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Tema:
Estudantes do 2º grupo:
Dércio Benedito
Fátima Julião
Fernando Manuel
Tema:
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Índice
1. Introdução...................................................................................................................2
2. Objectivos...................................................................................................................4
3. Metodologia de Pesquisa.............................................................................................4
Referencial Teórico................................................................................................................5
5. Considerações finais.........................................................................................................13
6. Referências Bibliográficas...............................................................................................14
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1. Introdução
O presente trabalho da cadeira de Teoria Geral do Direito Civil II, tem como tema Negócio
jurídico sobre os quais impedem a sanção de nulidade. O negócio jurídico é um acto
lícito, no qual há uma composição de interesses, um regramento de condutas. É composto
de manifestação de vontade com finalidade negocial, que em geral é criar, adquirir,
transferir, modificar ou extinguir direito.
De acordo com o Código Civil, o negócio jurídico é nulo quando celebrado por pessoa
absolutamente incapaz; for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; o motivo
determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; não revestir a forma prescrita em lei;
for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; tiver
por objetivo fraudar lei imperativa; a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a
prática, sem cominar sanção. Este trabalho obedece a seguinte estrutura: Introdução, nesta
é apresentado a súmula do que se abordará no decorrer deste estudo; Objectivos, neste são
apresentados os objectivos da pesquisa; Desenvolvimento, onde serão apresentadas as
ideias dos diferentes autores que abordam sobre o tema em apreço; Conclusão, serão
apresentadas as conclusões obtidas após a realização da presente pesquisa e finalmente as
referências bibliográficas, onde serão apresentadas as fontes usadas para realização do
presente trabalho de pesquisa.
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2. Objectivos
2.1. Objectivo geral:
Segundo Gil (2006), metodologia consiste na recolha de obras de diversas autorias que
versam sobre o tema em apreço, com o objectivo de encontrar factos relacionados com o
problema em estudo que é Negócios celebrados sem forma e com falta de vontade. Para
a realização deste estudo privilegiou-se uma metodologia de análise exploratória
subsidiada pela análise descritiva e ilustrativa com base em elementos seculares de
unidades amostrais ordenadas de forma transversal. Cada fase da pesquisa obedeceu
princípios metodológicos universais e alinhados com os padrões internacionais de pesquisa
económica e econométrica.
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Referencial Teórico
Segundo o autor Veloso (2002, p. 96), é nulo o negócio jurídico, quando, em razão do
defeito grave que o atinge, não pode produzir os almejados efeitos. É a nulidade a sanção
para a ofensa à predeterminação legal. Nem sempre, contudo, se acha declarada na própria
lei. Às vezes, esta enuncia o princípio, imperativo ou proibitivo, cominando a pena
específica ao transgressor, e, então, diz-se que a nulidade é expressa ou tácita, outras vezes,
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a lei proíbe o acto ou estipula a sua validade na dependência de certos requisitos, e, se é
ofendida, existe igualmente nulidade, que se dirá implícita ou virtual.
A noção não pode ser aceita como absoluta, pois que, se é certo que toda nulidade há de
provir da lei, expressa ou virtualmente, certo é, também, que se faz mister seja declarada
pelo juiz. O Código Civil, na esteira do anterior, procurou, a propósito, adoptar uma
sistemática simples, inscrevendo, de um lado, a nulidade, que é sempre pleno iure, e
susceptível de proclamação por iniciativa de qualquer interessado ou do órgão do
Ministério Público, e, de outro lado, a anulabilidade, que é a decretação de ineficácia sob
inspiração de um interesse privado. No sistema do Código Civil, portanto, o vocábulo
nulidade já por si tem o sentido de absoluto, e é de pleno direito, a expressão nulidade
relativa deve dar lugar à anulabilidade.
Inspirada no respeito à ordem pública, Pereira (2010) afirma que, a lei encara o negócio no
seu tríplice aspecto, subjectivo, objectivo e formal, e, assim, considera-o nulo quando
praticado por pessoa absolutamente incapaz (condição subjectiva), quando for ilícito,
impossível ou indeterminável o seu objecto (condição objectiva), quando não revestir a
forma prescrita ou for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial à sua
validade (condição formal). A motivação, via de regra, não atinge a declaração de vontade.
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Falsa causa non nocet. Quando, porém, ambas as partes são conduzidas por motivo ilícito,
o negócio não pode produzir efeitos, por contrariedade à ordem jurídica. Cabe ao juiz
apreciar com cautela até onde a motivação ilícita determina a declaração de vontade.
Igualmente, se o agente contraria o imperativo da lei, não pode encontrar amparo para o
acto praticado. O dispositivo usa o vocábulo fraudar em sentido genérico, de usar
subterfúgio para contrariar a lei por via travessa.
