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A JUSTIÇA NO BRASIL E OS GRUPOS VULNERÁVEIS

1. A Constituição da República de 1988 inovou na história das Constituições brasileiras na


medida em que foi reconhecido o multiculturalismo dos povos indígenas. Nesse sentido, a
Constituição assegura às comunidades indígenas a posse permanente das terras
tradicionalmente ocupadas pelos indígenas. Ao interpretar tais diretrizes, o Supremo Tribunal
Federal tem se pronunciado de que forma?
O direito à terra é reconhecido aos indígenas desde que se comprove sua presença
constante e persistente após cinco anos contados da promulgação da Constituição de
1988.
As terras tradicionalmente ocupadas pelos indígenas tem como marco temporal a
promulgação da Constituição, o que não impede que terras em disputa decorrente de
esbulho renitente anterior ao marco temporal também sejam reconhecidas.
O direito à terra é reconhecido aos indígenas independentemente do momento em que
foram por eles ocupadas.
O direto à terra ocupada por comunidades indígenas não é reconhecido quando for
ocupado por particulares que deem a ela finalidade produtiva maior que os indígenas.
O direito à terra é reconhecido apenas se comprovada a presença constante e persistente
dos índios na data da promulgação da Constituição de 1988, independentemente de
esbulho renitente.
Data Resp.: 11/10/2023 22:12:51

Explicação:

Historicamente, a maior parte (senão toda) das terras brasileiras foi ocupada por indígenas,
expulsos delas desde o processo de colonização portuguesa. No entanto, esta não pareceu
ser a reivindicação dos movimentos dos povos indígenas abarcada pela constituinte.

O que se pretendeu, de fato, foi tutelar os povos indígenas que havia em 1988 e que viam
suas terras sujeitas a constantes investidas advindas do Estado e de particulares. Ainda
assim, foi necessário que o Supremo Tribunal Federal definisse os parâmetros para o
reconhecimento do direito a tais terras.

Foi o que ocorreu no caso Raposa Serra do Sol (Petição nº 3.388), em que o Tribunal
estabeleceu que a definição de ¿terras tradicionalmente ocupadas¿ pelos indígenas tem
como marco temporal a promulgação da Constituição, ou seja, 5 de outubro de 1988. Isso
significa que eventuais aldeamentos indígenas que já não existiam à data de promulgação da
Constituição não mais teriam reconhecidos direitos às terras que, no passado, ocupavam.

Para o Supremo Tribunal Federal, o chamado ¿esbulho renitente¿ é uma exceção à


exigência de que os povos indígenas ocupassem as terras à data da Constituição de 1988.

2. A atual Constituição Federal inovou, buscando assegurar os direitos sociais das


pessoas idosas. Expressamente para a política nacional do idoso, este é
considerado como a pessoa com idade superior a:
60 anos
70 anos
75 anos
65 anos
55 anos
Data Resp.: 11/10/2023 22:12:55

Explicação:
A Política Nacional do Idoso foi instituída pela Lei 8.842/94, em seu art. 2 diz que considera-
se idoso, para os efeitos desta lei, a pessoa maior de sessenta anos de idade. Essa previsão
vai ao encontro do Estatuto do Idoso que, em seu artigo 1o dispõe: É instituído o Estatuto da
Pessoa Idosa, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou
superior a 60 (sessenta) anos.

A Constituição da República, por sua vez, não considera idoso a pessoa maior de 65
(sessenta e cinco) anos. Trata-se, em realidade, da idade ara concessão do transporte
gratuito (art. 230, p. 2o).

3. De acordo com a Constituição Federal de 1988:

Os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice,


carência ou enfermidade.
O dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na
comunidade, bem como defendendo sua dignidade e seu bem-estar, é de
obrigação única da família.
São penalmente imputáveis os menores de 18 anos, sujeitos às normas da
legislação especial.
É garantida aos maiores de 60 anos a gratuidade dos transportes coletivos
urbanos.
Os idosos têm o direito de ser amparados em programas específicos, que
serão realizados, preferencialmente, em locais de fácil acesso e perto de
suas residências.
Data Resp.: 11/10/2023 22:13:01

Explicação:

A resposta correta é: Os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais


na velhice, carência ou enfermidade.

4. Acerca da decisão do STF sobre a interrupção da gravidez de feto anencefálico,


assinale a alternativa correta:
Em que pese a decisão autorizando a interrupção da gravidez, concordaram
os ministros ser impossível uma ponderação de interesses quando direitos
constitucionais estão em aparente rota de colisão.
Concluiu-se pela inadmissibilidade da interrupção da gravidez, pois o direito à
vida - absoluto - só pode ser excepcionado em hipóteses expressamente
previstas na Constituição.
Tencionava-se que fosse dada a dispositivos do Código Penal uma
interpretação conforme a Constituição, e o instrumento escolhido para sua
propositura foi a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental.
A decisão foi tomada em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, em que
se buscava a declaração da inconstitucionalidade de lei municipal que
vedava a prática.
A autorização para a interrupção da gravidez - com efeito apenas no caso
concreto que era julgado - veio após a unanimidade de os ministros
decidirem que os direitos à intimidade e à autonomia da vontade dos pais têm
maior valor do que o direito à vida do nascituro.
Data Resp.: 11/10/2023 22:13:08
Explicação:

A resposta correta é: Tencionava-se que fosse dada a dispositivos do Código


Penal uma interpretação conforme a Constituição, e o instrumento escolhido
para sua propositura foi a Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental.

