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A preparação do processo civil: produção antecipada de
provas, diligências preliminares, pretrial discovery e os
pre-action protocols
Introdução
Note-se, porém, que as formas de solução de conflitos podem variar, a partir de uma
sociedade para outra. Existem sociedades em que uma determinada lide pode ser
comumente solucionada por meio de mecanismo externo ao uso do Judiciário, enquanto
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em outras este se revela instituição fundamental para a justiça .
No entanto, nem sempre o Poder Judiciário será o meio mais adequado para a obtenção
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de uma solução justa . Isso porque os órgãos jurisdicionais possuem atualmente uma
quantidade enorme de processos, que os impede frequentemente de proferir uma
decisão final em prazo razoável. Ademais, por vezes, a demanda em jogo envolve
questões técnicas que os órgãos jurisdicionais não possuem conhecimento suficiente
para resolver da maneira mais adequada, o que põe em risco a própria pacificação.
Graças ao fato de não haver a necessidade de afirmação do conflito sobre o qual a prova
está relacionada, parcela dominante da doutrina entende se tratar de um procedimento
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de natureza jurídica voluntária , havendo, contudo, quem enxergue que os
procedimentos probatórios de jurisdição voluntária “terão natureza contenciosa ou
voluntária conforme o processo principal a que sirvam tenha uma natureza ou outra
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natureza” .
Cientes de tais considerações, passa-se a analisar alguns contornos que dizem respeito
ao instituto.
Nessa toada, estamos diante de um instituto que visa assegurar o direito à produção da
prova, para evitar que esta seja perdida (art. 381, I, do CPC (LGL\2015\1656)), e
mesmo para que a pessoa possuidora do direito da produção possa realizar um juízo de
valor acerca da necessidade de ajuizamento de uma demanda judicial (art. 381, III, do
CPC (LGL\2015\1656)), ou mesmo para viabilizar a autocomposição ou escolha de outro
método mais adequado para que se possa solucionar o conflito (art. 381, II, do CPC
(LGL\2015\1656)).
1.2.Processamento
Partindo de uma análise do art. 381 do diploma processual brasileiro, entende-se que,
para o ingresso com a demanda, basta que o autor do pedido demonstre que possui o
interesse direto na segurança e na produção probatória, seja este de natureza
contenciosa, o que viabilizaria uma ação futura ou, ainda, com a “finalidade simples de
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documentação” . Por se tratar de uma demanda judicial, mesmo que somente atinente
à produção da prova, imperioso mencionar que a parte deve estar acompanhada por um
advogado, o qual dará início à demanda.
Ressalta-se que, para tanto, consoante o art. 382 do CPC (LGL\2015\1656), a demanda
deve ainda “mencionar com precisão os fatos sobre os quais a prova há de recair”, e,
sendo o caso, quais perigos encaram as provas, caso não produzidas naquele momento,
requisito previsto no art. 381, I, do CPC (LGL\2015\1656).
Não obstante, sendo o caso da realização de audiência para a colheita de prova oral,
todos aqueles que possam se interessar na sua produção devem ser regularmente
citados para comparecer em juízo e poder participar, bem como requerer certidões (art.
383 do CPC (LGL\2015\1656)).
pode-se conceber como cabível recurso contra decisão que inadmite por completo a
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produção antecipada das provas .
2.Diligências preliminares
Originário no direito romano por meio de uma mescla entre os institutos da interrogatio
in iure e a actio ad exhibendum, o instituto das “ diligencias preliminares ” espanhol
possui atualmente sua regulamentação jurídica prevista do artigo 256 ao artigo 262 da
Ley de Enjuiciamiento Civil (LECiv), e ainda em algumas legislações esparsas específicas
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, conforme consta do art. 263 da LECiv, sendo muito interessante estudar os seus
contornos e suas peculiaridades.
