual do imóvel, além dos registros dos últimos 20 e
15 anos, respectivamente. Solicitada geralmente para a compra e venda de imóveis para
atestar a regularidade da cadeia dominial.
( ) Lista todos os proprietários que compõem um determinado condomínio. Trata-se de uma
certidão necessária para a elaboração e as alterações nas Convenções de Condomínio.
( ) Serve para informar que não existe imóvel registrado naquele endereço.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
120
Aula 8
Avaliação de Bens Imóveis
Nesta aula, vamos juntos estudar sobre avaliação de bens imóveis: normas e avaliações, mé-
todos para avaliação de imóveis sobre Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica, conhecido
como PTAM.
O que se espera do nosso estudo é que ao seu término você possa determinar o valor
de mercado do imóvel que você está avaliando, fazendo uso de técnicas e normas.
` Aspectos legais;
` Perito judicial;
` Avaliação imobiliária;
Mas, antes de iniciarmos, me responda a seguinte pergunta: PARA QUE SERVE A AVALIAÇÃO
DE UM IMÓVEL? Você já parou para pensar nisso?
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Um pouco da história
Bem, agora vamos ver um pouco da história da avaliação de imóveis, pois é muito importante
que saibamos como ela começou, o que aconteceu ao longo do tempo e qual é a situação hoje.
O mercado imobiliário tem uma diferença evidente dos demais mercados, sendo uma delas a
complexidade. Entre os vários motivos de complexidade estão as características de seus produtos,
que diferem muito daquelas dos demais bens de consumo.
A avaliação de imóveis não é recente no Brasil e já era retratada no século passado, quando
já se destacava a importância de procedimentos bem definidos quando da avaliação de terrenos.
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Aula 8
Avaliação de Bens Imóveis
Em 1914, Luiz Carlos Berrini lançou um livro com o título em Avaliação de terrenos. Por volta
de 1950, o engenheiro Augusto Luiz Duprat registrou proposta para normatização de avaliação
de terrenos, que foi examinada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, a ABNT. Foi o
marco das normas técnicas para avaliação imobiliária.
Essas normas da ABNT foram modificadas diversas vezes com a missão de atender as deman-
das do mercado. Em 1977, foi firmado entre a ABNT e o Banco Nacional da Habitação um acordo
para a padronização das normas para avaliação de imóveis.
Em 1977, a NB 502 (ABNT, 1989) foi estabelecida pela ABNT para regular o tratamento quan-
do da avaliação de imóveis urbanos. Em 1989, a ABNT divulgou a norma ABNT NBR 5676, que
alterava normas anteriores, em seguida a NBR 8799 (ABNT, 1985), que tratava da avaliação de
imóveis rurais, e a NBR que tratava da avaliação de glebas urbanas.
Em meados de 2000, a ABNT editou as normas da série nº 14653, dividida em partes, que veio
a consolidar as técnicas de avaliação de imóveis. Vamos ver quais são elas:
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
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Aula 8
Avaliação de Bens Imóveis
A avaliação de imóveis tem como finalidade a busca do valor do imóvel em acordo ao preço
atribuído pelo mercado em que está inserido, ou mesmo sobre um direito, podendo ser aplicado
em diversas situações, como:
9 Locação e arrendamento;
9 Aumento de capital;
9 Seguro imobiliário;
9 Desapropriações;
9 Indenizações;
9 Inventário;
9 Partilha de bens;
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Aqui você irá perceber que, além dos valores monetários envolvidos, existem também valores
sentimentais, o que faz com que você deva ter muito cuidado ao tratar desse tema com as partes
envolvidas. Vamos lá então.
O avaliador de imóveis irá lidar com os sentimentos e as necessidades de seus clientes e deverá
ser bem hábil em lidar com essas questões.
Costumeiramente, o homem avalia seus bens e tudo ao seu redor de uma maneira trivial.
A avaliação sempre é qualitativa: se o que está sendo avaliado é bonito, feio, e assim por diante.
É compreendendo as necessidades e desejos humanos que entendemos por que o homem dá
valor às coisas.
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Aula 8
Avaliação de Bens Imóveis
Portanto, atribuir valor aos bens que produz é uma ação fundamental do homem para suprir
suas necessidades
E assim o homem atribui valor aos seus bens, praticando o ato de valorar, ou seja, emitir juízo
de valor.
Vamos dizer assim: valor é o que se leva e preço é o que se paga. Parece simples, mas não é,
pois o valor do bem varia de uma pessoa para outra, considerando a necessidade, a utilidade e
o apego que cada um tem por esse bem. Já o preço é o valor monetário expresso. Portanto, a
diferença está no que o bem representa para cada uma das partes, comprador e vendedor. Estão
alocados aí valores monetários, sentimentais e as necessidades.
É bom sempre lembrarmos que valor e preço não são sinônimos. A NBR 14653-1 (ABNT, 2001,
p. 5) diz que preço é a “quantia pela qual se efetua, ou se propõe efetuar, uma transação envol-
vendo um bem, um fruto ou um direito sobre ele”.
O conceito de valor é precisamente aquele que é o objetivo de uma avaliação. Há vários tipos
de valor, como: valor venal, valor potencial, valor comercial, valor de mercado, valor contábil e
muitos outros. Entre os vários tipos de valor, devemos adotar o valor de mercado. Esse é o único
valor que poderá ser usado em uma avaliação.
A NBR 14653-1 (ABNT, 2001, p. 5) define assim o valor de mercado: “Quantia mais provável pela
qual se negociaria voluntariamente e conscientemente um bem, numa data de referência, dentro
das condições do mercado vigente”. O entendimento é que o valor de mercado é o resultado de
uma transação entre uma pessoa que está vendendo um bem e outra que está comprando, todos
voluntariamente e com conhecimento das condições da negociação e do bem propriamente dito.
Veja que, quando estamos fazendo uma avaliação, existem duas partes com interesses di-
ferentes, por isso temos que ter cuidado ao tratar do assunto com cada uma delas. Devemos
entender que, para quem vende, muitas vezes existem, além do valor, sentimentos construídos
ao longo de anos de luta para consolidar aquele bem, anos de relação com o lugar. Do outro
lado, há o interesse, as necessidades e os custos que isso pode representar. Vamos com muita
calma, porque estamos intermediando uma negociação difícil.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Assim, para que a avaliação ocorra dentro dos requisitos exigidos pela lei, deve haver a contra-
tação de um profissional habilitado na área, ou seja, o corretor de imóveis, devidamente inscrito
no CRECI e com registro no CNAI – Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários.
