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Turma: TJDFT (Segunda fase)
Material: 1ª Prova Discursiva (Espelho)
INSTRUÇÕES
Ao terminar suas provas o aluno deverá manter sigilo sobre o conteúdo abordado
até o término do prazo de entrega da rodada, no intuito de não adiantar
informações aos colegas de turma.
1ª PROVA DISCURSIVA
(ESPELHO)
Sim, pois considerando que, nos casos de evicção, a denunciação será sempre obrigatória,
conclui-se que a interpretação em conjunto das regras contidas no artigo 456 do Código Civil e
artigo 70, I, do Código de Processo Civil, conduz à denunciação da lide coletiva como a forma mais
adequada para solução dos litígios que envolvam essa problemática. Com efeito, o acesso à
Justiça significa não só movimentação da máquina judiciária, mas, também, proteção ao direito,
isto é, identifica-se com o conjunto de instrumentos e técnicas conducentes a uma sentença final
que dá razão a quem tiver, com a denunciação coletiva o denunciante conseguirá obter
uma tutela jurisdicional mais próxima da realidade e eficaz, pois de uma só vez levará a juízo
todos os envolvidos na cadeia dominial. Estará sendo facilitada a atividade do órgão julgador, que
conseguirá reunir os elementos necessários para uma solução mais adequada para o direito
discutido em juízo. Pode-se dizer que será motivo facilitador, até mesmo, para uma transação.
Não se pode olvidar que essa espécie de denunciação também encontra amparo no devido
processo legal, pois será requerida com base nos estritos limites da lei tanto material quanto
processual e em um processo instaurado perante autoridade jurisdicional competente, que a
controlará diretamente, com seu poder decisório. Finalmente, faz valer expressamente o
princípio do contraditório, sendo certo que se proporciona a integração de todos os alienantes
(eventuais responsáveis pela evicção), em uma só relação processual, que é a dimensão da
informação que guarda referido princípio, e possibilita a reação que é a outra dimensão do
contraditório, no intuito de que todos apresentem uma defesa ampla, facilitando-a, pois acabam
por ter conhecimento dos motivos que os levaram ao litígio, como denunciados.
(Acórdão n.356256, 20090020038967AGI, Relator: HUMBERTO ADJUTO ULHÔA, 3ª Turma Cível,
Data de Julgamento: 06/05/2009, Publicado no DJE: 15/05/2009. Pág.: 46)
Crimes vagos – Guilherme Nucci conceitua “são aqueles que não possuem sujeito passivo
determinado, sendo este a coletividade, sem personalidade jurídica”. Por exemplo, crime de
violação de sepultura.
Crimes remetidos – Se caracteriza por fazer menção à outra norma. Por exemplo, uso de
documento falso previsto no artigo 304 do Código Penal.
Crimes condicionados - são aqueles que dependem de uma condição para que o crime se
configure. Por exemplo: os crimes tipificados na lei de falência, os crimes contra brasileiros
praticados no exterior por estrangeiros, etc.
Crimes de atentado ou empreendimento – São aqueles em que a forma tentada é punida com a
mesma intensidade da forma consumada. Por exemplo: Evasão mediante violência contra a
pessoa, prevista no artigo 352 do Código Penal.
Segundo a Teoria da Fonte Independente, as provas obtidas sem vínculo de causalidade com a
prova obtida ilicitamente podem ser utilizadas para fundamentar a condenação.
(Acórdão n.864651, 20120111380565APR, Relator: SOUZA E AVILA, Revisor: CESAR LABOISSIERE
LOYOLA, 2ª Turma Criminal, Data de Julgamento: 30/04/2015, Publicado no DJE: 06/05/2015.
Pág.: 141). A teoria dos frutos da árvore envenenada (fruits of the poisonous tree) e a doutrina da
fonte independente (independent source doctrine) são provenientes do mesmo berço, o direito
norte-americano. Enquanto a primeira estabelece a contaminação das provas que sejam
derivadas de evidências ilícitas, a segunda institui uma limitação à primeira, nos casos em que não
há uma relação de subordinação causal ou temporal (v. Silverthorne Lumber Co v. United States,
251 US 385, 40 S Ct 182, 64 L.Ed. 319, 1920 e Bynum v. United States, 274, F.2d. 767, 107 U.S.
App D.C 109, D.C.Cir.1960). (RHC 46.222/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA,
julgado em 03/02/2015, DJe 24/02/2015)
O artigo 39, da Lei 4.886/65, dispõe que, para julgamento de litígios entre representantes e
representado, é competente a justiça comum e o foro de domicílio do representante. Tal
dispositivo tem caráter protetivo e visa garantir o acesso à justiça de modo equilibrado entre os
litigantes. A hipossuficiência considerada para fins de rechaçar o foro de eleição é a verificada em
relação à outra parte no litígio. Assim definiu o STJ, ao afirmar que o foro de eleição é afastado
diante da hipossuficiência de uma parte em relação à outra. (20150020102402AGI - AGR1-Agravo
Regimental no(a) Agravo de Instrumento; Órgão Julgador: 5ª Turma Cível TJDF; Relator: SILVA
LEMOS)
A Teoria da Justiça é uma parte do estudo da ciência jurídica, também denominada Axiologia
Jurídica, que busca verificar qual o sentido do direito, que ultrapassa o limite da ciência
normativa, enquanto conjunto de normas que regram o comportamento humano. Tal indagação
se liga a justificação do direito e a busca de seu fundamento, ou seja o que autoriza o Estado a
estabelecer um conjunto de regras que todos devem respeitar, ou seja, a legitimação do direito
ou das normas. Assim, se o Direito é essencialmente uma ciência normativa, cabe vislumbrar qual
o ideal da norma, seu valor fundamental, ou seja sua legitimidade. Deve-se inferir se as normas
são justas. A justiça é o fundamento, a espinha dorsal do sistema jurídico. A justiça deve estar
presente na ordem jurídica para que a mesma seja legítima. A legitimidade das normas jurídicas
encontra respaldo no sentido de justiça, que no plano existencial confere ao direito um
significado de razão de existir. Muito além do direito buscar os anseios da sociedade deve o
mesmo ser justo, ou não existe sentido lógico em respeitar a ordem jurídica. Assim, o operador
do direito deve pautar-se pelo valor justiça, que é um informador tanto para o legislador como
para o aplicador do direito. A justiça como fundamento da norma, se faz concretamente, sendo
que o seu fim último é uma sociedade justa. (Miranda, Rosângelo. Material de Apoio de
Humanística. Curso Mege. 2016)