Segundo a doutrina espanhola, podem ser definidas como aquelas atuações prévias ao
processo principal, pelas quais o futuro demandante solicita ao tribunal para lhe auxiliar
na preparação dos fatos, dados e decisão sobre contra quem se irá propor uma futura
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demanda judicial para facilitá-lo .
Este é o motivo que embasa afirmações no sentido de terem sido concebidas com o fim
de que o autor obtenha a totalidade de dados necessários para manejar corretamente o
processo seja no tocante à legitimação passiva do juiz competente ou mesmo do
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procedimento adequado.
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No que toca à natureza jurídica do instituto , parte da doutrina entende que, em que
pese estarmos diante de atos de jurisdição voluntária, o que deve continuar sendo
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sustentado, trata-se de um instituto “cuya naturaleza jurídica es discutible” , pois não
obstante o magistrado ainda não ditar uma resolução judicial, assim como na LEC/1881
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, o resultado da diligência, ainda que implícito, pode produzir efeitos no processo
futuro. De um lado, parcela da doutrina entende, tendo em vista não se realizar
qualquer tipo de pretensão, que não a produção da prova e suas decisões não produzem
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efeitos de coisa julgada , trata-se de um procedimento de jurisdição voluntária. Nesse
sentido, inclusive Álvarez Alarcón atribui a possibilidade de consideração da natureza
voluntária das diligências preliminares ao fato de estarmos diante da “ ausencia de
demanda y por la falta de controversia entre las partes, es decir, por ausencia de litigio”
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.
2.1.Cabimento
O art. 256 da LECiv prevê dez hipóteses nas quais pode-se valer do instituto das
diligências preliminares, a saber: a) declaração acerca de algum fato relativo à
capacidade processual, representação ou legitimação, inclusive, caso seja necessário,
com a apresentação da documentação comprovativa de tal situação; b) exibição de coisa
sobre a qual se queira demandar em ação posterior (devendo ser invocada em face
daquele que se pretenda demandar); c) exibição, por quem o possua, do ato de última
vontade que se considera ser herdeiro, co-erdeiro ou legatário; d) exibição, por parte de
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Existe, todavia, na doutrina espanhola, forte debate acerca de o rol previsto nesse
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dispositivo ser taxativo (numerus clausus) ou exemplificativo (numerus apertus) .
Parcela majoritária, mais tradicional e conservadora, entende no sentido do exposto no
item X da “Exposición de Motivos” da Ley de Enjuiciamiento Civil que, por meio da LECiv,
“se amplían las diligencias que cabe solicitar, aunque sin llegar al extremo de que sean
indeterminadas”. Defendem, assim, por não poderem ser indeterminadas, tratar-se de
um rol taxativo, não sendo admitidas as que possuam caráter indeterminado.
Nesse sentido solo pueden pedirse y decretarse las diligencias previstas expresamente
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en alguna ley , seja ela a própria Ley de Enjuiciamiento Civil ou outra legislação
especial qualquer, não podendo, assim, tratar-se de medida sem previsão legal. Deveria
haver, portanto, uma interpretação restritiva dos pressupostos de admissibilidade e
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verificação criteriosa da existência de uma justa causa e interés legítimo .
Por outro lado, a nosso ver, parece mais acertado o entendimento no sentido de que
deva tratar-se de um rol exemplificativo. Isso, pois, se trata de um instituto de extrema
importância para se alcançar uma decisão de mérito, mais efetiva e de forma mais célere
– tendo em vista sua capacidade de diminuir sobremaneira embaraços processuais
futuros que podem submergir o mérito a questões procedimentais –, fatores estes que
devem compor o feixe de luz que ilumina o processo civil moderno.
2.2.Partes
2.3.Competência
2.4.Processamento
Num primeiro momento, poderá o solicitado se opor à prática das diligências, devendo,
para tanto, em até cinco dias depois de receber a citação, manifestar-se em juízo.
