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1. O estudante:
Nome: Francisco Manuel Zeca
Curso: Direito Código do Estudante: 51190270
Ano de Frequência: 2º /2019
2. O trabalho
Trabalho de: Direito Penal Código da Disciplina:
Nº de Páginas: (16)
Tutores: dr. Ilda Chiveca João António
3. A correcção:
Corrigido por:
Cotação (0 –20):
4. Feedback do Tutor:
1
Direito Penal, Março 2020.
Instituto Superior de Ciências de Educação à Distância
Chimoio
2020
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Direito Penal, Março 2020.
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4
TEMA ....................................................................................................................................... 5
JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................... 5
OBJETIVOS ............................................................................................................................. 5
METODOLOGIA ..................................................................................................................... 6
DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO .............................................................................. 7
AS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE LEGÍTIMA DEFESA ......................................................... 9
DIFERENÇA ENTRE LEGÍTIMA DEFESA E ESTADO DE NECESSIDADE ................. 12
ELEMENTOS DA LEGITIMA DEFESA .............................................................................. 13
ERRO ...................................................................................................................................... 14
CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 15
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 16
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Direito Penal, Março 2020.
INTRODUÇÃO
A legítima defesa, isto é, o direito de defesa (artigo 21.º, 2.ª parte, da Constituição) é
uma das causas de justificação do facto (art. 44.º, n.º 5 do Código Penal). Comprovada a
sua plena verificação, a ilicitude do facto tem-se por excluída. Isto significa que o
agente que praticou um facto típico não deve ser punido por tal, concluindo-se pela
inexistência de ilicitude e, como tal, de responsabilidade criminal.
A legítima defesa é hoje tida pela quase generalidade da doutrina como uma causa de
exclusão da ilicitude, constituindo o exercício de um direito – o direito de defesa.
Com efeito, e conforme é também entendimento unânime, a protecção dos indivíduos
dentro de um Estado de Direito Democrático deve, em linha de princípio, ser garantida
pela autoridade pública. O Estado detém o monopólio de uso da força, sendo apenas a
ele que, em princípio, é lícito usar essa força para garantir a protecção dos seus cidadãos
e garantir, igualmente, o império do Direito sobre a ilicitude. Não raras vezes ocorre que
os cidadãos são vítimas de agressões ilícitas em situação em que não é possível, em
tempo útil, recorrerem à força pública para prevenir ou suspender a agressão
A Legítima defesa é uma causa de exclusão da ilicitude que se caracteriza pela
existência de agressão ilícita, atual ou iminente, a direito próprio ou alheio, que pode ser
repelida usando-se moderadamente dos meios necessários. Esta situação justificante
encontra-se positivada no Art. 23, II, e no Art. 25, ambos do Código Penal.
Agindo nos termos que justificam a legítima defesa o agente não pratica crime, devido à
exclusão da antijuridicidade, que é elemento integrante e essencial do fato punível. No
entanto, o agente pode responder pelo excesso a título de dolo ou culpa.
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Direito Penal, Março 2020.
TEMA
Pretende-se com este trabalho realizar uma pesquisa tendo como estudo de caso
“LEGÍTIMA DEFESA E OS EFEITOS JURÍDICOS NA LEGISLAÇÃO PENAL
MOÇAMBICANA” como o modelo que o intérprete que vai seguir para extrair o
verdadeiro sentido da norma observando os preceitos jurídicos, de acordo com uma
sociedade justa, sem conflituar com o direito positivo e com o meio social.
JUSTIFICATIVA
OBJETIVOS
Erros;
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Direito Penal, Março 2020.
METODOLOGIA
Para podermos avançar com a definição dos métodos a serem adotados no presente
trabalho de campo (pesquisa), quero antes fazer uma breve distinção entre método e
metodologia.
Segundo Richardson (2007, p.22) “Método, vem do grego méthodos (meta = além de,
após de + ódos = caminho). Portanto, seguindo a sua origem, método é o caminho ou
maneira para chegar a determinado fim ou objectivo, distinguindo-se assim, do conceito
de metodologia, que deriva do grego methodos (caminho para chegar a um objectivo) +
logos (conhecimento). Assim, a metodologia são os procedimentos e regras utilizadas
por determinado método.” Richardson (2007, p.22).
O método a ser adotado será pesquisa
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Direito Penal, Março 2020.
DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
O artigo tem por finalidade de estudo o sobre legítima defesa, que é uma das causas de
exclusão da ilicitude que se caracteriza pela existência de agressão injusta, atual ou
iminente, a direito próprio ou alheio, que pode ser repelida usando-se moderadamente
dos meios necessários que codigo penal Moçambicano estão sustentando no (artigo
21.º, 2.ª parte, da Constituição) é uma das causas de justificação do facto (art. 44.º, n.º 5
do Código Penal). A legítima defesa surgiu com o Direito Penal, uma vez que
representa uma reação natural do homem, refletindo o seu instinto de autoconservação.