A avaliação na negociação imobiliária é um dos passos mais importantes e requer muita cautela.
O profissional deve conhecer os requisitos necessários para avaliar o bem, conforme dispõe a
lei de registros públicos, Lei nº 6.015 (BRASIL, 1973), que visa assegurar a autenticidade dos fatos.
O corretor de imóveis que deseja ser avaliador de imóveis e emitir seu parecer
técnico, denominado pelo COFECI (Conselho Federal de Corretores de Imóveis) de
Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica (PTAM), deve realizar sua inscrição
no Cadastro Nacional de Avaliadores de Imóveis (CNAI). Paga-se ao COFECI
uma taxa única de 30% (trinta por cento) do valor da anuidade do CRECI,
que emitirá o certificado e encaminhará ao CRECI o número do
registro de avaliador de imóveis e sua matrícula, que estará
também na sua carteirinha do CRECI. Esse certificado tem
validade de 3 (três) anos, a partir da data da emissão, e
a renovação poderá ser feita por meio de uma
nova prova de conhecimentos sobre
avaliação mercadológica
de imóveis.
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Aula 8
Avaliação de Bens Imóveis
CRECI .......Região/........
Assinatura do requerente
Obs: 1. O CRECI deve receber o requerimento, em protocolo, processar,
informando da situação do requerente junto ao Conselho Regional, encaminhando,
a seguir, ao COFECI, para inclusão no CNAI.
TOME NOTA: para corretores que não têm formação acadêmica em gestão de
negócios imobiliários ou similar, mas fizeram o curso de Técnico em Transações
Imobiliárias, será necessário fazer uma especialização em avaliação imobiliária. Esses
cursos devem ser reconhecidos pelo Conselho Federal de Corretores de Imóveis
(COFECI) ou pelo CRECI.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
O Direito Civil faz parte do direito privado e é responsável por estabelecer as normas que
regem as relações das pessoas naturais e pessoas jurídicas.
Analisando essa resolução, percebemos que o profissional que tem diploma de curso supe-
rior em gestão imobiliária pode elaborar parecer técnico de avaliação, assim como quem tem
certificado de especialização em avaliação imobiliária.
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Aula 8
Avaliação de Bens Imóveis
Perito judicial
Já que falamos sobre atuar como perito judicial, vamos saber do que se trata essa atividade.
Um perito judicial é designado para realizar avaliações e perícias em juízo, ou seja, em pro-
cessos que ocorrem na justiça, atuando como auxiliar do juiz, conforme o Código Civil em vigor.
Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de
conhecimento técnico ou científico.§ 1º Os peritos serão nomeados entre os
profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devida
mente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado.
Então vamos ter que falar aqui sobre quais são essas normas. Vamos lá?
Entende-se que a avaliação de imóveis pode ser realizada atendendo diversos objetivos, que
podem ser judiciais, venda/compra, partilha de bens, inventário etc.
Para tanto, faz-se necessário obedecer a critérios e normas, que a família da NBR (Norma
Brasileira) 14653 descreve os métodos que devem ser utilizados em cada caso.
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Técnico em
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Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Significa que o corretor que não estiver devidamente inscrito e não possuir o CNAI (Cadastro
Nacional de Avaliadores Imobiliário) poderá mesmo assim emitir opinião, no entando, não ne-
cessariamente foram utilizados critérios científicos na elaboração da avaliação. Ou seja, o valor
opinado pode, eventualmente, estar correto, contudo não existe uma garantia de que o valor
esteja preciso. Sem a devida credencial, o corretor não poderá atuar como avaliador, conforme
as exigências legais para esse exercício.
Já falamos aqui de NBR e ABNT. Você sabe o que uma sigla tem a ver com a outra?
NBR, como já falamos, é uma norma brasileira técnica, elaborada pela Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT).
Agora veremos de forma resumida a família da NBR 14653 para que possamos ter ciência do
que se trata. Porém, cabe a você, aluno, ler na íntegra essa NBR sempre que for elaborar um laudo.
132
Aula 8
Avaliação de Bens Imóveis
Esta parte da NBR 14653 visa detalhar os procedimentos gerais da NBR 14653-1, no que diz
respeito à avaliação de imóveis urbanos, inclusive glebas urbanizáveis, unidades padronizadas e
servidões urbanas.
Esta parte da ABNT NBR 14653 é exigível em todas as manifestações técnicas escritas vincu-
ladas às atividades de engenharia de avaliações de imóveis rurais.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
TOME NOTA: as normas da ABNT podem ser adquiridas nos postos de intermediação
da ABNT ou pelo endereço eletrônico www.abnt.org.br/.
SAIBA MAIS:
esta apresentação é de
grande valia para seu
aprendizado e para
facilitar a montagem
de sua planilha de
avaliação (PTAM).
Vamos lá então assistir:
www.youtube.com/
watch?v=Krwxf6XC3gI
134
Aula 8
Avaliação de Bens Imóveis
É importante para que você, quando for avaliar um imóvel, saiba utilizar uma metodologia
técnica específica estabelecida (nesse caso pela NBR 14653) que determina os parâmetros e o
método que será utilizado na avaliação.
Você já deve ter percebido, nessas nossas aulas, que as definições e conceitos empregados
na avaliação de imóveis são de fundamental importância para uma comunicação eficiente en-
tre os profissionais da área. O objetivo é que as informações sejam uniformes, possibilitando e
facilitando o entendimento de todos. Ao ser utilizada uma única linguagem, evitam-se conflitos
na transmissão de informações, na elaboração de documentos e nas atividades que envolvem
a avaliação imobiliária.
Para determinar um valor, o melhor método é a comparação com dados de bens que se as-
semelham ao bem que será avaliado, de preferência no mesmo período. Caso não seja possível,
por se tratar de um bem bastante singular, deve-se fazer uso de outros métodos para consolidar
a avaliação.
