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Introdução...................................................................................................................................................2
CAPITULO II.............................................................................................................................................4
2.0 Direito internacional..........................................................................................................................4
2.1 Limitações do direito internacional................................................................................................4
2.2 Limitações da aplicação do direito estrageiro no contexto moçambicano......................................5
2.3 Objectos de tutela na limitação da aplicação do direito estrageiro.................................................6
2.3.1 Soberania Nacional.....................................................................................................................7
2.3.2 Ordem Pública............................................................................................................................7
2.3.4 Diversidade Cultural e Legal......................................................................................................7
2.3.5 Capacidade de Implementação....................................................................................................7
2.3.6 Reconhecimento e Execução......................................................................................................7
2.3.7 Protecção dos Direitos das Partes...............................................................................................7
Conclusão....................................................................................................................................................8
Referência bibliográfica..............................................................................................................................9
CAPITULO I
Introdução
Ao longo da história jurídica, a aplicação do direito estrangeiro tem sido uma prática comum em
muitos sistemas legais, especialmente em casos que envolvem partes com conexões
internacionais ou transnacionais. No entanto, a medida em que o direito estrangeiro é aplicado
está sujeita a uma série de considerações jurídicas, culturais, políticas e práticas, que podem
variar amplamente de uma jurisdição para outra.
Um dos principais limites na aplicação do direito estrangeiro é a soberania nacional. Cada Estado
possui sua própria jurisdição e autoridade legal para regulamentar questões dentro de suas
fronteiras de acordo com suas próprias leis e princípios. Isso pode resultar em situações em que a
aplicação do direito estrangeiro é restringida para preservar a autonomia e a soberania jurídica do
Estado.
2
Objetivos
Geral
Específicos
3
CAPITULO II
Alguns autores, no entanto, por conceituarem o direito de modo diverso, não hesitam em negar
ao direito internacional o status de direito. Weber, por exemplo, ao trabalhar os conceitos
sociológicos fundamentais, considera ser necessária ao conceito de direito a existência de um
quadro coativo, ou seja, um grupo de pessoas, apoiado pelo poder político, especialmente
destinado a manter seu cumprimento. Portanto, não se poderia chamar de direito o direito
internacional, ao qual falta esse quadro coativo, a não ser que se tenha outro conceito de direito,
possibilidade que Weber não descarta 2. Entre os que reconhecem o caráter jurídico do direito
internacional, há os que chamam a atenção para as características diferenciadoras em relação ao
modelo Estatal de ordem jurídica. Hart, que pensa o direito como um conjunto de normas
primárias e normas secundárias, considera o direito internacional uma espécie de direito
primitivo, já que só contém, segundo ele, normas primárias de comportamento3.
1
NASSER. Salem Hikmat (2005a), Fontes e Normas do Direito Internacional: um Estudo Sobre a Soft Law. São
Paulo, Atlas.
2
WEBER, Max (1964), Economia y Sociedad (2ª ed.). México, FCE
3
ibidem
4
O conceito genérico de direito que adoptamos se aplica tanto ao direito estatal quanto ao direito
internacional. Não se diferenciam essas ordens, portanto, no que respeita à essência do jurídico.
Diferenciam-se nas características que os marcam enquanto ordenamentos jurídicos. O
ordenamento jurídico internacional opera em uma sociedade composta por Estados que pensam a
si mesmos como igualmente dotados de soberania e independentes4.
É uma sociedade que carece de um poder supra-estatal, não apenas coactivo, mas também
produtor das normas. Essa característica essencial determina alguns traços do que se está
chamando de limitações desse direito. Por serem soberanos e porque falta uma autoridade supra-
estatal, aos Estados não se pode impor a sujeição às normas jurídicas. As duas fontes principais
do direito internacional dependem essencialmente do comportamento dos Estados ou de sua
aceitação para que surjam normas que os obriguem.
Nos tratados internacionais, cada Estado individual precisa, voluntariamente, expressar seu
consentimento em comprometer-se com aquele conjunto específico de normas, de direitos e de
obrigações5.
4
DUQUE, Bruna Lyra. O direito contratual e a intervenção do Estado. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
5
GODOY, Claudio Luiz Bueno. Função social do contrato: os novos princípios contratuais. 3. ed. São Paulo: Saraiva,
2009.
6
https://escola.mmo.co.mz/limites-a-aplicacao-do-direito-estrangeiro/
5
O direito material consubstancia-se no conjunto de normas jurídicas que atribuem, restringem ou
modificam direitos no plano interno. Assim, sendo o direito material estrangeiro, passa a ser um
sistema de normas jurídicas substantivas com diferentes sectores normativas que, chamados pelo
Direito privado internacional do foro como competentes, mediante a conexão existentes são
interpretadas e aplicadas pelo Tribunal do foro ao caso sub Júdice.
O direito estrangeiro aplicável será aquele que vigora numa ordem jurídica estadual deste
chamado a dirimir a situação sub Júdice. Como requisitos é o primeiro necessário que seja o
direito chamado pela norma de conflito do foro, segundo o direito a aplicar-se estiver
efectivamente em vigor naquele pais não importando a sua fonte, pois, se o ordenamento
apontado como competente tem um sistema que respeita e aplica o sistema de precedentes law, o
tribunal do foro devera igualmente respeitar as decisões proferidas nos casos precedentes 7.
O direito estrangeiro a ter conta, para efeitos de aplicação no estado do foro, é aquele que for
criado pelas respectivas fontes formais, isto é, através dos modos ou processos como tais
reconhecidos como respectivos ordenamentos. Ora, se estes ordenamentos reconhecem o
costume como fonte de direito, o tribunal do foro aplicara as regras consuetudinárias
estrangeiras, respeitando no entanto a hierarquia das fontes da ordem jurídica estrangeira. Se
nessa ordem prevalece o princípio dos precedentes, a análise dos casos análogos anteriormente
julgados, o sistema anglo-saxónico, o juiz do foro terá de se ater as decisões anteriormente
proferidas pelos tribunais daquele pais.
7
Ibidem
8
ARAUJO, Nadia de. Direito Internacional Privado: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Renovar, 2008, p. 40.
6
2.3.1 Soberania Nacional
Um dos principais limites é a soberania nacional. Os Estados têm o poder de regular questões
dentro de suas fronteiras de acordo com suas próprias leis e princípios. Portanto, a aplicação do
direito estrangeiro pode ser limitada quando entra em conflito com as leis e políticas nacionais.
7
Conclusão
A aplicação do direito estrangeiro em sistemas jurídicos nacionais é uma prática complexa e
desafiadora que enfrenta uma série de limitações. Ao longo deste estudo, examinamos
cuidadosamente os principais obstáculos e dificuldades encontradas na aplicação do direito
estrangeiro e suas implicações para a coesão e eficácia do ordenamento jurídico. A partir dessa
análise, podemos chegar a várias conclusões significativas.
8
Referência bibliográfica
ARAUJO, Nadia de. Direito Internacional Privado: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Renovar,
2008.
DUQUE, Bruna Lyra. O direito contratual e a intervenção do Estado. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2007.
GODOY, Claudio Luiz Bueno. Função social do contrato: os novos princípios contratuais. 3. ed.
São Paulo: Saraiva, 2009.
NASSER. Salem Hikmat (2005a), Fontes e Normas do Direito Internacional: um Estudo Sobre a
Soft Law. São Paulo, Atlas.
https://escola.mmo.co.mz/limites-a-aplicacao-do-direito-estrangeiro/
Legislações
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