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DIVISÃO DE ENGENHARIAS

CURSO DE ENGENHARIA DE MINAS

3o Ano Turma B Curso Diurno

Cadeira: Legislação Mineira

TEMA: EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

Nome: Vercínio Teodoro Bula

Docente: dra. Angelina Mulilo

Março, 2015

TETE
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................3

2. DIREITO..................................................................................................................................4

3. TIPOS DE NORMAS..............................................................................................................4

4. NORMAS QUE REGULAM UMA SOCIEDADE.................................................................5

5. DIVISÃO DO DIREITO..........................................................................................................6

6. A LEI........................................................................................................................................9

7. FASES DE ELABORAÇÃO DE UMA LEI NO SENTIDO MAIS ABRAGENTE:...........10

8. FONTES DE DIREITO..........................................................................................................11

9. CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES DE DIREITO................................................................11

10. CARACTERÍSTICAS DAS NORMAS JURÍDICAS.......................................................12

11. ESTRUTURA DAS NORMAS JURIDICAS....................................................................12

12. FINALIDADE DO DIREITO............................................................................................13

13. CAPACIDADE JURÍDICA...............................................................................................13

14. DIVISÃO DA CAPACIDADE JURÍDICA.......................................................................13

15. PERSONALIDADE JURÍDICA........................................................................................14

16. MAIORIDADE...................................................................................................................14

17. Efeitos da maioridade.........................................................................................................14

18. MENORIDADE.................................................................................................................14

19. Efeitos da menoridade........................................................................................................15

20. VACATIO LEGIS..............................................................................................................15

21. EQUIDADE, JUSTIÇA E SEGURANÇA JURÍDICA......................................................15

22. PORQUE ESTUDAR DIREITOS E SUAS NORMAS NA CADEIRA DE


LEGISLAÇÃO MINEIRA............................................................................................................15

23. BIBLIOGRAFIA................................................................................................................16
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho contem exercícios resolvidos da cadeira de Legislação Mineira e tenta


responder questões acerca do direito, os tipos de normas e quais as que regulam uma sociedade,
as parte que dividem o direito, a lei, como elaborar uma lei e indicar quem é responsável por
cada fase, indica as fontes do direito, a classificação das fontes do direito, características das
normas jurídicas, finalidade do direito, aborda acerca da capacidade jurídica, divisão da
capacidade jurídica, da personalidade jurídica, efeitos da maioridade e Menoridade e tambem
porque estudar direitos e suas normas na cadeira de legislação mineira entre outras.

Para a realização destes exercícios foi necessário o uso de alguns livros, brochuras, e também o
uso da internet e tenta responder as questões apresentadas.
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2. DIREITO

A palavra "direito" possui mais de um significado podendo ser:

 É o sistema de normas de conduta criado e imposto por um conjunto de instituições para


regular as relações sociais: é o que os juristas chamam de direito objectivo. É a que os leigos
se referem quando dizem, por exemplo, "o direito proíbe a poligamia". Neste sentido,
equivale ao conceito de "ordem jurídica".
 É o sistema ou conjunto de normas jurídicas de um determinado país ou jurisdição que
definem o comportamento exigível a cada cidadão no interior desse território, tendo em
vista, fundamentalmente: eliminar os conflitos de interesse que possam surgir entre os
elementos dessa sociedade, e assegurar entre eles uma adequada colaboração em ordem à
realização dos fins sociais, é este o sentido quando dizemos, por exemplo: o direito
português; ou
 É o conjunto de normas jurídicas de um determinado ramo do direito ("o direito penal", "o
direito de família").
 É a faculdade de uma pessoa mover a ordem jurídica pelos seus interesses: é o que os
juristas chamam de direitos subjectivos. É a que os leigos se referem quando dizem, por
exemplo, "eu tenho o direito de falar o que eu quiser" ou "ele tinha direito àquelas terras".
 É o ramo das ciências sociais que estuda o sistema de normas que regulam as relações
sociais: é o que os juristas chamam de "ciência do direito". É a que os leigos se referem
quando dizem, por exemplo, "eu preciso estudar direito comercial para conseguir um bom
emprego".
 O Curso superior que forma operadores do Direito.

