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APRESENTAÇÃO DA METODOLOGIA

Prezados alunos da Pós Graduação Lato Sensu em Direito Processual Civil,


seguem abaixo Exercícios de Fixação referentes à Aula 01 cujo tema é Normas
Fundamentais do Processo, a fim de que o conteúdo anteriormente
compartilhado seja revisitado e o conhecimento se consolide.

Por quê fazer os Exercícios de Fixação?

 A literatura que trata da ciência da aprendizagem elenca o uso de testes


como um dos principais métodos de consolidação do conhecimento. Isso
porque os testes forçam o aluno a recuperar a informação, o que fortalece
as conexões neurais.
 Através dos Exercícios de Fixação, é possível analisar qual parte do
conteúdo não foi inteiramente aprendido, de sorte que o aluno pode
revisitar na aula o tópico ou aprofundar nas bibliografias recomendadas.
 A realização dos Exercícios de Fixação é uma importante estratégia de
aprendizado, visto que garante uma visão sistêmica e holística do
conteúdo. A partir desse método analítico e ativo de aprendizagem, libera-
se o neurotransmissor acetilcolina e, consequentemente, a atenção e o foco
são mantidos.
 A partir de uma visão prática do conteúdo, “hard skills” e “soft skills” são
desenvolvidas. Paralelamente, potencializam-se o pensamento crítico e a
resolução de problemas, habilidades essenciais para o operador do Direito.
 Esquecer faz parte do processo de aprendizagem. O cérebro humano
recebe milhares de informações todos os dias e milhares de informações
são esquecidas. É a parte natural do processo. Desse modo, para que o
conhecimento fixe em nosso cérebro, além da utilização de Exercícios que
estimulam a recuperação ativa de informações, também se faz necessária a
REVISÃO dos assuntos anteriormente abordados.

Para maior aprofundamento teórico sobre os conteúdos da Aula, você pode


utilizar as referências de leituras previstas no Plano de Aula. Aconselhamos
também o acesso a todos os materiais complementares à aula, você ganhará
eficiência nos estudos.

Um dos grandes diferenciais da Especialização lato Sensu da Faculdade CERS é ser


intuitiva, dinâmica, inovadora, descomplicada e atual. Então, você está no lugar
certo!

Bons estudos!
EXERCÍCIOS

1ª Questão

Os princípios, em relação ao modelo constitucional de processo civil, são


mandados de otimização do sistema com conteúdo normativo de teor mais
aberto se comparados às regras, podendo-se afirmar que a coisa julgada é uma
regra que densifica, primordialmente, o princípio da segurança jurídica.

a) Certa
b) Errada

2ª Questão

O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento
a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar,
exceto se tratar-se de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

a) Certa
b) Errada

3ª Questão

O art. 7º, CPC/2015, assegura às partes paridade de tratamento em relação ao


exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus,
aos deveres e à aplicação de sanções processuais, de modo que não se pode mais
falar em prazo diferenciado para a prática de ato processual por parte da
Fazenda Pública ou do Ministério Público.

a) Certa
b) Errada
4ª Questão

O art. 5.º, ao tratar da boa-fé processual, está relacionado à boa-fé subjetiva, ou


seja, à existência de boas ou más intenções por parte dos sujeitos do processo.

a) Certa
b) Errada

5ª Questão

Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em


tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.

a) Certa
b) Errada
GABARITO COMENTADO

1ª Questão

Gabarito Comentado

Nota da tutoria: em sintonia com a aula ministrada, a questão versa sobre os


princípios gerais do direito processual civil. A propósito, com os estudos de
Robert Alexy, Ronald Dworkin, Humberto Ávila, dentre outros, é fato que os
princípios ganharam uma nova roupagem, deixando de ser considerados meios
de colmatação de lacunas e passando a integrar o ordenamento jurídico como
espécies de norma jurídica. Enquanto o CPC/73 trazia os princípios de forma
esparsa, o legislador moderno, atento ao modelo constitucional de processo
civil e ao reconhecimento da carga normativa dos princípios, condensou-os no
Capítulo I, Título único, Livro I, Parte Geral, arts. 1.º ao 12. O princípio do devido
processo legal (art. 5º, LIV, CF), por exemplo, síntese de todo o necessário para
que a prestação jurisdicional seja justa e adequada, está destacado no art. 1º,
CPC/2015. O princípio da razoável duração do processo (art. 5º, LXXVIII, CF)
possui disposição expressa no art. 4º, CPC/2015. Ainda, o princípio do
contraditório (art. 5º, LV, CF), traduz uma tentativa de idealização do
contraditório participativo e valoriza o princípio da cooperação no processo.
Consagra-se na previsão do art. 9º, CPC/2015, ao determinar que o juiz deve
intimar as partes antes de decidir até mesmo questões de ordem pública (as
chamadas decisões de terceira via). Além disso, o princípio da inafastabilidade
da jurisdição, também conhecido como princípio do acesso à justiça (art. 5º,
XXXV, CF), encontra-se prenunciado no caput do art. 3º, CPC/2015.

CORRETO. Isso porque a ideia do modelo constitucional de processo civil


consubstancia-se no fato de a Constituição Federal trazer inúmeros princípios
processuais, que permearão todo o sistema e que devem ser considerados por
todos os operadores do direito e pelo legislador. De acordo com a doutrina do
professor Humberto Ávila, os princípios são mandados de otimização do
sistema, inspirados em valores. Contudo, o conteúdo normativo dos princípios
é mais aberto se comparado ao das regras, que têm teor mais concreto. Como
exemplo, tem-se a coisa julgada, regra que compacta, precipuamente, o
princípio da segurança jurídica.

2ª Questão

Gabarito Comentado

ERRADO. O juiz tem o dever de consultar previamente as partes sobre qualquer


fundamento de decisão. Conforme determina o Art. 10 do CPC, o juiz não pode
decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do
qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se
trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

Inclusive, o juiz não pode deixar de ouvir previamente a parte porque acredita
que a manifestação desta não poderá influenciar o resultado do julgamento.

3ª Questão

Gabarito Comentado

INCORRETA. Por mais paradoxal que possa parecer, o tratamento distinto é, em


alguns casos, a principal forma de igualar as partes. Apesar das inúmeras
críticas da doutrina às prerrogativas processuais conferidas à Fazenda Pública,
o legislador do novo CPC manteve a regra do prazo diferenciado, aplicando-a
também ao Ministério Público e à Defensoria Pública. Não há mais, contudo,
dicotomia entre o prazo para contestar e o prazo para recorrer (art. 188,
CPC/1973). Nos termos dos arts. 180, 183, 186, o prazo para as manifestações
processuais do Ministério Público, da Fazenda Pública e da Defensoria Pública
será contado em dobro. Exemplo: se o prazo para contestar é de 15 dias (art.
335), o prazo para esses entes será de 30 dias.

4ª Questão

Gabarito Comentado

INCORRETA. A boa-fé subjetiva é elemento do suporte fático de alguns fatos


jurídicos; é fato, portanto. A boa-fé objetiva é uma norma de conduta: impõe e
proíbe condutas, além de criar situações jurídicas ativas e passivas. O art. 5.º do
CPC não está relacionado à boa-fé subjetiva, à intenção do sujeito processual:
trata-se de norma que impõe condutas em conformidade com a boa-fé
objetivamente considerada, independentemente da existência de boas ou más
intenções.

5ª Questão

Gabarito Comentado

CORRETO. Vide art. 6º do CPC.

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