Os métodos que podem ser utilizados para a avaliação de um bem ou seus frutos estão indi-
cados nas partes 2 e 3 da NBR 14653, que veremos agora:
Método involutivo
Este método se baseia em estudos econômicos. Neste método, avalia-se o bem antes de sua
construção, por isso ele é formado por um alto grau de subjetividade. Basicamente, essa avaliação
está baseada nas características do imóvel e nas condições de mercado imobiliário da região.
Método evolutivo
O método evolutivo avalia o imóvel com base nos valores do terreno e das benfeitorias, consi-
derando assim toda evolução do bem imóvel. Este método é o mais utilizado quando da avaliação
de imóveis urbanos especiais.
Trata-se de um método analítico que obtém o valor por meio do cálculo direto ou indireto
dos valores do imóvel. Nele é considerada a conjuntura do mercado com base no fator de co-
mercialização.
135
Técnico em
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OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Agora vamos ver uma figura que ilustra a fórmula matemática de obtenção do valor do imóvel.
Custo de
Valor de Incorporação = Reedição X Fator = Valor do Imóvel
+
Valor de Construção
Este método geralmente é empregado em imóveis que quase não mudam de proprietário e
quase não há como comparar com outros, pois há poucas amostras. Exemplos: hospitais, escolas,
indústrias específicas.
Método analítico
Este método analítico visa à obtenção do valor do imóvel por meio do cálculo direto ou indireto
dos valores do imóvel, incluindo nesse cálculo o valor do terreno, da construção e das benfeitorias.
De acordo com Baptistella (2015), a NBR 14653 diz que o método comparativo direto de dados
do mercado consiste em obter uma amostra representativa de dados de mercado de imóveis
com características, tanto quanto possível, semelhantes às do bem avaliando, usando-se toda a
evidência possível.
SAIBA MAIS: você pode baixar pelo link a seguir o Anuário do Mercado
Imobiliário de 2018. Nele obterá informações sobre o cenário do mer-
cado imobiliário no ano de 2018. https://www.secovi.com.br/downloads/
url/2394
136
Aula 8
Avaliação de Bens Imóveis
Já no parecer judicial é utilizado em várias situações, como cálculo de herança, divórcio, re-
novatórias de aluguéis ou quando há divergência entre o real valor do patrimônio e o avaliado.
Essa avaliação não tem uma fórmula predeterminada, mas normas e regras devem ser segui-
das, sempre lembrando que, para fazer uma avaliação profissional, é necessário seguir a ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) ou IBAPE (Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias
de Engenharia), no caso de engenheiros.
Alguns passos devem orientar o avaliador na hora de fazer uma análise, como:
9 fazer uma pesquisa da região para saber da existência de hospitais, clínicas, escolas,
restaurantes, padarias, mercados, shoppings, segurança e transporte público;
9 avaliar a estrutura do imóvel para saber se há rachaduras, infiltrações,
estado da pintura e se há necessidade de reformas;
9 verificar o tempo do imóvel e se foram feitas reformas;
9 verificar os acabamentos, como revestimentos, estruturas
do teto, iluminação, portas e janelas;
9 verificar se há garagem disponível no imóvel;
9 verificar se há móveis planejados;
9 fazer um levantamento dos últimos 5 (cinco) anos do imóvel,
para saber se houve valorização ou depreciação.
Bem, vou lhe explicar o que é depreciação: sabe-se que contabilmente um imóvel sofre depre-
ciação anual de 4% de seu valor. Vamos entender melhor: um imóvel que valeria R$ 800.000,00
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Técnico em
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Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
hoje e conta com mais de 20 (vinte) anos, tem um valor residual (valor depois da depreciação)
de R$ 500.000,00. O valor depreciado é a diferença entre o valor original e o residual, ou seja,
R$ 300.000,00.
Para calcular a depreciação no caso citado, esse imóvel teria desvalorização média de R$
12.000,00 por ano. Tecnicamente, no próximo ano ele valerá R$ 488.00,00 e assim por diante.
É necessário ainda saber o valor de outros imóveis à venda nas imediações. Deve-se conferir
a documentação e definir a metodologia a ser usada: Método Comparativo Direto de Dados do
Mercado, Método Analítico, Método Evolutivo ou Método Involutivo. Só então inicia-se o pro-
cesso de avaliação.
IMPORTANTE: é importante que você saiba que o imóvel deve ser anali-
sado do ponto de vista da durabilidade, do material utilizado e da relação
entre a qualidade (e aparência) dos acabamentos e o padrão construtivo
do imóvel. Os principais aspectos observados pelos usuários são os pisos,
revestimentos de parede, forros e esquadrias. As patologias de constru-
ção, defeitos que ela apresenta, como rachaduras, umidade etc., serão
observadas, porém sua causa e risco só podem ser identificados por um
profissional da área de engenharia, cabendo ao avaliador mercadológico
apenas registrá-las, pois são aspectos que diminuem o valor do imóvel.
O avaliador precisa estar qualificado para fazer uma boa avaliação. Se o imóvel estiver com
algum dano, é aconselhável que o proprietário faça o reparo antes de colocá-lo à venda, para
que não haja desvalorização. Quem compra sempre quer fazer uma reforma, mas isso é desejo
do comprador, não uma necessidade do vendedor.
A garagem é um item fundamental. Caso o imóvel não tenha vaga, pode perder até 30% do
seu valor, e o imóvel que possui mais de uma vaga pode ter uma valorização de mais de 10%.
Uma área de lazer coberta é mais valorizada e, dependendo das características e metragem
dessa área, pode valorizar até 20% o imóvel.
138
Aula 8
Avaliação de Bens Imóveis
A vantagem de fazer uma avaliação do imóvel é ter a garantia de uma boa transação imobiliária
para contratar um seguro para o imóvel, realizar inventário, facilitar argumentos em processos
judiciais, atualizar o valor do patrimônio e muito mais.
Selo Certificador
As avaliações dos imóveis devem ter um selo que certifica que o laudo de avaliação merca-
dológica foi elaborado por um corretor de imóveis devidamente habilitado e inscrito no CNAI,
mantido pelo Sistema COFECI-CRECI, nos moldes estabelecidos pela Resolução-COFECI nº
1.066 (BRASIL, 2007b) e Ato Normativo nº 001/2011 (BRASIL, 2011c).
Esses selos deverão ser usados da seguinte maneira: 1° selo na via de avaliação do cliente;
2° selo na via de avaliação do corretor; 3° selo na Declaração de Avaliação Mercadológica (DAM), a
qual ficará arquivada no CRECI do corretor por cinco anos; 4° selo na cópia de avaliação do imóvel.