3. TIPOS DE NORMAS

As normas envolvem um conjunto de regras ou leis que determinam o comportamento e devem


ser cumpridas por um indivíduo em particular em um lugar e hora específicas. Existem diferentes
tipos de normas, dependendo de quem os assina, quem é responsável por exercer a penalidade
por descumprimento, a quem elas são atribuídas e que obediência é esperada.

a) As normas jurídicas: essas leis são feitas pelo legislador e são direccionados para todos os
indivíduos de uma comunidade política, em particular, que são esperados para cumprir. O
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indivíduo deve responder em caso de violação, tribunal e é punido com o que a lei
determina.
b) As normas sociais: estas regras são ditadas a partir de uma série de costumes, tradições e
formas predominantes em uma determinada sociedade e contra a qual os sujeitos devem
responder cumprimento. Estas regras surgem espontaneamente, após a repetição de certos
hábitos ao longo do tempo, mas não por que eles não são percebidos pelo indivíduo a quem
são impostas, conforme necessário. No caso de um membro da sociedade, que devem
respeitar, não fizer isso, você pode ser punido com a rejeição e condenação social.
c) As normas religiosas: essas normas dizem respeito a Deus e se destina a todos os seres
humanos, que são responsáveis perante ele com o cumprimento. Apesar disso, a sua
implementação é esperado pela comunidade de crentes. No caso de não cumprimento das
normas de Deus, o indivíduo deve ser punido com a consciência do pecado.
d) As normas morais: essas regras, ao contrário dos anteriores, não são ditadas por outra
pessoa que não o indivíduo, que é por isso que eles estão destinados a si e responder à
consciência. As normas morais, não devem ser obedecidas pelo indivíduo, este é punido por
seu próprio remorso.
e) Normas Costumeiras: Designam-se como costumes as regras sociais resultantes de uma
prática reiterada de forma generalizada e prolongada, o que resulta numa certa convicção de
obrigatoriedade, de acordo com cada sociedade e cultura específica. Segundo Paulo Nader,
“A lei é Direito que aspira a efectividade e o Costume a norma efectiva que aspira a
validade” 
Os costumes são a maneira cultural de uma sociedade manifestar-se. A partir da repetição,
constituem regras que, embora não escritas como as leis, tornam-se observáveis pela própria
constituição de fato da vida social.

4. NORMAS QUE REGULAM UMA SOCIEDADE

As normas que regulam uma sociedade são as normas jurídicas porque são feitas pelo legislador
e são direccionados para todos os indivíduos de uma comunidade política. Todas normas
jurídicas tem os seguintes elementos:

 A imperatividade, pois que o seu comportamento é obrigatório, ficando os


destinatários sujeitos a sanções se as não cumprirem;

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 A generalidade, já que se destinam a ser aplicadas a toda uma categoria de


destinatários, não determinados concreta e individualmente (ainda que, por exemplo,
refiram-se ao Presidente da República, pois neste caso dirigem-se à instituição e não
à pessoa que assume essas funções);
 A abstracção, pois fixam a conduta a adoptar em situações de fato abstractas;
"haverá lugar a..." ou "designar-se-á...";
 A hipoteticidade, uma vez que estabelecem condutas a adoptar no futuro, se se
verificarem os fatos que hipoteticamente se prevêem, ou seja, "sempre que" ou
"quando", no modelo: “Se A, então B.

