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A Ética, provém da palavra Ethos “Grego”, que significa carácter ou costume e ela
estuda aquilo que é considerado correcto ou incorrecto, adequado ou inadequado ou
seja o saber como devemos viver dentro duma sociedade.
Emmanuel Kant, também deu o seu contributo para a área de deontologia. Para este o
agir por dever é a maneira de dar acção o seu valor moral; e por sua vez a perfeição
moral só pode ser atingida por uma livre vontade.
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declarações universais e esforçam-se por traduzir o sentimento ético expresso nestas,
adaptando-o às particularidades de cada profissão e de cada país. As regras
deontológicas são adoptadas por organizações profissionais, que assumem a função
de “legisladora” das normas e garante da sua aplicação. Os códigos de ética são
dificilmente separáveis da deontologia profissional, pelo que é frequente os termos
ética e deontologia serem utilizados como sinónimos, tendo apenas origem
etimológica distinta.
Ética Profissional
A ética profissional pode ser entendida como as praticas que determinam a adequação
no exercício de qualquer profissão. É o conjunto de normas éticas que formam a
consciência do profissional e representam imperativos de sua conduta.
O profissional ético é aquele que cumpre com todas as actividades de sua profissão,
seguindo os princípios determinados pela sociedade e pelo seu grupo de trabalho.
Através da ética se dão as relações interpessoais no trabalho, visando o respeito e o
bem-estar no ambiente profissional.
Princípios da Ética
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lealdade a empresa/instituição ou organização; formação de uma consciência
profissional; Segredo profissional; prestação de contas ao chefe hierárquico; e
observação das normas administrativas da empresa/instituição.
Importância da Ética
A ética não é uma opção, é necessária, e ninguém pode viver sem normas éticas;
Segredo Profissional
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contrapartida de confiança das organizações, dos superiores hierárquicos e de outras
pessoas. A regra é absoluta confidencialidade dos factos que lhe seja confiado directa
ou indirectamente no exercício das suas funções.
Princípios deontológicos
“Permanecendo o que somos não nos podemos tornar aquilo que pretendemos ser”.
“Jamais na história da humanidade foi tão testado e foi posta a prova em plena era de
globalização, informação só terá espaço todo aquele que souber exactamente o que
deseja alcançar e usar toda a sua força e inteligência para abrir novos caminhos e
chegar onde deseja.
Assim, concluímos que o profissional nesse novo século precisará inovar sempre,
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acreditar no seu potencial, fortalecer os seus pontos fracos e usar como mestria as
suas habilidades natas.
É sempre bom lembrar que para ser bem sucedido em qualquer profissão, é necessário
que a pessoa: comunique com a eficiência; saiba lidar com conflitos internos e
externos; tenha metas definidas; aprenda algo novo todos os dias; pratique o marketing
pessoal com eficiência e saiba relacionar-se com os outros.
É necessário ter uma visão global de tudo que acontece em seu redor bem como estar
todo tempo actualizado com o que acontece com a profissão ou seu ramo de negócio.
Os bons profissionais estão a ficar fora do mercado de trabalho, isto porque quem
deseja manter se actualizado na carreira procura sempre a excelência.
E para ser excelente naquilo que se propõe a fazer, o profissional moderno precisa:
Fazer mais por pouco tempo e menos recursos; trabalhar acima da média das
outras pessoas; saber se lidar com os conflitos internos e externos; aprender
algo novo todos os dias; entender as variações da sua área de actuação;
participar em seminários e works shops; manter a sua rede de relacionamento
sempre activa; desenvolver uma espiritualidade forte; acreditar sempre no seu
poder de acção.
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Como sabemos a excelência só se torna hábito quando não nos acomodamos na
nossa profissão, quando estamos sempre a procura da nossa melhoria contínua e
quando não aceitamos a mediocridade.
Portanto, é necessário ser melhor a cada novo dia, a cada nova semana, a cada novo
mês e a cada novo ano.