5. De acordo com a Constituição Federal, a remoção de grupos indígenas das


terras que tradicionalmente ocupam é:
Vedada, salvo, ad referendum do Congresso Nacional, em caso de catástrofe
ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da
soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em
qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
Vedada, salvo, ad referendum do Senado Federal, em caso de catástrofe ou
epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania
do País, após deliberação do Senado Federal, garantido, em qualquer
hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
Permitida apenas em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua
população, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer
hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
Permitida apenas em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua
população, após deliberação do Senado Federal, garantido, em qualquer
hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
Vedada, salvo, ad referendum da Câmara dos Deputados, em caso de
catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse
da soberania do País, após deliberação do Senado Federal, garantido, em
qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
Data Resp.: 11/10/2023 22:13:11

Explicação:

A resposta correta é: Vedada, salvo, ad referendum do Congresso Nacional, em


caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no
interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional,
garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.

6. Sobre a garantia de direitos dos indígenas, assinale a alternativa correta:

A Constituição prevê que a responsabilidade de defender judicialmente os


direitos indígenas é atribuição da Procuradoria Geral de cada Estado.
A competência para legislar sobre populações indígenas é concorrente da
União, dos Estados e do Distrito Federal.
A população indígena tem o direito de manter intacta sua cultura aldeada, se
assim entender que é a melhor forma de preservação.
A Constituição estabelece que as populações indígenas devem ser,
prioritariamente, integradas ao restante da sociedade.
A Constituição prevê que a responsabilidade de defender judicialmente os
direitos indígenas é atribuição da Defensoria Pública da União.
Data Resp.: 11/10/2023 22:13:16
Explicação:

A resposta correta é: A população indígena tem o direito de manter intacta sua


cultura aldeada, se assim entender que é a melhor forma de preservação.

7. Sobre os direitos indígenas, assinale a alternativa incorreta:

São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em


caráter provisório, as utilizadas para suas atividades produtivas, as
imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu
bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus
usos, seus costumes e suas tradições.
As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse
permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios
e dos lagos nelas existentes.
São reconhecidos aos índios sua organização
social, seus costumes, suas línguas, crenças e tradições, e os direitos
originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União
demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
Os indígenas são grupos que merecem tutela constitucional, assim como
outros grupos de indivíduos.
Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para
ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o
Ministério Público em todos os atos do processo.
Data Resp.: 11/10/2023 22:13:19

Explicação:

Aresposta correta é: São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por


eles habitadas em caráter provisório, as utilizadas para suas atividades
produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais
necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e
cultural, segundo seus usos, seus costumes e suas tradições.

8. Sobre os direitos fundamentais garantidos na Constituição (CRFB), segundo o


Supremo Tribunal Federal (STF):
O direito de o preso não ser submetido a tratamento desumano ou
degradante cede quando em confronto com o direito à segurança da
sociedade, inclusive porque é do Poder Executivo estadual a
responsabilidade pelo estado de coisas inconstitucional do sistema prisional.
Como não há direito absoluto, o direito à liberdade é incompatível com a
produção de biografias não autorizadas ou com a veiculação de charges,
sátiras e paródias sobre candidatos em programas humorísticos durante o
período eleitoral.
O Estado, ao lançar mão de ações afirmativas, como as cotas raciais, desafia
os princípios da igualdade, da moralidade e da eficiência, além de fomentar o
preconceito.
O transgênero, pessoa que não se identifica psiquicamente com seu gênero
biológico, se assim o desejar, pode, independentemente da cirurgia de
redesignação sexual ou da realização de tratamentos hormonais, solicitar a
alteração de seu prenome e de seu gênero (sexo) diretamente no registro
civil.
A interrupção voluntária da gestação até o segundo trimestre de gravidez
deixou de configurar o crime de aborto.
Data Resp.: 11/10/2023 22:13:22

Explicação:

A resposta correta é: O transgênero, pessoa que não se identifica


psiquicamente com seu gênero biológico, se assim o desejar, pode,
independentemente da cirurgia de redesignação sexual ou da realização de
tratamentos hormonais, solicitar a alteração de seu prenome e de seu gênero
(sexo) diretamente no registro civil.

9. A Constituição da República de 1988 ficou conhecida como a "Constituição


cidadã" e é amplamente elogiada no mundo todo por sua forte proteção aos
direitos fundamentais. Esse alto nível da dogmática jurídica brasileira
observável no processo constituinte é uma decorrência da superação da
mentalidade vivenciada durante a ditadura militar, oriunda do Golpe de 1964,
notadamente em relação à posição social da mulher.

