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AULA 3
Introdução
Neste tema da terceira Unidade Temático desta disciplina, convidamos ao caro estudante a prestar
atenção aos conteúdos que serão desenvolvidos durante a aula, iremos explorar os conceitos e
caracterização da deontologia e da Profissão, origem do conceito deontologia e a sua Relação com a
Profissão, Importância da ética Profissional, a Formalização Ética, infraestrutura e Códigos da ética.
A deontologia profissional é importante para a harmonia social, na medida em que é com base na
deontologia profissional que um bom atendimento ao paciente acontece.
A ética profissional tem como princípio a imparcialidade, a empatia, a compreensão, a benevolência, a
seriedade, o sigilo, o rigor, o zelo, a diplomacia entre outras virtudes éticas que ajudam o
paciente/cliente, a entidade empregadora, os colegas de trabalho e a sociedade em geral. A profissão é,
acima de tudo, um dever social. Portanto, o profissional deve ter consciência do impacto positivo ou
negativo que a sua actuação pode trazer para a sociedade no geral.
No final desta aula o estudante deverá ser capaz de:
Objectivos Específicos
Definir confidencialidade e privacidade;
Descrever a confidencialidade e a privacidade na actividade profissional;
Apresentar o papel do profissional na sua actuação;
A ética profissional tem como premissa o melhor relacionamento do profissional com os seus clientes
e com outros profissionais, levando em conta valores como a dignidade humana, auto-realização e
sociabilidade (Silva e Seroai, 1998: 78).
O profissional deve estar em contínua relação com o código de ética, que pode ser entendido como
uma relação de práticas de comportamento que se espera que sejam observadas no exercício da
profissão. O código de ética tem como objectivo habilitar o profissional a adoptar uma atitude pessoal,
de acordo com os princípios éticos. Tais princípios dizem respeito à responsabilidade perante a
sociedade e para com os deveres da profissão.
No código de ética profissional são detalhados os conceitos básicos relacionados com os direitos e
deveres dentro de uma profissão e que sejam cumpridos. Estabelecido o Código de Ética, cada
profissional deve subordinar-se sob pena de incorrer em transgressão, punível pelo órgão competente,
incumbido de fiscalizar o exercício profissional. Tal código assume um papel relevante na garantia da
qualidade dos serviços prestados, bem como na conduta profissional.
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Em condições normais a profissão tem um carácter benéfico para quem a exerce e ao mesmo tempo
está dirigida a outros, que também se verão beneficiados. Na essência, a profissão tem como finalidade
o bem comum e o interesse público (Kotler, 1997). Portanto, a actividade profissional deve ser
desenvolvida de maneira estável e honesta em interacção com outros, em conformidade com a própria
vocação e respeitando a dignidade da pessoa humana.
Todas as profissões têm como raiz o processo da divisão do trabalho. Entretanto, todo o trabalho deve
ser digno, merecer um profundo respeito e tem que ser retribuído de forma justa.
Com base na Declaração Universal dos Direitos Humanos, sob o auspício das Nações Unidas, podem
ser considerados os seguintes artigos (23 e 24) em torno da dignidade do trabalho:
Artigo 23.1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do seu trabalho, às condições
equitativas e satisfatórias de trabalho e à protecção contra o desemprego.
2. Toda a pessoa tem direito, sem discriminação alguma, a salário igual por igual trabalho.
3. Toda a pessoa que trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que assegure
a si como à sua família uma existência conforme a dignidade humana e que será completada, em
casos necessários, por qualquer outro meio de protecção social.
4. Todas as pessoas têm direito a fundar sindicatos e a sindicar-se para a defesa dos seus interesses.
Artigo 24. Toda pessoa tem direito ao descanso, ao desfrute dos tempos livre, a uma limitação
razoável da duração do trabalho e a férias periódicas pagas.