Princípios éticos
Jamais na história da humanidade o ser humano tão posto a prova, e ao que refere a
carreira profissional a pressão está aumentar a cada dia. Então para manter o seu
emprego é necessário desenvolver novas habilidades para a sua carreira ou para que
esteja sempre actualizado com o que se refere a sua profissão:
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actividades realizadas na empresa ou instituição;
No mundo competitivo que estamos a viver, conseguira ter mais sucesso aquele que
saber administrar mais a carreira profissional e principalmente não perecer diante dos
obstáculos. O primeiro importante ponto a esclarecer, é que o profissional que alcança
sucesso é aquele que procura sempre desempenhar melhor as suas funções a cada dia,
para isso faz-se alusão de alguns mandamentos importantes, dentre eles:
Mandamento da Motivação: quando se sentir motivado essa é a melhor hora para fazer
uma auto análise do que vem desenvolvendo na sua carreira, com certeza poderá
modificar algumas atitudes para seguir com mais ânimo a sua trajectória profissional;
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consegue melhores resultados.
Mandamento de perseverança: Diante dos obstáculos, o ser humano tem uma grande
desculpa para desistir, mas aí que mora o perigo das pessoas que alcançaram o tão
desejado sucesso profissional. Então siga firme apesar dos atropelos do dia à dia, pode
muito mais do que já conseguiu hoje. E nunca desista!
Mandamento da fé: esse talvez seja o mais importante, porque a fé é que move
montanhas, ou seja sem fé nenhum trabalho, por mais belo que seja tem sentido. Por
isso amigo (a) seja humilde e suficiente para manter a sua verdadeira fé viva, ela com
certeza lhe ajudará em todos os momentos, principalmente nos mais difíceis.
Esses mandamentos seguidos diariamente ajudarão a ser mais motivado, mais ousado,
mais determinado nas suas acções. Lembre-se sempre que, com uma convivência
pacífica, com perseverança, organização e fé, os resultados positivos acontecerão
naturalmente. Siga firme, pois o mundo só aplaude de pé aquelas pessoas que não
desistem diante de uma derrota temporária e segue em frente com uma coragem fora
do comum.
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Ética nas profissões jurídicas
Saber ser um bom profissional não é de modo algum tarefa fácil. Pode-se dizer que é
uma tarefa que exige um esforço contínuo e empenho constante. É um caminho longo
mais necessário se requeremos ser bem-sucedidos na nossa carreira e reconhecido
pelo trabalho que desempenhamos.
Bem-disposto: saiba sorrir e ser amável para com todas as pessoas que o rodeiam,
quer trabalhem consigo directamente ou não. A boa disposição é importante para
garantir um bom ambiente de trabalho. Entre no seu escritório sempre com um sorriso
nos lábios.
Criativo: ter sempre uma ideia na manga pronta a ser usada e mostrar que você é uma
pessoa atenta e com soluções para os problemas que vem surgindo. Tem que ter a
ideia certa, no momento certo, para não correr o risco de surgir com ideias
ultrapassadas.
Dinâmico: ninguém gosta de ter alguém na sua empresa parado (estático) que precisa
de pedir licença de uma mão para mexer a outra. Dinamismo é o sinónimo de
produtividade.
Eficiente: quem não gosta de ter trabalho feito dentro do prazo/limites estabelecidos.
Tenha sempre o trabalho pronto a tempo e hora e bem feito, verá como o seu chefe
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ficará satisfeito consigo.
Feliz: um trabalhador feliz é aquele que veste a camisola da empresa para que o
trabalho em cada desafio com um sorriso nos lábios e sente no seu local de trabalho
como uma segunda casa.
Gentil: saber ser amável e gentil para as pessoas que o rodeiam, esta é uma
característica que será seguramente bastante apreciada; com ou não; seja de atropelos,
saiba ter sempre uma palavra mágica para com os seus colegas.
Honesto: não roube as ideias dos seus colegas; tenha suas próprias ideias e saiba dar
mão a palmatória quando seu colega tem ideias pertinentes e interessantes, por outro
lado não alinhe em jogos sujos ou de lançar boatos para denigrir os colegas, acredite
não há pior política a adoptar que esta.
