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FACULDADE DE ENGENHARIA
LICENCIATURA EM DIREITO
FACULDADE DE ENGENHARIA
LICENCIATURA EM DIREITO
1.3. Problematização........................................................................................................................1
1.4. Objectivos..................................................................................................................................2
Referências bibliográficas................................................................................................................3
1.2. Delimitação do Tema
1.3. Problematização
O artigo 20 da Lei n.º 35/2014 de 31 de Dezembro - Código Penal revogado pela Lei n.º
24/2019 de 24 de Dezembro (Código Penal vigente), estabelecia que os agentes do crime são
autores, cúmplices e encobridores. Sendo para o efeito considerado encobridor, aquele que
pratica actos com vista a apagar os vestígios do crime com o propósito de impedir ou prejudicar
a formação do corpo de delito (art. 24.º, n.º 1 al. a) CP - 2014), impedindo as autoridades
competentes de reconstituir o crime e sujeitar o agente à responsabilização criminal. Sendo
considerados agentes do crime os encobridores nos termos daquela Lei, eram aqueles juntamente
com os autores e cúmplices punidos com penas de prisão.
Sucede que, com a revisão do Código Penal na Lei n.º 24/2019 de 24 de Dezembro, que
revoga o anterior Código Penal aprovado pela Lei n.º 35/2014 de 31 de Dezembro, foi retirada a
figura de encobridor da lista dos agentes do crime (art. 23.º CP), fuçando apenas como agentes do
crime os autores - aqueles que executam o crime o ordenam a sua execução e os cúmplices -
aqueles que prestam auxílio material ou moral à prática de um crime. Com efeito, ficam sem
qualquer responsabilidade criminal aqueles não tendo executado ou ordenado a execução de um
crime e, bem assim, como não tendo prestado auxílio material ou moral à prática do crime,
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intervenham depois do crime estar consumado para apenas encobrir os vestígios do crime
praticado por outrem, com o objectivo de dificultar ou inutilizar a aplicação da justiça.
Tal situação deixa espaço para a não punição daquelas que deliberadamente se livram se
evidências do cometimento do crime, ou ajudar um criminoso a subtrair-se da justiça, pois, pelo
princípio da tipicidade do direito criminal, deve haver descrição da conduta que preenche o ilícito
criminal na lei penal para a aplicação da medida penal. Oque nos leva a seguinte pergunta de
Partida:
Como será dada a responsabilidade penal daqueles que só intervém no crime depois da
consumação para encobrir os rastos de um criminoso?
1.4. Objectivos
Analisar a não responsabilidade criminal das pessoas que intervém após a consumação do
crime para encobri-lo.
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Referências bibliográficas