Sobre o assunto, assinale a alternativa correta:


O fato de a Constituição estabelecer a igualdade entre gêneros não implica a
impossibilidade da adoção de políticas públicas diferenciadoras fundadas na
proteção às vulnerabilidades, que podem ser levadas a efeito pelo
Legislativo, pelo Executivo ou, mediante condições específicas, até mesmo
pelo Judiciário.
A Constituição expressamente estabelece que homens e mulheres são iguais
em direitos e obrigações, o que torna inconstitucionais demandas feministas
de adoção de políticas de ação afirmativa em favor das mulheres.
Na interpretação da igualdade constitucional entre homens e mulheres, é
imperioso considerar a disposição do preâmbulo, que afirma ser a atual
Constituição promulgada sob a proteção de Deus, o que torna a Bíblia
sagrada um dos livros de doutrina úteis à hermenêutica constitucional.
Ao propor que homens e mulheres são iguais, a Constituição não menciona
quaisquer outros gêneros - razão pela qual esse dispositivo implica a
inconstitucionalidade de leis que promovam o reconhecimento formal de
transgêneros como sujeitos de direitos.
A promoção constitucional da isonomia entre homens e mulheres não implica
plena equiparação, considerando que o homem possui o dever legal de
proteger a mulher em situações de perigo ou naquelas situações em que se
demonstre vulnerável, em razão de mais fraca condição biológica.
Data Resp.: 11/10/2023 22:13:25

Explicação:

A resposta correta é: O fato de a Constituição estabelecer a igualdade entre


gêneros não implica a impossibilidade da adoção de políticas públicas
diferenciadoras fundadas na proteção às vulnerabilidades, que podem ser
levadas a efeito pelo Legislativo, pelo Executivo ou, mediante condições
específicas, até mesmo pelo Judiciário.
10. Maria, pessoa com identificação psicossexual oposta a seus órgãos genitais
externos e com forte desejo de viver e ser aceita como do sexo oposto, move
ação de modificação de seu assento de nascimento para mudar prenome, bem
como gênero ao qual pertence. Consegue, em primeira instância, apenas a
mudança do nome. No atendimento, o defensor deve orientá-la que:
Cabe recurso da decisão, uma vez que a procedência parcial viola a
Constituição Federal e o entendimento do Supremo Tribunal Federal no que
diz respeito à proteção da dignidade humana, à proibição de discriminação
e ao direito à identidade.
Não é necessário ou mesmo recomendável recorrer da decisão, pois o que
realmente causa constrangimento, expõe ao ridículo e viola a Constituição é
o nome em desacordo com sua aparência e psique, o que foi obtido com a
decisão judicial. Nessas circunstâncias, recorrer somente prolongará seu
sofrimento.
A decisão já foi uma grande vitória, pois a Constituição não menciona
discriminação de gênero, mas sim discriminação de sexo, e, portanto,
modificar o registro do sexo seria inconstitucional.
Cabe recurso da decisão, mas, muito provavelmente, esta será mantida, já
que a proibição de discriminação de sexo contida na Constituição diz respeito
tão somente ao sexo biológico das pessoas.
Para a mudança de sexo no assento de nascimento, seria necessária cirurgia
de transgenitalização externa e interna, bem como modificação de caracteres
sexuais secundários da pessoa. No caso, somente foi feita a mastectomia.
Assim, é melhor aguardar esses outros passos e, depois, pedir a modificação
do sexo no registro.
Data Resp.: 11/10/2023 22:13:31

Explicação:

A resposta correta é: Cabe recurso da decisão, uma vez que a procedência


parcial viola a Constituição Federal e o entendimento do Supremo Tribunal
Federal no que diz respeito à proteção da dignidade humana, à proibição de
discriminação e ao direito à identidade.

A JUSTIÇA NO BRASIL E OS GRUPOS VULNERÁVEIS

1. Sobre os direitos indígenas, assinale a alternativa incorreta:

São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em


caráter provisório, as utilizadas para suas atividades produtivas, as
imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu
bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus
usos, seus costumes e suas tradições.
Os indígenas são grupos que merecem tutela constitucional, assim como
outros grupos de indivíduos.
Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para
ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o
Ministério Público em todos os atos do processo.
São reconhecidos aos índios sua organização
social, seus costumes, suas línguas, crenças e tradições, e os direitos
originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União
demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse
permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios
e dos lagos nelas existentes.
Data Resp.: 11/10/2023 22:13:47

Explicação:

Aresposta correta é: São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por


eles habitadas em caráter provisório, as utilizadas para suas atividades
produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais
necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e
cultural, segundo seus usos, seus costumes e suas tradições.

2. Sobre a garantia de direitos dos indígenas, assinale a alternativa correta:

A competência para legislar sobre populações indígenas é concorrente da


União, dos Estados e do Distrito Federal.
A Constituição prevê que a responsabilidade de defender judicialmente os
direitos indígenas é atribuição da Defensoria Pública da União.
A Constituição estabelece que as populações indígenas devem ser,
prioritariamente, integradas ao restante da sociedade.
A população indígena tem o direito de manter intacta sua cultura aldeada, se
assim entender que é a melhor forma de preservação.
A Constituição prevê que a responsabilidade de defender judicialmente os
direitos indígenas é atribuição da Procuradoria Geral de cada Estado.
Data Resp.: 11/10/2023 22:13:49

Explicação:

A resposta correta é: A população indígena tem o direito de manter intacta sua


cultura aldeada, se assim entender que é a melhor forma de preservação.

