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Módulo Controle da Incidência Tributária

SEMINÁRIO VII - IPTU, ITR E IPVA

Leitura básica
• CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 32 ed. São Paulo: Noeses, 2022,
Capítulo VIII, item 7 (A regra-matriz de incidência – sua estrutura lógica – hipótese e
consequência).
• CARVALHO, Paulo de Barros. Derivação e positivação no direito tributário. 2.ed. v.2. São
Paulo: Noeses, 2017. Tema XXI (Tributação sobre a propriedade de bem imóvel: algumas
considerações sobre as regras-matrizes do IPTU e do ITR).

Leitura complementar
• CARVALHO, Paulo de Barros. Derivação e positivação no direito tributário. 2.ed. v2.. São
Paulo: Noeses, 2017. Tema XIX (IPVA e alienação fiduciária: análise da sujeição passiva
do imposto em contratos de alienação fiduciária).
• CARNEIRO, Luísa Cristina Miranda. IPVA – teoria, prática e questões polêmicas. São
Paulo: Noeses. Capítulo 3.
• LOUBET, Leonardo Furtado. Tributação Federal no Agronegócio. São Paulo: Noeses.
Capitulo IV.
• MARTINS, Rogério Lindenmeyer Vidal da Silva. O perfil do imposto sobre a propriedade
de veículos automotores – IPVA. In: MARTINS, Ives Gandra da Silva. Curso de direito
tributário. São Paulo: Saraiva.
• OLIVEIRA, Cássia Valéria. Considerações acerca do Ato Declaratório Ambiental exigido
pela Receita Federal para não incidência do ITR sobre as áreas de preservação
permanente e reserva legal. Revista de Direito Tributário, São Paulo, n. 105, p. 197-206,
2009.
• BARRETO, Aires Fernandino. IPTU – progressividade e diferenciação. Revista Dialética de
Direito Tributário, n. 76.
• FERNANDES, Cíntia Estefania. IPTU: texto e contexto. São Paulo: Quartier Latin.
Capítulo 5.
• VIEIRA, Maria Leonor Leite. Imposto territorial rural: hipótese de incidência e base de
cálculo – provocações. In: SANTI, Eurico Marcos Diniz de. Curso de especialização em
direito tributário – homenagem a Paulo de Barros Carvalho. São Paulo: Forense, 2005.
Livro IV, Capítulos IX (Apontamentos sobre o ITR e a sua progressividade).
• MOURA, Frederico Araújo Seabra de. IPTU, Capacidade Contributiva e
Corresponsabilização do Promitente Vendedor no Contexto dos Contratos de Promessa
de Compra e Venda: Reflexões Sobre os Precedentes Veiculados nos Recursos
Especiais nº 1.111.202/SP e as Práticas administrativas Municipais. In: XIII CONGRESSO
NACIONAL DE ESTUDOS TRIBUTÁRIOS DO IBET. São Paulo: Noeses.

Questões
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1. Construa as regras-matrizes de incidência do IPTU, ITR e IPVA.


2. Diferençar os conceitos de propriedade, domínio útil e posse do art. 1º da Lei n.
9.393/96, correlacionando-os com o de propriedade do art. 153, VI, da CF. Há
competência da União para instituir como critério material do ITR o domínio útil e a
posse (vide anexos I, II e III)?
3. A quem compete definir as zonas urbana e rural? Qual o veículo legislativo
adequado para tanto? Os imóveis industriais, comerciais e prestadores de serviços
situados fora dos núcleos urbanos municipais estão sujeitos à incidência do IPTU?
(vide anexo IV). E os de exploração vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial,
quando situados dentro dos núcleos urbanos municipais? (vide anexos V, VI e VII).
4. A modificação da planta genérica, que determina a base de cálculo do IPTU, deve
ser veiculada por lei, ou pode ser por meio de decreto? Há necessidade de
publicação no diário oficial? (vide anexo VIII).
5. Considerando o consequente tributário, especialmente o critério quantitativo no que
tange às alíquotas do IPTU, discorra sobre a possibilidade ou não de se aplicar
alíquotas diferenciadas para imóveis sem uso, imóveis fechados, com condição de
habitabilidade ou pela localização dos mesmos. Desenvolva sua justificativa e
explique se esta providência interfere na estrutura da norma tributária em sentido
estrito ou se apenas surge em momento pré-legislativo, na construção da norma.
6. . Quanto ao ITR pergunta-se:
a) O art. 11 da Lei n. 9.393/96 fixou as alíquotas do ITR em percentuais que variam
de 0,03% a 20%, conforme a área total do imóvel e o grau de utilização. No seu
entender, referida progressividade atende ao disposto no art. 153, § 4º, da
Constituição Federal? A alíquota de 20%, neste caso é confiscatória? Em caso
negativo quando ter-se-ia caracterizado o efeito confiscatório? Justificar.
b) A que tipo de lançamento está sujeito o ITR? A exclusão da base de cálculo do
ITR da área de reserva legal depende de sua averbação na matrícula? Pressupõe o
protocolo de Ato Declaratório Ambiental (ADA) do IBAMA, ou do Cadastro
Ambiental Rural (CAR - Lei nº 12.651/12)? (vide anexos IX, X e XI).
c) Caso o contribuinte não declare o imposto, de que forma deve o Fisco fazer o
lançamento? A partir de quais elementos? Nessa hipótese estará autorizado, ipso
facto, o lançamento com a exclusão total das áreas ambientais e, em
consequência, pelas alíquotas mais gravosas?
d) No desenvolvimento das suas atividades fiscalizatórias pode o Fisco exigir do
contribuinte, depois de declarado e pago o tributo por ele, a apresentação de laudos
de avaliação para comprovar os valores das terras? E a apresentação de laudos de
profissionais da área ambiental para comprovação da reserva legal, de cada área
de preservação permanente e das áreas impróprias à atividade produtiva, seguindo
as normas previstas na ABNT, como vem acontecendo hoje em dia com diversos
produtores? As normas da ABNT podem ser utilizadas para fins tributários? Afinal,
o ITR é mesmo um lançamento “por homologação”? Quais os limites dos
esclarecimentos a serem prestados nesses casos?
e) Hoje em dia vem ganhando força a adoção de formas alternativas de geração de
energia. Diante desse quadro, indaga-se: como apurar o ITR no caso de instalação
de parques eólicos ou de parques solares em imóveis rurais? Essas áreas serão
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consideradas improdutivas para fins de ITR? Caso não sejam consideradas