Inteligente: tente ser inteligente ao tomar decisões. Saiba tomar a decisão mais
acertada quando os problemas apertam e tenha jogo de cintura para contornar as
situações difíceis.
Justo: elogie sempre que se concretize um bom trabalho, mais saiba também ser
crítico quando for preciso.
Lutador: tenha sempre em vista um objectivo bem preciso e lute até conseguir
concretizar. E sempre que concretizar, primeiro lute pelo melhor trabalho e para ser um
trabalhador mais eficiente.
Meticuloso: nunca deixe que um pormenor qualquer falhe no seu trabalho. Veja e reveja
tudo que lhe pedirem para fazer de modo que nada falhe.
Notável: tente sempre fazer um bocadinho mais do que lhe pedem. Notabilize-se dentro
da sua equipe de trabalho pelo seu constante bom desempenho.
Organizado: arranje um método de trabalho rentável e que lhe ajude a alcançar bons
objectivos. Tenha sempre a sua secretaria organizada, o seu ficheiro, o seu computador
limpo e o seu dossier a disposição.
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Pervicaz: tente ter o seu sexto sentido sempre em alerta para melhores resultados.
Sempre que lhe cheirar um bom negócio ou oportunidade avance.
Querido: seja um bom colega e saiba deixar nas pessoas que trabalha com eles a
melhor imagem possível.
Responsável: esta é uma qualidade imprescindível para quem quer ser distinguido
como bom profissional. Não dispor dos seus compromissos, tenha a sua agenda
sempre organizada, saiba fazer um bom trabalho dentro dos prazos que lhe são dados,
seja sempre íntegro.
Sensato: tenha os pés bem assentes na terra e não se deixe levar ou por projectos
demasiados audacioso. Tenha a sensatez de nunca dar o passo maior que a perna,
tendo sempre a noção do que consegue realmente fazer. É preferível fazer coisas
pequenas bem feitas do que querer fazer demais e depois não conseguir.
Utópico: ser utópico não é necessariamente uma coisa má. Significa apenas que sonha
em conseguir concretizar cada vez mais e dar tudo por tudo pela sua empresa.
Visionário: seja uma pessoa de visão e esteja sempre atenta para novas oportunidades
ou desafios. Saiba ver o que pode trazer melhores resultados para sua empresa. Tente
ver boas oportunidades naquelas pequenas coisas que os outros negligenciam.
Ex – Men: não querer ser mais do que consegue e não se pense em super herói.
Zeloso: seja cuidadoso com tudo que envolve o seu trabalho, de modo a que nunca seja
apanhado no meio de pormenor que possa prejudicar seriamente o seu trabalho.
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Ética do Magistrado Judicial
Magistrado judicial é o conjunto de juízes dos tribunais judiciais que formam um corpo
único e regem-se por um só estatuto, e nesse estatuto se encontram uma série de
deveres e direitos dos magistrados judiciais que fazem parte integrante da lei
processual.
A magistratura também tem uma ética, ela é mais que uma profissão. A ética do
magistrado é mais que uma ética profissional.
A sociedade exige dos magistrados uma conduta exemplarmente ética, atitudes que
podem ser compreendidas, perdoadas ou minimizadas, quando são assumidas pelo
cidadão comum, essas atitudes são absolutamente inaceitáveis quando partem de um
magistrado. Pois o juiz é um espelho social onde o jurisdicionado se mira e encontra
justificativas para agir de tal e qual forma, isto porque, no seu modo de ver crítico é
permitido concluir que “se o juiz assim age, mas do que nunca, eu que sou um simples
cidadão posso fazê-lo”.
A actividade do julgador exige que ele tenha total imparcialidade ao julgar uma acção, o
que significa que ele não pode julgar de acordo com os seus sentimentos ou com as
diferenças das partes, mas sim julgar de acordo com o que a legislação impõe.