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Técnico em
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Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Laudo de avaliação
Um trabalho de avaliação deve ter seu resultado apresentado por meio de um laudo. Portanto,
a elaboração dele é a etapa final da avaliação.
Tipos de laudo
Para que você compreenda melhor os tipos de laudo, apresentaremos os que existem, além
dos itens que devem constar do laudo de avaliação, de acordo com as normas legais.
Mas antes...
Os laudos de avaliação são classificados quanto ao seu destino. Conforme a Norma Brasileira
para Avaliação de Bens (ABNT, 2019), os laudos são apresentados em duas modalidades: simpli-
ficado e completo.
O laudo completo deve conter todas as informações que se façam necessárias para que ele
seja auto explicável. É importante ter um laudo eficiente, com descrição completa dos dados
do solicitante sem abreviaturas, com a descrição do imóvel em conformidade com a matrícula,
escritura da propriedade, IPTU, localização, dimensões, entre outros.
Há casos em que o laudo de avaliação não segue os requisitos mínimos estabelecidos pela
norma. Esse documento é chamado de laudo de avaliação de uso restrito, ou seja, é um laudo
que obedece às condições específicas que foram combinadas pelo avaliador e o contratante,
mas não tem validade para outros usos ou para exibição a terceiros. Esse tipo de laudo serve
apenas para o proprietário saber o valor do seu bem, não pretendendo usá-lo para outro fim
(locação, venda etc.).
Outro relatório técnico semelhante ao laudo de avaliação é o parecer técnico, definido pela
norma (ABNT, 2019) como um “relatório circunstanciado ou esclarecimento técnico emitido por
um profissional capacitado e legalmente habilitado sobre assunto de sua especialidade”.
140
Aula 8
Avaliação de Bens Imóveis
Esse parecer é dado quando o perito ou profissional habilitado, dentro de sua especialidade,
emite um relatório descrevendo o que foi constatado, concluindo ou avaliando fundamentalmente
o direito ou os valores dos bens móveis ou imóveis.
Identificação do solicitante
Solicitante é a pessoa física ou jurídica (ou representante legal) que contrata o trabalho ava-
liatório.
Objetivo da avaliação
O objetivo da avaliação está no que se busca identificar, naquilo que se quer ter como resul-
tado da avaliação. Geralmente, esse objetivo é determinar o valor de mercado ou de outro valor
do imóvel.
Todos os aspectos físicos e de utilização do bem observados na vistoria que sejam impor-
tantes para a formação do valor devem ser descritos. Aspectos que não estejam relaciona-
dos ao imóvel, mas que exerçam influência no seu valor também devem ser registrados. Por
isso, é frequente a necessidade de se fazer uma descrição do entorno do imóvel avaliando.
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Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
1 Responsável
Avaliador Atuação Data
Sandro Gasparo Cardoso Avaliador de Imóveis segunda-feira, 12 de abril de 2021
2 Caracterização
Caracterização da Avaliação:
Identificação: Apartamento Curitiba – Garantia BB
Tipo de Valor a ser Inferido: Valor de Venda
Descrição: Processo BB – Apartamento dado em garantia imobiliária – Processo 12345-6
3 Finalidade
A finalidade do presente estudo é a determinação do valor de mercado de venda do imóvel avaliando aqui apresentado.
Dentro da área de Avaliações de Imóveis, defini-se "valor de mercado" como sendo a quantia mais provável pela qual se negociaria
voluntariamente e conscientemente um bem, numa data de referência, dentro das condições do mercado vigente.
4 Resultado
Valor atribuído ao Apartamento:
Imóvel Avaliado Valor de Venda
Avenida Visconde de Guarapuava, 5683 - Bloco B, unidade 234 R$ 892.993,71 → (R$ 900.000,00)
5 Diagnóstico de Mercado
Para a tipologia "Apartamento", microrregião avaliatória "Curitiba", composta por dezenove cidades, nos termos do imóvel aqui avaliado, para
venda, pode-se considerar o Mercado Imobiliário como tendo performance Recessiva, Nível de Ofertas Alto e Liquidez Baixa.
6 Discussão Estatística
6.1 Metodologia Utilizada
Aqui, utilizou-se o Método Comparativo Direto de Dados de Mercado, que permite a determinação do valor levando-se em consideração as
diversas características e comportamentos do Mercado Imobiliário regional.
Neste método, a determinação do valor do imóvel avaliando resulta da comparação deste com amostra de natureza e características
intrínsecas e extrínsecas diversas, a partir de dados pesquisados no próprio mercado. Os atributos dos dados obtidos são trabalhados por
meio de técnicas de inferência estatística, valendo-se de modelo matemático de regressão linear.
142
Aula 8
Avaliação
Variação de Bens
Graus Imóveis
Soma dos Quadrados Quadrado Médio F Calculado Significância
Não Explicada 47 22809406,8678746 485306,529103715
Total 58 116106080,842569
11 Avaliando
Os parâmetros obtidos, para o avaliando, são os seguintes:
Fonte: http://www.castler.com.br/PTAM.pdf
Coordenadas (Sirgas2000 / WGS84) Latitude - y Longitude - x Fuso
UTM
A parte 3 da NBR 14653 (ABNT, 2019)7186346 m
estabelece que a672058 m
região 22J
dos imóveis rurais seja um tó-
Geodésica
pico Decimal no laudo. Para esse tipo
obrigatório -25,429894°
de imóvel, outros-49,289091°
subitens também- são fundamentais:
Geodésica Sexagesimal -25° 25' 47,62" -49° 17' 20,73" -
Data da vistoria;
Descrição detalhada
Inferido das terras, construções, instalações
Nível de Confiança e produções
Estimador Pontual vegetais;
Precisão
Venda
Valor
Descrição detalhada 80%e equipamentos,Mediana
das máquinas grau III
Indicação do(s)
Estimador pontual - Valor método(s)
Mediano (Unitário) e procedimento(s)
R$ 4.096,30 / m² (0%) utilizado(s)
Intervalo de Confiança
Deve-se registrar (Unitário) R$ 3.678,66
qual ou quais foram os métodos / m² (-10,2%) à R$ 4.620,92
e procedimentos usados / m² (12,81%)
para a elaboração
da avaliação. Os usos
Campo de Arbítrio (Unitário)dos métodos devem ser justificados seguindo o estabelecido
R$ 3.481,86 / m² (-15%) à R$ 4.710,75 / m² (15%) pela Norma
Brasileira que regula as avaliações.