improdutivas, como enquadrá-las no art. 10 da Lei nº 9.393/96?
7. Com relação ao IPVA pergunta-se:
a) Que é “veículo automotor”? Embarcações e aeronaves enquadram-se no
conceito de “veículo automotor”, sujeitando-se à incidência do IPVA?
b) A Constituição Federal definiu o critério espacial da regra matriz de incidência
tributária do IPVA? Caso a pessoa (física ou jurídica) tenha domicílios em diferentes
Estados, nos termos dos arts. 71 e §1º do art. 75, do Código Civil Brasileiro, qual
será o Estado competente para cobrança do IPVA? E se o veículo for registrado em
um Estado, mas utilizado em outros? (vide anexos XII e XIII)
c) É possível a exigência do imposto em relação ao domínio útil ou posse do veículo?
Identificar, justificando sua resposta, quem pode integrar a relação jurídica tributária
do IPVA, na qualidade de sujeito passivo, caso o veículo seja objeto das operações
de: i) locação; ii) arrendamento mercantil (leasing); iii) alienação fiduciária (XIV, XV e
XVI).
d) Qual o critério temporal do imposto no caso de (i) veículo novo; e (ii) veículo
usado? Pode um Estado cobrar o imposto já pago em outra unidade federada no
caso de transferência do veículo usado durante o exercício? Sendo o veículo objeto
de roubo, furto ou perda total durante o exercício, pode o contribuinte pedir a
restituição proporcional do valor já pago a título de IPVA?

Sugestão para pesquisa suplementar


• Do Imposto Territorial Rural – ITR, de Geilson Salomão Leite. São Paulo: Max Limonad.
• IPTU – aspectos jurídicos relevantes, coord. Marcelo Magalhães Peixoto. São Paulo:
Quartier Latin.
• IPTU e progressividade: igualdade e capacidade contributiva, de Elizabeth Nazar
Carrazza. Curitiba: Juruá.
• IPTU, de Valéria Furlan. São Paulo: Malheiros.
• Artigo: IPVA: “O Direito Tributário deve continuar a avançar: o IPVA, esse (ainda) ilustre
desconhecido”. Revista de direito tributário contemporâneo – de Leonardo Loubet in
RDTC nº 02. coord. Paulo de Barros Carvalho. Ano 01. set/out 2016. São Paulo:
Thomson Reuters.
• Artigo: “Imposto predial e territorial urbano”, de Aires Fernandino Barreto, in Curso de
direito tributário, coord. Ives Grandra da Silva Martins. Belém: CEJUP.
• Artigo: “Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU e Imposto sobre a Transmissão de
Bens Imóveis – ITBI”, de Aires F. Barreto, in Curso de direito tributário, coord. Ives
Gandra da Silva Martins. São Paulo: Saraiva.
• Artigo: “O imposto sobre a propriedade territorial rural”, de José Antonio Francisco e
Marcello Jorge Pellegrina, in Curso de direito tributário, coord. Ives Grandra da Silva
Martins. São Paulo: Saraiva
• Artigo: “IPTU, ITBI e capacidade contributiva: diversidade de bases de cálculo e critérios
para a progressividade”, de Betina Treiger Grupenmacher, in X Congresso Nacional de
Estudos Tributários do IBET. São Paulo: Noeses.
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Anexo I
AgRg no AG. em REsp Nº 691.946/RJ