Os direitos humanos implicam uma ética porque sempre se relacionam de uma forma ou de outra com
os seres humanos: umas de formas indirectas, nomeadamente as actividades que têm a ver com
objectos como a construção de pontes e edifícios, a reparação de automóveis, de equipamentos, entre
outros. Outras, com exigências mais acentuadas porque têm como referência o homem. Assim,
algumas profissões relacionam-se directamente com os seres humanos, como é o caso de professores,
educadores, psicólogos, médicos, juristas, gestores, entre outros. Para estas profissões é mais evidentes
as implicações éticas da sua profissão, porque devem cuidar os seus semelhantes não como um
objecto, mas como pessoa (Kotler, 1997). Por isso, a liberdade, a consciência e a responsabilidade são
pressupostos básicos e necessários para a efectivação da consciência moral e da experiência ética. É
por isso que toda actividade profissional é revestida de uma dimensão ética. Portanto, o profissional
pode ser chamado a explicar-se e a justificar-se, abrindo a possibilidade de um julgamento por uma
instância exterior ao sujeito da acção, que pode ser uma instituição ou a própria comunidade. De facto,
toda a acção profissional é dirigida de alguém para alguém, tendo em vista o bem-estar da sociedade. E
é nesta característica da acção que existe uma relação intrínseca entre a responsabilidade pelas acções
praticadas e a ética, especialmente no campo profissional.
3. DEFINIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA DEONTOLOGIA E DA PROFISSÃO
Na presente secção vamos descrever algumas definições sobre a profissão. Uma profissão define-se,
entre outros aspectos, como uma prática constante de um ofício ou um exercício habitual de uma tarefa
ao serviço dos outros.
(Silva et al, 1998). Observemos como este autor caracteriza alguns aspectos que envolvem o exercício
profissional:
• A profissão tem, além de utilidade para o indivíduo, uma expressão social e moral;
• Em quase todas as profissões liberais existe um grande valor social. O que varia é a sua forma
de actuação e a natureza qualitativa dos serviços perante as necessidades humanas;
• A profissão traz benefícios recíprocos aquém a prática e aquém a recebe. Nesta relação
implica sempre uma conduta ligada aos princípios éticos específicos.
O Estado e a sociedade, com as suas instituições, grupos, classes e indivíduos, criam deveres éticos
específicos e definem a conduta relativa a cada um, o que não significa que as obrigações éticas se
confundem com as obrigações legais, impostas pelo poder do Estado ou do Direito. Por isso, a reflexão
sobre as acções realizadas no exercício de uma profissão devem iniciar bem antes da prática
profissional.
A fase da escolha profissional, ainda durante a adolescência, já deve ser permeada por esta reflexão. A
escolha de uma profissão é, por vezes, uma questão de opção. Mas ao escolhê-la, seja em que
circunstância for, o conjunto de deveres para com essa profissão passam a ser obrigatórios.
Geralmente, escolhe-se a carreira profissional sem conhecer o conjunto de deveres que estão presentes
(Kotler, 1997). Assim, em toda a fase de formação profissional, a aprendizagem das competências e
habilidades referentes a prática específica numa determinada área, deve incluir uma reflexão. Ao
completar a formação no nível superior a pessoa faz um juramento, que significa a sua adesão e
comprometimento com a categoria profissional onde formalmente ingressa. Isto caracteriza o aspecto
moral da chamada Ética Profissional. Esta adesão voluntária a um conjunto de regras estabelecidas
constitui a forma mais adequada para o exercício profissional.
A reflexão do exercício profissional que temos vindo a abordar deve comportar as seguintes questões:
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princípios e virtudes. Com as atitudes virtuosas podemos garantir o bem comum. Daí que a ética tem
sido o caminho justo, adequado para o benefício geral, ao voltar-se para a reflexão das normas que
possam guiar a nossa conduta para o bem comum. Por outro lado, a conduta profissional pode tornar-
se agressiva e inconveniente e esta é uma das fortes razões pelas quais os códigos de ética quase
sempre buscam maior abrangência, de modo a inibir tais comportamentos inadequados ao exercício da
profissão. Daí que a ética de cada profissão depende dos deveres ou da “deontologia ” que cada
profissional aplica aos casos concretos que se podem apresentar no âmbito pessoal ou social.
