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TEORIA GERAL DO PROCESSO
blico ou de direito privado), exercido contra o Estado, consistindo em lhe exigir seja
prestada a jurisdição, tendo por base a instauração de um processo legal e previa-
mente organizado segundo o devido processo constitucional, no qual postulará deci-
são sobre uma pretensão de direito material
Código (de Processo Civil): Conjunto sistemático de normas jurídicas de or-
dem pública reguladoras da formação, do desenvolvimento e da extinção do processo,
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no qual a jurisdição civil deverá ser prestada pelo Estado, quando provocado por qual-
quer pessoa natural ou jurídica de direito público ou de direito privado (arts.1º, 13 e
16, do CPC)
Coisa julgada: Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por
decisão transitada em julgado. Uma sentença, enquanto pode ser modificada ou revo-
gada mediante recurso, não passa em julgado; ou, em outras palavras, uma sentença
passa em julgado quando não está mais sujeita a nenhum recurso.
Conexão: Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o
objeto ou a causa de pedir (art.103, CPC/73 e 54, do CPC/2015).
Continência: Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há
identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais
Mas, como já adverte João MENDES JÚNIOR, não se deve confundir instância com grau
de jurisdição, porque pode dar-se o caso de dois graus de jurisdição funcionando em
uma só e mesma instância; assim, a execução é uma outra instância no mesmo primeiro
grau de jurisdição. Finalmente, para MACHADO GUIMARÃES, ELIEZER ROSA, José AL-
BERTO DOS REIS e BARBOSA MAGALHÃES, instância significa processo, entendido
como relação jurídica. Bastam estas considerações para se ver que a palavra instância
é uma fonte de dúvidas e equívocos. O projeto a substitui por processo e, assim, no
Capítulo VI do Livro I e Capítulo VI do Livro n, fala de Formação, Suspensão e Extinção
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do Processo, empregando este vocábulo porque ele traduz, com todo o rigor científico,
o fenômeno jurídico que o Código define.
Instituição: Rosemiro Pereira Leal: “conjunto de princípios (e institutos) jurídicos
duz ação anteriormente ajuizada. Há litispendência quando se repete ação que está
em curso. (art.300, §1º/3º, CPC/73 e 337, §1º/3º, do CPC/2015).
Mérito/Pretensão: Ato ou manifestação de vontade, não um poder. São as pre-
tensões que podem ser classificadas em conformidade com os direitos (direito real,
família etc.).
Processo constitucional: Metodologia normativa de garantia dos direitos fun-
damentais. Espaço discursivo constitucionalmente e democraticamente organizado,
porque os resultados dele oriundos não decorrem do labor solitário da autoridade
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jurisdicional (solipsismo judicial), mas, bem diferentemente, também são os frutos do
empenho dos demais envolvidos (partes), que participam e influenciam na construção
do provimento jurisdicional do qual são destinatários.
pria Lei Processual em sentido amplo. Quando se diz Lei, tem que se ter em mente que
esta pode ser, primeiramente, a própria CF/88, o CPC, leis extravagantes, leis especiais,
o CPP, a CLT. A lei tem sempre um caráter geral e abstrato.
ou não detalhada pelo Legislador permitindo, assim, sejam supridas eventuais lacunas
da lei. Os costumes são caracterizados pela prática quotidiana e social daquilo que é
naturalmente admitido como uma convenção social. A doutrina, deve ser entendida
como o conjunto de princípios expostos nos livros de Direito, em que se firmam teorias
ou se fazem interpretações sobre a ciência jurídica, revelando-se, assim, como litera-
tura jurídica especializada. Por fim, a jurisprudência é caracterizada pela reunião de
vários casos julgados em segundo grau de jurisdição ou pelos tribunais superiores e
que servem para direcionar a melhor e mais adequada interpretação da lei processual.
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Súmulas: As súmulas, por sua vez, são outra fonte secundária do direito pro-
cessual. Súmula é a sinopse da jurisprudência (reunião de diversos casos semelhantes
julgados da mesma forma), uma demonstração de orientação dos julgamentos em ca-
jurídica.