DJe 16/06/2015

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


TRIBUTÁRIO. IPTU. CONTRATO DE CONCESSÃO DE BEM PÚBLICO. AUSÊNCIA DE
ANIMUS DOMINI. TRIBUTO INDEVIDO. PRECEDENTES. SÚMULA 83/STJ. AGRAVO
REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. O artigo 34 do CTN define como contribuinte do IPTU o
proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título. O
Superior Tribunal de Justiça tem entendido que a posse apta a gerar a obrigação tributária é
aquela qualificada pelo animus domini, ou seja, a que efetivamente esteja em vias de ser
transformada em propriedade, seja por meio da promessa de compra e venda, seja pela posse
ad usucapionem . Assim, a incidência do tributo deve ser afastada nos casos em que a posse é
exercida precariamente, bem como nas demais situações em que, embora envolvam direitos
reais, não estejam diretamente correlacionadas com a aquisição da propriedade. 2. O
cessionário do direito de uso não é contribuinte do IPTU, haja vista que é possuidor por relação
de direito pessoal, não exercendo animus domini, sendo possuidor do imóvel como simples
detentor de coisa alheia. Precedentes. Incidência do óbice da Súmula 83/STJ. 3. Agravo
regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos esses autos em que são
partes as acima indicadas, acordam os Ministros da SEGUNDA TURMA do Superior Tribunal de
Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas, o seguinte resultado de
julgamento: "A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do
voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)." A Sra. Ministra Assusete Magalhães, os Srs. Ministros
Humberto Martins, Herman Benjamin e Og Fernandes votaram com o Sr. Ministro Relator.
Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Mauro Campbell Marques. Brasília (DF), 09 de junho de
2015. MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES , Relator

Anexo II
REsp n. 1.110.551/SP

DJe 18/06/2009

RECURSO ESPECIAL Nº 1.110.551 - SP (2008/0269892-3) RELATOR : MINISTRO


MAURO CAMPBELL MARQUES RECORRENTE : MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO
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DO CAMPO PROCURADOR : LUCYMAR BARBOZA DE SOUZA PEREIRA E


OUTRO(S) RECORRIDO : GETÚLIO BARELLA ADVOGADO : SÉRGIO BARELLA
EMENTA TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU. CONTRATO DE PROMESSA DE
COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. LEGITIMIDADE PASSIVA DO POSSUIDOR
(PROMITENTE COMPRADOR) E DO PROPRIETÁRIO (PROMITENTE VENDEDOR).
1. Segundo o art. 34 do CTN, consideram-se contribuintes do IPTU o proprietário do
imóvel, o titular do seu domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título. 2. A
jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de que tanto o promitente comprador
(possuidor a qualquer título) do imóvel quanto seu proprietário/promitente vendedor
(aquele que tem a propriedade registrada no Registro de Imóveis) são contribuintes
responsáveis pelo pagamento do IPTU. Precedentes: RESP n.º 979.970/SP, Rel. Min.
Luiz Fux, Primeira Turma, DJ de 18.6.2008; AgRg no REsp 1022614 / SP, Rel. Min.
Humberto Martins, Segunda Turma, DJ de 17.4.2008; REsp 712.998/RJ, Rel. Min.
Herman Benjamin, Segunda Turma, DJ 8.2.2008 ; REsp 759.279/RJ, Rel. Min. João
Otávio de Noronha, Segunda Turma, DJ de 11.9.2007; REsp 868.826/RJ, Rel. Min.
Castro Meira, Segunda Turma, DJ 1º.8.2007; REsp 793073/RS, Rel. Min. Castro Meira,
Segunda Turma, DJ 20.2.2006. 3. "Ao legislador municipal cabe eleger o sujeito passivo
do tributo, contemplando qualquer das situações previstas no CTN. Definindo a lei como
contribuinte o proprietário, o titular do domínio útil, ou o possuidor a qualquer título, pode
a autoridade administrativa optar por um ou por outro visando a facilitar o procedimento
de arrecadação" (REsp 475.078/SP, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ 27.9.2004). 4.
Recurso especial provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e da
Resolução STJ 08/08. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são
partes as acima indicadas, acordam os Ministros da PRIMEIRA SEÇÃO do Superior
Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas, por
unanimidade, dar provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro
Relator. Os Srs. Ministros Benedito Gonçalves, Eliana Calmon, Francisco Falcão, Castro
Meira, Denise Arruda, Humberto Martins e Herman Benjamin votaram com o Sr. Ministro
Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Luiz Fux. Presidiu o julgamento o Sr.
Ministro Teori Albino Zavasck. Brasília (DF), 10 de junho de 2009. MINISTRO MAURO
CAMPBELL MARQUES , Relator.