Na presente secção vamos definir o conceito de deontologia (ética profissional) bem como a sua
relação com a profissão. De acordo com Silva et al (1998), podemos definir Deontologia como sendo o
estudo do dever e das obrigações Mas antes de irmos ao pormenor desta definição, façamos uma
reflexão usando a via etimológica.
Etimologicamente, Deontologia é uma palavra de origem grega de Néon - o necessário, o
conveniente, o devido, o obrigatório; e lógia – estudo ou conhecimento. Portanto, a Deontologia é um
conjunto de comportamentos exigidos aos profissionais que muitas vezes não estão codificados numa
regulamentação jurídica.
Neste sentido, a deontologia é uma ética profissional de obrigações práticas, baseadas numa acção
livre da pessoa, no seu carácter moral, carente de uma legislação pública. Por outro lado, ela seria um
tribunal que julga a actuação do profissional no exercício das suas actividades.
A deontologia traduz o cumprimento dos deveres que se apresentam a cada um na posição que ocupa
na vida profissional, e que estão presentes como um compromisso na consciência moral, com respeito
à profissão. Entretanto, a ética profissional traduz um campo de estudo em relação directa com a
Filosofia, disciplina que historicamente lhe deu origem e alimenta a discussão sobre a Moral e os
fundamentos da acção humana; bem com o Direito, uma vez que é ele quem orienta a relação com a
normatividade das acções, transformadas em leis ou códigos, e dispõe sobre a distribuição da justiça
aos envolvidos em conflitos de toda ordem.
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• O Sigilo Profissional: o que se vem a conhecer do íntimo e pessoal no exercício da profissão faz
parte do segredo confiado e só se pode usar para melhor prestação de serviços e não para outros fins.
Exceptuam-se situações graves e urgentes, de perigo para o cliente, para si, para terceiros ou para o
bem comum. A título de exemplo, as informações prestadas durante uma consulta a um médico, a um
advogado ou a um psicólogo têm um carácter confidencial.
Podemos concluir que, sendo a ética inerente à vida humana, a sua importância é bastante evidenciada
na vida profissional. Cada profissional tem responsabilidades individuais e responsabilidades sociais,
pois envolvem pessoas que dela se beneficiam. A ética é ainda importante porque na acção humana o
fazer e o agir estão interligados. O fazer diz respeito à competência e à eficiência que todo profissional
deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir refere-se à conduta do profissional, isto é, ao
conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de sua profissão.
O CÓDIGO DA ÉTICA
AULA 4
INTRODUÇÃO
Depois de termos apresentado na secção anterior o conceito da Deontologia da ética profissional e sua
importância no relacionamento profissional para estabelecer princípios éticos. Entretanto na prática
profissional em seguida iremos reflectir sobre códigos da ética e virtudes profissionais.
No final desta aula o estudante será capaz de:
Objectivos específicos
Conhecer as principais virtudes profissionais e aplicar em contextos concretos;
Alistar os princípios éticos na actuação profissional.
Um código de ética profissional é um conjunto de princípios que encoraja ou proíbe certas condutas
profissionais. Os códigos de ética são prescrições normativas que justificam certos objectivos e
padrões de comportamento. Todas as profissões têm princípios éticos acerca do meio apropriado para
os profissionais se comportarem em relação ao público e a cada colega (Arruda at.al, 2000). Portanto,
o código constitui uma garantia de explicação dos preceitos éticos. Por isso, não se pode infringir um
código que não existe.
O código de ética adquire um mérito adicional quando +e precedido por discussões sérias que
promovam a compreensão e reforcem o compromisso relativamente a princípios acordados. Daí que
muitos códigos são denominados códigos de conduta, isto é, lidando com o que se deve fazer. Porém,
os códigos são derivações da mente humana e uma imposição ao colectivo. Eles partilham os
diferentes valores que os proponentes lhes atribuem. A necessidade de tais normas deriva de um
fracasso da boa vontade. Se todos gostassem do próximo como de si mesmos e se comportassem
segundo os princípios mais elevados, os códigos pouco seriam necessários.