Posteriormente ao envio de tal oposição ao solicitante, este disporá igualmente do prazo
de cinco dias para impugnar a oposição, devendo, em seguida, decidir o tribunal sobre a
oposição ora interposta. Considerada fundamentada a oposição, decidirá pelo fim do
procedimento, em decisão apelável, conforme art. 260.4 da LECiv. Caso contrário,
considerada sua injustificativa, dará prosseguimento à realização das diligências
solicitadas, com a condenação do opoente (solicitado) ao pagamento das custas que o
incidente porventura tenha causado.
Aparentemente, portanto, a LECiv nos leva a crer que adota nesse ponto a ficta
confessio, o que no entender de Lorca Navarrete e parcela da doutrina espanhola não é
a técnica mais correta, uma vez “ la negativa a declarar sobre hechos relativos a la
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capacidad, representación o legitimación no provoca la ficta confessio” . Esse, aliás, é
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assunto de grande debate sobre o qual não há posição pacífica .
Nesses pontos, a LECiv também não é imune a críticas, mesmo havendo o Tribunal
Constitucional Espanhol apontado em sentido contrário, continuando em sede doutrinária
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seu apontamento de “inconstitucionalidad por ausencia de proporcionalidad” , por
beirar a intimidação e a chantagem profissional.
2.5.Caução
No que toca à caução prestada, prevê o art. 262 da LECiv que, cumpridas as diligências
preliminares ou denegadas justificadamente por oposição do solicitado, no prazo de
cinco dias, o tribunal decidirá sobre sua destinação, conforme petição de indenização e
justificação de gastos que deverá apresentar o solicitado, da qual se concederá vista ao
solicitado, observando, assim, o contraditório.
Aplicada então a caução e ressarcido o solicitado das despesas em que incorreu, “el
sobrante no se devolverá al solicitante hasta que transcurra el plazo de un mes desde la
terminación de las diligencias, pues lo perderá si no presenta demanda en dicho plazo,
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sin que exista justificación suficiente” , com fulcro no art. 256.3 da LECiv.
Nesses termos, em que pese a norma processual espanhola não preveja a necessidade,
tampouco prazo para o ajuizamento da demanda principal (no caso de as diligências
preliminares não possuírem caráter satisfativo), havendo a determinação uma caução,
pode-se observar que, nos termos do supramencionado artigo, existe um prazo
impróprio de um mês, que, se não for respeitado e sem justificativa para tanto, incorrerá
apenas na impossibilidade de levantamento do valor excedente.
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Nos Estados Unidos, tendo em vista uma transparência melhor na atuação de ambos os
litigantes e diminuindo, por consequência, tanto as surpresas quanto as possibilidades
de uma “emboscada” no decorrer do processo, a pretrial discovery corresponde a uma
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fase de conhecimento preventivo das questões de natureza puramente probatória , com
o objetivo de difusão das provas existentes a fim de que as partes tomem decisões com
o máximo de informações possíveis, mas igualmente com o fito de aperfeiçoar o
processo judicial. Por meio de sua correta utilização, busca-se eliminar o fato de que, por
vezes, a justiça da decisão é negada àqueles que agem honestamente, mas sem o
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completo conhecimento dos fatos relevantes .
Não obstante, é de se ressaltar que, para reforçar essa fase inicial e, principalmente, a
integridade do instituto mediante sua utilização e fiel cumprimento, em princípio,
nenhuma prova pode ser produzida no trial, a menos que tenha havido sua antecipação
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nesse momento do pretrial .
Em princípio, tal divulgação pode ocorrer de forma escrita por meio das requests for
admission (Federal Rule 36), na qual uma parte requer à outra que admita como
verdadeiras algumas das alegações que possui, para não ter a necessidade de produzir
judicialmente a prova, evitando desgastes e minimizando riscos para ambos os lados; ou
mesmo de forma oral, valendo-se tanto dos interrogatories (Federal Rule 33), os quais
correspondem às perguntas feitas diretamente de uma parte à outra sobre pontos
específicos da questão litigiosa, como das requests for production of documents (Federal
Rule 34), pela qual uma parte requer à outra documentos que eventualmente possua e
que possam ser utilizados no decorrer do debate judicial.