Anexo III
REsp n. 1.111.202/SP

DJe 18/06/2009

TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU. CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E


VENDA DE IMÓVEL. LEGITIMIDADE PASSIVA DO POSSUIDOR (PROMITENTE
COMPRADOR) E DO PROPRIETÁRIO (PROMITENTE VENDEDOR). 1. Segundo o art. 34 do
CTN, consideram-se contribuintes do IPTU o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil
ou o seu possuidor a qualquer título. 2. A jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de
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que tanto o promitente comprador (possuidor a qualquer título) do imóvel quanto seu
proprietário/promitente vendedor (aquele que tem a propriedade registrada no Registro de
Imóveis) são contribuintes responsáveis pelo pagamento do IPTU. Precedentes: RESP n.º
979.970/SP, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJ de 18.6.2008; AgRg no REsp 1022614 / SP,
Rel. Min. Humberto Martins, Segunda Turma, DJ de 17.4.2008; REsp 712.998/RJ, Rel. Min.
Herman Benjamin, Segunda Turma, DJ 8.2.2008 ; REsp 759.279/RJ, Rel. Min. João Otávio de
Noronha, Segunda Turma, DJ de 11.9.2007; REsp 868.826/RJ, Rel. Min. Castro Meira, Segunda
Turma, DJ 1º.8.2007; REsp 793073/RS, Rel. Min. Castro Meira, Segunda Turma, DJ 20.2.2006.
3. "Ao legislador municipal cabe eleger o sujeito passivo do tributo, contemplando qualquer das
situações previstas no CTN. Definindo a lei como contribuinte o proprietário, o titular do domínio
útil, ou o possuidor a qualquer título, pode a autoridade administrativa optar por um ou por outro
visando a facilitar o procedimento de arrecadação" (REsp 475.078/SP, Rel. Min. Teori Albino
Zavascki, DJ 27.9.2004). 4. Recurso especial provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C
do CPC e da Resolução STJ 08/08. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos em
que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da PRIMEIRA SEÇÃO do Superior
Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas, por unanimidade, dar
provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros
Benedito Gonçalves, Eliana Calmon, Francisco Falcão, Castro Meira, Denise Arruda, Humberto
Martins e Herman Benjamin votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr.
Ministro Luiz Fux. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Teori Albino Zavasck. Brasília (DF), 10 de
junho de 2009. MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES , Relator.

Anexo IV
RE n. 93.850-8/MG

DJ 20/05/1982

IMPOSTO PREDIAL. CRITÉRIO PARA A CARACTERIZAÇÃO DO IMÓVEL COMO


RURAL OU URBANO.
A fixação desse critério, para fins tributários, é princípio geral de direito tributário,
e, portanto, só pode ser estabelecido por lei complementar. O CTN, segundo a
jurisprudência do STF, é lei complementar.
Inconstitucionalidade do artigo 6º, e seu parágrafo único da Lei Federal 5.868, de
12 de dezembro de 1972, uma vez que, não sendo lei complementar, não poderia ter
estabelecido critério, para fins tributários, de caracterização de imóvel como rural ou
urbano diverso do fixado nos artigos 29 e 32 do CTN.
Recurso extraordinário conhecido e provido, declarando a inconstitucionalidade
do artigo 6º e seu parágrafo único da Lei Federal 5.868, de 12 de dezembro de 1972.
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Anexo V
REsp n. 1.112.646/SP

DJ 28/08/2009

IMÓVEL NA ÁREA URBANA. DESTINAÇÃO RURAL. IPTU. NÃO-INCIDÊNCIA. ART.


15 DO DL 57/1966. RECURSO REPETITIVO. ART. 543-C DO CPC.
1. Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana do
Município, desde que comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal,
agrícola, pecuária ou agroindustrial (art. 15 do DL 57/1966).
2. Recurso Especial provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e
da Resolução 8/2008 do STJ.

Anexo VI
AgRg no REsp n. 783.794/SP

DJ 08/02/2010

IPTU. MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO. SÍTIO RECREIO. INCIDÊNCIA. IMÓVEL


SITUADO EM ÁREA URBANA DESPROVIDA DE MELHORAMENTOS.
DESNECESSIDADE. (...) 2. A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que
é legal a cobrança do IPTU dos sítios de recreio, localizados em zona de expansão
urbana definida por legislação municipal, nos termos do arts. 32, § 1º, do CTN c/c arts.
14 do Decreto-lei n. 57/66 e 29 da Lei 5.172/66, mesmo que não contenha os
melhoramentos previstos no art. 31, § 1º, do CTN.