Portanto, não poderá o juiz julgar de acordo com as suas simpatias ou antipatias; deve-
se colher provas no decurso do processo, e ao final, julgar de acordo com aquilo que as
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provas indicam, e de acordo com a legislação, devendo ser racional e não emocional.
O juiz através de suas decisões, tem o papel de dizer o direito, criando assim uma
figura de grande importância social. E é através dessa grande importância que o juiz
deve ter uma grande responsabilidade ética, pois os conflitos da sociedade estão
depositados sobre sua função, pois a sociedade acredita e confia na figura do juiz.
Deveres do juiz de
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estabelecer acerca do ingresso na carreira mediante concurso de provas e títulos, apos
nomeação para o exercício da função pública; a ascensão da carreira pelos critérios de
periodicidade trianual, os magistrados não podem residir fora da sede da área onde se
situa o tribunal em que exerce funções, salvo em casos devidamente justificados e
fundamentados, mediante autorização previa do Conselho Superior da Magistratura
Judicial; a dedicação exclusiva à profissão; a imparcialidade e igualdade de atenção no
exame das causas; a abstenção política; a fundamentação das decisões; a vedação de
recebimento de contribuições pecuniárias de pessoas físicas ou jurídicas; em razão da
função e a vedação de advogar no juízo ou tribunal salvo em causa própria.
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se ausentar injustificadamente antes de seu término;
1. Da independência do juiz
Para que o juiz possa exercer bem a sua função, vê-se impossibilitado por foça da lei
em realizar certos actos. Isso decorre da sua indispensável independência funcional. E
implica, para tanto a independência ética, bem como a financeira, factor extremamente
necessário, pois: o magistrado precisa de independência económica.
2. Do princípio da Imparcialidade
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actividade processual desinteressadamente e imparcialmente. Ele não está no
processo em nome próprio, mas sim na condição de órgão do Estado, que não se
coloca em pé de igualdade com as partes, nem actua em defesa de interesses próprios,
e sim em benefício geral.
O magistrado imparcial é aquele que busca nas provas constantes nos autos, a verdade
dos factos com objectividade e fundamento, mantendo ao longo de todo o processo,
uma distância equivalente das partes, e para obter isonomia tratando os desiguais na
medida de suas desigualdades, evitando assim, todo tipo de comportamento que possa
reflectir favoritismo, predisposição ou preconceito.
As decisões dos juízes devem ser compreendidas pelas partes e pela colectividade.
Deve o juiz fugir do vício de utilizar uma linguagem ininteligível. Os juízes devem assim,
evitar ao máximo o excesso de juridiquês, de modo que as suas sentenças e acórdãos
sejam legíveis e inteligíveis aqueles mais humildes e com pouca instrução formal.
A imparcialidade consiste em não proteger e nem perseguir quem quer que seja, pois o
magistrado é o fiel da balança, a imparcialidade é inerente à função de julgar ou de
acusar.
4. Da Indispensável cortesia
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deselegância, grosseria, e falta de gentileza, engendra conflitos não só no poder
judiciário, como na colectividade em geral.
O magistrado tem o dever de cortesia para os colegas, para com os membros do MP,
os advogados, os servidores, as partes, as testemunhas. Deve o juiz ter respeito à
hierarquia administrativa e a disciplina judiciária, ter moderação nas manifestações
públicas e elegância nas relações interpessoais. O juiz não deve e não pode considerar-
se a palmatória do mundo ou a pedra de toque, a fonte ou o centro da ordem moral do
universo, pois julga o homem mediano segundo a lei vigente no país e não de acordo
com os seus princípios ideológicos.
5. Da prudência do Magistrado
6. Do sigilo profissional
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ordem de precedência em cerimónias públicos, motivo pelo qual os juízes são tratados
protocolarmente por “vossa excelência ou meritíssimo” e não “doutor”, que não é
pronome de tratamento mas sim um título académico.
O juiz tem que julgar segundo a lei, não cabendo discriminar negativamente pessoas,
grupos sociais ou instituições. Onde a norma oficial da magistratura não fez essa
diferenciação, não pode o magistrado utilizar como critério de justiça, seus próprios
preconceitos morais.
