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1.

ÉTICA E PROFISSÃO
A ética profissional[1] corresponde a parte da ética aplicada (ética ecológica, ética familiar, ética
profissional...), debruçando-se sobre um conjunto de atividades humanamente engajadas e socialmente
produtivas. A ética aplicada, sem dúvida, surge de uma derivação da ética geral, ao que se dedicou toda
a primeira parte desta obra. Por sua vez, a ética profissional se destaca de dentro da ética aplicada como
um ramo específico relacionado aos mandamentos basilares das relações laborais. É como
especialização de conhecimentos aplicados que a ética profissional se vincula às ideias de utilidade,
prestatividade, lucratividade, categoria laboral, engajamento em modos de produção ou prestação de
serviços, exercício de atividades regularmente desenvolvidas de acordo com finalidades sociais...[2].
Então, o que define o estatuto ético de uma determinada profissão é a responsabilidade que dela decorre,
pois, quanto maior a sua importância, maior a responsabilidade que dela provém em face dos outros[3].
Então, a primeira preocupação nesse momento deve ser a de conceituar o que seja profissão, para que,
em seguida, se esteja habilitado a promover essa discussão na seara das profissões jurídicas. Dirigindo e
orientando a reflexão nesse sentido é que se percebem as dificuldades preliminares no tratamento da
temática; definir profissão já é por si só algo de grande complexidade. Profissão, então, deve ser
entendida como uma prática social produtiva, que envolve troca econômica, da qual extrai o homem os
meios para a sua subsistência, para sua qualificação e para seu aperfeiçoamento moral, técnico e
intelectual, e da qual decorre, pelo simples fato do seu exercício, um benefício geral[4]. É, sem dúvida
nenhuma, além de algo de relevo para o indivíduo, algo de relevo para a sociedade, na medida em que o
homem que professa uma atividade (professione, professio, lat.) não vive sozinho, mas engajado numa
teia de comprometimentos tal que uns dependem dos outros para que se perfaçam objetivos pessoais e
coletivos. O tema ainda suscita maiores divergências, sobretudo quando se trata de distinguir profissão
de ofício[5] e atividade[6].
Esse é o lado técnico da definição de profissão. Mas ela ainda pode ser conceituada a partir de uma
valoração moral. Nesse caso, ter-se-á em vista, sobretudo, o fato de que, representando um engajamento
social, a profissão deverá ser sempre exercida com vistas à proteção da dignidade humana[7]. A profissão
deve permitir a realização das vocações das competências aplicadas e das humanas.
Nesse sentido é que se tem dado grande importância ao fator social do trabalho. O trabalho é mais
uma das oportunidades de ação social, para o equilíbrio fino da relação entre virtude e vício. Impondo-se
acima do aspecto meramente técnico, tem-se procurado incutir a ideia de que a profissão também pode
representar uma atividade moral, na medida em que, por meio dela, se pode transformar o ambiente, a
conduta e as condições de vida das pessoas que dela dependem. E isso porque vivemos da interação com
a natureza, transformando-a para produzir as condições de nossa subsistência[8]. Isso justifica, por
exemplo, a formulação de princípios éticos em diversos setores profissionais, inclusive por parte dos
empresários que têm se esforçado em direcionar suas atividades para além do lucro, tornando-a um
importante foco de dispersão de preceitos éticos.