O processo inglês, por sua vez, por meio das Civil Procedure Rules, utiliza-se desde 1999
da construção do Lord Woolf denominada pre-action protocols. Estes representam
acordos entre as partes de forma prévia ao início de uma contenda judicial, os quais
devem ser obedecidos pelos litigantes, e por meio de que um sujeito fornece ao seu ex
adverso informações, documentos e ainda a possibilidade de inspecionar determinadas
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instalações .
Com os objetivos de focar a atenção dos litigantes na resolução da disputa para que se
evite a litigância judicial, habilitar as partes a possuírem as informações de que
necessitam para realizar ofertas apropriadas e eventualmente chegar a um acordo, ou
pelo menos estabelecer uma base para que o processo judicial possa caminhar de forma
facilitada, Lord Woolf entende que a abordagem pretendida com o instituto é a de que
“disputes should, wherever possible, be resolved without litigation”, e “where litigation is
unavoidable, it should be conducted with a view encouraging settlement at the earliest
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appropriate stage” .
Vê-se, portanto, que em que pese possuir o condão de eventualmente servir para a
construção de bases mais sólidas para o ajuizamento de um processo posterior, na
Inglaterra, o objetivo precípuo é propriamente o de se evitar que as demandas cheguem
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pre-action protocols
Conclusões
Diante de toda a argumentação que precede, percebe-se existir uma tendência nos
ordenamentos jurídicos processuais no sentido de uma coordenação entre o judicial
management com uma cooperação qualificada que inclui as partes e seus advogados, no
sentido de buscar sempre soluções antecipadas da controvérsia e adotar uma lógica de “
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incisiva programación” das atividades do processo.
Realizando uma comparação entre os objetivos que levaram à criação de cada um dos
institutos mencionados, no âmbito da civil law, estes estão muito mais ligados à uma
ideia de preparação de um processo judicial posterior, seja no âmbito da organização
deste, seja na asseguração da prova. Entre estes, ressaltam-se a importância maior
atribuída à asseguração da prova no ordenamento brasileiro e a preocupação com a
organização e a configuração do processo no procedimento espanhol.
Um dos possíveis fatores para que cada sistema encare esses institutos com objetivos
próximos de forma desigual pode ser atribuído, ainda, ao fato de toda essa atividade
pré-processual se derivar de um acordo extraprocessual sem a invocação direta do
Judiciário no caso do pretrial discovery e dos pre-action protocols, e o contrário ocorrer
com a produção antecipada de provas e as diligencias preliminares, os quais em certa
medida necessitam da judicatura como meio de coerção para que possam ser efetivadas
as medidas probatórias, sendo irrelevante, portanto, a necessidade ou a desnecessidade
da constituição de advogados para o início da causa.
Já foi dito que não existem preconceitos jurídicos no Brasil, uma vez que “busca-se
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inspiração nos mais variados modelos estrangeiros, indistintamente” . Assim, mediante
uma visão global de todos os institutos analisados, pode-se observar ser uma tendência
global no sentido de se conseguir um maior amadurecimento da questão tanto para que
chegue às mãos do juiz como para que as próprias partes possam estar em melhores
condições de realizar uma negociação mais proveitosa e frutífera.
Não se pode mais cogitar um sistema processual que somente regulamente e privilegie a
produção e asseguração da prova no decorrer do processo principal. Cada vez mais
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reforça-se o direito às partes à informação completa e à prova, seja por meio de uma
intervenção judicial ou por um processo negociado, o que permite uma maior qualidade
na obtenção de uma solução justa para possíveis conflitos de interesses.
Bibliografia
Brazil, Wayne D. The Adversary Character of Civil Discovery: A Critique and Proposals for
Change. In: Vanderbilt Law Review, v. 31, 1978.