3. Acerca da decisão do STF sobre a interrupção da gravidez de feto anencefálico,


assinale a alternativa correta:
Tencionava-se que fosse dada a dispositivos do Código Penal uma
interpretação conforme a Constituição, e o instrumento escolhido para sua
propositura foi a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental.
Concluiu-se pela inadmissibilidade da interrupção da gravidez, pois o direito à
vida - absoluto - só pode ser excepcionado em hipóteses expressamente
previstas na Constituição.
Em que pese a decisão autorizando a interrupção da gravidez, concordaram
os ministros ser impossível uma ponderação de interesses quando direitos
constitucionais estão em aparente rota de colisão.
A autorização para a interrupção da gravidez - com efeito apenas no caso
concreto que era julgado - veio após a unanimidade de os ministros
decidirem que os direitos à intimidade e à autonomia da vontade dos pais têm
maior valor do que o direito à vida do nascituro.
A decisão foi tomada em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, em que
se buscava a declaração da inconstitucionalidade de lei municipal que
vedava a prática.
Data Resp.: 11/10/2023 22:13:53

Explicação:

A resposta correta é: Tencionava-se que fosse dada a dispositivos do Código


Penal uma interpretação conforme a Constituição, e o instrumento escolhido
para sua propositura foi a Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental.

4. Sobre os direitos fundamentais garantidos na Constituição (CRFB), segundo o


Supremo Tribunal Federal (STF):
A interrupção voluntária da gestação até o segundo trimestre de gravidez
deixou de configurar o crime de aborto.
O Estado, ao lançar mão de ações afirmativas, como as cotas raciais, desafia
os princípios da igualdade, da moralidade e da eficiência, além de fomentar o
preconceito.
O transgênero, pessoa que não se identifica psiquicamente com seu gênero
biológico, se assim o desejar, pode, independentemente da cirurgia de
redesignação sexual ou da realização de tratamentos hormonais, solicitar a
alteração de seu prenome e de seu gênero (sexo) diretamente no registro
civil.
Como não há direito absoluto, o direito à liberdade é incompatível com a
produção de biografias não autorizadas ou com a veiculação de charges,
sátiras e paródias sobre candidatos em programas humorísticos durante o
período eleitoral.
O direito de o preso não ser submetido a tratamento desumano ou
degradante cede quando em confronto com o direito à segurança da
sociedade, inclusive porque é do Poder Executivo estadual a
responsabilidade pelo estado de coisas inconstitucional do sistema prisional.
Data Resp.: 11/10/2023 22:13:55

Explicação:

A resposta correta é: O transgênero, pessoa que não se identifica


psiquicamente com seu gênero biológico, se assim o desejar, pode,
independentemente da cirurgia de redesignação sexual ou da realização de
tratamentos hormonais, solicitar a alteração de seu prenome e de seu gênero
(sexo) diretamente no registro civil.

5. Maria, pessoa com identificação psicossexual oposta a seus órgãos genitais


externos e com forte desejo de viver e ser aceita como do sexo oposto, move
ação de modificação de seu assento de nascimento para mudar prenome, bem
como gênero ao qual pertence. Consegue, em primeira instância, apenas a
mudança do nome. No atendimento, o defensor deve orientá-la que:
Não é necessário ou mesmo recomendável recorrer da decisão, pois o que
realmente causa constrangimento, expõe ao ridículo e viola a Constituição é
o nome em desacordo com sua aparência e psique, o que foi obtido com a
decisão judicial. Nessas circunstâncias, recorrer somente prolongará seu
sofrimento.
Para a mudança de sexo no assento de nascimento, seria necessária cirurgia
de transgenitalização externa e interna, bem como modificação de caracteres
sexuais secundários da pessoa. No caso, somente foi feita a mastectomia.
Assim, é melhor aguardar esses outros passos e, depois, pedir a modificação
do sexo no registro.
A decisão já foi uma grande vitória, pois a Constituição não menciona
discriminação de gênero, mas sim discriminação de sexo, e, portanto,
modificar o registro do sexo seria inconstitucional.
Cabe recurso da decisão, mas, muito provavelmente, esta será mantida, já
que a proibição de discriminação de sexo contida na Constituição diz respeito
tão somente ao sexo biológico das pessoas.
Cabe recurso da decisão, uma vez que a procedência parcial viola a
Constituição Federal e o entendimento do Supremo Tribunal Federal no que
diz respeito à proteção da dignidade humana, à proibição de discriminação
e ao direito à identidade.
Data Resp.: 11/10/2023 22:13:58

Explicação:

A resposta correta é: Cabe recurso da decisão, uma vez que a procedência


parcial viola a Constituição Federal e o entendimento do Supremo Tribunal
Federal no que diz respeito à proteção da dignidade humana, à proibição de
discriminação e ao direito à identidade.

6. A Constituição da República de 1988 ficou conhecida como a "Constituição


cidadã" e é amplamente elogiada no mundo todo por sua forte proteção aos
direitos fundamentais. Esse alto nível da dogmática jurídica brasileira
observável no processo constituinte é uma decorrência da superação da
mentalidade vivenciada durante a ditadura militar, oriunda do Golpe de 1964,
notadamente em relação à posição social da mulher.