Anexo VII
REsp n. 1.128.981/SP
DJ 18/03/2010

IPTU. LOTEAMENTO. INCIDÊNCIA SOBRE ÁREA DE IMÓVEL URBANO


DENOMINADA ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. LEGALIDADE.
RESTRIÇÃO À UTILIZAÇÃO DE PARTE DO IMÓVEL QUE NÃO DESNATURA A
OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR DO TRIBUTO. PROPRIEDADE. LIMITAÇÃO
DE NATUREZA RELATIVA. AUSÊNCIA DE LEI ISENTIVA.
1. Hipótese em que se questiona a violação do artigo 32, I e II, do CTN, e dos
artigos 5º, I, II, XXII, 156, § 1º, II, da Constituição Federal, ao argumento de que não
deve incidir IPTU sobre área de preservação permanente interna a empreendimento
imobiliário urbano. 2. Não se conhece do recurso especial por violação a dispositivos
constitucionais, sob pena de se usurpar a competência do Supremo Tribunal Federal,
nos termos do que dispõe o artigo 102, III, da Constituição Federal.
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3. A restrição à utilização da propriedade referente a área de preservação


permanente em parte de imóvel urbano (loteamento) não afasta a incidência do
Imposto Predial e Territorial Urbano, uma vez que o fato gerador da exação
permanece íntegro, qual seja, a propriedade localizada na zona urbana do município.
Cuida-se de um ônus a ser suportado, o que não gera o cerceamento total da
disposição, utilização ou alienação da propriedade, como ocorre, por exemplo, nas
desapropriações. Aliás, no caso dos autos, a limitação não tem caráter absoluto, pois
poderá haver exploração da área mediante prévia autorização da Secretaria do Meio
Ambiente do município.
4. Na verdade, a limitação de fração da propriedade urbana por força do
reconhecimento de área de preservação permanente, por si só, não conduz à violação
do artigo 32 do CTN, que trata do fato gerador do tributo. O não pagamento da exação
sobre certa fração da propriedade urbana é questão a ser dirimida também à luz da
isenção e da base de cálculo do tributo, a exemplo do que se tem feito no tema
envolvendo o ITR sobre áreas de preservação permanente, pois, para esta situação,
por exemplo, há lei federal permitindo a exclusão de áreas da sua base de cálculo
(artigo 10, § 1º, II, “a” e “b”, da Lei 9.393/96).
5. Segundo o acórdão recorrido, não há lei prevendo o favor legal para a
situação dos autos, fundamento bastante para manter o decisum, pois o artigo 150, §
6º, da Constituição Federal, bem como o artigo 176 do Código Tributário Nacional
exigem lei específica para a concessão de isenção tributária. Confiram-se: REsp
939.709/DF, Primeira Turma, Rel. Min. José Delgado, DJ de 27.2.2008; RMS
22.371/DF, Primeira Turma, Rel. Min. Francisco Falcão, DJ de 24.5.2007; REsp
582.055/RN, Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, DJe de 18.4.2008; RMS
24.854/PE, Segunda Turma, Rel. Min. Castro Meira, DJ de 8.11.2007.

Anexo VIII
AI n. 764.518/MG - RG

DJ 05/02/2010

IPTU. Majoração da base de Cálculo. Publicação de mapas de valores genéricos.


Necessidade de lei em sentido formal. Repercussão geral reconhecida. Apresenta
repercussão geral o recurso extraordinário que verse sobre a necessidade de lei em
sentido formal para fins de atualização do valor venal de imóveis.

Anexo IX
AgRg no REsp n. 1.315.220/MG

DJ 12/03/2013

INCLUSÃO DA ÁREA DE RESERVA LEGAL DA BASE DE CÁLCULO DO ITR. NÃO


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CABIMENTO. AVERBAÇÃO NA MATRÍCULA DO IMÓVEL. DESNECESSIDADE.


PRECEDENTES DO STJ. AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. De acordo com entendimento consolidado pela Primeira Seção do Superior
Tribunal de Justiça, para as áreas de preservação ambiental permanente e reserva
legal, é inexigível a apresentação de ato declaratório do IBAMA ou da averbação
dessa condição à margem do registro do imóvel para efeito de isenção do ITR.
2. Agravo regimental não provido.