5. DIVISÃO DO DIREITO

 Direito Natural: É o Direito concebido sob a forma abstracta, correspondendo a uma ordem
de justiça. Não é criação do homem. Pode ser considerado como a Génese do Direito. É um
conjunto de princípios, e não de regras, de carácter universal, eterno e imutável.
 Direito Positivo: É o Direito propriamente dito, institucionalizado pelo Estado nas suas
diversas formas, seja ela escrita ou costumeira. É o Direito efectivamente aplicado pelas
autoridades de um Estado.
 Direito Objectivo: É o conjunto de regras obrigatórias que a todos se dirige e a todos se
vincula, ou seja, é a norma de comportamento que o indivíduo deve se submeter. Direito
objectivo é o que designa o direito enquanto regra ‘’jus est norma agendi’’. O direito
objectivo, norma agendi, é o direito posto, ou seja, a norma jurídica que vigora em
determinado Estado.
 Direito Subjectivo: É a faculdade, derivada do Direito Objectivo, ou seja, o poder
reconhecido ao titular do direito de exigir de uma pessoa uma prestação capaz de satisfazer a
um interesse legítimo – “jus est facultas agendi”. – O direito subjectivo, de forma sucinta, é a
prerrogativa titularizada por um indivíduo decorrente da regular observância de norma de
direito objectivo. É a ''facultas agendi''.
 DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO

 É a mais antiga divisão do Direito Positivo representada pela classe de Direito Público e Direito
Privado. Tal distinção é de origem romana e foi criada por Ulpiano “Hujus studii duas sunt

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positiones, publicum et privatum. Publicum jus est quod ad statum rei romanae spectat, privatum
quod ad singulorum utilitatem: sunt enim quaedam publice utilia, quaeddam privatum”.

(Direito Público era aquele concernente ao estado dos negócios romanos; o Direito Privado era o
que disciplinava os interesses particulares).

a) Direito público: o ramo do Direito em que predomina o interesse público, ou seja, o do


Estado. Direito organizador do Estado e protector da ordem e da paz social. “Nele, o Estado é
parte obrigatória apresentando-se em posição de superioridade revestida de “Imperium”,
como autoridade pública”.
Obs.: Direito de subordinação, irrenunciável, independente da vontade das partes e no qual
prevalece o interesse geral. Ex.: Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito
Eleitoral, Direito Financeiro, Direito Tributário, Direito Penal, Direito Processual, etc.
Direito Constitucional: as normas de Direito Constitucional são normas internas e
estruturais de cada Estado. Elas disciplinam as instituições políticas, a estrutura de
governo, organização dos poderes do Estado, limites de funcionamento, a sociedade, e
as garantias fundamentais de cada indivíduo. Seriam normas que fornecem um modelo
para as demais leis que surgirem. São normas que montam toda a estrutura da
sociedade e ditam os parâmetros económicos, políticos e sociais.
Direito Administrativo: é o ramo do Direito Público que regulamenta a actividade
estatal, com todos os serviços públicos postos à disposição da sociedade, em busca do
bem comum. O Direito Administrativo se preocupa com a prestação do serviço
público, a forma e limites de actuação e ainda disciplina o relacionamento entre entes
públicos e privados, e a relação dos indivíduos com a Administração Pública.
Direito Financeiro: O Estado, para prestar os serviços públicos em prol dos cidadãos,
necessita de recursos, que advém dos tributos (impostos, taxas e contribuições).
Assim, seria a preocupação central do Direito Financeiro, o estudo dos princípios e
directrizes que norteiam a forma de aplicação, administração e gerenciamento desses
recursos públicos para a execução destes serviços, e ainda o planeamento necessário
de forma que a receita e despesa pública se equilibrem no grande orçamento público. É
a intenção do Direito Financeiro que o Estado empregue seus recursos da maneira
mais eficiente possível para a sociedade.

