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Relatório Antropologia Teologica - Ética e Arquitetura

Ana Carolina Viana | 19323096

Isabela Adi | 19250497

Letícia Moreira | 19301183

Thiago Moreira | 19282920

Derivada do grego ethos, ética significa, "hábito", "comportamento", "modo de


ser". Esse é um conjunto de regras um preceitos de ordem valorativa e moral
de um indivíduo, que pode ser aplicada quando esta inserida em um grupo
social ou de uma sociedade. Seu objeto de estudo são as ações morais,
determinando o que é certo ou errado, o que deve ser mantido como um
processo moral legítimo e o que deve ser retirado desse processo, para a
melhor convivência entre as pessoas de uma determinada sociedade

Desde o final dos anos 50, os profissionais da arquitetura buscam um conselho


próprio. Arquitetos, designers de interiores, paisagistas e urbanistas sentiam a
necessidade de serem representados por uma instituição mais dinâmica e ágil,
voltada para as demandas específicas de sua profissão.

Após muita luta e engajamento, em 31 de dezembro de 2010 o CAU (Conselho


de Arquitetura e Urbanismo) foi criado pela Lei nº 12.378. regulamentando o
exercício da Arquitetura e Urbanismo no país, dando mais autonomia e
representatividade para a profissão no Brasil.

Oficialmente o código tem como função principal “orientar, disciplinar e fiscalizar”


o exercício da profissão, buscando o aperfeiçoamento constante dessa atividade
e defende os direitos de seus integrantes

Trata-se de documento basilar, fundamento efetivo e definidor da própria


regulamentação da profissão. As normas prescritas neste Código de Ética e
Disciplina, embora devam ser consideradas como um todo coordenado e
harmônico, estão estruturadas em uma hierarquia de subordinação relativa, em
3 (três) classes respectivamente distintas: princípios, regras e recomendações.
Os princípios são as normas de maior abrangência, cujo caráter teórico
abstrato referência agrupamentos de normas subordinadas. As regras, que são
derivadas dos princípios, devem ser seguidas de forma específica e restrita às
circunstâncias objetivas e concretas. A transgressão às regras será
considerada infração ético-disciplinar imputável. As recomendações, quando
descumpridas, não pressupõem cominação de sanção, todavia, sua
observância ou inobservância poderão fundamentar argumento atenuante ou
agravante para a aplicação das sanções disciplinares.

1. Obrigações Gerais

Segundo o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) o princípio das


obrigações gerias do arquiteto e urbanista são de deter os conhecimentos das
artes, ciências e das técnicas assim como das teorias e práticas conforme sua
formação, processo esse que deve ser desenvolvido com objetivo de capacitar
e habilitar esse profissional e ter as disciplinas ministradas por um docente que
detenha os conhecimentos específicos sobre o conteúdo e que tenha
executado atividades profissionais relacionadas a disciplina. O arquiteto e
urbanista também deve desenvolver seus conhecimentos, preservar sua
opinião e integridade profissional além de defender os direitos fundamentais
das pessoas humanas conforme a Constituição brasileira.

2. Obrigações para com o Público

Como consta no CAU, o arquiteto e urbanista deve defender o interesse


público contribuindo para a boa qualidade das cidades, das edificações e sua
inserção respeitando às paisagens naturais, rurais e urbanas. Também deve
garantir o direito à Arquitetura e Urbanismo, às políticas urbanas e ao
desenvolvimento urbano, à promoção da justiça e inclusão social nas cidades,
à moradia, à mobilidade, à paisagem, à memória arquitetônica e urbanística e à
identidade cultural.

3. Obrigações com o contratante


Este capítulo determina regras de preceito que o arquiteto deve agir para com
o contratante, onde tem seu princípio baseado em exercer suas atividades
profissionais de maneira competente, imparcial e sem preconceitos, com
habilidade, atenção e diligência, respeitando as leis, os contratos e as normas
técnicas reconhecidas. O arquiteto deve agir em conformidade com os
princípios éticos e morais, da honestidade, da imparcialidade, da lealdade, da
prudência, do respeito e da tolerância. Dentre as regras, deve, ao exercer seus
serviços, estar ciente das suas posses de habilidade e conhecimentos técnicos
e científicos, afirmando o compromisso com o contratante. Deve também,
reconhecer a autoria dos seus trabalhos e não assumir a autoria de trabalho
que não tenha realizado.

4. Obrigações para com a profissão

Tem seu princípio baseado em que o arquiteto e urbanista de considerar a pro-


fissão como uma contribuição para o desenvolvimento da sociedade. O
respeito e defesa da profissão devem ser compreendidos como relevante
promoção da justiça social e importante contribuição para a cultura da
humanidade. Deve sempre conduzir seus associados a realizarem os serviços
profissionais que conduzem em comum com o mesmo padrão padrão ético e
disciplinar da profissão. Enquantos arquitetos docentes, devem divulgar os
princípios do Código, entre os profissionais em formação, além de e denunciar
fato de seu conhecimento que transgrida a ética profissional e as obrigações do
CAU.

5. Obrigações para com os colegas

No quinto capítulo é explicado que é dever de um arquiteto e urbanista


considerar os seus colegas de trabalho como detentores dos mesmos direitos e
dignidade profissionais, é necessário então sempre agir com respeito. Além
disso o arquiteto e urbanista deve se manter coerente com sus obras e deve
construir sua reputação com base nos serviços que prestar.

Dentre as regras gerais de obrigações com os colegas, é um dever do arquiteto


e urbanista: repudiar qualquer pratica de plagio sendo integral ou parcial da
obra de algum outro arquiteto e urbanista, respeitar todo trabalho de colegas
como não aceitar propostas que outros arquitetos já tenham sido contratados,
não aceitar pedidos de avaliar criticamente outros arquitetos, ao ser contratado,
tomar ciência se outro colega já tenha sido contratado e rejeitar a proposta,
além de tomar ciência de todas as suas obras e assumir responsabilidade
sobre todas elas.

6. Obrigações para com o CAU

No sexto capitulo tomamos ciência sobre a responsabilidade do arquiteto e


urbanista com o CAU, é necessário que ele respeite o CAU como órgão de
regulamentação e fiscalização. Assim é necessário que ele também ajude no
seu aperfeiçoamento como tomar ciência de todas as suas normas e colocar
em pratica em seu trabalho e no trabalho de outros colegas.

Um exemplo de um arquiteto sem CAU seria o caso que aconteceu em 2017


quando uma arquiteta após assinar um RRT de uma obra ( termo de
responsabilidade de obra, quando existe um profissional devidamente
habilitado cuidando da obra) teve um acidente com uma criança de oito anos.
No acidente foi construído uma rampa de acesso que não constava no projeto,
após a criança entrar no canteiro de obra, a estrutura de concreto armado
cedeu e isso resultou na morte da criança. A arquiteta teve seu CAU
suspendido por um ano e teve que pagar uma indenização.

Referências bibliográficas

https://transparencia.caubr.gov.br/apresentacao/#:~:text=O%20CAU%20é%20a
%20autarquia,profissão%20de%20arquitetura%20e%20urbanismo”.

https://www.caubr.gov.br/caupr-suspende-registro-de-arquiteta-e-urbanista-por-
imprudencia-e-negligencia/

https://www.scielo.br/j/aval/a/XZVD7rMxKQvSrSyJrf5gCpJ/?
lang=pt&format=pdf
https://www.caubr.gov.br/wpcontent/uploads/2015/08/
Etica_CAUBR_06_2015_WEB.pdf

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