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EXTENSÃO DE GURÚÈ
Fraude à Lei
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................1
2. METODOLOGIAS DO TRABALHO...................................................................................2
3. REVISÃO DE LITERATURA...............................................................................................3
4. CONCLUSÃO......................................................................................................................10
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................11
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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como tema Fraude à Lei, entretanto, Fraude à Lei constitui um tema
extremamente proeminente em volta do estudo da disciplina do Direito Internacional Privado,
por conseguinte uma parte considerável dos profissionais de Direito, ostentam uma mera
dificuldade na interpretação e aplicação desta temática, muito mais em volta da resolução dos
conflitos resultantes de relações privadas estabelecidas no âmbito internacional, provocando
deste modo, a morosidade processual que problema eminente que apoquenta a Justiça.
A fraude à Lei traduz-se na conduta de um particular que, valendo-se uma norma estrangeira,
procura defraudar a lei interna do pais, neste tipo de fraude utiliza a lei como instrumento de
fraude. Assim, para a compreensão deste problema, houve uma precisão de elaboração do
presente trabalho, que consistirá se focar em todos aspectos indispensáveis com vista
compreensão da presente temática.
2. METODOLOGIAS DO TRABALHO
Gil (1995) define que método “procura assegurar objectividade imperiosa com vista o
tratamento de situações sociais, proporcionando regras gerais com finalidade de estabelecer a
extrusão do senso comum e dos objectos científicos” (p. 34). Deste modo, o conceito método
é dado como um conjunto de processos técnicos intelectuais adoptados com vista a alcançar
os conhecimentos.
Assume, por um lado, as técnicas de pesquisas bibliográficas que vai consistir na consulta de
materiais já publicado de várias plataformas, com enfoque especialmente para livros,
relatórios, manuais, legislações, doutrinas e artigos periódicos, actualmente com materiais
disponíveis na Internet, neste caso estabelecendo técnicas e instrumentos de colecta de dados.
Como se refere (Silveira, 2009) considerada como a mãe de todas pesquisas, baseia-se através
de fontes bibliográficas, isto é, dados são atingidos através de fontes escritas, assim de uma
eventualidades exclusiva de documentos, entre as quais obras autorais escritas impressas nas
editoras, às comercializadas nas livrarias, assim como as classificadas em bibliotecas.
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3. REVISÃO DE LITERATURA
Como sabemos, as conexões das normas de conflitos são, na sua grande maioria, situáveis ou
deslocáveis por acção das partes. Quando falamos de situáveis ou deslocáveis estamos a
referirmo-nos de conexões que os indivíduos em função da localização de determinado
ordenamento jurídico.
Dai ter surgido a possibilidade dos indivíduos, em função da melhor conveniência, alterarem a
situação ou localização dos referidos bens, colocando-se sobre a protecção do ordenamento
mais adequado aos intentos previstos.
Como podemos reparar nos exemplos que foram apresentados esta claramente visto que as
acções praticadas pelos agentes referidos e pela forma como foram dirigidas visaram
contornar determinadas práticas menos convenientes para si, de acordo com o ordenamento
jurídico a que estão conectados, levando-os a optar por outro ordenamento jurídico que lhes
favoreceu a realização de determinado objectivo, ou por outras palavras, abandonar as normas
do ordenamento jurídico primário para se sujeitar as normas de um novo ordenamento
jurídico secundário. Nestas circunstancias ou em situações como estas podemos afirmar que
estamos diante de fraude a lei, afirmar que:
Na fraude existe, pois, a considerar a regra jurídica que é o objectivo de fraude a norma a cujo
imperativo se procura escapar, a regra jurídica cuja protecção se acolhe o fraudante, a
actividade fraudatória pela qual o fraudante procura modelar artificiosamente uma situação
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coberta por esta segunda regra. Porém, podemos identificar os seguintes quatro elementos
constitutivos:
Norma fraudada;
Norma-instrumento;
Actividade fraudatória;
Intenção fraudatória.
O Regime Aplicável
No âmbito do direito interno moçambicano, entre as várias cláusulas que se podem equiparar
ao princípio da ordem pública internacional do estado moçambicano, merece especial
destaque, pela sua proeminência, aquela a que se refere igualmente a ordem pública. Ou seja,
no nosso ordenamento jurídico ou no direito moçambicano, tal clausula acha-se expressa no
nº2 do artigo 280 do CC, termos do qual é nulo o negócio contrário a ordem pública, ou
ofensivo dos bons costumes.
Enquanto isso, no âmbito do DIPr, a reserva da ordem pública está consagrada em sede do nº
1 do artigo 22, do CC, ao estatuir que não são aplicáveis os preceitos da lei estrangeira
indicada pela norma de conflitos, quando essa aplicação envolva ofensa aos princípios
fundamentais da ordem pública internacional do direito moçambicano.
Um claro exemplo legal de violação dos princípios fundamentais da ordem pública, diria
mesmo uma incoerência com o actual sistema constitucional sobre a igualdade entre o homem
e mulher, na última parte do n.º 2, do artigo 52 do CC.
Concluindo podemos dizer que estamos perante uma reserva que o Estado do foro faz na
aplicação de um direito material estrangeiro apontado pela norma de conflitos. Tal instituto ou
norma do artigo 22 do CC determina que da aplicação de um estrangeiro resulte ofensa da
ordem pública internacional do Estado do foro.
O outro pressuposto é a utilização de uma regra jurídica, como instrumento da fraude, a fim
de assegurar o resultado que a norma fraudada não permite (Ribeiro, 2009). Essa regra é no
DIPr, a norma de conflitos que indica como aplicável aquele direito que melhor se conforma
com intuitos do fraudante. Esta regra, através das manobras fraudatória, é desviada do seu fim
normal, por tal forma que o uso que as partes dela fazem representa antes um abuso.