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Direito Penal: ramo do Direito que disciplina as condutas humanas que podem por em
risco a coexistência dos indivíduos na sociedade. O Direito Penal vai regular essas
condutas com base na protecção dos princípios relacionados à vida, intimidade,
propriedade, liberdade, enfim, princípios que devem ser respeitados no convívio
social. Dessa forma, o Direito Penal vai descrever as condutas consideradas crimes
(condutas mais graves) e contravenções (condutas menos grave) e as respectivas penas
cominadas. Vale dizer que o Estado é o responsável pelo direito de punir, e o faz
mediante critérios pré- estabelecidos, com o intuito de desestimular os indivíduos a
transgredirem as normas, e, também, de readaptar o indivíduo ao convívio social.
Direito Internacional Público: é o ramo do Direito voltado a disciplinar as relações
entre os vários Estados, possuindo princípios e directrizes, que visam uma interacção
pacífica entre os Estados, tanto na esfera política, económica, social e cultural. Os
instrumentos dos acordos entre os Estados são denominados tratados.
Direito Internacional Privado: ramo destinado a regular a situação do estrangeiro no
território nacional, pois como o estrangeiro está em local diverso de seu país, haveria
um conflito de leis a serem aplicadas no caso concreto: a lei estrangeira, ou do local
onde o indivíduo se encontra? Assim, a base do Direito Internacional Privado seria
regular essas relações e estabelecer directrizes e normas, dirigidas às autoridades para
a resolução inerente a esses conflitos.
Direito processual: para definir o objecto de estudo desse ramo do Direito,
primeiramente, é importante dizer que é o Estado que detém o poder de aplicar o
Direito, estabelecendo a ordem, aplicando as penalidades, e solucionando os conflitos
entre as partes, por meio de um processo judicial. Dessa forma, o ramo em questão
visa disciplinar de que forma isso vai se dar, estabelecendo princípios e regras a serem
previamente obedecidas, tanto pelo Estado, quanto pelas partes na disputa judicial.
Assim a função do Direito processual é organizar a forma de como o Estado vai
prestar esse poder-dever de julgar, e como as partes devem agir no embate judicial.

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b) Direito Privado: É o ramo do Direito em que predomina o interesse privado e em que as


partes se apresentam em condições de igualdade. Direito dos particulares, dominado pelos
princípios da liberdade e da igualdade.
Direito de Coordenação, renunciável, de interesse particular e relevante a vontade das
partes. Ex.: Direito Civil, Direito do trabalho, etc.
Direito Civil: ramo do Direito Privado por excelência, pois visa regular as relações dos
indivíduos, estabelecendo direitos e impondo obrigações. O Direito Civil actua em toda a
vida do indivíduo, pois disciplina todos os campos de interesses individuais.
Direito do Trabalho: é um ramo que se destina a disciplinar as relações de trabalho,
estabelecendo princípios e regras, de forma a evitar a exploração pelo do trabalho, e
conceder direitos e obrigações recíprocos tanto aos que prestam os serviços, quanto para
àqueles cujo serviço se destina.

Modernamente os realistas sustentam a existência de um “tertium genus”, denominado


Direito Misto, ou seja, ramo do Direito em que sem haver predominância, há confusão de
interesse público ou social com o interesse privado. Ex.: Direito Marítimo, Direito
Aeronáutico, Direito do Trabalho, Direito Sindical, Direito Profissional, etc.

6. A LEI

Lei (do verbo latino ligare, que significa "aquilo que liga", ou legere, que significa "aquilo que
se lê") é uma norma ou conjunto de normas jurídicas criadas através dos processos próprios do
ato normativo e estabelecidas pelas autoridades competentes para o efeito.

A palavra lei pode ser empregada em três sentidos diferentes, conforme a abrangência que se
pretenda dar a ela.

 Lei em sentido formal: todo o ato normativo emanado de um órgão com competência
legislativa, quer contenha, ou não uma verdadeira regra jurídica;
 Lei em sentido material: lei em sentido material é toda norma de caráter geral e abstrato
que disciplina as relações jurídicas entre os sujeitos de direito.

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 Lei em sentido amplo: é toda a regra jurídica, escrita ou não; aqui ela abrange
os costumes e todas as normas formalmente produzidas pelo Estado, representadas, por
exemplo, pela Constituição federal, medida provisória, decreto, lei ordinária, lei
complementar, etc.
 Lei em sentido restrito: compreende apenas os diplomas emanados pela Assembleia da
República.