Precedentes: Os precedentes judiciais, no direito processual brasileiro, são de-
cisões proferidas pelos Tribunais que vinculam todo o judiciário e a administração pú-
ser formado por uma decisão judicial em julgamento de IRDR, IAC e em julgamentos
repetitivos de REsp e RExt. O importante na formação do precedente judicial é que seja
possível extrair a ratio decidendi para que se possa aplicar nos casos futuros. Ponto
fundamental para diferenciar a súmula vinculante do precedente judicial é o fato de
que o precedente é uma norma geral e concreta produzida a partir de um julgamento
específico. Por sua vez, a súmula vinculante é uma norma geral e abstrata.
A semelhança entre a súmula vinculante e o precedente judicial é que ambos
rompem com a tradição republicana brasileira e os princípios constitucionais, retira
direitos dos cidadãos, compromete o princípio da separação das funções do Estado,
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afronta o princípio da independência do juiz e não é dado como certo para a correção
de rumos na eficiente e tempestiva prestação jurisdicional que é buscada.
talvez este último objetivo parcialmente alcançado pela realização daqueles mencio-
nados antes, imprimir maior grau de organicidade ao sistema, dando-lhe, assim, mais
coesão.
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ser um bloco aglutinante e compacto – vale dizer, um bloco granítico – de vários direitos
e garantias fundamentais inafastáveis, ostentados pelas pessoas do povo, quando dedu-
zem pretensão à tutela jurídica como partes nos processos, perante os órgãos estatais
reserva legal, ou seja, decisões proferidas com irrestrita obediência ao ordenamento ju-
rídico vigente, sobretudo com foco nos princípios da supremacia da CF/88 e da interpre-
tação das normas que compõe o ordenamento jurídico em conformidade com os direitos
e garantias fundamentais, características marcantes do EDD.
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ideia de uma ordem normativa jurídico-fundamental resultante da conexão interna en-
tre Democracia e Estado de Direito. Tal garantia foi, justamente, o primeiro e principal
motivo da reforma do atual CPC, em detrimento de uma revisão do CPC/73. Exata-
virtude de lei”. Texto no Facebook do professor Casein: Covid -19 e a violação de direitos
ordem, isso tem sérias consequências constitucionais. Tenho visto flagrantes inconstitu-
cionalidades em decretos municipais. Esses decretos estão sendo reproduzidos com a
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deve responsabilidade aos seus cidadãos e contribuintes, também devemos entender que
a atitude de impedir o funcionamento de empresas é um ato inconstitucional. Não se
trata de PONDERAR entre o direito à vida e o direito ao trabalho e a manutenção da
no feriadão prolongado desta semana. Como um decreto desse passa ao largo da cons-
titucionalidade e os cidadãos não falam absolutamente nada? Impedir o direito de entrar
em outra cidade é algo surreal. E os cidadãos não podem admitir tamanho ataque à
constituição da república. Por mais que eu me sinta seguro com tal decreto. Por mais
que eu não queira adoecer, eu tenho mais medo do portal que vem sendo aberto de
inconstitucionalidades é que pode se transformar num passagem para a truculência e a
tirania.
Por fim, como pode o poder público obrigar um cidadão a usar máscara sob pena
de multa? Chega a ser engraçado, se não fosse trágico. Volto a insistir, ninguém é contra
a máscara, mas estamos falando de autonomia da vontade e direitos fundamentais. Eu
tenho um comportamento esperado é definido em lei mas não posso ser obrigado a sair
de casa com máscara. A máscara é a prova de que ainda precisamos evoluir como cida-
dãos. A máscara é uma questão de saúde pública mas não de ordem constitucional. O
estado não pode interferir na vida privada dos cidadãos , para obrigá-los a vestir roupas
e acessórios que eles não querem colocar. Não adianta insistir com a ideia de que a
máscara é fundamental para não espalhar o vírus pois esse argumento traz a lógica do
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absurdo. Cada um deve assumir a sua responsabilidade mas impor um comportamento
ou vestimentas para serem usadas como uniforme são questões muito sérias e que vio-
lam a constituição. Ninguém é obrigado a usar algo que não possa ter para sair na rua.
É tão básico que não precisa ser citado nenhum artigo de lei.