Apesar do amplo reconhecimento na maior parte das legislações internacionais, a
legítima defesa é um dos grandes temas controversos do Direito Penal O crime
pode ser definido como uma conduta típica, antijurídica e punível. O primeiro elemento,
a tipicidade, diz respeito à adequação entre a conduta do agente e uma previsão
normativa, o tipo penal abstrato. Assim, é típica a conduta (comissiva ou omissiva; ação
ou omissão) anteriormente prevista em um dispositivo legal incriminador. Toda ação
típica, prima facie, é também antijurídica ou ilícita, contrária ao direito.
Por sua vez, a culpabilidade é um juízo de reprovação pessoal que se estende sobre o
autor do fato tido como típico (definido numa norma penal) e antijurídico (contrário ao
direito). Aquele que podendo e devendo comportar-se conforme o direito agiu em
sentido contrário de maneira livre e consciente.
Esses três elementos acima mencionados compõem o conceito tripartido de delito, cujas
origens se observam na dogmática alemã. Ao nosso estudo interessa com maior ênfase a
análise da antijuridicidade.
Como visto, é típica a conduta prevista em uma norma penal incriminadora. Fala-se em
tipicidade como sendo a adequação entre ação e tipo penal abstrato. Como regra geral,
sendo típica a conduta será também antijurídica ou ilícita, de modo que a tipicidade
configura um indício da antijuridicidade. A conduta típica não será antijurídica quando
praticada sob a é gide de uma causa excludente de ilicitude, conhecida como “tipo
permissivo”. Mas antes de aprofundarmos sobre o tema de trabalho precisamos recorer
alguns autores pra entender oque é realmente legitima defesa significa e qual é a sua
aplicabilidade do direito penal
Segundo Carlos e Friede (2013) lecionam que a legítima defesa se trata de uma das
causas de excludente de ilicitude através da qual o Estado permite, em caso excepcional,
e desde que presentes os requisitos necessários, o exercício da autodefesa, sustentado
por Nucci (2012) na legítima defesa existe um conflito entre o titular de um bem ou
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Direito Penal, Março 2020.
interesse juridicamente protegido e um agressor, agindo ilicitamente, ou seja, trata-se de
um confronto entre o justo e o injusto. E ainda podemos ainda obersevamos corelacao
nas difinicoes se ainda recoremos na difinicao do doutrinador Fernando Capez (2011)
ensina que a legítima defesa é uma causa de exclusão da ilicitude que consiste em
repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito próprio ou alheio, usando de forma
moderada dos meios necessários. Em suma A legitimidade da defesa se configura com a
utilização de alguns pressupostos, quais sejam: obstar a ação danosa na mesma
intensidade e medida, bem como, com os mesmos recursos se possível, preservando o
bem da vida, e no local e no tempo de onde a agressão esteja ocorrendo. Estes
pressupostas podem ser agressão injusta, atual ou iminente, a direito próprio ou alheio;
reação com os meios necessários; uso moderado dos meios necessários. Mas antens de
sitarmos agressao como pressuposto da legitima defesa precisamos buscar entender
por alguns autores oqui seria agressao.
A reação da vítima agredida é sempre preventiva, pois impede o início da ofensa ou sua
continuidade, evitando maior lesão.
Não caracteriza legítima defesa contra agressão passada ou futura. Caso a agressão já
tenha ocorrido no passado, a conduta do agredido não é preventiva, é uma conduta
vingativa ou pode ainda ser classificada como comportamento doentio. Portanto, a
vítima da agressão atual ou iminente quando for se defender, precisa fazer uso
moderado do meio utilizado, para afastar a agressão injusta que está sofrendo. Somente
através da sua ponderação e proporção de defesa, o órgão competente analisará no caso
concreto da sua conduta defensiva e os meios empregados por ela.
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Direito Penal, Março 2020.
AS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE LEGÍTIMA DEFESA
Para que seja este tipo de legítima defesa, a pessoa tem que usar de
mecanismos que tenham a mesma proporção daquele ataque previsto
pelo agressor. Exemplificando: quando acontecer de existirem duas
pessoas no mesmo local, e uma delas se aproximar com um punhal na
mão, com a finalidade de matar/agredir a outra, a vítima pode usar de
outros recursos para se defender gerando os mesmos efeitos que iria
acontecer, caso fosse agredida. Portanto, se o agressor tinha o intuito de
matar, a vítima pode se defender com a mesma razoabilidade que o
agressor, ou seja, também tendo a liberdade de ferir, ou até mesmo
matar.
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Direito Penal, Março 2020.
LEGÍTIMA DEFESA RECÍPROCA
Entretanto, quando duas pessoas iniciais começam uma briga, mas não
se sabe quem iniciou esta briga, o juiz, poderá reconhecer a absolvição
por ausência de provas, e não a própria legítima defesa recíproca em si.
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Direito Penal, Março 2020.