Quanto a intenção fraudatória, ela é normalmente exigida pela generalidade dos autores, no
campo do DIPr, como pressuposto necessário para o preenchimento do conceito da fraude.
Esta tese é geralmente fundada na ideia de que só a fraude intencional tem aptidão bastante
para provocar uma perturbação social capaz de desencadear medidas repressivas, de que só
ela é de molde a fazer perigar a autoridade e o valor imperativo da lei, por ser uma
manipulação consciente da mesma lei.
A mesma relação no país X é uma relação jurídica interna, ao passo que no país Y é uma
relação jurídica internacional; uma relação jurídica que originalmente era uma relação jurídica
interna no país Z, pode tomar-se numa relação jurídica internacional por causa da mudança do
elemento de conexão.
competente. Por outras palavras, a mudança do elemento de conexão influencia muito se uma
relação jurídica é uma relação jurídica interna ou é uma relação jurídica internacional; se for
uma relação jurídica internacional, também a lei aplicável será outra devido à mudança do
elemento de conexão. Por isso, a mudança de elemento de conexão exerce influência tanto
sobre a natureza jurídica, como sobre a escolha da lei competente (Correia, 2014).
A mudança é natural na sua maioria, as partes não têm a intenção de evitar a lei ou defraudar
a lei, no entanto, não é sempre assim. Portanto, do ponto de vista do direito internacional
privado, as partes mudam de elementos de conexão para influenciar as relações jurídicas.
(Machado, 2002). Se essas relações são relações internacionais, quais são as situações da
aplicação da lei competente a que temos de dar atenção, como se distingue a intenção ilícita?
Esse é um problema controvertido no direito internacional privado; esse problema é da
“fraude à lei”.
Assim se alguém se naturaliza no estrangeiro com o fim de se subtrair a uma disposição da lei
nacional, do ponto de vista da disposição fraudada, não há qualquer motivo para negar a
eficácia em termos gerais à cidadania estrangeira adquirida pelo fraudante. A naturalização
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O exposto não significa que por vezes as situações constituídas ou os actos jurídicos
praticados como meios de se fugir a uma lei e de conseguir o abrigo de outra não devam ser
apreciados autonomamente ou de por si à luz da doutrina da fraude à lei, para o efeito de
eventualmente serem havidos como ineficazes em razão da fraude.
3.1.4.1. As causas são diferentes: a fraude à lei é consequência de acto voluntário das partes
na mudança do elemento de conexão enquanto que a reserva da ordem pública é causada pelo
conflito entre o conteúdo do direito estrangeiro designado pela norma de conflitos e a ordem
pública do país da norma de conflitos.
3.1.4.2. Os bens jurídicos protegidos são diferentes: o instituto da fraude à lei pode
proteger as leis internas, também pode proteger as leis estrangeiras, e a maioria delas são
normas proibitivas; a reserva da ordem pública apenas protege o direito interno, são princípios
fundamentais do direito interno, não têm de ser normas jurídicas proibitivas.
3.1.4.3. A natureza do acto é diferente: a fraude à lei é um acto privado, a reseva da ordem
pública é aplicada por um órgão estatal.
3.1.4.4. As consequências são diferentes: quando uma lei estrangeira não é aplicada por
causa da negação da fraude à lei, não só o objectivo que as partes tentarem obter com a
aplicação de uma lei estrangeira não pode ser alcançado, como também podem assumir a
responsabilidade jurídica; em caso de não aplicação da lei estrangeira designada pela norma
de conflitos por causa da ordem pública, as partes não assumem qualquer responsabilidade
jurídica.
Os estudiosos da doutrina portuguesa (Machado & Ramos 2002) que mais nos integramos,
consideram que há dois requisitos para a verificação da fraude à lei: o requisito subjectivo e o
requisito objectivo.
4. CONCLUSÃO
Ao término desse trabalho buscou-se contribuir com mais uma discussão, a fim de aprofundar
o contexto da Fraude à Lei. Neste caso, conclui-se que no Direito Internacional privado, a
Fraude à Lei, ocorre na consequência de acto voluntário das partes na mudança do elemento
de conexão. Ou seja, ocorre quando os interessados no instituto escapam à aplicação de um
preceito material de certa legislação criam um elemento de conexão que tornará aplicável uma
outra ordem jurídica mais favorável aos seus intentos, logo, há assim uma norma instrumental
de fraude.
De acordo com posição, assenta na ideia de que a fraude a lei em DIPr, se traduz em
defraudar-se o imperativo de uma norma material de certo ordenamento, através da utilização
de uma norma de conflito como instrumento. O que nos leva, a concluir categoricamente que
a fraude à Lei em DIPr, não é fraude de uma norma de conflito, mas sim de uma norma
material.
Ademais, para existência de Fraude à Lei, é preciso que haja certos pressupostos, como
elemento objectivo, que vai traduzir-se na utilização de uma regra jurídica com finalidade de
assegurar o resultado que a norma defraudada não permite. Isto é, as partes devem utilizar
uma conexão falhada. Por outro lado, deve existir um elemento subjectivo, que se traduz na
intenção das partes em querer defraudar. Portanto, a sanção da fraude da lei se traduz na
aplicação da norma cujo imperativo a manobra fraudulenta que procurou ofuscar.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOUTRINA: Correia, A. F. (2014). Lições De Direito Internacional Privado, 1ª Edição,
Livraria Almedina, Coimbra.
Gil, A. C. (1995). Como elaborar projectos de pesquisa. São Paulo: Editora Atlas.c.