7. FASES DE ELABORAÇÃO DE UMA LEI NO SENTIDO MAIS


ABRAGENTE:

1ª Fase iniciativa - É a faculdade que a Constituição atribui a alguém ou a algum órgão para
apresentar projeto de lei, inaugurando o processo legislativo;
2ª Fase comissões técnicas - Divide-se: Comissões Temporárias (aquela que inicia e termina
o trabalho dentro da mesma legislatura) e Comissões Permanentes (aquela que passa de uma
legislatura para outra legislatura);
3ª Fase casa ou câmara revisora - Obrigatoriamente o projeto iniciado por uma das casas
deve ser revisto pela outra casa;
4ª e 5ª Fases discussão e votação - Na Câmara dos Deputados de acordo com a apresentação
do projeto. A primeira câmara que examina o projeto é chamada de iniciadora. A segunda, de
revisora. Na iniciadora, o projeto passa primeiro pelo crivo das comissões permanentes e,
posteriormente, é levado à discussão e votação em plenário (que é o ato de decisão que se
toma por maioria dos votos) = Actos do Poder Legislativo;
6ª e 7ª Fases sanção e veto - Respectivamente, são o ato pelo qual o Presidente da República
dá a sua aquiescência ao projeto de texto legal que lhe é submetido, ou seja, o projeto de lei
que acaba de chegar do Congresso Nacional discutido e votado. Vetar significa dizer,
discordar dos termos de um projeto de lei. O veto pode ser total ou parcial;
8ª Fase promulgação - Uma das fases da elaboração da lei. Ela atesta oficialmente a
existência de uma lei nova que não foi votada pelo Congresso Nacional (geralmente nas
matérias de iniciativa do Presidente da República) = Atos do Poder Executivo;
9ª Fase publicação - Última fase da elaboração de uma lei. Com ela a lei se torna executável
(vigente – eficaz) em todo o Território Nacional. É o modo oficial estabelecido para

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possibilitar o conhecimento da lei por todos. A publicação ocorre na imprensa oficial, ou


seja: Diário Oficial do Estado (DOE). Diário Oficial do Município(DOM).

8. FONTES DE DIREITO

Quando se fala em fontes do Direito, quer-se com esta expressão jurídica referir ao processo
como o direito é formado e revelado, enquanto conjunto sistematizado de normas, com um
sentido e lógica próprios, conformador e disciplinador da realidade social de um Estado.

São apontadas como fontes do Direito, a lei, o costume, a jurisprudência, a equidade e a doutrina.

Leis são as normas ou o conjunto de normas jurídicas criadas através de processos próprios,
estabelecidas pelas autoridades competentes;
Costume é a regra social derivada de prática reiterada, generalizada e prolongada, o que
resulta numa convicção de obrigatoriedade, de acordo com a sociedade e cultura em
particular;
Jurisprudência é o conjunto de decisões sobre interpretações de leis, feita pelos tribunais de
determinada jurisdição;
Equidade é a adaptação de regra existente sobre situação concreta que prioriza critérios de
justiça e igualdade;
Doutrina é a produção realizada por pensadores, juristas e filósofos do direito, concentrados
nos mais diversos temas relacionados às ciências jurídicas;

9. CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES DE DIREITO

1) Fontes materiais (também chamadas REAIS) - São os fatos sociais, as próprias forças
sociais criadoras do Direito. Constituem a matéria prima da elaboração deste, pois são os
valores sociais que informam o conteúdo das normas jurídicas.
2) Fontes históricas - São os documentos jurídicos e convenções coletivas do passado que,
graças a sua sabedoria e aplicabilidade, continuam a influir nas legislações do presente.
3) Fontes formais - É o que dá forma ao Direito, fazendo referência aos modos de manifestação
das normas jurídicas, demonstrando quais os meios devem ser empregados pelo jurista para o
funcionamento do direito vigente. São fontes de cognição (conhecimento).