Essa análise deixa muito clara a importância do trabalho para a realização do indivíduo, a partir das
considerações de sua personalidade, de sua formação técnica e de suas necessidades vitais. Isso é tão
extremadamente importante para a realização da vida que: a) o dever da sociedade organizada é oferecer
oportunidades de trabalho a todos, para que encontrem a perspectiva de sua valorização e contribuição
para o grupo, por meio do que faz e do que sabe fazer (artistas, juristas, engenheiros, catadores de coco,
artesãos, agricultores, escritores, educadores, motoristas, mecânicos, pesquisadores, atendentes,
empresários, governantes etc.); b) pessoas inabilitadas ou impossibilitadas para o trabalho são atendidas
pelo suporte do amparo social, que o direito previdenciário procura amparar como dever constitucional
de solidariedade social; c) pessoas em desenvolvimento moral, psicológico, social e técnico devem ser
equipadas dos conhecimentos e condições para sua inserção no mundo do trabalho, considerando
especialmente as perspectivas e possibilidades de engajamento no mundo laboral, em diverso e amplo
leque de vocações e alternativas; d) pessoas que não se engajam no mercado de trabalho, formal ou
informal, por inúmeros motivos, ainda assim, procuram realizar atividades e atitudes produtivas, como
forma de autorrealização e de direcionamento produtivo das energias transformadoras do corpo humano,
direcionando a possibilidade de reconhecimento do outro pelo que faz, pelo que se mede sua capacidade
de inserção social.
Assim, o paradigma do “trabalho”, como categoria socioeconômica, que já ocupou demais a
centralidade da tradição do pensamento filosófico ocidental, não pode ser considerada apenas como
questão material e de subsistência, devendo também ser considerada pela perspectiva que importa à
análise da presente reflexão, ou seja, como perspectiva de autoafirmação da humanidade contida em nós,
em que pessoas em convívio social dependem umas das outras para a continuidade do processo de
garantia da vida e de níveis adequados de socialização. Assim, o trabalho sempre existiu como forma de
transformação da natureza e da própria sociedade, e sempre existirá como forma de realização da nossa
condição, oportunidade dada a cada um de nós para que possamos deixar nossa contribuição ao mundo,
ao convívio e à perpetuação da vida. O que há de “eu” em cada uma das formas de ação socialmente
produtiva não pode ser dividido e separado do que há de “nós” no resultado de todo o processo de
construção da vida em comum, o que apenas confirma a importância do trabalho decente, ético e capaz de
realizar a dignidade da pessoa humana.
2. PROFISSÃO E CÓDIGOS DE ÉTICA
Mas, a par do que se disse acerca da noção de profissão, ao se adentrar na temática da ética
profissional não se pode, de forma alguma, escusar a análise de enfrentar um problema crucial nessa
área, a saber, o problema da codificação das regras e dos princípios éticos a um conjunto de prescrições
de caráter puramente formal e jurídico, a que se costuma chamar códigos de ética[9].
Isso porque, na atualidade, a ética tem-se reduzido e simplificado de modo extremado a uma
tecnologia ética[10]. Talvez, na esperança de imediatizar o dever ético na consciência do profissional,
talvez, dentro de uma onda positivista, tenha-se partido para uma tentativa de tornar concretos os
princípios e deveres éticos, produzindo-se os códigos de ética ou códigos de dever, específicos para
cada profissão. Ora, a consequência direta desse tipo de raciocínio é: a) a transformação das prescrições
éticas em mandamentos legais; b) a reificação excessiva dos campos conceituais da ética; c) a
compartimentação da ética em tantas partes quantas profissões existentes[11]; d) a juridicização dos
mandamentos éticos.
Deve-se, no entanto, advertir que a ética profissional, na verdade, quando regulamentada, deixa de ter
seu conteúdo de espontaneidade, que é o que caracteriza a ética. A ética profissional passa a ser, desde
sua regulamentação, um conjunto de prescrições de conduta. Deixam, portanto, de ser normas puramente
éticas, para ser normas jurídicas de direito administrativo, das quais, pelo descumprimento de seus
mandamentos, decorrem sanções administrativas (advertência; suspensão; perda do cargo...)[12]. Nesse
contexto, as infrações éticas acabam se equiparando, ou sendo tratadas igualmente, às demais infrações
funcionais[13].