BRAUN, Tiele Espanhol. Atividades Preparatórias de Uma Ação Civil: Análise Crítica das
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Ciências Jurídico-Civilísticas: Menção em Direito Processual Civil) – Universidade de
Coimbra, Coimbra, 2018.
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(LGL\2015\1656): Direito Probatório. Salvador: JusPODIVM, 2016. p. 541-556.
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Rivista Trimestrale de Diritto e Procedura Civile, Milano, n. 2, p. 579-614, giugno 2017.
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DIDIER JR., Fredie; BRAGA, Paula Sarno. Produção antecipada de prova. In: DIDIER JR.,
Fredie et al. Grandes Temas do novo CPC (LGL\2015\1656): Direito Probatório. 2. ed.
Salvador: JusPodivm, 2016. p. 585-597.
DIDIER JR., Fredie; BRAGA, Paula Sarno. Curso de Direito Processual Civil. 20. ed.
Salvador. JusPodivm, 2018. v. 1 – Introdução ao Direito Processual Civil, Parte Geral e
Processo de Conhecimento.
DIDIER JR., Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Curso de
Direito Processual Civil. 13. ed. Salvador. JusPodivm, 2018. v. 2 – Teoria da prova,
direito probatório, decisão, precedente, coisa julgada e tutela provisória
Marinoni, Luiz Guilherme; Arenhart, Sérgio Cruz; Mitidiero, Daniel. Novo Código de
Processo Civil (LGL\2015\1656) Comentado. 3. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Ed.
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ORTELLS RAMOS, Manuel; BELLIDO PENADÉS, Rafael. La Preparación del Proceso Civil:
Las Diligencias Preliminares. In: ORTELLS RAMOS, Manuel (Dir.). Derecho Procesal Civil.
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TARUFFO, Michele. L’Insegnamento Accademico del Diritto Processuale Civile. In: Rivista
Trimestrale di Diritto e Procedura Civile, Milano, anno L, n. 2, p. 551-557, giugno 1996.
TARUFFO, Michele. Idee per una teoria della decisione giusta In: Rivista Trimestrale di
Diritto e Procedura Civile, Milano, anno LI, n. 2, p. 315-328, giugno 1997.
THEODORO JR., Humberto. Processo Cautelar. 22. ed. São Paulo: LEUD, 2005.
THEODORO JR., Humberto. Curso de Direito Processual Civil. 59. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2018. v. I.
YARSHELL, Flávio Luiz. Comentário aos Art. 381 a 383 do CPC/15 (LGL\2015\1656). In:
ARRUDA ALVIM Wambier, Teresa; Didier Jr., Fredie; TALAMINI, Eduardo; DANTAS,
Bruno. Breves Comentários ao Novo Código de Processo Civil (LGL\2015\1656). 2ª ed.
rev. e atual. São Paulo: Ed. RT, 2016.
5 Segundo Taruffo, somente si puó affermare che una decisione è giusta in senso próprio
se è giusta sulla base di tutti e tre i criteri, os quais correspondem à correta escolha e
interpretação das regras jurídicas aplicáveis, uma averiguação verdadeira dos fatos
relevantes da causa e um procedimento justo. (TARUFFO, Michele. Idee per uma teoria
della decisione giusta In: Rivista Trimestrale di Diritto e Procedura Civile, Milano, anno
LI, n. 2, p. 320-321, giugno 1997.)
10 “O art. 5º, XXXV, da Constituição Federal, estatui que ‘a lei não excluirá da
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito’, texto este que foi referendado
pelo NCPC no caput de seu artigo 3º. Por meio da atividade interpretativa, a garantia de
acesso ao Poder Judiciário passando a compreender não só o acesso aos órgãos
jurisdicionais, mas também a adequação prestação jurisdicional e a da efetividade da
tutela. Passa-se a referir, pois, a um direito fundamental à tutela jurisdicional efetiva.
Para que tal direito fundamental seja exercido de modo pleno é necessária a garantia à
instrução adequada da causa, a qual passa, necessariamente, pelo direito à prova.