Sobre o assunto, assinale a alternativa correta:


Na interpretação da igualdade constitucional entre homens e mulheres, é
imperioso considerar a disposição do preâmbulo, que afirma ser a atual
Constituição promulgada sob a proteção de Deus, o que torna a Bíblia
sagrada um dos livros de doutrina úteis à hermenêutica constitucional.
O fato de a Constituição estabelecer a igualdade entre gêneros não implica a
impossibilidade da adoção de políticas públicas diferenciadoras fundadas na
proteção às vulnerabilidades, que podem ser levadas a efeito pelo
Legislativo, pelo Executivo ou, mediante condições específicas, até mesmo
pelo Judiciário.
Ao propor que homens e mulheres são iguais, a Constituição não menciona
quaisquer outros gêneros - razão pela qual esse dispositivo implica a
inconstitucionalidade de leis que promovam o reconhecimento formal de
transgêneros como sujeitos de direitos.
A Constituição expressamente estabelece que homens e mulheres são iguais
em direitos e obrigações, o que torna inconstitucionais demandas feministas
de adoção de políticas de ação afirmativa em favor das mulheres.
A promoção constitucional da isonomia entre homens e mulheres não implica
plena equiparação, considerando que o homem possui o dever legal de
proteger a mulher em situações de perigo ou naquelas situações em que se
demonstre vulnerável, em razão de mais fraca condição biológica.
Data Resp.: 11/10/2023 22:14:02

Explicação:

A resposta correta é: O fato de a Constituição estabelecer a igualdade entre


gêneros não implica a impossibilidade da adoção de políticas públicas
diferenciadoras fundadas na proteção às vulnerabilidades, que podem ser
levadas a efeito pelo Legislativo, pelo Executivo ou, mediante condições
específicas, até mesmo pelo Judiciário.

7. De acordo com a Constituição Federal de 1988:

São penalmente imputáveis os menores de 18 anos, sujeitos às normas da


legislação especial.
O dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na
comunidade, bem como defendendo sua dignidade e seu bem-estar, é de
obrigação única da família.
É garantida aos maiores de 60 anos a gratuidade dos transportes coletivos
urbanos.
Os idosos têm o direito de ser amparados em programas específicos, que
serão realizados, preferencialmente, em locais de fácil acesso e perto de
suas residências.
Os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice,
carência ou enfermidade.
Data Resp.: 11/10/2023 22:14:08

Explicação:

A resposta correta é: Os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais


na velhice, carência ou enfermidade.

8. A atual Constituição Federal inovou, buscando assegurar os direitos sociais das


pessoas idosas. Expressamente para a política nacional do idoso, este é
considerado como a pessoa com idade superior a:
75 anos
70 anos
55 anos
60 anos
65 anos
Data Resp.: 11/10/2023 22:14:04

Explicação:

A Política Nacional do Idoso foi instituída pela Lei 8.842/94, em seu art. 2 diz que considera-
se idoso, para os efeitos desta lei, a pessoa maior de sessenta anos de idade. Essa previsão
vai ao encontro do Estatuto do Idoso que, em seu artigo 1o dispõe: É instituído o Estatuto da
Pessoa Idosa, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou
superior a 60 (sessenta) anos.

A Constituição da República, por sua vez, não considera idoso a pessoa maior de 65
(sessenta e cinco) anos. Trata-se, em realidade, da idade ara concessão do transporte
gratuito (art. 230, p. 2o).

9. De acordo com a Constituição Federal, a remoção de grupos indígenas das


terras que tradicionalmente ocupam é:
Permitida apenas em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua
população, após deliberação do Senado Federal, garantido, em qualquer
hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
Permitida apenas em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua
população, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer
hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
Vedada, salvo, ad referendum do Senado Federal, em caso de catástrofe ou
epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania
do País, após deliberação do Senado Federal, garantido, em qualquer
hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
Vedada, salvo, ad referendum da Câmara dos Deputados, em caso de
catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse
da soberania do País, após deliberação do Senado Federal, garantido, em
qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
Vedada, salvo, ad referendum do Congresso Nacional, em caso de catástrofe
ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da
soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em
qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
Data Resp.: 11/10/2023 22:14:11

Explicação:

A resposta correta é: Vedada, salvo, ad referendum do Congresso Nacional, em


caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no
interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional,
garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.

10. A Constituição da República de 1988 inovou na história das Constituições brasileiras na


medida em que foi reconhecido o multiculturalismo dos povos indígenas. Nesse sentido, a
Constituição assegura às comunidades indígenas a posse permanente das terras
tradicionalmente ocupadas pelos indígenas. Ao interpretar tais diretrizes, o Supremo Tribunal
Federal tem se pronunciado de que forma?
O direito à terra é reconhecido aos indígenas desde que se comprove sua presença
constante e persistente após cinco anos contados da promulgação da Constituição de
1988.
As terras tradicionalmente ocupadas pelos indígenas tem como marco temporal a
promulgação da Constituição, o que não impede que terras em disputa decorrente de
esbulho renitente anterior ao marco temporal também sejam reconhecidas.
O direito à terra é reconhecido apenas se comprovada a presença constante e persistente
dos índios na data da promulgação da Constituição de 1988, independentemente de
esbulho renitente.
O direito à terra é reconhecido aos indígenas independentemente do momento em que
foram por eles ocupadas.
O direto à terra ocupada por comunidades indígenas não é reconhecido quando for
ocupado por particulares que deem a ela finalidade produtiva maior que os indígenas.
Data Resp.: 11/10/2023 22:14:13

Explicação:

Historicamente, a maior parte (senão toda) das terras brasileiras foi ocupada por indígenas,
expulsos delas desde o processo de colonização portuguesa. No entanto, esta não pareceu
ser a reivindicação dos movimentos dos povos indígenas abarcada pela constituinte.

