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Introdução........................................................................................................................................2
Delimitação do Tema.......................................................................................................................3
Justificativa......................................................................................................................................3
Problematização...............................................................................................................................4
1.5. Hipóteses...................................................................................................................................6
METODOLOGIA..........................................................................................................................13
3.2. Métodos..................................................................................................................................14
Consulta bibliográfica....................................................................................................................14
Cronograma...................................................................................................................................14
Orçamento..............................................................................................................................15
Referências Bibliográficas.....................................................................................................15
LEGÍTIMA DEFESA DO MEIO AMBIENTE:
NOTA INTRODUTORIA
Introdução
O presente projecto de pesquisa tem como tema a Análise acerca da Viabilidade Jurídica do Uso
da Legítima Defesa em prol do meio ambiente, se é cabível uma excludente de ilicitude, no que
se refere ao emprego do instituto da legítima defesa em favor do meio ambiente, ou seja, para
legitimar a acção de indivíduo que repele agressão ilegal a este direito difuso, já que possui,
sobre o mesmo, titularidade colectiva. Tal instituto despenalizador está descrito no artigo 53º do
Código Penal Moçambicano.1
O interesse pelo tema em questão surgiu diante da dissonância doutrinária existente quanto ao
tema, pois parte da doutrina mostra-se contrária à legítima defesa desses direitos (direitos
colectivos ou difusos) frente a uma agressão ilegal que não implique, concomitantemente,
agressão a bens individuais.
Trazendo consigo uma preocupação muito prática pois tantas vezes nos confrontamos e nos
revoltamos com comportamentos de terceiros ofensivos ao meio ambiente que acabamos por nos
questionar se uma nossa intervenção no sentido da sua defesa é legítima ou não é viável e
juridicamente tutelado.
Diante do cenário actual de risco ao equilíbrio ecológico revelado pela abordagem dos limites
planetários - e tendo em conta os seus princípios fundamentadores de proteção e da defesa de um
direito - este trabalho não descarta a legítima defesa como meio lícito de tutela do meio
ambiente, a despeito das implicações sobre a ordem e paz públicas.
1
Cf. Lei n.° 24/2019 de 24 de Dezembro.
Nessa senda, o problema de pesquisa diz respeito à utilização dessa norma autorizadora (legítima
defesa) no ordenamento jurídico pátrio para excluir a punibilidade ao indivíduo que, com a
finalidade de preservar a boa saúde do meio ambiente, usa de força e comete acto típico,
circunstância que, a priori, se justifica pelo facto do Estado não ter a capacidade de fiscalizar
ininterruptamente, nem tampouco de agir instantaneamente para interromper ou remediar
potenciais acções hostis ao meio ambiente provocadas por pessoas ou empresas.
procurou analisar se um civil, ao agir em defesa do meio ambiente, repelindo uma injusta
agressão à este direito difuso, está amparado pela excludente de ilicitude da legítima defesa. Para
tanto, apresentam-se linhas gerais sobre o conceito de legítima defesa, origem histórica, natureza
jurídica, seus subtipos e os excessos que podem vir a descaracteriza-la. Para tanto buscou-se
embasamento teórico em importantes doutrinadores, na Constituição da República
Moçambicana, no Código Penal e em artigos, a fim de clarificar as dissonâncias existentes acerca
do assunto em pauta.
Ao longo da análise procuramos chegar às visões conflitivas, aos consensos e dissensos sobre a
possibilidade do emprego da legítima defesa ao meio ambiente.
Delimitação do Tema
Para Lakatos é Marconi (1999:102) "O processo da delimitação do tema só e dado por
terminado quando se faz a delimitação geográfica e espacial do mesmo”. Assim, atendendo e
considerado a abrangência do tema que pode ter conrelação ao Direito Penal, no que diz respeito
aos crimes contra o meio ambiente e sua autotutela privada e consequentemente ao próprio
Direito do Ambiente e Recursos Naturais. Importa referir que a pesquisa será efectuada dentro do
território patrio e nos afins das suas provincias.
Justificativa
A Constituição da República de Moçambique já inuncia no seu art. ⁰ 90, n ⁰1 que “ Todo o cidadão
tem o direito de viver em um ambiente equilibrado e o dever de o defender”. A polémica sobre o
uso da violência (moral ou física) para salvar animais perseguidos ou ameaçados ilegalmente,
evitar contaminação de um corpo hídrico ou impedir a derrubada ilegal de uma árvore merece
nova reflexão quando se observa que a humanidade está ultrapassando os limites da capacidade
de suporte do planeta e as técnicas de comando e controle do direito, bem como, as de
governança não se mostram suficientes para deter a marcha em direcção a uma grande ruptura.
Dito isso, a escolha do tema se deu a partir dessa sua relevância social e devido aos casos já
noticiados na mídia a respeito de diversos crimes ambientais ocorridos em várias regiões do
Estado Moçambicano e nos confins dos outros Estado, que embora estejam consideralmente
separados em termos geográficos, a sua afectação tem causando danos irreparáveis dentro ou
fora do território. E também tendo em vista estimular e ampliar as fiscalizações ambientais assim
como sensibilizar a sociedade pela necessidade de maior envolvimento nas cções relacionadas à
proteção do meio ambiente.