O terceiro pode ser uma pessoa jurídica, o nascituro, a coletividade, o
Estado. Afinal, a legítima defesa é uma forma de autotutela, que auxilia
o Estado na luta pela preservação do direito (BARROS, 2006, p. 333).
Este tipo de defesa acontece quando o agressor realiza uma atitude ilícita
perante a vítima, e esta reage praticando atos que ultrapassam os limites
da legítima defesa, ação esta que acaba provocando prejuízo ao primeiro
agressor e, com isso, acaba realizando um ato para moderar os efeitos
daquela ação.
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Direito Penal, Março 2020.
A emoção, que trata de sentimento de menos intensidade, passageiro,
que submete a pessoa a perturbações temporárias do equilíbrio psíquico
(MASSON, Cleber, 2014) e paixão, sentimento mais intenso, que se
prolonga no tempo e perturba o equilíbrio psíquico do sujeito de forma
duradoura, (inveja, avareza) não é por si só, capazes de afastar a
culpabilidade do assassino, possuindo o indivíduo a capacidade de
compreender o caráter ilícito da ação ou de se autodeterminar com este
entendimento, ainda que tais sentimentos sejam elevados e de alta
intensidade.
No estado de necessidade existe um conflito entre diversos bens jurídicos que estão
diante de uma situação de perigo, situação está que não poderia ter sido prevista, em que
o perigo é originado pelo comportamento humano, animal ou por evento da natureza. O
estado de necessidade exclui o caráter antijurídico de uma conduta criminosa. Neste
caso, os interesses do agressor são ilegítimos e a agressão não possui destinatário certo.
De acordo com Capez (2008), ataque de animal não configura a legitima defesa. No
caso, se a pessoa se defende do ataque do animal, está agindo em estado de necessidade.
Mas, se o dono do animal incentiva e ordena para que o animal ataque uma pessoa, e a
pessoa se defende, ela estará agindo em legitima defesa, tendo em vista que o animal é
um ser irracional, mas que está sendo utilizado para prática de crime. O animal por si só
não pratica agressão.
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A principal diferença é que na legítima defesa o autor defende um bem jurídico seu ou
de terceiro, de uma agressão injusta; enquanto que no estado de necessidade, devido as
circunstâncias, o autor lesará um bem jurídico para afastar a situação de perigo. No
estado de necessidade existe ação e na legítima defesa reação.
Portanto, na legítima defesa tem-se uma agressão injusta e um bem jurídico a ser
defendido, já no estado de necessidade haverá dois bens jurídicos tutelados pelo
ordenamento e em virtude da situação, um predominará sobre o outro.
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ERRO
Seja qual for o tratamento que se der ao problema do animus defendendi, o erro releva
negativamente.
A suposição de um estado de coisas que, a existir, excluiria a ilicitude do facto, é causa
de exclusão de dolo, por aplicação das regras sobre o erro. O erro pode incidir sobre os
pressupostos ou sobre os requisitos de legítima defesa.
Havendo erro sobre os pressupostos, o dolo é excluído.
Havendo erro sobre os requisitos, por maioria de razão, o dolo é também excluído: se
existe uma situação real de legítima defesa e o defendente erra apenas quanto à
existência de um meio menos gravoso, faz sentido que o dolo seja excluído. O erro
sobre os requisitos exige maior benevolência.
Discute-se o tratamento a dar aos casos de excesso de legítima defesa putativa, em que
alguém, supondo a existência de uma agressão atual e ilícita, reage de uma forma que, a
existir a agressão, seria excessiva. A nosso ver, não se pode aplicar o regime do excesso
de legítima defesa porque este pressupõe a existência de uma agressão real. Por outro
lado, a exclusão do dolo só é de aplicar quando a ação, a existir a agressão, fosse
plenamente justificada, mas não já quando há excesso. Isto porque aquele que atua em
excesso de legítima defesa em reação a uma agressão real é punido com a pena
aplicável ao crime doloso correspondente, eventualmente atenuado. Não faria sentido
que aquele que age em excesso de legítima defesa putativa viesse a ser punido de forma
mais benévola.
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Direito Penal, Março 2020.
CONCLUSÃO
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REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
BARROS, Flavio Augusto Monteiro de. Direito penal: parte geral. Saraiva: 2006.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal. Parte geral. 17ª. Ed. Rev.
Ampl e atual. São Paulo: Saraiva 2012.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. São Paulo: Saraiva 2011.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 16ª. Ed. São Paulo: Saraiva
2012, v.1.
CARLOS, André; FRIEDE, Reis. Teoria Geral do Delito. Rio de Janeiro: Freitas
Bastos, 2013.
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 18ª ed., Rio de Janeiro:
Impetus, 2016, v.1.
MASSON, Cleber. Direito penal esquematizado. Parte geral. V. 1. 9ª. Ed. Rev. Atual
e ampl. Rio de Janeiro: Forense. São Paulo: Método, 2015.
NUCCI, Guilherme de Souza. Direito Penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012.
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