Como já dito, destaca-se a nulidade textual, quando a lei declara nulo o negócio jurídico. O
Código Civil aludia, ainda, ao facto de a lei taxativamente negar efeito ao acto. A hipótese
está compreendida neste caso. Se a lei o declara nulo, impõe a nulidade como sanção. Se
proíbe a prática do acto, ele já é nulo, por contrariedade à lei proibitiva, dispensando
obviamente que a lei que o proíbe mencione a nulidade como sanção.
Para Gonçalves (2015), a nulidade é insuprível pelo juiz, seja de ofício, seja a
requerimento de algum interessado. Nem pode o acto ser confirmado. Ao dizer que o
negócio jurídico nulo não convalesce pelo decurso do tempo, o Código Civil (art. 169)
seguiu a doutrina tradicional que tem sustentado que, além de insanável, a nulidade é
imprescritível, o que daria em que, por maior que fosse o tempo decorrido, sempre seria
possível atacar o negócio jurídico. É frequente a sustentação deste princípio, tanto em
doutrina estrangeira, quanto nacional. Modernamente, para Gonçalves (2015), entretanto,
depois de assentar-se que a prescritibilidade é a regra, e a imprescritibilidade, a excepção
(v. nº 121, infra), alguns admitem que entre o interesse social do resguardo da ordem legal,
contido na vulnerabilidade do negócio jurídico, constituído com infracção de norma de
ordem pública, e a paz social, também procurada pelo ordenamento jurídico, sobreleva esta
última, e deve dar-se como susceptível de prescrição a faculdade de atingir o acto nulo. O
princípio reza às testilhas com o artigo 189. Dispõe este que, violado o direito, nasce para o
titular a pretensão, mas esta extingue-se nos prazos previstos no Código (arts. 205 e 206). ]
Para Teixeira de Freitas (2011, p. 189), não é absoluta a regra da invalidade total do acto
nulo. O Código Civil entendeu o princípio do aproveitamento da declaração de vontade,
por amor à intenção do agente. Inquinado o acto de qualquer dos vícios que determinam a
sua nulidade, deixa de ser pronunciada esta se for possível determinar que o objectivo que
os interessados tinham em vista pode ser atingido por via de outro negócio jurídico, que
não foi celebrado, mas é de se supor que o teria sido se os interessados houvessem previsto
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a nulidade do que praticavam é a chamada conversão substancial do negócio jurídico (art.
170). Gonçalves (2015).
Em primeiro plano situa-se, afirma Gonçalves (2015), que obviamente, o defeito de forma,
que permite o aproveitamento do acto, se para esta concorrem os outros requisitos da lei.
Igualmente são susceptíveis de validade as declarações de vontade, quando não atentem
contra os princípios que as maculam de maneira absoluta e total, uma vez que somente são
susceptíveis de prevalecimento os negócios jurídicos que são nulos mas que podem ter
validade sem quebrar os requisitos do outro acto negocial que o substituirá.
Refere Amaral (2012, p. 512), que os factos humanos, ou actos jurídicos em sentido
amplo, dividem-se em lícitos e ilícitos. Lícitos são os actos humanos que a lei defere os
efeitos almejados pelo agente e, por estarem em conformidade com o ordenamento
jurídico, produzem efeitos jurídicos voluntários, ou seja, queridos pelo agente. Dentre os
actos lícitos destacam-se: negócio jurídico, acto jurídico em sentido estrito e acto-facto
jurídico.
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prática, sem cominar sanção (Artigo 286.º, a nulidade é invocável a todo o tempo por
qualquer interessado e pode ser declarada oficiosamente pelo tribunal).
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VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
O negócio jurídico é acordo de vontades que estabelece lei entre as partes, devendo
conter todos os elementos essenciais, e dependendo da sua finalidade, os elementos
acidentais para produzir os efeitos queridos pelas partes. Dependendo do defeito
apresentado na sua formação, o negócio jurídico pode ser nulo, anulável ou inexistente.
Conforme Zeno Veloso (2002, p. 104), o negócio jurídico nulo não se confunde com o
negócio jurídico inexistente, uma vez que o primeiro existe para o direito, mas é inválido
por conter vício (s) em elementos essenciais, e, portanto não produz efeitos no âmbito
jurídico, enquanto que o negócio jurídico inexistente não “nasceu”, não existiu para o
mundo do direito privado.
Uma pode ser alegada por qualquer pessoa, inclusive pelo Ministério Público. Das
características da nulidade é a de que o negócio jurídico não produz efeitos jurídicos
contra qualquer pessoa, seja ela parte interessada ou não, assim, a nulidade absoluta
Além de ineficaz, a nulidade absoluta do negócio jurídico não pode ser sanada, ou seja,
convalidada para que o mesmo produza efeitos, devido à gravidade do vício de formação
do negócio jurídico.