Deontologia da Magistratura
A deontologia pode ser definida como a ciência que cuida das normas éticas aplicáveis
à actividade profissional, especificando os valores, normas e ideais mais precisos para
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regular uma determinada profissão, apresentando uma origem comum.
A magistratura como conjunto de juízes que integram o poder judiciário deve sujeitar-
se a denominação “deontologia da magistratura”, com os seus valores, ideais e normas
de conduta que orientam a actividade profissional desse segmento diferenciado da
sociedade constituído por magistrados. Assim, percebe-se que a deontologia encontra-
se atrelada geralmente a uma área profissional, pois “ é uma ciência que estabelece
normas directoras da actividade profissional sob o signo da rectidão moral ou da
honestidade, sendo o bem a fazer e o mal a evitar no exercício da profissão”
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Setembro, bem como adequar a estrutura e funcionamento da AO à realidade do país e
às condições necessárias para o exercício da profissão de advogado ao abrigo do nº 1
do artigo 179 da CRM.
Âmbito
Atribuições
São atribuições da Ordem dos Advogados nos termos do artigo 4 da Lei nº 28/2009 as
seguintes:
A OA é representada em juízo e fora dele pelo Bastonário ou por quem este delegar,
pelos presidentes dos conselhos provinciais, pelos delegados ou pelos presidentes dos
conselhos Inter -provinciais, na área da respectiva jurisdição. Para defesa dos
advogados em todos os assuntos relativos ao exercício da profissão ou ao
desempenho de cargos nos órgãos da AO, quer se tratem de responsabilidades que
lhes sejam exigidas, quer de ofensas contra eles praticadas, pode a OA exercer os
direitos de assistente ou conceder patrocínio em processo de qualquer natureza. (vide
artigo 5 da lei nº 28/2009 de Setembro.
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a) O exercício do mandato forense;
b) A consulta jurídica.
São ainda actos próprios da advocacia, quando praticados nos interesses de terceiros,
nomeadamente:
b) A elaboração de contratos, com excepção daqueles que por lei são atribuídos a
outras entidades;
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Ainda nos termos do artigo supra, não pode denominar-se advogado ou advogado
estagiário quem como tal não estiver inscrito, salvo os advogados honorários, desde
que seguidamente à denominação de advogado façam a indicação dessa qualidade.
O mandato forense não poder ser objecto, por qualquer forma, de medida ou acordo
que impeça ou limite a escolha directa e livre do mandatário pelo mandante.
Ao advogado é exigida uma conduta compatível com o código de ética, com o Estatuto
da OAM, do Regulamento Geral e dos provimentos, seguindo aos princípios tanto da
moral individual, como social e profissional. O advogado é um profissional
indispensável à justiça, sendo um defensor da democracia e de todas as garantias
adquiridas pela sociedade ao longo dos anos.
Preservar uma conduta nobre, honrosa e digna da profissão, zelando pelo seu
carácter de essencialidade e indispensabilidade;
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Velar por sua reputação pessoal e profissional;
Pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efectivação dos seus
direitos individuais, colectivos e difusos, no âmbito da comunidade.
O advogado deve ainda, zelar pela sua liberdade e independência, tendo plena
consciência de sua importância em solucionar desigualdades, visando a solução dos
problemas, baseando-se na lei como uma fonte para a concretização da justiça e da
garantia de igualdade de todos.
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Das relações com o Cliente
O advogado deve manter uma postura ética com o seu cliente, informando-o sobre
todos os riscos provenientes da sua pretensão e demanda, além de prestar-lhe contas,
ao término ou não do mandato, desde que solicitado por este.
Do sigilo profissional
A profissão de advogado exige o sigilo profissional, que deve ser obedecido por todos,
desde que tal sigilo não traga grave ameaça à vida e a à honra, ou ainda, desde que o
advogado não seja confrontado e intimidado pelo cliente devido à guarda de algum
segredo.