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Na presente secção vamos falar acerca do que existe de comum nos códigos de conduta profissional
para psicólogos.
Os códigos de conduta profissionais para psicólogos têm muito em comum, qualquer que seja o país de
origem. A diferença mais notável é o grau relativo de abrangência. Notemos que a obra de Kultgen
(1988 apud Francis, 2004) apresenta uma análise das características comuns dos códigos. Os códigos
de ética apresentam as seguintes características comuns:
• Competência; objectividade; e honestidade relativa a qualificações;
• Lealdade para com o cliente, empregador ou instituição, evitamento de conflitos de interesses e de
suborno;
• Direitos territoriais de colegas; cooperação; atribuição de crédito adequado; competição justa;
• Supervisão de colegas; denúncias de conduta imprópria; prevenção de práticas não autorizadas;
• Protecção da honra e dignidade da profissão; divulgação dos seus méritos;
• Evitamento de danos a terceiros, ao público, ao ambiente;
• Alargamento do conhecimento; investigação; publicação
• Não exploração de clientes, estudantes, sujeitos de investigação e animais;
• Veracidade nas declarações públicas;
• Envolvimento em actividades comunitárias não relacionadas com a profissão;
• Desenvolvimento profissional contínuo;
• Disponibilização dos serviços àqueles que deles necessitam.
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i) Interesses do Consumidor: Todas as acções do Marketing Promocional devem ser honestas,
respeitando a integridade do consumidor, e devem ser vistas como tal. Nenhuma pessoa engajada na
promoção deve abusar da boa-fé do consumidor ou explorar as técnicas, meios e instrumentos
promocionais em seu detrimento.
j) Satisfação do Consumidor: Todas e quaisquer acções promocionais devem ser planificadas e
implementadas de tal maneira a evitar quaisquer frustrações dos consumidores.
k) Imparcialidade: Todo os planos e projectos promocionais que envolvem competições devem
prever total imparcialidade no julgamento, sem preconceitos de raça, credo ou religião, permitindo a
todos os participantes, indistintamente, equanimidade de participação.
l) Interesse Público: as promoções de vendas não podem conflituar com o interesse público, evitando-
se ser demasiadamente provocante, conter estímulo à violência ou comportamento anti-social, prejuízo
para a propriedade ou causar incómodo ou insulto a qualquer cidadão.
m) Veracidade: a apresentação da promoção deve ser clara, honesta, fácil de entender, contendo
sempre todos os dados principais de participação, aqueles a quem se destina.
n) Limitações: todo e qualquer facto que possa interferir na decisão de participar ou não de uma
promoção, deve ser claramente comunicado ao interessado, e de tal maneira que este possa avaliar
antes de se submeter a qualquer compra de bens, ideias ou serviços.
o) Dignidade: O que se defende aqui é que quando há um conflito entre a questão do tratamento da
pessoa como meio para um fim e o seu tratamento como um fim em si mesma, o último princípio deve
prevalecer. Muitas vezes vemos os clientes/pacientes individuais como um meio para assegurar o
nosso modo de vida profissional. Em posições em que interesses do cliente/pacientes estejam em
conflito com maiores lucros, devem tratar os interesses do cliente/pacientes como prevalecentes. Os
clientes/pacientes não existem para fornecer sustento, mas para serem ajudados. Este caso é um
exemplo primo da resolução de conflitos e de interesses. Um exemplo simultâneo de conduta
incorrecta e de comportamento não ético seria ridicularizar alguém que se tivesse acabado de fazer
uma confidência profissional. Por isso é necessário notar que a cortesia é parte essencial do tratamento
digno das pessoas.