Amplitude (Unitário) R$ 942,26 / m² (23%)
Página11
143
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Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Esses são os itens básicos que um laudo de avaliação completo deve ter. Caso seja um laudo
simplificado, devem constar de forma resumida apenas alguns itens. Por exemplo, um dos itens
não obrigatórios é a apresentação dos cálculos efetuados para o tratamento dos dados.
Em seguida vem o sumário do laudo com o objetivo de apresentar uma ideia geral daquilo
que será encontrado na leitura.
As páginas seguintes mostram o corpo do laudo propriamente dito. Nelas serão expostas
basicamente a descrição detalhada do bem, do mercado e da metodologia adotada e as con-
clusões fundamentadas, ou seja, estarão presentes as principais informações sobre a avaliação
no corpo do laudo.
Após a conclusão do corpo do laudo, vem a última parte, que são os anexos. Neles são inclu-
sos todos os dados e documentos que ajudam na compreensão da avaliação, que podem ser:
Demonstrativos de cálculo;
Fotografias;
144
Aula 8
Avaliação de Bens Imóveis
Escrituras;
TOME NOTA: bom, até aqui vimos os aspectos fundamentais quando da elaboração
do Parecer Técnico de uma avaliação baseado nas determinações da norma. Porém,
é importante salientar que qualquer um pode estabelecer o próprio roteiro para fazer
um laudo de avaliação. Mas não esqueça que as exigências da Norma Brasileira para
Avaliação de Bens e suas respectivas partes devem ser sempre seguidas. A ordem da
apresentação aqui exposta pode ser alterada, e você pode ainda incluir informações
e outros dados relevantes à avaliação.
Já o Laudo Técnico de Avaliação é elaborado sobre a estrutura do bem e emitido por arquiteto
ou engenheiro (NBR 14653). A única exigência é que seja feito por arquiteto e/ou engenheiro,
que são os profissionais capacitados para passar informações sobre questões estruturais, visto
que o corretor não tem a formação específica para esse fim.
Renumeração
Referente aos honorários do avaliador, a referência é o valor do imóvel avaliado, mas a forma
de calcular possui variação em cada região. Em São Paulo, o CRECI disponibiliza uma tabela fixa.
Por exemplo, considerando um imóvel cujo valor seja de R$ 25.000,00, o honorário do avaliador
será de R$ 882,63; já ao avaliar um imóvel com valor entre R$ 400.000,00 e R$ 500.000,00, o
avaliador receberá R$ 4.069,69. Também existe a prática de atribuir um percentual de 0,25% a
0,50% do valor do imóvel para o avaliador.
145
Técnico em
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Tabela do CRECISP
TABELA REFERENCIAL I
TABELA REFERENCIAL II
AVALIAÇÕES DE IMÓVEIS
Valores superiores aos acima previstos deverão ser obtidos mediante aplicação de simples regra de
três
Fonte: https://www.crecisp.gov.br/Media/tabela_honorarios.pdf
Já no estado de Minas Gerais, por exemplo, existem duas formas de renumeração. A primeira
se refere ao pagamento de um avaliador sem o compromisso de que ele seja o intermediador
da venda desse imóvel. Nesse caso, o avaliador pode cobrar um percentual de 0,2% a 0,6% do
valor do imóvel. A outra se refere à contratação de um corretor avaliador, que, além de avaliar o
imóvel, também será o responsável pela venda, locação ou ainda administração.
146
Aula 8
Avaliação de Bens Imóveis
Tabela do SINDIMÓVEIS/MG
Fonte: http://www.crecimg.gov.br/outros/site/pdf/tabela_ptam.pdf
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Síntese da aula
` A avaliação de imóveis tem como objetivo calcular o valor de mercado
para venda ou o valor do aluguel para locação, com a finalidade de
obter prova de valor do bem imóvel, cumprindo exigências legais;
` Sobre perito judicial aprendemos que ele é uma pessoa que possui vasto
conhecimento técnico em sua área de atuação, sendo habilitado para emitir um
laudo técnico que serve como meio de prova em questões provenientes de litígio;
148
Aula 8
Avaliação de Bens Imóveis
Exercícios
Gabarito e respostas na página 158
Caso tenha ficado em dúvida sugiro que retorne ao conteúdo da aula para revisar a matéria.
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Técnico em
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4. No ano de 2000, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou a NBR 14653-1 Ava-
liação de Bens – Parte I: Procedimentos Gerais, na qual especifica o conteúdo mínimo do laudo
de avaliação. Entre as informações que o laudo deverá conter está a identificação do(s) método(s)
de avaliação, que dispensa a justificativa de escolha.
A. ( ) Verdadeiro.
B. ( ) Falso.
5. No ano de 2000, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou a NBR 14653-1 Ava-
liação de Bens – Parte I: Procedimentos Gerais, na qual especifica o conteúdo mínimo do laudo
de avaliação. Entre as informações que o laudo deverá conter está a identificação da pessoa física
ou jurídica e/ou representante legal que tenha solicitado o trabalho.
A. ( ) Verdadeiro.
B. ( ) Falso.
6. Método comparativo de dados de mercado:
A. ( ) É um método indireto de avaliação de imóveis, já que está subordinado à aplicação inicial de
outro método ou do conhecimento prévio do valor venal ou de locação de um imóvel.
B. ( ) Identifica o valor de mercado do bem por meio de tratamento técnico dos atributos dos ele-
mentos comparáveis, constituintes da amostra. Exige o tratamento seletivo dos dados reco-
lhidos no mercado que integra o bem.
C. ( ) Pode ser apropriado pelo CUB – Custo Unitário Básico de Construção, indicador mone-
tário que reflete o custo básico para a construção civil. Seu objetivo é disciplinar o mercado
de incorporação imobiliária, servindo como parâmetro na determinação dos custos do setor
da construção civil.
D. ( ) É um método indireto de avaliação de imóveis, por meio de tratamento técnico dos atributos
dos elementos comparáveis, apropriado pelo CUB – Custo Unitário Básico de Construção.