Assim, tem-se que a prestação da tutela jurisdicional efetiva pressupõe o correto
acertamento dos fatos sobre os quais irá pronunciar-se o juiz, razão pela qual resta
evidenciado que o direito à prova é corolário do direito fundamental à tutela jurisdicional
efetiva, elevando-se, igualmente à condição de direito fundamental, repousando, assim,
sua legitimidade no modelo constitucional de processo eleito pela CF de 1988.”
(CALDAS, Adriano; JOBIM, Marco Félix. A produção antecipada de prova e o novo CPC.
In: DIDIER JR, Fredie et al. Grandes temas do Novo CPC: Direito Probatório. Salvador:
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11 Consoante Theodoro Jr., “no curso da ação principal, a coleta antecipada de elemento
de convicção é fruto de simples deliberação do juiz da causa, que importa apenas
inversão de atos processuais e que integra a própria atividade instrutória do processo”.
(THEODORO JR., Humberto. Curso de Direito Processual Civil. 59. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2018. v. I, p. 963.)
13 DIDIER JR., Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Curso de
Direito Processual Civil. 13. ed. Salvador. JusPodivm, 2018. v. 2 – Teoria da prova,
direito probatório, decisão, precedente, coisa julgada e tutela provisória, p. 160-161.
14 GRECO, Leonardo. Jurisdição Voluntária Moderna. São Paulo: Dialética, 2003. p. 28.
15 Nesse sentido, expõem Marinoni, Arenhart e Mitidiero não ter o objetivo de produzir
desde logo a prova “[...] Embora o Código de Processo Civil aluda à ‘produção
antecipada de provas’, certo é que por esta via apenas se assegura a possibilidade de
futuramente produzir prova. A asseguração de prova consiste em documentação de
alegações de fato. E para a memória da coisa – ad perpetuam rei memoriam. Não há
produção, mesmo porque sequer se sabe se o processo (em que a prova efetivamente
será produzida) existirá, sequer cabendo ao juiz, neste procedimento, valorar a prova
colhida”. (Marinoni, Luiz Guilherme; Arenhart, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Novo
Código de Processo Civil Comentado. 3. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Ed. RT, 2017.
p. 495.)
16 Cfr. DIDIER JUNIOR, Fredie; BRAGA, Paula Sarno. Ações Probatórias Autônomas:
Produção Antecipada de Prova e Justificação In: Revista de Processo, São Paulo, v. 218,
p. 13, abr. 2013.
19 Marinoni, Luiz Guilherme; Arenhart, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Op. cit., p. 497.
22 Neste cenário, em que pese possibilidade legal, melhor doutrina é no sentido de ser
mais conveniente que “o juízo da asseguração de prova seja o juízo em que a prova será
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24 Nesse sentido, THEODORO JR., Humberto. Processo Cautelar. 22. ed. São Paulo:
LEUD, 2005. p. 322.
27 Capilla Casco afirma que “las diligencias preliminares pueden definirse como las
actuaciones previas al proceso cuya realización puede solicitarse a los tribunales para
auxiliarles en su preparación, facilitándoles datos necesarios a los efectos de decidir
presentar o no una demanda, o de decidir frente a quien debe dirigirse la demanda”.
(CAPILLA CASCO, Agustín. Diligencias Preliminares y Medidas de Anticipación y
Aseguramiento de Prueba In: Actualidad Jurídica (Úria & Menéndez), n. 12, p. 92,
diciembre 2005.) Ortells Ramos e Bellido Penadés, a seu tempo, acrescentam que
seriam “actividades previas al proceso mediante las que el futuro demandante solicita la
intervención que necesita para preparar el posterior proceso que se pretende iniciar”.
(ORTELLS RAMOS, Manuel; BELLIDO PENADÉS, Rafael. La Preparación del Proceso Civil:
Las Diligencias Preliminares. In: ORTELLS RAMOS, Manuel (Dir.). Derecho Procesal Civil.