p) Privacidade: a privacidade do consumidor deve ser protegida e as promoções devem ser
implementadas respeitando-se o direito dos consumidores a terem razoável privacidade, e evitando-se
que estes tenham quaisquer problemas ou aborrecimentos. O Promotor não pode fazer uso do nome,
endereço e imagem do consumidor na divulgação dos resultados das promoções, sem sua expressa
autorização, salvo nos casos em que claramente fique estabelecido que ao participar da promoção, ele
autoriza automaticamente o uso de seu nome e imagem. Promotores que usam listagens contendo
nomes de consumidores devem assegurar que estas listas sejam correctas, eliminando o nome do
consumidor que requisitar sua exclusão;
q) Perseverança: É uma qualidade difícil de encontrar, mas necessária, pois todo o trabalho está
sujeito a incompreensões, insucessos e fracassos que precisam ser superados, prosseguindo o
profissional em seu trabalho, sem entregar-se a decepções ou mágoas.
r) Prudência: Todo o trabalho, para ser executando, exige muita segurança. A prudência faz com que
o profissional analise situações complexas e difíceis com mais facilidade e de forma mais profunda e
minuciosa, o que contribui para a maior segurança, principalmente das decisões. A prudência é
indispensável principalmente nos casos de decisões sérias e graves, pois evita os julgamentos
apressados e as lutas ou discussões inúteis;
s) Sinceridade: a essência da sinceridade é que as coisas devem ser o que pretendem ser e não serem
escondidas. Este princípio deve ser honrado, mas não necessariamente em todo o particular, a atitude
“eu sei o que é melhor”, implica sérios perigos. O conselho é ser sincero e honesto, a menos que haja
uma razão muito forte para não o fazer. A sinceridade está ligada à privacidade, a que todos os códigos
fazem menção, precisamente porque toda a pessoa tem direito à privacidade pessoal, salvo em
circunstâncias especiais (por exemplo, quando o cliente solicita a divulgação ou quando imposto por
Lei);
t) Preços, Ofertas, Vantagens, Descontos: as ofertas, as condições de vantagens e descontos, assim
como as condições de preço e pagamento devem assegurar informações suficientemente claras,
correctas, precisas, sem sugerir dubiedade de interpretações pelos consumidores, e obedecendo-se
rigidamente à legislação do País.
Os deveres de uma profissão são obrigatórios. Devem ser levadas em conta as qualidades pessoais que
também concorrem para o enriquecimento de sua actuação profissional, algumas delas facilitando o
exercício da profissão. Muitas dessas qualidades poderão ser adquiridas com esforço e boa vontade,
aumentando neste caso o mérito do profissional que, no decorrer da sua actividade profissional,
consegue incorporá-las à sua personalidade, procurando vivenciá-las ao lado dos deveres profissionais.
O profissional não deve sequer em momento algum confirmar uma informação que já é de domínio
público. As instituições têm a obrigação de manter um sistema seguro de protecção aos documentos
que contenham registos com informações de seus clientes. As normas e rotinas de restrição de acesso
aos processos de utilização de senhas de segurança em sistemas informatizados devem ser
continuamente aprimoradas.
Os profissionais, assim como todos os demais funcionários administrativos (secretárias de unidade,
funcionários do sector de arquivo de processos, de sectores de internamento, da área de facturação e de
contas dos clientes, entre outros) que entram em contacto com as informações, têm o mesmo
comprometimento, ou seja, apenas autorização para o acesso às mesmas em função de sua necessidade
profissional, mas não o direito de usá-las livremente (Costa et al., 1998).
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qualidade. Nem sempre é possível acumular todo conhecimento exigido por determinadas tarefas, mas
é necessário que se tenha postura ética de recusar serviços quando não se tem a devida capacitação
para executá-los.
A compreensão é uma qualidade que ajuda muito o profissional, porque é bem aceite pelos que dele
dependem, em termos de trabalho, facilitando a aproximação e o diálogo, tão importante no
relacionamento profissional. (SÁ. 2005). É bom não confundir compreensão com fraqueza, para que o
profissional não se deixe levar por opiniões ou atitudes, nem sempre válidas para eficiência do seu
trabalho, para que não se percam os verdadeiros objectivos a serem alcançados pela profissão.