Sobretudo as influências da bioética e das regras científicas têm favorecido esse tipo de redução da
ética à tecnologia codificada. Assim, são inúmeros os fatores que encaminham os mandamentos éticos
para o mesmo sentido dos mandamentos jurídicos. Essa onda se torna cada vez mais perniciosa na
medida em que, cada vez mais, se passa a reduzir o pensamento ético e a prática ética a um conjunto
preceptístico de caráter formular e abstrato, sem liame com a práxis efetiva. Sob pena de uma profunda
perversão de valores e de um esvaziamento de uma das principais raízes humanas, a ética, deve-se
inverter essa tendência que afasta o homem da reflexão ética para fazê-lo um cumpridor de códigos de
conduta internos de empresas, categorias profissionais ou órgãos públicos[14].
Principalmente quando se está diante da ética profissional, há que se assinalar que a tecnologização e
a pragmatização da ética transformam os mandamentos éticos em cobranças institucionais (normas
sancionatórias e normas premiais). Isso significa, em outras palavras, que as normas éticas são
transformadas em normas jurídicas[15], deturpando-se as essenciais lições da ética que são: a livre-
consciência e a autodeterminação[16].
2.1. Utilidade dos códigos de ética profissional
É certo que a vulgarização de códigos de ética encontra motivos substanciais para seu surgimento. A
ética codificada vem a preencher uma necessidade de se transformar em algo claro e prescritivo,
minucioso, claro e explicativo, para efeitos de controle corporativo, institucional e social, o que navega
nas incertezas da ética filosófica; se o campo da moral é um campo em aberto para as diversas
consciências, faz-se mister que, quando do exercício profissional, o indivíduo esteja preparado para
assumir responsabilidades perante si, perante os companheiros de trabalho e perante a coletividade, que,
em seu foro íntimo e individual, poderia não querer assumir. Não poderiam as profissões ficar ao
alvedrio da livre-consciência dos profissionais agirem de acordo com suas regras éticas subjetivas.
Quer-se dizer que a liberdade absoluta de escolher esta ou aquela ética, de acordo com a qual agir e
orientar seus atos, não vale completamente para o âmbito profissional.
De fato, o profissional deve adaptar sua ética pessoal aos mandamentos mínimos que circundam o
comportamento da categoria à qual adentra. Por isso os códigos são úteis. Quando se utiliza da expressão
“mandamentos mínimos” quer-se dizer que a ética profissional é minimalista (em geral, só diz o que não
deve ou que não pode ser feito, enunciando-se por discursos proibitivos), uma vez que se expressa no
sentido de coibir condutas futuras e possíveis de determinada categoria profissional. Dessa forma, a
liberdade ética do profissional vai até onde esbarra nas exigências da corporação ou instituição que
controla seus atos. Mais ainda, a liberdade do profissional vai até onde seu comportamento fere as
exigências coletivas que giram em torno daquele exercício profissional; há, no exercício profissional,
uma exigência de responsabilidade para com o coletivo imanente[17].
É importante a existência dessas normas éticas, uma vez que garantem publicidade, oficialidade e
igualdade. Além de ser a todos acessível, e de ser declarada como pauta de conduta dos membros da
corporação, seu conteúdo, malgrado os problemas práticos de exegese e aplicação, oferece a
possibilidade de pré-ciência do conjunto de prescrições existentes para os profissionais, de modo que,
ao escolher e optar pela carreira, já se encontra ciente de quais são seus deveres éticos. Nesse sentido,
os códigos servem como uma bússola, mas não são toda a luz.
Se essa é a importância dos códigos de ética, deve-se destacar que a ética não se reduz a esse tipo de
preocupação. O uso dos códigos de ética como modo de incremento do controle sobre o comportamento
dos trabalhadores desvirtua a ideia de que a ética lida sobretudo com estímulos e não somente com
punições. Ademais, a ética filosófica está a indicar a abertura da vontade e da consciência humana para
além de preceitos normativos e jurídicos constantes de códigos de comportamento de determinadas
categorias profissionais.
