RESOLUÇÃO N° 52, DE 6 DE SETEMBRO DE 2013, DO CONSELHO DE

ARQUITETURA E URBANISMO (CAU)

Stela de Jesus Moura1

Renan Pereira2

A presente resolução aprova o Código de Ética e Disciplina do Conselho de

Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), que define preceitos de conduta para
o exercício da profissão de arquiteto e urbanista alinhados a essas atribuições.
Discorre sobre princípios, regras e recomendações que devem ser igualmente
consideradas pelas sociedades de prestação de serviços com atuação na área da
Arquitetura e Urbanismo. Assim, as normativas agrupadas no Código de Ética e
Disciplina impõem elevados requisitos éticos aos arquitetos e urbanistas, os quais
se traduzem em deveres para com a sociedade e para com a comunidade
profissional, além de pautarem o dever geral de urbanidade. Essas aplicam-se a
todas as atividades profissionais e em todos os ramos de atividade no território
nacional.
O Código possui duas funções deontológicas. A primeira é a função
educativa preventiva, que tem como objetivo informar ao público sobre a dignidade
da Arquitetura e do Urbanismo. A segunda função, subordinada à primeira, é a
coercitiva, que adverte e reprime os erros processuais que possam ser praticados
por indivíduos sujeitos à ética e à disciplina da profissão.
Dessa maneira, as normativas nele prescritas, apesar de serem consideradas
como um todo coordenado e harmônico, estão organizadas em uma hierarquia de
subordinação relativa, em três classes respectivamente distintas, a saber: princípios,
regras e recomendações. Os princípios são as normas de maior alcance, cujo
caráter teórico abstrato refere agrupamentos de normas subordinadas. As regras,
que são provenientes dos princípios, devem ser seguidas de forma específica e
limitada às circunstâncias objetivas e concretas. A desobediência às regras será
apontada como infração ético disciplinar imputável. Por fim, as recomendações,
quando descumpridas, não implicam em cominação de sanção, porém, seu

1
Discente do 6° período de Arquitetura e Urbanismo.
2
Docente da disciplina Prática Profissional e Mercado de Trabalho.
acatamento ou não poderão fundamentar argumento atenuante ou agravante para a
aplicação das punições disciplinares.
Além disso, ele apresenta essas três classes para cada grupo das
obrigações, sendo elas: obrigações gerais, obrigações para com o interesse público,
obrigações para com o contratante, obrigações para com a profissão, obrigações
para com os colegas e obrigações para com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo
- CAU.