150
Aula 8
Avaliação de Bens Imóveis
7. O método involutivo caracteriza-se pela utilização de um critério indireto de valoração de uma gleba
ou terreno de grandes dimensões, considerando-se seu aproveitamento por meio de subdivisão
de área maior em lotes menores.
A. ( ) Verdadeiro.
B. ( ) Falso.
8.
O PTAM (Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica) é necessário em várias situações:
I. O PTAM é fundamental em uma Ação Revisional de aluguel.
II. O PTAM é solicitado em caso de partilha de bens de um casal que está se separando.
III. O PTAM é solicitado em caso de reajuste anual de aluguel quando da
aplicação do índice estabelecido no contrato de locação.
IV. O PTAM é imprescindível quando da desocupação de um imóvel que estava locado
para a conferência se ele se encontra na mesma condição de quando foi alugado.
Alternativas:
A. ( ) Somente I e III estão corretas.
B. ( ) Somente I e II estão corretas.
C. ( ) Somente II e III estão corretas.
D. ( ) Somente I, III e IV estão corretas.
E. ( ) Todas estão corretas.
9. O PTAM (Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica) é solicitado em caso de ações judiciais, como
separações, revisionais de aluguel, desapropriações etc. Analise as situações e assinale a alternativa
correta.
A. ( ) João tem cadastro no CNAI e por esse motivo não será responsabilizado
judicialmente caso haja alguém erro grave.
B. ( ) O corretor de imóveis ficará responsável pelo PTAM que realizou enquanto ele existir.
C. ( ) O juiz nunca vai intimar o corretor de imóveis para explicar o PTAM.
D. ( ) João é corretor de imóveis e possui o CNAI, por isso pode fazer o parecer.
E. ( ) João é corretor de imóveis e não possui o CNAI, mesmo assim pode fazer o parecer.
Gabarito e respostas na página 158
10. Para a emissão do Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica, devem ser observados os requisitos
mínimos exigidos pela Resolução nº 1.066/2007, Art. 5º, que são:
— Identificação do solicitante.
— Objetivo do parecer técnico.
— Identificação e caracterização do imóvel.
— Indicação da metodologia utilizada.
— Valor resultante e sua data de referência.
— Identificação, breve currículo e assinatura do corretor de imóveis avaliador.
A. ( ) Verdadeiro.
B. ( ) Falso.
151
Técnico em
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OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Glossário
Alvará – trata-se de um documento emitido por órgão público para autorizar alguém a praticar
determinado ato. Em muitos casos, serve para permitir a incorporação e/ou construção de
um projeto arquitetônico.
Contrato de gaveta – trata-se do registro em papel daquilo que foi combinado verbalmente
entre duas pessoas. Uma das partes registra o acordo em um contrato que será guardado para
fins de confirmação da negociação. Por não ser registrado em cartório, esse tipo de docu-
mento não é oficial. Em outras palavras, significa que permanecerá na gaveta — daí o nome.
Formal de partilha – emitido por juízes em caso de necessidade da divisão de bens, o docu-
mento é empregado quando uma pessoa morre e deixa algo para distribuir entre os herdeiros
ou um casal se divorcia e precisa resolver a situação dos bens que possui, por exemplo. Assim,
um imóvel que pertence a duas pessoas separadas, ou seja, advindo de herança, só pode ser
legalmente vendido quando há formal de partilha.
Vistoria de imóvel – é o processo de inspeção feito para conferir se o imóvel está de acordo
com o que foi apresentado no contrato de compra ou locação. Também representa a verifi-
cação realizada por peritos designados por bancos e outras instituições em obras ou imóveis
financiados por esses agentes financeiros.
152
Torna – em permuta imobiliária, é a complementação de uma parte do valor em dinheiro.
Zoneamento urbano – é uma divisão que determina o uso e a ocupação do solo, bem como
as atividades de urbanização de um município. Essas normas são estabelecidas pelo plano
diretor de cada cidade, a fim de definir os tipos de construção permitidos em zonas especí-
ficas — residencial, industrial, comercial, de serviços etc.
Referências
ABNT. ABNT NB 502: avaliação de imóveis urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 1989.
ABNT. ABNT NBR 8799: avaliação de imóveis rurais - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1985.
ALVARENGA, D. Veja comparativo das taxas de juros de financiamento imobiliário. G1, 12 dez.
2019. Disponível em: <https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/12/12/veja-comparativo-
das-taxas-de-juros-de-financiamento-imobiliario.ghtml>. Acesso em: 13 abr. 2020.
Banco Central do Brasil. Resolução nº 4.676, de 31 de julho de 2018. Dispõe sobre os integrantes
do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), do Sistema Financeiro da Habitação (SFH)
e do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI)... Diário Oficial da União: 2 ago. 2018.
BRANDELLI, L. Teoria Geral do Direito Notarial. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
BRASIL. Portaria nº 7.687, de 1º de agosto de 2018. Diário Oficial da União: 2 ago. 2018.
BRASIL. Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452. Diário Oficial da União: 14 jul. 2017a.
BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Diário Oficial da União: 17 mar. 2015.
BRASIL. Lei nº 12.514, de 28 de outubro de 2011. Dá nova redação ao art. 4º da Lei nº 6.932, de 7
de julho de 1981, que dispõe sobre as atividades do médico-residente; e trata das contribuições
devidas aos conselhos profissionais em geral. Diário Oficial da União: 31 out. 2011a.
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Técnico em
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Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
BRASIL. Lei nº 12.441, de 11 de julho de 2011. Altera a Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), para
permitir a constituição de empresa individual de responsabilidade limitada. Diário Oficial da União: 12 julho 2011b.
BRASIL. COFECI. Ato Normativo nº 001, de 2011. Normatiza a inscrição no CNAI – Cadastro
Nacional de Avaliadores Imobiliários e seus consectários. Diário Oficial da União: 2011c.
BRASIL. Lei nº 11.441, de 4 de janeiro de 2007. Altera dispositivos da Lei no 5.869, de 11 de janeiro
de 1973 – Código de Processo Civil, possibilitando a realização de inventário, partilha, separação
consensual e divórcio consensual por via administrativa. Diário Oficial da União: 5 jan. 2007a.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União: 11 jan. 2002.