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10. CARACTERÍSTICAS DAS NORMAS JURÍDICAS

A caracterização doutrinária da norma jurídica é tarefa das mais árduas, posto que várias normas,
de acordo com sua natureza, podem apresentar características distintas. Inobstante tal fato, a
doutrina aponta as seguintes e principais características das normas jurídicas:

Bilateralidade - A norma jurídica é bilateral, posto que vincula sempre duas partes, qual
seja, aquele que exige a conduta e aquele que presta tal conduta, atribuindo sempre poder
a uma parte e dever a outra. Ex. O Estado tem o poder de exigir do contribuinte o
imposto; O credor tem o poder de exigir do devedor o pagamento; O Estado tem o poder
de exigir do cidadão uma conduta não criminosa, etc.
Generalidade – A norma jurídica não tem carácter personalíssimo, é preceito de ordem
geral dirigida indistintamente a todos os indivíduos que se encontram na mesma situação
jurídica.
Abstratividade - A norma jurídica é abstracta, ou seja regulando as situações de modo
geral e hipotético, não podendo regular os casos concretos sob pena de não prever todas
as situações sociais possíveis.
Imperatividade – Como principal característica, a norma jurídica é imperativa, ou seja,
não é mera declaração de uma conduta, mas impõe-se quanto a seu cumprimento.
Coercibilidade - Que se traduz na possibilidade de uso da coacção para o cumprimento
da norma, seja através da intimidação (coacção psicológica), seja pela possibilidade do
uso da força (coacção física).
Heteronomia – as normas jurídicas são postas pelo legislador, pelos juízes, pelos usos e
costumes, sempre por terceiros, podendo coincidir ou não os seus mandamentos com as
convicções pessoais.

11. ESTRUTURA DAS NORMAS JURIDICAS

1) Previsao- a norma juridica fixa padroes de condutaa que recula situacoes, casos
concretos da vida que si esperam que venham acontecer ( previsiveis), contendo em si
mesma a representacao da situacao futura.

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2) Estatuicao- a norma juridica impoe necessariamente uma conduta a adoptar quando si


verifique a previsao da norma.
3) Sancao- a norma juridica dispoe de meios de coacao que fazem parte do sistema juridico
para impor o cumprimento dos seus comandos.

12. FINALIDADE DO DIREITO

O Direito, se faz necessário porque nem todos fazem o bem de forma natural e espontânea. As
leis têm por finalidade impor o que uma determinada sociedade considera o Bem, estabelecendo
uma penalidade para aquele que não respeitar esse bem social. É por isso que a ideia de respeito
tem a ver com o cuidado de não fazer algo contra a vontade de alguém, levar alguém a sério,
aceitar alguém como é. A verdade é que o estabelecimento destas regras de conduta, que já
podemos chamar de leis, não pode ser feito por uma pessoa qualquer.

13. CAPACIDADE JURÍDICA

Capacidade jurídica de uma pessoa física ou jurídica é a possibilidade de ela exercer


pessoalmente os actos da vida civil - isto é, adquirir direitos e contrair deveres em nome próprio
(sendo que todos possuem direitos, mas nem todos possuem deveres).

14. DIVISÃO DA CAPACIDADE JURÍDICA

 Capacidade plena - é a possibilidade plena de exercer pessoalmente os actos da vida civil.


 Incapacidade relativa - situação legal de impossibilidade parcial de realização pessoal dos
actos da vida civil, exigindo alguém que o auxilie (assistente). Exemplos: maiores de
dezasseis e menores de dezoito anos, ébrios habituais ou viciados em drogas, excepcionais
etc.
 Incapacidade absoluta - situação legalmente imposta de impossibilidade de realização pessoal
dos actos da vida civil senão por representante. Exemplos: menores de dezasseis anos,
deficientes mentais e os que, por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

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15. PERSONALIDADE JURÍDICA

Personalidade jurídica é a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair deveres. Ideia ligada
à de pessoa, é reconhecida actualmente a todo ser humano e independe da consciência ou
vontade do indivíduo: recém-nascidos, loucos e doentes inconscientes possuem, todos,
personalidade jurídica. Esta é, portanto, um atributo inseparável da pessoa, à qual o direito
reconhece a possibilidade de ser titular de direitos e obrigações.