Thomson Reuters Aranzadi, 2012. p. 305.)
28 Damián Moreno a seu turno afirma que “las diligencias preliminares constituyen una
facultad atribuida exclusivamente a quien se proponga demandar con el objeto de
obtener los datos necesarios para facilita un proceso posterior, condicionar su existencia
o, en su caso, asegurar la eficacia de la sentencia que en su dia haya de dictarse. És
más, a veces la oportunidad de incoar un determinado proceso depende de su resultado.
Eso quiere decir que estas diligencias no sirven sólo para preparar propiamente el juicio
sino que en algunos casos tienen otras finalidades, incluida la cautelar cuando lo que se
trata es de asegurar lo que sea objeto del mismo”. (Damián Moreno, Juan. Capítulo II –
De las Diligencias Preliminares. In: APARICIO AUÑÓN, Eusebio et. al. Comentarios a la
Nueva Ley de Enjuiciamiento Civil. 2. ed. Madrid: Lex Nova, 2000. t. II, p. 1680-1702,
esp. p. 1681-1682.
30 Estudo mais aprofundado sobre a natureza jurídica do instituto, inclusive com análise
da jurisprudência espanhola pode ser encontrado em BRAUN, Tiele Espanhol. Atividades
Preparatórias de Uma Ação Civil: Análise Crítica das Diligências Preliminares da Ley de
Enjuiciamiento Civil. 2018. Dissertação (Mestrado em Ciências Jurídico-Civilísticas:
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31 MONTERO AROCA, Juan et al. El Nuevo Proceso Civil (Ley 1/2000). Valencia: Tirant lo
Blanch, 2000. p. 224-225.
32 Montero Aroca afirma que nesse cenário “el resultado de la diligencia no surtía efecto
alguno en el proceso posterior, en el que el demandado no quedaba vinculado por
aquél”. (MONTERO AROCA, Juan et al. El Nuevo Proceso Civil (Ley 1/2000). Valencia:
Tirant lo Blanch, 2000. p. 225.)
40 Damián Moreno entende no sentido de que “Otro de los problemas reside en saber si
las diligencias preliminares requieren la intervención de abogado y de procurador. Los
preceptos que regulan esta materia no establecen nada al respecto, y salvo que las
catalogue como medidas urgentes (artículos 23.2 y 31.2), lo cual es bastante discutible,
las partes deberán comparecer por medio de abogado y procurador lo que no es muy
razonable sobre todo teniendo en cuenta que el requerido puede ser condenado en
costas (artículo 260.2)”. (Damián Moreno, Juan. Op. cit., p. 1687.)
43 LORCA NAVARRETE. Artículo 261. In: APARICIO AUÑÓN, Eusebio et al. Comentarios a
la Nueva Ley de Enjuiciamiento Civil. 2. ed. Madrid: Lex Nova. 2000. t. II, p. 1695.
44 Sobre a discussão, Lorca Navarrete aduz “En definitiva ¿cómo és posible que sin que
exista ficta confessio se puedan considerar admitidos los hechos correspondientes (a la
capacidad, representación o legitimación) a los efectos del juicio (proceso declarativo)?
Ciertamente la LEC merece el suspenso más rotundo en cuanto a la técnica procesal que
adopta. El compadecimiento del que se hace acreedora la LEC sólo sería evanescente si,
al tiempo que se excluyó la ficta confessio del PLEC mediante la enmienda número 1188
del grupo parlamentario de CiU, se hubiera excluido se consecuencia más directa
consistente en la admisión de hechos, que según el dictado del artículo 261.1ª de la LEC
sólo tendría lugar (la admisión de hechos) cuando se tengan por respondidas (ficta
confessio) por el juez de primera instancia las preguntas que el solicitante de la
diligencia preliminar pretenda formular. Por tanto, según el dictado del artículo 261.1ª
de la LEC existirá siempre admisión de hechos a los efectos del proceso declarativo
posterior (artículo 261.1ª de la LEC ‘in fine’) aun cuando no exista ‘ficta confessio’. Pero
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esta opción sólo conduce al absurdo de la técnica procesal quizá debido a que el dictado
del artículo 261.1ª de la LEC sea el resultado de lo absurdo.” (LORCA NAVARRETE. Op.
cit., p. 1697.)