BRASIL. Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998. Dispõe sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos
e valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho de
Controle de Atividades Financeiras - COAF, e dá outras providências. Diário Oficial da União: 4 março 1998.
BRASIL. Lei nº 9.514, de 20 de novembro de 1997. Dispõe sobre o Sistema de Financiamento Imobiliário,
institui a alienação fiduciária de coisa imóvel e dá outras providências. Diário Oficial da União: 21 nov. 1997.
BRASIL. Lei nº 8.245, de 18 de outubro de 1991. Dispõe sobre as locações dos imóveis
urbanos e os procedimentos a elas pertinentes. Diário Oficial da União: 21 out. 1991.
154
BRASIL. Decreto nº 81.871, de 29 de junho de 1978. Regulamenta a Lei nº 6.530, de 12 de maio de
1978, que dá nova regulamentação à profissão de Corretor de Imóveis, disciplina o funcionamento
de seus órgãos de fiscalização e dá outras providências. Diário Oficial da União: 30 jun. 1978b.
BRASIL. Lei nº 4.380, de 21 de agosto de 1964. Institui a correção monetária nos contratos
imobiliários de interesse social. Diário Oficial da União: 30 set. 1964a.
CARVALHO, F. C. et al. Economia monetária e financeira: teoria e prática. Rio de Janeiro: Campus, 2007.
GONÇALVES, C. R. Direito Civil Brasileiro. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
GONÇALVES, C. R. Direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. v. 4.
GONZAGA, R. P. C.; GOMES, G. C. G. Legislação Profissional do Corretor Imobiliário. Minas Gerais: IFN, 2015.
TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. São Paulo: Gen, 2019. v. único.
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Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
Gabarito
Aula 1
1. RESPOSTA: a afirmação é FALSA. — Comentário: somente necessitam de regulamentação as profissões que puderem causar,
pelo seu exercício, um risco à coletividade.
2. RESPOSTA: a afirmação é VERDADEIRA. — Comentário: de fato, um dos argumentos utilizados para declaração de incons-
titucionalidade da Lei nº 4.116/1962 é que a lei não disciplinava os requisitos de capacidade técnica para exercê-la.
3. RESPOSTA: a afirmação é FALSA. — Comentário: não foi um processo fácil. Para que a profissão de corretor de imóveis
fosse regulamentada, foram muitos anos de luta pela sua valorização e reconhecimento.
Aula 2
1. RESPOSTA: a afirmação é FALSA. — Comentário: para que o corretor exerça a função de avaliador de imóveis devidamente
inscrito no Cadastro Nacional de Avaliadores de Imóveis (CNAI), é necessário que, além de possuir o título de Técnico em
Transações Imobiliárias, ele possua o certificado de conclusão do curso de Avaliação de Imóveis.
2. RESPOSTA: a afirmação é FALSA. — Comentário: o corretor pode associar-se a uma ou mais imobiliárias, mantendo sua
autonomia profissional, mediante contrato de associação específico.
3. RESPOSTA: a afirmação é VERDADEIRA. — Comentário: conforme previsto na Lei nº 6.530/1978, em seu Art. 16, parágrafo
1º, o valor cobrado pela anuidade está relacionado ao valor do capital social.
Aula 3
1. RESPOSTA: C — Comentário: expedir carteiras profissionais e certificados de inscrição, conforme dispõe o Art. 17 da Lei nº
6.530/1978.
2. RESPOSTA: D — Comentário: os sindicatos representam os interesses das categorias profissionais, tanto que participam da
elaboração de Acordos e Convenções Coletivas de Trabalho, e podem ser constituídos para representar os interesses de
empregados e empregadores.
3. RESPOSTA: C — Comentário: a finalidade de se instituir uma associação é unir pessoas que possuem interesses comuns e
não têm finalidade lucrativa.
4. RESPOSTA: D — Comentário: os Conselhos Profissionais são autarquias federais e, por isso, possuem privilégios conferidos
pela administração pública, como a possibilidade de arrecadar, de forma obrigatória, contribuições dos seus filiados, chamadas
de anuidades e de cobrá-las via execução fiscal.
5. RESPOSTA: a afirmação é FALSA. — Comentário: o Art. 8º da Constituição Federal prevê que ninguém será obrigado a
filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato, e as regras estabelecidas nos acordos e convenções coletivas de trabalho possuem
natureza de norma, portanto são obrigatórias para a categoria, independentemente de filiação.
Aula 4
1. RESPOSTA: D — Comentário: todos os deveres dispostos nos itens I, II e III estão previstos no Art. 4º da Resolução-COFECI
nº 326/1992.
2. RESPOSTA: C — Comentário: o Art. 41 da Resolução-COFECI nº 146/82, menciona que “Se a infração constituir ilícito penal,
o Presidente do CRECI comunicará o fato à autoridade competente, para as providências que se fizerem necessárias”.
156
3. RESPOSTA: B — Comentário: o Art. 21, § 4º, da Lei nº 6.530/1978 prevê que “A pena de suspensão será anotada na carteira
profissional do Corretor de Imóveis ou responsável pela pessoa jurídica e se este não a apresentar para que seja consignada
a penalidade, o Conselho Nacional poderá convertê-la em cancelamento da inscrição”.
4. RESPOSTA: a afirmação é FALSA. — Comentário: o Art. 8º do Código de Ética do Corretor de Imóveis prevê que essa é uma
infração de natureza grave.
5. RESPOSTA: a afirmação é FALSA. — Comentário: o Art. 20, inciso V, da Lei nº 6.530/1978 prevê que é vedado ao corretor
anunciar imóvel loteado ou em condomínio sem mencionar o número de registro do loteamento ou da incorporação no
Registro de Imóveis.
Aula 5
1. RESPOSTA: A — Comentário: o Art. 3º, inciso I, da Lei Complementar nº 123/06 preceitua que será considerada Microempresa
a atividade empresarial, seja ela individual, seja sociedade empresária, que aufira renda bruta anual de até R$ 360.000,00.
2. RESPOSTA: C — Comentário: conforme dispõe o Art. 13, incisos I, III e VIII, da Lei Complementar nº 123/06.
3. RESPOSTA: a afirmação é VERDADEIRA — Comentário: o Art. 980-A do Código Civil dispõe que “a empresa individual de
responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integra-
lizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País”.