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Sobre a nulidade absoluta do negócio jurídico, explica Veloso (2002, p. 142): “Além de
insanável, insuprível, irratificável, a nulidade é imprescritível.” Cabe aqui fazer uma
observação à imprescritibilidade do negócio jurídico absolutamente nulo, que, embora
não seja consenso a respeito desta característica, o entendimento que prevalece é o da
imprescritibilidade.
A simulação, segundo os termos do art. 240/1 do Código Civil, define-se pelo acordo entre
as partes declarante e declaratório de, no intuito de enganar terceiros, manifestar
declaração negocial divergente da vontade real do declarante. (Pinto, 2012).
a) inocente;
b) fraudulenta.
No primeiro caso as partes pretendem apenas criar uma falsa aparência ao exterior. Já no
segundo, além da falsa aparência, pretendem prejudicar terceiros (animus nocendi),
obtendo benefícios em prejuízo desses.
Ademais, a simulação pode ser classificada como absoluta, quando as partes não
pretendam celebrar qualquer negócio (p. ex., no caso da parte que simula a venda de um
imóvel, no intuito de, em verdade, fraudar uma execução), e relativa, quando o negócio
verdadeiramente pretendido se encontra dissimulado.
Para Santoro (1967), a simulação relativa pode ser classificada em subjetiva, quando
incidir sobre as partes (p. ex., compra e venda de A para B, mas declarando-se a venda a
C), ou objectiva, quando a divergência incidir sobre o objecto do negócio. Por sua vez, a
classificação objectiva subdivide-se em total, quando o negócio simulado for distinto do
negócio dissimulado (p. ex., celebra-se um contrato de compra e venda no intuito de
encobrir, em verdade, uma doação) ou parcial, quando há apenas um negócio, incidindo a
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simulação sobre as suas qualidades (p. ex., celebração de uma compra e venda com uma
defasagem entre o valor real e o valor declarado).
Já para o autor Pinto (2012), as consequências jurídicas da simulação, nos termos do art.
240/2 do Código Civil, é a nulidade do negócio jurídico. Não obstante, em que pese o
regime geral da nulidade, previsto no art. 286 do Código Civil, determinar que a nulidade é
invocável a todo tempo e por qualquer interessado, podendo, ainda, ser declarada
oficiosamente pelo tribunal, no caso da simulação a nulidade não pode ser invocada por
qualquer interessado, tampouco declarada oficiosamente pelo tribunal, sob pena de
violação ao direito de terceiros de boa-fé (art. 242 c/c 243).
Por óbvio, o ônus da comprovação da simulação caberá àquele que a pretender invocar.
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5. Considerações finais
Com a realização do presente estudo da Cadeira de Teoria Geral do Direito Civil II, cujo o
tema de Pesquisa versava sobre os Negócio jurídico sobre os quais impedem a sanção de
nulidade. De acordo com o que foi recolhido nas nossas pesquisas, foi possivel obter as
seguintes conclusões:
O negócio jurídico passa a ser inválido quando não possui todos os pressupostos
de constituição previstos na lei. Pode-se chamar também de negócio nulo. A nulidade pode
ser expressa ou tácita, também pode ser absoluta ou relativa.
A primeira (tácita) se refere àquela que não proporciona ao ato ou ao negócio qualquer
efeito. Nulo é a palavra normalmente usada para designar um negócio jurídico totalmente
sem validade. A nulidade absoluta opera com eficácia erga omnes, ou seja, todas as
pessoas se submetem à sanção de nulidade, assim, o juiz poderá reconhecer a nulidade ex
officio (independentemente de manifestação de qualquer pessoa. O que é absolutamente
nulo não se submete à prazo prescricional, por isso a nulidade pode ser reconhecida a
qualquer tempo e instância.
Todavia, somente poderá se declarar judicialmente nulo, o acto que trouxer qualquer dano
a alguma pessoa. Invalidade relativa é aquela que proporciona efeitos ao negócio até a data
da acção anulatória ajuizada pelo interessado. Apenas quem demonstrar ser interessado
juridicamente, poderá pleitear a acção desconstitutiva do negócio. A nulidade relativa
ofende apenas a ordem privada, assim não podendo o juiz reconhecê-la de ofício. Fala-se
em nulidade relativa quando o negócio pode ser convalidado.
É nulo o negócio jurídico quando: I – celebrado por pessoa absolutamente incapaz; II – for
ilícito, impossível ou indeterminável o seu objecto; III – o motivo determinante, comum a
ambas as partes, for ilícito; IV – não revestir a forma prevista em lei; V – for preterida
alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; VI – tiver por
objectivo fraudar a lei imperativa; VII – a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe
a prática, sem cominar sanção.
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6. Referências Bibliográficas
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