2.2. Os deveres ético-profissionais
Ciência e consciência parecem ser as exigências gerais de todos os misteres ético-profissionais. De
fato, se se for analisar em abstrato o conjunto das codificações profissionais, e se se for adentrar à
análise de seus preceitos, verificar-se-á, em suma, que o que se prevê como exigência de regra de
conduta pode ser categorizado à conta de dois grandes mandamentos ético-profissionais: ciência e
consciência[18]. A primeira tem que ver com o preparo técnico e/ou intelectual do profissional; a segunda
tem que ver com seu compromisso para com os efeitos de seu exercício profissional.
Nesse sentido, o dever ético poderá ser definido como dever ético de saber e dever ético de ser.
O dever ético de saber tem que ver com o exato cumprimento de todas as exigências mínimas que
dizem respeito ao exercício de um determinado mister social. Assim, se essa profissão demanda
capacitação e habilidades técnicas e intelectuais, serão essas duas pré-requisitos para a admissão ao
exercício profissional e requisitos para a continuidade no exercício profissional. O dever ético, nesse
caso, extrai das necessidades da própria profissão a característica para sua constituição como dever;
trata-se de um dever de saber[19].
Existe também o dever de ser, como é o caso das profissões que pressupõem como exigências
profissionais a isenção de ânimo, a higidez e a irreprovabilidade de comportamento, a elevada
moralidade do profissional... Estas são, para o caso, por exemplo, da profissão exercida pelo
magistrado, condições profissionais e não puramente pessoais. No caso do juiz, sua postura ético-política
não poderá ser declarada e ativista; ao juiz é vedada a participação político-ideológica. É certo que,
como cidadão, possui o direito de se posicionar, mas isso não pode influenciar em sua função judicial,
nem a ela se associar. Não são estas exigências ou deveres relacionados ao saber do profissional
(capacitação técnica, intelectual, manual...), mas ligadas ao ser profissional. Assim, não bastam a
capacitação técnica ou intelectual, pois é mister a virtude do ser[20].
Por vezes, determinados exercícios profissionais ficam condicionados inclusive à prova de
virtuosismo, ou, ao menos, à prova da falta de elementos que desabonem a conduta do profissional[21].
Por vezes, o profissional, qualquer que seja o mister que exerce, se distinguirá exatamente por atributos
éticos diferenciados, de modo que isso passa a ser exigência mínima para o exercício desta ou daquela
função dentro de uma determinada profissão[22].
Percebe-se, pois, que a noção de dever profissional se liga diretamente à noção de virtude. Isso
porque a virtude (areté, gr.; virtus, lat.), etimologicamente, significa exatamente máximo aperfeiçoamento
de uma capacidade ou qualidade. Ora, no exercício profissional, o que se demanda do ser humano é uma
especial habilidade em lidar com misteres laborais e lucrativos que resultem em individuais, grupais,
coletivos e/ou sociais. Por isso, a ética do profissional corresponderá a sua máxima prestatividade e
excelência no exercício e desempenho desses misteres. São virtudes profissionais, a saber: 1. virtudes
indispensáveis: virtude da competência; virtude do sigilo; virtude da honestidade; virtude do zelo; 2.
virtudes complementares: virtude da orientação; virtude do coleguismo; virtude do classismo; virtude da
remuneração[23].
2.3. Ética e meio ambiente do trabalho
Por meio do trabalho, o homem cria e realiza o esforço de transformar. Empenho, inteligência,
capacidade, disciplina, organização, força, cooperação... todos esses elementos estão entranhados na
atividade do trabalho, não importa sua natureza e específica forma. Mas, para que essas virtudes se
exprimam, é de fundamental importância o ambiente em que a atividade é exercida. Se é fato que se passa
mais tempo dentro do ambiente de trabalho do que em família, em função das específicas condições de
trabalho, em sociedades modernas, é fato também que o zelo para com o ambiente de trabalho deve ser
um empenho de todos os que compartilham o seu espaço comum. Um ambiente de intrigas, perseguições,
desconfiança, medo, repressão, descontrole emocional, disputas injustificáveis, ganância excessiva,
arrogância e verbalização violenta... somente pode favorecer o definhamento das capacidades técnicas,
morais, intelectuais e sociais que se poderiam aprimorar pelo ambiente de trabalho. Isso, sabendo-se que
o tempo de trabalho absorve grande parte do tempo de vida e atenta contra a sanidade de qualquer
trabalhador que seja submetido a condições indignas em seu meio ambiente de trabalho. Afinal, a
Constituição Federal de 1988 ergueu em seu Pórtico, no artigo de abertura (art. 1º, III), a dignidade da
pessoa humana como fundamento da vida republicana.