O que se pretendeu, de fato, foi tutelar os povos indígenas que havia em 1988 e que viam
suas terras sujeitas a constantes investidas advindas do Estado e de particulares. Ainda
assim, foi necessário que o Supremo Tribunal Federal definisse os parâmetros para o
reconhecimento do direito a tais terras.

Foi o que ocorreu no caso Raposa Serra do Sol (Petição nº 3.388), em que o Tribunal
estabeleceu que a definição de ¿terras tradicionalmente ocupadas¿ pelos indígenas tem
como marco temporal a promulgação da Constituição, ou seja, 5 de outubro de 1988. Isso
significa que eventuais aldeamentos indígenas que já não existiam à data de promulgação da
Constituição não mais teriam reconhecidos direitos às terras que, no passado, ocupavam.

Para o Supremo Tribunal Federal, o chamado ¿esbulho renitente¿ é uma exceção à


exigência de que os povos indígenas ocupassem as terras à data da Constituição de 1988.

A JUSTIÇA NO BRASIL E OS GRUPOS VULNERÁVEIS

1. Sobre os direitos indígenas, assinale a alternativa incorreta:

Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para


ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o
Ministério Público em todos os atos do processo.
São reconhecidos aos índios sua organização
social, seus costumes, suas línguas, crenças e tradições, e os direitos
originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União
demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse
permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios
e dos lagos nelas existentes.
São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em
caráter provisório, as utilizadas para suas atividades produtivas, as
imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu
bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus
usos, seus costumes e suas tradições.
Os indígenas são grupos que merecem tutela constitucional, assim como
outros grupos de indivíduos.
Data Resp.: 11/10/2023 22:14:30

Explicação:

Aresposta correta é: São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por


eles habitadas em caráter provisório, as utilizadas para suas atividades
produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais
necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e
cultural, segundo seus usos, seus costumes e suas tradições.

2. Sobre a garantia de direitos dos indígenas, assinale a alternativa correta:

A população indígena tem o direito de manter intacta sua cultura aldeada, se


assim entender que é a melhor forma de preservação.
A competência para legislar sobre populações indígenas é concorrente da
União, dos Estados e do Distrito Federal.
A Constituição prevê que a responsabilidade de defender judicialmente os
direitos indígenas é atribuição da Defensoria Pública da União.
A Constituição estabelece que as populações indígenas devem ser,
prioritariamente, integradas ao restante da sociedade.
A Constituição prevê que a responsabilidade de defender judicialmente os
direitos indígenas é atribuição da Procuradoria Geral de cada Estado.
Data Resp.: 11/10/2023 22:14:34

Explicação:

A resposta correta é: A população indígena tem o direito de manter intacta sua


cultura aldeada, se assim entender que é a melhor forma de preservação.

3. Acerca da decisão do STF sobre a interrupção da gravidez de feto anencefálico,


assinale a alternativa correta:
Concluiu-se pela inadmissibilidade da interrupção da gravidez, pois o direito à
vida - absoluto - só pode ser excepcionado em hipóteses expressamente
previstas na Constituição.
A decisão foi tomada em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, em que
se buscava a declaração da inconstitucionalidade de lei municipal que
vedava a prática.
Em que pese a decisão autorizando a interrupção da gravidez, concordaram
os ministros ser impossível uma ponderação de interesses quando direitos
constitucionais estão em aparente rota de colisão.
Tencionava-se que fosse dada a dispositivos do Código Penal uma
interpretação conforme a Constituição, e o instrumento escolhido para sua
propositura foi a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental.
A autorização para a interrupção da gravidez - com efeito apenas no caso
concreto que era julgado - veio após a unanimidade de os ministros
decidirem que os direitos à intimidade e à autonomia da vontade dos pais têm
maior valor do que o direito à vida do nascituro.
Data Resp.: 11/10/2023 22:14:37

Explicação:

A resposta correta é: Tencionava-se que fosse dada a dispositivos do Código


Penal uma interpretação conforme a Constituição, e o instrumento escolhido
para sua propositura foi a Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental.
4. Sobre os direitos fundamentais garantidos na Constituição (CRFB), segundo o
Supremo Tribunal Federal (STF):
O direito de o preso não ser submetido a tratamento desumano ou
degradante cede quando em confronto com o direito à segurança da
sociedade, inclusive porque é do Poder Executivo estadual a
responsabilidade pelo estado de coisas inconstitucional do sistema prisional.
A interrupção voluntária da gestação até o segundo trimestre de gravidez
deixou de configurar o crime de aborto.
O Estado, ao lançar mão de ações afirmativas, como as cotas raciais, desafia
os princípios da igualdade, da moralidade e da eficiência, além de fomentar o
preconceito.
O transgênero, pessoa que não se identifica psiquicamente com seu gênero
biológico, se assim o desejar, pode, independentemente da cirurgia de
redesignação sexual ou da realização de tratamentos hormonais, solicitar a
alteração de seu prenome e de seu gênero (sexo) diretamente no registro
civil.
Como não há direito absoluto, o direito à liberdade é incompatível com a
produção de biografias não autorizadas ou com a veiculação de charges,
sátiras e paródias sobre candidatos em programas humorísticos durante o
período eleitoral.
Data Resp.: 11/10/2023 22:14:40

Explicação:

A resposta correta é: O transgênero, pessoa que não se identifica


psiquicamente com seu gênero biológico, se assim o desejar, pode,
independentemente da cirurgia de redesignação sexual ou da realização de
tratamentos hormonais, solicitar a alteração de seu prenome e de seu gênero
(sexo) diretamente no registro civil.

5. Maria, pessoa com identificação psicossexual oposta a seus órgãos genitais


externos e com forte desejo de viver e ser aceita como do sexo oposto, move
ação de modificação de seu assento de nascimento para mudar prenome, bem
como gênero ao qual pertence. Consegue, em primeira instância, apenas a
mudança do nome. No atendimento, o defensor deve orientá-la que:
A decisão já foi uma grande vitória, pois a Constituição não menciona
discriminação de gênero, mas sim discriminação de sexo, e, portanto,
modificar o registro do sexo seria inconstitucional.
Cabe recurso da decisão, uma vez que a procedência parcial viola a
Constituição Federal e o entendimento do Supremo Tribunal Federal no que
diz respeito à proteção da dignidade humana, à proibição de discriminação
e ao direito à identidade.
Para a mudança de sexo no assento de nascimento, seria necessária cirurgia
de transgenitalização externa e interna, bem como modificação de caracteres
sexuais secundários da pessoa. No caso, somente foi feita a mastectomia.
Assim, é melhor aguardar esses outros passos e, depois, pedir a modificação
do sexo no registro.
Não é necessário ou mesmo recomendável recorrer da decisão, pois o que
realmente causa constrangimento, expõe ao ridículo e viola a Constituição é
o nome em desacordo com sua aparência e psique, o que foi obtido com a
decisão judicial. Nessas circunstâncias, recorrer somente prolongará seu
sofrimento.
Cabe recurso da decisão, mas, muito provavelmente, esta será mantida, já
que a proibição de discriminação de sexo contida na Constituição diz respeito
tão somente ao sexo biológico das pessoas.
Data Resp.: 11/10/2023 22:14:43

Explicação:

A resposta correta é: Cabe recurso da decisão, uma vez que a procedência


parcial viola a Constituição Federal e o entendimento do Supremo Tribunal
Federal no que diz respeito à proteção da dignidade humana, à proibição de
discriminação e ao direito à identidade.

6. A Constituição da República de 1988 ficou conhecida como a "Constituição


cidadã" e é amplamente elogiada no mundo todo por sua forte proteção aos
direitos fundamentais. Esse alto nível da dogmática jurídica brasileira
observável no processo constituinte é uma decorrência da superação da
mentalidade vivenciada durante a ditadura militar, oriunda do Golpe de 1964,
notadamente em relação à posição social da mulher.

Sobre o assunto, assinale a alternativa correta:


Ao propor que homens e mulheres são iguais, a Constituição não menciona
quaisquer outros gêneros - razão pela qual esse dispositivo implica a
inconstitucionalidade de leis que promovam o reconhecimento formal de
transgêneros como sujeitos de direitos.
O fato de a Constituição estabelecer a igualdade entre gêneros não implica a
impossibilidade da adoção de políticas públicas diferenciadoras fundadas na
proteção às vulnerabilidades, que podem ser levadas a efeito pelo
Legislativo, pelo Executivo ou, mediante condições específicas, até mesmo
pelo Judiciário.
Na interpretação da igualdade constitucional entre homens e mulheres, é
imperioso considerar a disposição do preâmbulo, que afirma ser a atual
Constituição promulgada sob a proteção de Deus, o que torna a Bíblia
sagrada um dos livros de doutrina úteis à hermenêutica constitucional.
A promoção constitucional da isonomia entre homens e mulheres não implica
plena equiparação, considerando que o homem possui o dever legal de
proteger a mulher em situações de perigo ou naquelas situações em que se
demonstre vulnerável, em razão de mais fraca condição biológica.
A Constituição expressamente estabelece que homens e mulheres são iguais
em direitos e obrigações, o que torna inconstitucionais demandas feministas
de adoção de políticas de ação afirmativa em favor das mulheres.
Data Resp.: 11/10/2023 22:14:46

Explicação:

A resposta correta é: O fato de a Constituição estabelecer a igualdade entre


gêneros não implica a impossibilidade da adoção de políticas públicas
diferenciadoras fundadas na proteção às vulnerabilidades, que podem ser
levadas a efeito pelo Legislativo, pelo Executivo ou, mediante condições
específicas, até mesmo pelo Judiciário.
7. De acordo com a Constituição Federal de 1988:

Os idosos têm o direito de ser amparados em programas específicos, que


serão realizados, preferencialmente, em locais de fácil acesso e perto de
suas residências.
Os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice,
carência ou enfermidade.
O dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na
comunidade, bem como defendendo sua dignidade e seu bem-estar, é de
obrigação única da família.
São penalmente imputáveis os menores de 18 anos, sujeitos às normas da
legislação especial.
É garantida aos maiores de 60 anos a gratuidade dos transportes coletivos
urbanos.
Data Resp.: 11/10/2023 22:14:52

Explicação:

A resposta correta é: Os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais


na velhice, carência ou enfermidade.

8. A atual Constituição Federal inovou, buscando assegurar os direitos sociais das


pessoas idosas. Expressamente para a política nacional do idoso, este é
considerado como a pessoa com idade superior a:
65 anos
55 anos
75 anos
70 anos
60 anos
Data Resp.: 11/10/2023 22:14:58

Explicação:

A Política Nacional do Idoso foi instituída pela Lei 8.842/94, em seu art. 2 diz que considera-
se idoso, para os efeitos desta lei, a pessoa maior de sessenta anos de idade. Essa previsão
vai ao encontro do Estatuto do Idoso que, em seu artigo 1o dispõe: É instituído o Estatuto da
Pessoa Idosa, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou
superior a 60 (sessenta) anos.

A Constituição da República, por sua vez, não considera idoso a pessoa maior de 65
(sessenta e cinco) anos. Trata-se, em realidade, da idade ara concessão do transporte
gratuito (art. 230, p. 2o).

9. De acordo com a Constituição Federal, a remoção de grupos indígenas das


terras que tradicionalmente ocupam é:
Vedada, salvo, ad referendum da Câmara dos Deputados, em caso de
catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse
da soberania do País, após deliberação do Senado Federal, garantido, em
qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
Vedada, salvo, ad referendum do Congresso Nacional, em caso de catástrofe
ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da
soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em
qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
Permitida apenas em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua
população, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer
hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
Permitida apenas em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua
população, após deliberação do Senado Federal, garantido, em qualquer
hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
Vedada, salvo, ad referendum do Senado Federal, em caso de catástrofe ou
epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania
do País, após deliberação do Senado Federal, garantido, em qualquer
hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
Data Resp.: 11/10/2023 22:15:01

Explicação:

A resposta correta é: Vedada, salvo, ad referendum do Congresso Nacional, em


caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no
interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional,
garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.

10. A Constituição da República de 1988 inovou na história das Constituições brasileiras na


medida em que foi reconhecido o multiculturalismo dos povos indígenas. Nesse sentido, a
Constituição assegura às comunidades indígenas a posse permanente das terras
tradicionalmente ocupadas pelos indígenas. Ao interpretar tais diretrizes, o Supremo Tribunal
Federal tem se pronunciado de que forma?
O direito à terra é reconhecido aos indígenas desde que se comprove sua presença
constante e persistente após cinco anos contados da promulgação da Constituição de
1988.
O direito à terra é reconhecido apenas se comprovada a presença constante e persistente
dos índios na data da promulgação da Constituição de 1988, independentemente de
esbulho renitente.
As terras tradicionalmente ocupadas pelos indígenas tem como marco temporal a
promulgação da Constituição, o que não impede que terras em disputa decorrente de
esbulho renitente anterior ao marco temporal também sejam reconhecidas.
O direto à terra ocupada por comunidades indígenas não é reconhecido quando for
ocupado por particulares que deem a ela finalidade produtiva maior que os indígenas.
O direito à terra é reconhecido aos indígenas independentemente do momento em que
foram por eles ocupadas.
Data Resp.: 11/10/2023 22:15:04

Explicação:

Historicamente, a maior parte (senão toda) das terras brasileiras foi ocupada por indígenas,
expulsos delas desde o processo de colonização portuguesa. No entanto, esta não pareceu
ser a reivindicação dos movimentos dos povos indígenas abarcada pela constituinte.

O que se pretendeu, de fato, foi tutelar os povos indígenas que havia em 1988 e que viam
suas terras sujeitas a constantes investidas advindas do Estado e de particulares. Ainda
assim, foi necessário que o Supremo Tribunal Federal definisse os parâmetros para o
reconhecimento do direito a tais terras.

Foi o que ocorreu no caso Raposa Serra do Sol (Petição nº 3.388), em que o Tribunal
estabeleceu que a definição de ¿terras tradicionalmente ocupadas¿ pelos indígenas tem
como marco temporal a promulgação da Constituição, ou seja, 5 de outubro de 1988. Isso
significa que eventuais aldeamentos indígenas que já não existiam à data de promulgação da
Constituição não mais teriam reconhecidos direitos às terras que, no passado, ocupavam.

Para o Supremo Tribunal Federal, o chamado ¿esbulho renitente¿ é uma exceção à


exigência de que os povos indígenas ocupassem as terras à data da Constituição de 1988.

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