Anexo X
REsp 1.450.344/SC

DJe 19/12/2016
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS
FORMAS. OFENSA AO ART. 535 DO CPC/1973 NÃO CONFIGURADA. ITR. ÁREA
DE RESERVA LEGAL. AVERBAÇÃO NA MATRÍCULA DO IMÓVEL. NECESSIDADE
PARA FINS DE GOZO DA ISENÇÃO. 1. Trata-se de Recurso Especial em que se
discute se o direito à isenção do Imposto Territorial Rural-ITR sobre Área de Reserva
Legal está ou não condicionado à sua prévia averbação no Registro de Imóveis.
CONHECIMENTO. 2. Deve ser afastada a alegação do recorrido, de que o Recurso
Especial do ente fazendário é inadimissível porque se refere a outro processo. 3. O
processo tramitou por meio eletrônico, e disso faz prova a certidão de fl. 485, e-STJ,
que atesta que a interposição do Recurso Especial foi assinada eletronicamente pela
Procuradora da Fazenda Nacional, Dra. Berenice Ferreira Lamb. 4. Nesse contexto,
presume-se que o ato processual foi praticado pela parte nos respectivos autos,
pois foi necessária a prévia vinculação eletrônica da peça recursal ao processo
específico. Registre-se, ainda, que diante da interposição eletrônica do recurso,
nem mesmo era obrigatória a identificação, no corpo da petição, dos dados do
processo (tal qual ocorreu, por exemplo, com a petição de interposição dos Embargos
de Declaração, que se limitou a indicar o objeto do ato processual, isto é, não
descreveu o número de autuação do feito, nem tampouco as partes da relação
jurídica processual - fl. 454, e-STJ), também transmitida eletronicamente (fl. 453,
e-STJ) e julgada pela Corte local sem qualquer questionamento. 5. Enfim, a
questão decidida no acórdão impugnado e combatida no Recurso Especial consiste
na definição a respeito da necessidade ou não da averbação da Área de Reserva
Legal, para fins de isenção do ITR. Assim, o acréscimo de outros elementos
narrativos, inseridos em petição padronizada (modelo) de recurso, devem apenas
ser desconsiderados, sem entretanto comprometer o julgamento do mérito recursal
em relação ao ponto controvertido. Afasto, portanto, a incidência das Súmulas
182/STJ e 283 e 284 do STF. MÉRITO 6. A solução integral da controvérsia, com
fundamento suficiente, não caracteriza ofensa ao art. 535 do CPC/1973. 7. O
Superior Tribunal de Justiça possui entendimento de que, para assegurar o direito à
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isenção do ITR, é imprescindível a averbação da Área de Reserva Legal no respectivo


registro de imóveis. 8. Assiste razão à recorrida no que diz respeito à existência de
pedidos sucessivos formulados na inicial. Com efeito, na petição inicial foi pedido,
caso não fosse anulado o Auto de Infração, que ao menos fosse determinada a sua
retificação, para o efeito de modificar a base de cálculo do tributo (com lastro no valor
real de mercado da terra nua) ou aplicada a menor alíquota de ITR vigente ao tempo
do fato gerador, considerando-se o imóvel com grau de utilização de 100%. A
parte acrescentou, durante a tramitação dos autos, a informação de que em outra
demanda entre as mesmas partes, relativa ao exercício de 1998 (a presente versa
sobre o exercício de 2000), a Corte local e o STJ confirmaram o direito à isenção,
devendo ser aplicado o mesmo entendimento a este feito. Tais pedidos não foram
apreciados porque o fundamento então adotado - de que é isenta a Área de Reserva
Legal, independentemente de averbação – era suficiente para a composição da lide.
Com a sua superação, não é possível ao STJ decidir a respeito, sob pena de
supressão de instância. 9. Recurso Especial parcialmente provido, com
determinação de retorno dos autos para pross guimento do feito, em relação aos
pedidos sucessivos apresentados pela autora (ora recorrida).

Anexo XI
REsp n. 665.123/PR
DJ 05/02/2007
Relatora: Ministra Eliana Calmon

VOTO

A EXMA. SRA. Ministra Eliana Calmon (Relatora):


Prequestionados os dispositivos indicados no especial, passo ao exame do
recurso, que se resume à seguinte questão: a legalidade ou não da exigência da
obrigação acessória, consubstanciada no Ato Declaratório Ambiental – ADA, previsto
na Instrução Normativa da Secretaria da Receita Federal 67/97. Contudo, para se
dirimir a controvérsia dos autos, é importante destacar, do Imposto Territorial Rural –
ITR, tributo sujeito ao regime de lançamento por homologação, a sistemática relativa à
sua apuração e pagamento. Para tanto, ressalto do art. 10 da Lei n. 9.393/96 os
trechos que interessam:

Art. 10. A apuração e o pagamento do ITR serão efetuados pelo


contribuinte, independentemente de prévio procedimento da administração
tributária, nos prazos e condições estabelecidas pela Secretaria da Receita
Federal, sujeitando-se a homologação posterior.
§ 1º Para os efeitos de apuração do ITR considerar-se-á:
I – VTN, o valor do imóvel, excluídos os valores relativos a:
a) construções, instalações e benfeitorias;
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b) culturas permanentes e temporárias;


c) pastagens cultivadas e melhoradas;
d) florestas plantadas;
II – área tributável, a área total do imóvel, menos as áreas:
a) de preservação permanente e de reserva legal, previstas na Lei 4.771,
de 15 de setembro de 1965, com a redação dada pela Lei 7.803, de 18 de
julho de 1989;
b) de interesse ecológico para a proteção dos ecossistemas, assim
declaradas mediante ato do órgão competente, federal ou estadual, e que
ampliem as restrições de uso previstas na alínea anterior;
c) comprovadamente imprestáveis para qualquer exploração agrícola,
pecuária, granjeira, aquicola ou florestal, declaradas de interesse ecológico
mediante ato do órgão competente, federal ou estadual;
(...)