Nestes casos, em defesa própria, é permitido ao advogado revelar tal segredo, porém,
sempre restrito ao interesse da causa. Mesmo em depoimento judicial, o advogado
deverá guardar sigilo sobre tudo que saiba decorrente de sua profissão, podendo
recusar-se a depor sobre processos ou pessoas para as quais tenha trabalhado como
constituinte, pois as confidencias feitas pelo cliente ao advogado só poderão ser
utilizadas em caso de defesa e desde que autorizadas por aquele.
Da publicidade
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O advogado deverá realizar a divulgação de seus serviços profissionais de forma
discreta e moderada, com finalidade exclusivamente informativa, não sendo permitida a
divulgação pelo Rádio e TV. O anúncio deverá conter o nome completo do advogado e o
número de cartão da OAM, podendo ainda mencionar outras qualificações profissionais.
A fixação dos honorários deverá ser feita com moderação, observando os seguintes
elementos:
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Trabalho e tempo necessário;
Competência do profissional; e
O advogado não poderá cobrar por serviços valores irrisório ou abaixo do mínimo
fixado pela tabela de honorários, salvo por motivo justificável. Como também, o
pagamento feito via bens particulares do cliente só será possível em casos
excepcionais e previamente contratados por escrito.
Do dever da Urbanidade
Do processo disciplinar
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Ao tribunal de ética e disciplina compete:
O advogado e a ética
O advogado deve obedecer ao código da ética profissional, pois este não é mera
recomendação, mas sim uma norma jurídica dotada de obrigatoriedade e passível de
sanção disciplinar.
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nome da classe.
O Estatuto dos Advogados em seu artigo 99 enumera diversas acções que são
consideradas infracções disciplinares, sendo a maioria delas provenientes de condutas
decorrentes de acto profissional. Porém, em seu único parágrafo, é explícito algumas
condutas que são cometidas na vida pessoal do advogado, manchando de certa
maneira a profissão da advocacia. Ou seja, não só o advogado que viola sigilo
profissional ou abandona uma causa sem justo motivo está a cometer uma infracção
disciplinar, mas também aquele profissional, que mesmo não estando no exercício da
função, pratica reiteradamente jogos de azar ou vive a fazer escândalos e embriagar-se
habitualmente.
Desta forma, o advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e
que contribua para o prestígio da classe e da advocacia, mantendo independência no
exercício da profissão, não guardando receio em desagradar outras partes e nem de
cair em impopularidade devido ao fiel exercício profissional, e obrigando-se a cumprir
com rigorosidade o código de ética e disciplina.
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órgãos subordinados.
Nos termos do artigo 49 da Lei nº 22/2007 de 1 de Agosto, (que aprova o Estatuto dos
magistrados do MP), aplica-se aos magistrados do MP e aos agentes do MP quando
em exercício de funções.
a) O Procurador-Geral da República;
c) O Procurador-Geral Adjunto;
d) O Procurador Provincial
Magistrado judicial é o conjunto de juízes dos tribunais judiciais que formam um corpo
único e regem-se por um só estatuto, e nesse estatuto se encontram uma série de
deveres e direitos dos magistrados judiciais que fazem parte integrante da lei
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processual.
Organização e Autonomia
Responsabilidade e subordinação
a) A Procuradoria-Geral da República;
b) A procuradoria da Província;
c) A procuradoria do Distrito;
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Recusa
Nos termos do artigo 53, o magistrado do MP tem o direito de não acatar directivas,
ordens e instruções manifestamente ilegais, mas é necessário notar que a recusa faz-
se por escrito e deve ser, devidamente fundamentada de modo a procedência da
mesma em que o exercício injustificado ou de má-fé, da faculdade de recusa, constitui
infracção disciplinar consoante a proporcionalidade da infracção que foi cometida.
Estabilidade
O servidor público além dos deveres gerais contidos na CRM e sem prejuízo do que
dispuser legislação específica, pautam na sua actuação pelos seguintes deveres éticos:
b) Legalidade;
c) Lealdade;
d) Probidade pública;
f) Eficiência;
g) Responsabilidade;
h) Objectividade;
i) Justiça;
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k) Reserva e descrição;
o) Declaração de património.