No exercício da sua função, o profissional deve reconhecer e aceitar as diferenças entre pessoas sem
qualquer discriminação baseada no sexo, idade, nacionalidade, raça e etnia, situação socioeconómica,
educação, condição de saúde, opções política, moral, estado civil ou orientação sexual, tendo como
alicerce as suas actividades profissionais no respeito absoluto pela dignidade e pelos direitos da pessoa
humana. Isto é, o profissional deve agir com imparcialidade, uma qualidade tão importante e que
assume as características do dever, pois destina-se a se contrapor aos preconceitos, a reagir contra os
mitos e a defender os verdadeiros valores sociais e éticos, assumindo uma posição justa nas situações
que terá que enfrentar. (Velasquez, 1998).
Para ser justo é preciso ser imparcial. Logo a justiça depende muito da imparcialidade. A essência dos
valores éticos envolve a equidade das relações. O poder detido pelos profissionais é marcado pela
necessidade de fazer da cortesia e da dignidade em relação aos clientes, parte essencial do trabalho
profissional. Por exemplo: um consultor profissional deve tratar os clientes com consideração porque
se não o fizer prejudicaria o cliente, e prejudica igualmente a reputação do profissional e da profissão.
Portanto, não pode existir uma situação em que de um lado, tem todos os direitos e o outro lado, todos
os deveres.
Quando o profissional utiliza dados confidenciais em publicações, aprendizagem, mantém o anonimato
dos seus pacientes, camuflando as informações pessoais. Portanto, há necessidade de garantir a reserva
dos registos e arquivos com informações confidenciais sobre os seus pacientes (Velasquez, 1998).
No trabalho com grupos ou famílias, o profissional deve apresentar o sigilo como responsabilidade de
todos os participantes.
Quando as circunstâncias profissionais o exigem, o profissional deve procurar conhecimentos,
conselho e treino com profissionais ou grupos específicos. O profissional não deve esquecer que, para
manter o mais alto nível de desempenho profissional, precisa investir de forma contínua no seu
desenvolvimento, como pessoa e profissional. Isto é, deve ser sensível aos valores da comunidade em
que está inserido, e conduzir o seu comportamento pessoal com grande prudência para que não tenha
consequências negativas no desempenho profissional e na credibilidade dos colegas e da sua profissão.
O profissional deve procurar manter com os colegas e demais profissionais relações caracterizadas
pelo respeito, confiança, lealdade e colaboração. A solidariedade profissional constitui um
compromisso essencial para a actividade profissional. Em quaisquer relações com outros profissionais
trabalha-se exclusivamente na esfera da sua competência, reconhecendo as áreas específicas e
independentes das outras profissões. Mesmo quando não existem relações formais com profissionais
de outras áreas, o profissional tudo deve fazer para que sejam assegurados outros serviços profissionais
de que os seus pacientes necessitem.
SUMÁRIO
Ética profissional habilita o profissional a adoptar uma atitude pessoal, de acordo com os princípios
éticos, através do código de ética que regula os direitos e deveres de cada profissão, na medida em que
a profissão deve ter em conta o bem comum e o interesse público porque sempre se relacionam de uma
forma ou de outra com os seres humanos tendo em conta a liberdade, a consciência e responsabilidade.
A Ética Profissional estuda e regula o relacionamento do profissional visando a dignidade humana e a
construção do bem-estar no contexto sociocultural em que se insere.
Códigos Formais
• Leis:
• Estatutos;
• Regulamentos formais.
O código encoraja ou proíbe certas condutas profissionais. O código é uma garantia de explicação dos
preceitos éticos. Por isso, não se pode infringir um código que não existe.
A formalização ética consiste em colocar explicitamente por escrito os valores, os princípios e as
prescrições de uma organização.
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