46 No que diz respeito a essa medida, importante assinalar a observação realizada por
Ortells Ramos e Bellido Penadés (2012, p. 309), segundo os quais “No obstante, pese la
ubicación sistemática de esta medida, ésta no constituye una verdadera diligencia
preliminar, sino que presenta naturaleza de medida cautelar, razón pela cual su adopción
requerirá que concurran los presupuestos establecidos en la LECiv para decretar esa
clase de medidas”. (ORTELLS RAMOS, Manuel. Op. cit., p. 307.)
52 Nesse sentido, Ansanelli pontua “se puede decir que la fuerza cognoscitiva del pretrial
logra invalidar la utilidad del trial y se sustancia en un conocimiento preventivo de las
cuestiones de naturaleza puramente probatoria tradicionalmente objeto de comprobación
durante el debate”. (ANSANELLI, Vincenzo. Op. cit., p. 148.)
53 Nesse sentido, BUA, Nicholas J. Thoughts on Pretrial Discovery. In: The John Marshall
Journal of Practice and Procedure, v. 3, n. 202, p. 203, 1970. Por sua vez, Wayne D.
Brazil acrescenta que “[…] The purposes that modern civil discovery is designed to
accomplish are crucial to a system of dispute resolution committed to justice. In its
seminal opinion about the scope of discovery, the United States Supreme Court declared
that “[m]utual knowledge of all the relevant facts gathered by both parties is essential to
proper litigation”.”’8 Discovery is designed to serve as the principal mechanism by which
such “[m]utual knowledge of all the relevant facts” will be achieved.' As the Supreme
Court of Illinois forthrightly stated, the overriding purpose of discovery is nothing less
than to promote "the ascertainment of the truth and ultimate disposition of the lawsuit in
accordance therewith […]”. Six years earlier Judge Irving R. Kaufman had articulated this
same view in noting that “[t]he federal rules are designed to find the truth and to
prepare for the disposition of the case in favor of the party who is justly deserving of a
judgment”. (Brazil, Wayne D. The Adversary Character of Civil Discovery: A Critique and
Proposals for Change. In: Vanderbilt Law Review, v. 31, p. 1298, 1978.)
became much greater than in England. This is at least in part related to the decline in
the importance of pleadings: as Morgan pointed out, the general pleading allowed by the
Federal Rules would be unworkable without adequate discovery. It is, however, also due
to other causes, foremost among which the following may be mentioned: the idea that
each party should go to trial knowing, so far as possible, the evidence which his
opponent will present; the idea that full interlocutory disclosure of evidence will eliminate
unreal issues and, by revealing, in a way that pleadings cannot, the actual strengths and
weaknesses of each party’s case, will encourage settlements; the idea that the risk of
either party being taken by surprise at the trial should so far as possible be eliminated;
and the idea that, to secure a just result at the trial, each party should be able to make
use, both for attack and for defence, of any relevant information known to or perhaps
only discoverable by the other”. (JOLOWICZ, J. A. On Civil Procedure. Cambridge:
Cambridge University Press, 2000. p. 41.)
56 Woolf, Lord. Access to Justice: Interim Report. Capítulo 19. 1995. Disponível em:
[webarchive.nationalarchives.gov.uk/20060213223540/http://www.dca.gov.uk/civil/final/contents.htm]
Acesso em: 23.08.2018.
58 DIDIER JR. Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Vol. 1 – Introdução ao Direito
Processual Civil, Parte Geral e Processo de Conhecimento. 20ª ed. Salvador. JusPodivm,
2018, p. 67.
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