Dever de legalidade
Dever de lealdade
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O magistrado do MP coloca o interesse público acima de quaisquer outros, e, no
exercício das suas funções, serve exclusivamente os interesse públicos, no respeito
dos direitos e interesses legalmente protegidos dos cidadãos.
Dever de eficiência
a) Usar o tempo de trabalho utilizando sempre seu melhor espaço, na forma mais
produtiva possível, empregando-o no desenvolvimento das tarefas que
correspondem ao cargo, com esmero, intensidade e cuidade;
Dever de responsabilidade
O magistrado do MP deve actuar com o claro sentido do dever que lhe corresponde
para o cumprimento do fim público que cabe à instituição que serve e das
consequências que o cumprimento ou incumprimento desse dever.
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Dever de objectividade
Dever de justiça
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O magistrado do MP deve observar perante o público, no serviço ou fora dele, conduta
correcta, digna e decorosa, de acordo com a sua hierarquia e função, evitando condutas
que possam minar a confiança do público na integridade do funcionário e da instituição
que serve, pois ele deve ser respeitador e cortes no trato com os usuários do serviço,
seus chefes, subalternos e colegas.
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O magistrado do MP tem o direito e o dever de denunciar qualquer tentativa de
perturbação da sua independência e autonomia e de exigir que sejam
reconhecidos os direitos e lhes concedam os meios que viabilizem e garantam a
sua independência e autonomia, respectivamente;
O magistrado do MP não deve permitir que pessoas das suas relações familiares
ou sociais influenciem a sua conduta de juiz , os seus julgamentos, sentenças e
demais decisões ou que transmitam a terceiros a impressão de que estão em
posição de o influenciar, de modo indevido, no desempenho das suas funções de
magistrado judicial.
Incompatibilidades
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actividade de docência, de investigação jurídica ou de divulgação e publicação
científica, literária, artística, e técnica, mediante autorização dos respectivos
Conselhos Superiores da Magistratura;
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possível ao exercício legítimo do direito de defesa.
Integridade
O magistrado do MP:
Deve abster-se de comprar bens móveis, e quaisquer outros artigos, sempre que
não tenham a certeza da sua providência lícita;
O magistrado do MP:
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votos ou sentenças de órgãos judiciais ou do MP;
Urbanidade e decoro
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Abordar sobre a urbanidade e decoro é o mesmo que falar sobre um conjunto de actos
que o magistrado deve ter a quando do exercício da sua função que são:
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geralmente frequentados por indivíduos cuja conduta moral e social não se
coadune com a dignidade do cargo de magistrado;
Órgãos próprios
Órgãos especiais
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notários.
O notariado evoluiu para tornar o notário um profissional do direito que, além de redigir
os devidos instrumentos jurídicos com fé pública, conhece o direito, faz uma
qualificação jurídica dos actos que realiza, presta imparcialmente acessória jurídica as
partes envolvidas no negócio jurídico.
A função notarial é aquela típica exercida pelo notário na consecução dos actos
notariais, de forma exclusiva. Diz-se típica porque estão previstas na lei. O notário não é
livre para praticar os actos que bem entender visto que o âmbito de sua actuação está
esculpido no texto normativo que se consubstancia no Código do Registo de Notário
aprovado pela lei nº 4/2006 de 23 de Agosto.
Cabe ao notário receber os documentos, interpretar a lei e dar forma à vontade das
pessoas que procuram seus serviços redigindo os instrumentos adequados para
conferir-lhes autenticidade, advertindo os interessados das consequências legais do
acto de sua vontade.
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a) Aconselhar: assessora seu cliente sobre as convivências de seu plano e orienta
sua vontade dentro da lei e da justiça;
c) Constatar: o acto deve ser fixado de modo que possa ser utilizado em qualquer
tempo e de forma que não seja nem transformado nem negado;
e) Manter segredo profissional: guardar segredo sobre as informações que lhe são
trazidas pelos seus clientes.
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Princípios gerais da ética do Conservador e Notariado
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