A personalidade jurídica tem início com o nascimento com vida. Personalidade jurídica é a
susceptibilidade de ser titular de direitos e obrigações.

A personalidade adquire-se no momento do nascimento completo e com vida e só cessa com a


morte do individuo.

16. MAIORIDADE

No ordenamento jurídico de um país, a maioridade é a condição legal para a atribuição da plena


capacidade de acção de uma pessoa que decorre ao se alcançar uma idade cronológica
previamente estabelecida. Este dispositivo é motivado pela necessidade de que a pessoa tenha
adquirido uma maturidade intelectual e física suficiente para ter vontade válida para operar
alguns actos da vida civil. Antes de atingir a maioridade, o indivíduo encontra-se na fase
denominada menoridade ou seja, a idade mínima para uma pessoa poder ser julgada como
adulto.

Em Moçambique é considerado maior o individuo que tenha completado 21 anos ou mais.

17. EFEITOS DA MAIORIDADE

De acordo com o CC, aquele que perfizer 21 anos de idade adquire plena capacidade de
exercício de direitos, ficando habilitado a reger a sua pessoa e a dispor dos seus bens.

18. MENORIDADE

É considerado menor quem não tiver ainda completado vinte e um (21) anos de idade.

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19. EFEITOS DA MENORIDADE

Em Moçambique os menores carecem de capacidade para o exercício de direitos. Mas esses


podem ser emancipados para exercer os direitos da maioridade.

20. VACATIO LEGIS

Vacatio Legis é um termo jurídico, de origem latina, que significa (vacância da lei), ou seja "a
Lei Vaga", que é o período que decorre entre o dia da publicação de uma lei e o dia em que ela
entra em vigor, ou seja, que tem seu cumprimento obrigatório.

21. EQUIDADE, JUSTIÇA E SEGURANÇA JURÍDICA

Equidade - É a possibilidade do aplicador do Direito de moldar a norma no intuito de


que essa seja sensível às peculiaridades de cada situação trazida pela realidade, ou ainda
considerada por alguns autores como sendo a aplicação da Justiça no caso particular.
Justiça - Justiça é um conceito abstracto que se refere a um estado ideal de interacção
social em que há um equilíbrio razoável e imparcial entre os interesses, riquezas e
oportunidades entre as pessoas envolvidas em determinado grupo social.
A justiça pode ser reconhecida por mecanismos automáticos ou intuitivos nas relações
sociais, ou por mediação através dos tribunais, através do Poder Judiciário.
Segurança jurídica - É a percepção de se estar protegido de riscos, perigos ou perdas.
A segurança jurídica concede aos indivíduos a garantia necessária para o
desenvolvimento de suas relações sociais, tendo, no Direito, a certeza das consequências
dos actos praticados.
Com as definições acima citados pode si afirmar que só há equidade, justiça e segurança
jurídica quando existir o direito.

22. PORQUE ESTUDAR DIREITOS E SUAS NORMAS NA CADEIRA DE


LEGISLAÇÃO MINEIRA

O estudo do direito e suas normas na cadeira de Legislação Mineira nos ajuda a intender a
importância do conhecimento das leis e normas pois são elas que regulam a uma toda sociedade
e o conhecimento dela nos da directrizes de como agir e resolver certos problemas sociais.

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23. BIBLIOGRAFIA

1. http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito
2. http://www.unifra.br/professores/arquivos/25583/88638/ENVIO%207%20FONTES
%20DO%20DIREITO.pdf
3. http://pt.wikipedia.org/wiki/Fontes_do_direito
4. http://br.monografias.com/trabalhos905/as-fontes-direitos/as-fontes-direitos2.shtml
5. http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei

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