4. RESPOSTA: a afirmação é FALSA — Comentário: porque, a partir da Medida Provisória nº 881/19, tornou-se possível constituir
a sociedade limitada unipessoal.
Aula 6
1. RESPOSTA: A — Comentário: o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) engloba todos os financiamentos que não se encaixam
no SFH, ou seja, imóveis acima do valor de R$ 1.500.000,00, o que acaba por atender o comércio de imóveis de luxo e os
investidores.
2. RESPOSTA: a afirmação é VERDADEIRA — Comentário: pois é a previsão do Art. 50 da Lei de Parcelamento do Solo Urbano
(Lei nº 6.766/79), que prevê ser crime contra a administração pública.
3. RESPOSTA: C — Comentário: é o que dispõe o parágrafo 8º do Art. 2º da Lei de Parcelamento do Solo Urbano.
4. RESPOSTA: a afirmação é VERDADEIRA — Comentário: isso é o que dispõe o Art. 2º da Lei de Parcelamento do Solo Urbano
(Lei nº 6.766/1979).
5. RESPOSTA: a afirmação é VERDADEIRA — Comentário: isso é o que dispõe o Art. 32 da Lei de Incorporação Imobiliária
(Lei nº 4.591/1964).
Aula 7
1. RESPOSTA: E — Comentário: certidão de relação de proprietários com ônus reais. É o documento fornecido pelo Oficial de
Registro de Imóveis e pode ser de Ônus, Quinzenária/ Vintenária/ Trintenária e Negativa de Propriedade. A Certidão de Ônus
pode ser positiva, quando pesar sobre o imóvel algum tipo de ônus (hipoteca, penhora usufruto etc.), ou negativa, quando
não pesar nenhum tipo de ônus sobre o imóvel.
2. RESPOSTA: (A) / (C) / (F) / (E) / (B) / (D).
3. RESPOSTA: C — Comentário: o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis Inter Vivos (ITBI) é previsto na Constituição Federal
(BRASIL, 1988), em seu Art. 156, inciso II, sendo de competência dos municípios. Em termos de legislação ordinária, o ITBI é
de competência dos municípios, tendo legislação própria para cada um deles.
157
Técnico em
Transações
OPERAÇÕES
Imobiliárias IMOBILIÁRIAS
4. RESPOSTA: E — Comentário: a matrícula, o registro, a averbação, a partilha, os títulos judiciais e todos os atos relativos
aos bens imóveis que se processam sob formalidades no Cartório de Registro de Imóveis são atribuições dessa instituição.
Todas estão corretas.
5. RESPOSTA: A — Comentário: a Lei nº 6.015/73 determinou, em seu Art. 228, a abertura da matrícula para todo imóvel que
sofrer algum tipo de ato jurídico a ser registrado em cartório, porém ainda existem imóveis sem registro, sendo o contrato
chamado de gaveta o único documento que pode ser usado pelo atual proprietário.
Aula 8
1. RESPOSTA: D — Comentário: de acordo com a NBR 14653-1/2001, a engenharia de avaliações é defendida como o conjunto
de conhecimentos técnico-científicos especializados aplicados à avaliação de bens. A ABNT refere-se a bens como sendo
bens móveis e imóveis.
2. RESPOSTA: A — Comentário: o valor de mercado não pode servir de base de cálculo do ITBI ou outros impostos e comissões,
pelo fato de a base de cálculo do imposto ser o valor da compra, sendo esta ratificada pela transmissão do imóvel. O valor
venal do imóvel é aquele pelo qual ele será transacionado em uma situação de compra e venda no mercado.
3. RESPOSTA: C — Comentário: a NBR 14653-1, em seu item 9, diz: “a precisão será estabelecida quando for possível medir
o grau de certeza e o nível de erro tolerável numa avaliação. Depende da natureza do bem, do objetivo da avaliação, da
conjuntura de mercado, da abrangência alcançada na coleta de dados (quantidade, qualidade e natureza), da metodologia
e dos instrumentos utilizados”.
4. RESPOSTA: a afirmação é FALSA — Comentário: nessa NBR, quando se lê “Instituição de descrição da metodologia básica”,
significa que se deve especificar o método – ou métodos, dependendo do caso – e justificá-lo para dar validade à avaliação
em conformidade com as normas e leis, sendo recomendável que o engenheiro de avaliações esclareça o método avaliatório
e sua fundamentação ou justificativa.
5. RESPOSTA: a afirmação é VERDADEIRA — Comentário: na NBR 14653-1, o item 10, que trata da apresentação do laudo de
avaliação, diz que o laudo de avaliação deverá conter algumas informações, entre elas a identificação da pessoa física ou
jurídica e/ou seu representante legal que tenha solicitado o trabalho.
6. RESPOSTA: B — Comentário: na NBR 14653-1, item 8.2.1, o método comparativo direto de dados de mercado identifica o
valor de mercado do bem por meio de tratamento técnico dos atributos dos elementos comparáveis, constituintes da amostra.
7. RESPOSTA: a afirmação é VERDADEIRA — Comentário: método involutivo é aquele em que o avaliador formula um lotea-
mento hipotético na área urbanizada a avaliar.
8. RESPOSTA: C — Comentário: a avaliação mercadológica do imóvel se faz necessária no caso de processos judiciais, como
partilha de herança. A avaliação mercadológica em caso de ações revisionais pode ser solicitada, mas ela não faz parte do
índice oficial de reajuste de aluguéis.
9. RESPOSTA: D — Comentário: o corretor pode ser responsabilizado em caso de erro ou pode ser chamado para dar explica-
ções sobre um parecer mercadológico. O PTAM tem vida útil, por isso ele não tem validade indeterminada e sem o CNAI o
corretor não pode apresentar o PTAM. No caso, a questão D é a única correta.
10. RESPOSTA: a afirmação é VERDADEIRA — Comentário: o Art. 5º da referida resolução identifica os requisitos mínimos:
Art. 5º - O Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica, para determinação do valor de mercado, deve conter os seguintes
requisitos mínimos: I) identificação do solicitante; II) objetivo do parecer técnico; III) identificação e caracterização do imó-
vel; IV) indicação da metodologia utilizada; V) valor resultante e sua data de referência; VI) identificação, breve currículo e
assinatura do Corretor de Imóveis Avaliador.
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9 786 588 39 9019
Técnico em
Transações
Imobiliárias