Da transcrição acima, destaca-se que, quando da apuração do imposto devido,


exclui-se da área tributável as áreas de preservação permanente e de reserva legal,
além daquelas de interesse ecológico e das imprestáveis para qualquer exploração
agrícola, remetendo o dispositivo citado para a Lei 4.771/65, da qual sobressai o art.
3º, verbis: Art. 3º. Consideram-se, ainda, de preservação permanentes, quando assim
declaradas por ato do Poder Público, as florestas e demais formas de vegetação
natural destinadas:
(...)
Já a Instrução Normativa SRF 67/97 prevê, no § 4º do art. 10, o reconhecimento
das áreas de preservação permanente e as de utilização limitada, mediante ato
declaratório do IBAMA ou órgão delegado. Confira-se:

§ 4º As áreas de preservação permanente e as de utilização limitada serão


reconhecidas mediante ato declaratório do IBAMA, ou órgão delegado
através de convênio, para fins de apuração do ITR, observado o seguinte:
I – as áreas de reserva legal, para fins de obtenção do ato declaratório do
IBAMA, deverão estar averbadas à margem da inscrição da matrícula do
imóvel no registro de imóveis competente, conforme preceitua a lei n.
4.771, de 1965;
II – o contribuinte terá o prazo de seis meses, contado da data da entrega
da declaração do ITR, para protocolar requerimento do ato declaratório
junto ao IBAMA;
III – se o contribuinte não requerer, ou se o requerimento não for
reconhecido pelo IBAMA, a Secretaria da Receita Federal fará lançamento
suplementar recalculando o ITR devido.

Tribunal a quo decidiu no sentido de que a exigência do Ato Declaratório


Ambiental é obrigação acessória que não agride o art. 113, § 2º, do CTN. Contudo,
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discordo de tal posição, porque não vislumbro no art. 10 da Lei n. 9.393/96 ou mesmo
na Lei n. 4.771/65 fundamento de validade para a retromencionada IN/SRF 67/97,
porque quando os mencionados diplomas falam em declaração por parte do poder
público de áreas de preservação permanente ou de interesse ecológico estão se
referindo à existência de especial afetação, decorrente de ato administrativo editado
pelo órgão competente para tanto, que irá declarar que determinada área não se
presta para o desenvolvimento ou exploração de atividade econômica.
Como reforço do meu argumento, destaco que a Medida Provisória n. 2.166-67,
de 24/08/2001, ainda vigente, mas não prequestionada no caso dos autos, fez inserir o
§ 7º do art. 10 da Lei n. 9.393/96 para deslindar finalmente a controvérsia,
dispensando o Ato Declaratório Ambiental nas hipóteses de áreas de preservação
permanente e de reserva legal para fins de cálculo do ITR, conforme se pode verificar:

§ 7º A declaração para fim de isenção do ITR relativa às áreas de que


tratam as alíneas “a” e “d” do inciso II, § 1, deste artigo, não está sujeita à
prévia comprovação por parte do declarante, ficando o mesmo
responsável pelo pagamento do imposto correspondente, com juros e
multa previstos nesta Lei, caso fique comprovado que a sua declaração
não é verdadeira, sem prejuízo de outras sanções aplicáveis.

Há nesta Corte, inclusive, um precedente que destaco, da lavra do Min. Luiz Fux,
que determina a aplicação retroativa do § 7º acima transcrito, com supedâneo no art.
106 do CTN:

PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. ITR. ÁREA DE PRESERVAÇÃO


PERMANENTE. EXCLUSÃO. DESNECESSIDADE DE ATO
DECLARATÓRIO DO IBAMA. MP N. 2.166-67/2001. APLICAÇÃO DO
ART. 106, DO CTN. RETRO-OPERÂNCIA DA LEX MITIOR.
1. Recorrente autuada pelo fato objetivo de ter excluído da base de cálculo
do ITR área de preservação permanente, sem prévio ato declaratório do
IBAMA, consoante autorização da norma interpretativa de eficácia ex tunc
consistente na Lei n. 9.393/96.
2. A MP n. 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, ao inserir § 7º ao art.10, da
lei n. 9.393/96, dispensando a apresentação, pelo contribuinte, de ato
declaratório do IBAMA, com a finalidade de excluir da base de cálculo do
ITR as áreas de preservação permanente e de reserva legal, é de cunho
interpretativo, podendo, de acordo com o permissivo do art. 106, I, do CTN,
aplicar-se a fator pretéritos, pelo que indevido o lançamento complementar,
ressalvada a possibilidade da Administração demonstrar a falta de
veracidade da declaração contribuinte.
3. Consectariamente, forçoso concluir que a MP n. 2.166-67, de 24 de
agosto de 2001, que dispôs sobre a exclusão do ITR incidente sobre as
áreas de preservação permanente e de reserva legal, consoante § 7º, do
art. 10, da Lei n. 9.393/96, veicula regra mais benéfica ao contribuinte,
devendo retroagir, a teor disposto nos incisos do art.106, do CTN,
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porquanto referido diploma autoriza a retro-operância da lex mitior.