É por essa razão que os contornos do convívio nesse ambiente são de tão preciosa importância para a
saúde do indivíduo e do grupo envolvido em responsabilidades profissionais comuns. Os profissionais
do Direito trabalham em escritórios de advocacia, empresas, corporações, instituições públicas,
ambientes universitários, delegacias, em sedes de órgãos públicos, em instituições de comunicações etc.
e comandam e são comandados. Por isso, o zelo com a produção de ambientes profissionais pacíficos,
democráticos, inclusivos, profissionais e corretos parece ser uma responsabilidade adicional ao
processo de convívio coletivo.
Se o meio ambiente é tão determinante para a vida em comum, o meio ambiente do trabalho, em
específico, tem a ver com a condição objetiva e subjetiva para o desempenho da atividade laboral. Não
por outro motivo, a Constituição Federal de 1988 trata do tema ao elencar entre os direitos do
trabalhador urbano e rural (art. 7º, XXII): “redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas
de saúde, higiene e segurança”. Relacionando o tema das condições objetivas e subjetivas da execução
das atividades inerentes ao trabalho, outro dispositivo constitucional, igualmente, relaciona o tema do
meio ambiente do trabalho à dimensão da saúde do trabalhador. Trata-se do art. 200, VIII, da CF 88:
“colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho”.
Tem-se assistido com recorrente atualidade à intensificação da produção de danos morais, psíquicos e
físicos aos trabalhadores em ambiente de trabalho. A jurisprudência reconhece o assédio moral na
relação de trabalho, e lida com questões sutis em torno do tema do dano moral nas relações de trabalho, e
isso porque as violações são de muitas naturezas no exercício das profissões. Por isso, a qualidade do
meio ambiente do trabalho não tem a ver apenas com a periculosidade ou com a insalubridade, mas
também com aspectos psicofísicos capazes de criar as condições adequadas para a vida sustentável em
ambiente profissional[24].
As normas do trabalho regem o conjunto dos direitos e dos deveres atinentes às atividades
profissionais mais variadas, mas se deve sopesar que, em meio à legislação, um misto de autoridade e
liberdade deve prosperar nas condições de exercício profissional. A autoridade que conduz a metas,
objetivos e disciplina o convívio diário; a liberdade que permite que os companheiros ou subordinados
se sintam capazes de realizar seus objetivos de vida, ao mesmo tempo em que realizam obrigações
profissionais e cuidam de realizar seus programas de atividades usuais. O ambiente permissivo se torna
infenso ao profissionalismo, e o ambiente repressivo se torna anticriativo. Num ambiente permissivo, as
faltas e os erros, os desvios e as atitudes antiéticas não são recriminadas, e num ambiente repressivo o
poder da autonomia dos profissionais envolvidos não é expresso, pois o medo domina a atmosfera de
trabalho, induzido por temor reverencial, por temor disciplinar, por temor econômico, ou por temor de
desonra pessoal. Assim, o meio-termo parece indicar o caminho para a administração do convívio,
conhecendo-se que as dificuldades do convívio humano são grandes e sérias, persistentes e difíceis de
serem administradas. Mas, por isso, não apenas um é responsável, mas todos aqueles que do ambiente
participam, podendo agregar algo de relevante para a solução de dinâmicas de interações humanas
tendentes à competição, à rapinagem, à perversidade ou à luta fratricida.

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