Por mais que eu queira proteger minha família do vírus, quando eu vejo as in-
constitucionalidades que estão sendo cometidas, não sei se sobreviveremos ao mundo
pós-pandemia, onde a suspensão de direitos será regra, a execução de atividades lícitas
será impedida por prefeitos, cidades terão um passaporte para permitir a entrada e saída,
cidadãos só poderão sair às ruas com roupas e acessórios predefinidos em decretos mu-
nicipais.
E vai vir mais coisas por aí. Não se assustem se o estado der anistia para o devedor
de pagar suas dívidas, se o estado disser que você não poderá mais retomar seu imóvel
por falta de aluguel, que vc é obrigado a aceitar um aluguel por 50% do valor pactuado,
que não teremos ensino em nome da saúde, que não teremos judiciário em nome da
saúde, que não teremos mais direitos em nome da saúde. Precisamos da constituição
nesses momentos de escuridão para nos guiar.
Efetivo contraditório: utiliza-se a expressão “efetivo contraditório” fazendo
coro à doutrina apontada por Ronaldo Brêtas de Carvalho Dias, de que a garantia fun-
damental do contraditório, na atualidade, “[...] não significa apenas ciência bilateral e
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jurisdicional não é ato solitário do órgão jurisdicional, pois somente obtida sob inarre-
dável disciplina constitucional principiológica (devido processo constitucional), por
meio da garantia fundamental de uma estrutura normativa metodológica (devido pro-
cesso legal), a permitir que aquela decisão seja construída com os argumentos desen-
volvidos em contraditório por aqueles que suportarão seus efeitos, em torno das ques-
tões de fato e de direito sobre as quais controvertem no processo.
Na contemporaneidade, o contraditório vem a ser a concretização, no processo,
do princípio político da participação democrática.
O quadrinômio estrutural do processo significa que o efetivo contraditório ga-
rante regular informação às partes dos atos processuais e a oportunidade a cada uma
delas de reação aos atos da parte adversa. Porém, tal objetivo exige diálogo do juiz
rio.
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qualquer Juiz ou Tribunal o dever de motivas a sentença ou acórdão, deixa de examinar,
com sensível prejuízo para o réu, fundamento relevante em que se apoia a defesa técnica
do acusado.”.
permite que as decisões judiciais resultem de debate mais amplo entre as partes, o que
é oportunizado exatamente pelos recursos. Previsão constitucional nos arts.5º, LV e
XXXVII.
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Princípio da cooperação (art.6º, do CPC): o qual estabelece que todos os su-
jeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável,
decisão de mérito justa e efetiva. Nessa perspectiva, não se pode compreender que a
palavra cooperação seja auxiliar ou ajudar mutuamente uns aos outros, pois as parte
tem interesses antagônicos, o que, por si só, desautoriza tal interpretação. Sendo as-
sim, devemos entender a cooperação como co-operar, ou seja, operar em conjunto
para a construção de uma decisão de mérito democraticamente útil.
Princípio da boa-fé objetiva: (CPC/2015, art. 5º) traduz a disposição de que as
partes devem se comportar da maneira que se espera que tais sujeitos se comportem
dentro do processo. Ou seja, não podem as partes se comportarem no sentido de
tumultuar a tramitação processual, pois tal conduta não condiz com o ambiente pro-
cedimental.
resolução do conflito. Vedação no art.345, do CP. A autotutela não pode ser confun-
dida com a legítima defesa, vez que esta é a utilização dos meios adequados e mode-
rados para repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outro. Exce-
ção prevista no art.1.210.
Autocomposição: técnica de resolução de conflito no qual as partes envolvidas
no conflito, sem a participação de um terceiro, buscam estabelecer acordo na transa-
ção ou composição (conciliação). Segundo o professor Rosemiro Pereira Leal, a conci-
liação utiliza-se da renúncia, submissão, desistência e transação para a resolução do
conflito. Até 2015, com a promulgação do CPC, não havia um tratamento especial so-
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bre essa função de conciliação e mediação. No entanto, na atual sistemática proces-
sual, a função da mediação e conciliação foram devidamente regulamentadas e várias
regras principiológicas foram desenvolvidas para permitir a obtenção de um acordo
no processo penal, como se vê nos casos afetos à jurisdição dos Juizados Especiais
Criminais, nos crimes cuja ação penal seja privada e pública, desde que esta esteja
condicionada à representação.
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