4. Recurso especial improvido.
(RESP n. 587.429/AL, Primeira Turma, julgado em 01.06.2004, DJ
02.08.2004 p. 323).

Com estas considerações, dou provimento ao recurso especial para conceder a


segurança.
É o voto.

Anexo XII
ARE 784.682/MG - RG

Julgamento: 20/03/2014

“REPERCUSSÃO GERAL – IPVA – LOCAL DE RECOLHIMENTO – ARTIGOS 146,


INCISOS I E III, E 155, INCISO III, DA CARTA DA REPÚBLICA. Possui repercussão
geral a controvérsia acerca do local a ser pago o Imposto sobre a Propriedade de
Veículos Automotores – IPVA, se em favor do estado no qual se encontra sediado ou
domiciliado o contribuinte ou onde registrado e licenciado o veículo automotor cuja
propriedade constitui fato gerador do tributo.”

Anexo XIII
TJ/SP - Apelação Cível nº 0148012-98.2010.8.26.0100
DJ 12/03/2015

EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. IPVA - Exercício de 2008 - Operação “de olho


na placa” - Empresa locadora de veículos. Veículo registrado e licenciado em outro
Estado da Federação. Domicílio fiscal - Imposto devido no Estado de São Paulo, pois
é local em que o veículo está à disposição para locação e efetivamente circula -
Inteligência do art. 2º, da Lei Estadual nº 6.606/89, art. 120, do CTB, art. 75, IV, § 1º
do CC e art. 127, II, do CTN Precedentes desta Corte - Recurso não provido.

(Apelação Cível nº 0148012-98.2010.8.26.0100; Relator(a): Luís Francisco Aguilar


Cortez; Órgão julgador: 1ª Câmara de Direito Público; Data de registro: 12/03/2015).

Anexo XIV
RE 727.851/MG - RG

DJ 28/10/2013
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“IPVA – AUTOMÓVEL – ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA – RELAÇÃO JURÍDICA A


ENVOLVER O ESTABELECIMENTO FINANCEIRO E O MUNICÍPIO – IMUNIDADE
RECÍPROCA ADMITIDA NA ORIGEM – RECURSO EXTRAORDINÁRIO –
REPERCUSSÃO GERAL CONFIGURADA. Possui repercussão geral a controvérsia
relativa à incidência da imunidade recíproca, prevista no artigo 150, inciso VI, alínea
“a”, da Carta da República, no tocante ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos
Automotores – IPVA a recair em automóvel alienado fiduciariamente por instituição
financeira a município.”

Anexo XV
TJ/MG - Ap Cível/Reex Necessário 1.0024.03.990786-0/003

DJ 30/07/2008

TRIBUTÁRIO - AÇÃO DECLARATÓRIA - IPVA - ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA -


PROPRIEDADE - POSSE DIRETA - IMUNIDADE INTERGOVERNAMENTAL
RECÍPROCA -ART. 150, VI, A, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 1 - Na ausência
de lei complementar que estabeleça o fato gerador, a base de cálculo e os
contribuintes do IPVA, é o caso de exercício da competência legislativa plena,
excepcional e provisória, dos Estados-membros, com base no art. 24, § 3º, da
Constituição da República de 1988, e no art. 34, § 3º, do ADCTR. 2 - A previsão, na
legislação estadual, de que o 'devedor fiduciário responde solidariamente com o
proprietário, pelo pagamento do IPVA e dos acréscimos legais, em relação a veículo
objeto de alienação fiduciária', revela que os veículos automotores adquiridos pelo
Município em alienação fiduciária, por estarem sob sua posse direta, incorporados ao
seu patrimônio e com destinação pública, estão amparados pela imunidade
intergovernamental recíproca prevista no art. 150, VI, a, da Constituição da República.
3 - Sentença reformada em reexame necessário e recurso voluntário prejudicado.

Anexo XVI
REsp 1.344.288/MG
DJe 29/05/2015
TRIBUTÁRIO. IPVA. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. PROPRIEDADE. CREDOR FIDUCIÁRIO.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA.1. Na alienação fiduciária, a propriedade é transmitida ao
credor fiduciário em garantia da obrigação contratada, sendo o devedor tão somente o
possuidor direto da coisa.2. Sendo o credor fiduciário o proprietário do veículo, o
reconhecimento da solidariedade se impõe, pois reveste-se da qualidade de possuidor indireto
do veículo, sendo-lhe possível reavê-lo em face de eventual inadimplemento.3. No mesmo
sentido, mutatis mutandis: AgRg no REsp 1066584/RS, Rel.Min. Benedito Gonçalves, Primeira
Turma, julgado em 16/3/2010, DJe 26/3/2010; REsp 744.308/DF, Rel. Min. Castro Meira,
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Segunda Turma, julgado em 12/8/2008, DJe 2/9/2008.ecurso especial improvido.

(REsp 1344288/MG, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em


21/05/2015, DJe 29/05/2015)

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