A partir da premissa de que o Estado não tem a capacidade de actuar em todas as situações que
exigem sua presença, o Código Penal autoriza ao cidadão o poder de agir em defesa própria ou
de terceiros, diante da ausência do poder público. Sob este prisma, a proibição absoluta de actos
que se opõem a ofensivas violentas e ilegais, poderia desencadear um fenômeno de legitimação
do sofrimento e da injustiça, visto que obrigaria o indivíduo ora atacado a tolerar de forma
passiva o ataque, à espera da acção punitiva do Estado.
A aplicação da legítima defesa em prol do meio ambiente poderia promover de forma indirecta e
involuntária a educação ambiental, visto que reprimiria acções danosas ao meio ambiente em
razão da possibilidade de qualquer particular tomar iniciativa de defesa para parar eventual
agressão. A educação ambiental é um método eficaz para fazer valer a tutela do bem jurídico
colectivo que é o meio ambiente, além disso, a proteção deste deve ser amparada por todos os
mecanismos legais vigentes no ordenamento jurídico actual,
Problematização
Como forma de introduzir o problema, começaremos por uma sumária alusão à legítima defesa
enquanto causa da exclusão da ilicitude, ou tipo justificador.
O nome legítima defesa por definição é atribuído a defesa necessária para a repulsa ou
neutralização de um agressão ou ameaça de lesão actual e ilegal de interesses juridicamente
protegidos do agente ou de terceiro, mediante ofensa de interesses jurídicos do agressor. 2
2
MACIE, Albano,, Direito Penal I, Texto de apoio, gráfica, Maputo, 2018, pág. 207
Consubstancia no fundo uma possibilidade atribuída aos particulares de se defender contra
agressões ilícitas sem recurso aos tribunais ou autoridades competentes.
Enquanto causa de exclusão da ilicitude, como o próprio nome indica, a legítima defesa opera
em exclusão da ilicitude de um determinado facto, dado num primeiro momento (pelo tipo
incriminador) como ilícita consagrada no ordenamento jurídico Moçambicano no artigo 337º do
CC: “Considera-se justificado o acto destinado a afastar qualquer agressão actual e contrária à
lei contra a pessoa ou patrimônio do agente ou de terceiro, desde que não seja possível fazê-lo
pelos meios normais e o prejuízo causado pelo acto não seja manifestamente superior ao que
pode resultar da agressão.”
A própria redação do Código Penal Moçambicano refere à defesa de direito próprio ou alheio;
mas e quanto ao direito que é de todos, inclusive do próprio agressor, porém indisponível,
também está abrangido na expressão legal?
A questão que se coloca em sede deste trabalho é de saber, primeiramente, que tipos de interesses
cabem na previsão dessa norma.
Os crimes que atingem o meio ambiente, enquanto bem jurídico transindividual (difuso),
têm como sujeito passivo, a colectividade. E as indagações sobre a possibilidade de legítima
3
o que diferente frontalmente do estado de necessidade que exige proporcionalidade entre o bem
protegido e o sacrificado, pelo menos numa modalidade justificante.
defesa desses bens colectivos surgem a partir da constatação por uma parte da doutrina de
que a legítima defesa não está autorizada em face da agressão ilícita a bens supraindividuais,
salvo quando implique, ao mesmo tempo, agressão a bens individuais.
Diante da inexistência de uma lei que especifica ou que trata dessas questões, impõem-se
algumas indagações e linhas de investigação, dentre as quais é possível observar:
1.5. Hipóteses
neste caso seria possivel aplicar a analogia in bonam partem no direito penal já que, em
caso de uma lacuna na lei penal, a interpretação mais ampla do conceito de bens ou
direitos acarretaria um benefício ao sujeito que pratica a legítima degesa do meio
ambiente, já que é uma causa de exclusão da ilicitude.
● As doutrinas favoráveis sustentam que a legistlação penal não limitou quais direitos ou
bens mereceriam a tutela do particular nesta seara, uma vez que se o legislador penal
quisesse excluir determinados bens, direitos ou interesses da proteção da causa de
justificação, assim o teria feito expressamnete, em obediência ao princípio da
taxatividade.
1.6. Objectivos do Projecto
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4
Princípio 1, da Declaração de Estocolmo sobre o Ambiente Humano, 1972, dispõe que “O homem tem o direito
fundamental à liberdade, à igualdade e ao desfrute de condições de vida adequadas, em um meio ambiente de
qualidade tal que lhe permita levar uma vida digna, gozar de bem-estar e é portador solene de obrigação de proteger
e melhorar o meio ambiente, para as gerações presentes e futuras.”
disso, “o Estado promove iniciativas para garantir o equilíbrio ecológico e a conservação e
preservação do meio ambiente visando a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos”.
Por seu turno, nos termos do artigo 37.°, da CRM, “o Estado promove iniciativas para garantir o
equilíbrio ecológico e a conservação e preservação do meio ambiente visando a melhoria da
qualidade de vida dos cidadãos”.
Podemos, assim, afirmar que o nosso Legislador constitucional optou por um modelo híbrido de
tratamento da questão ambiental, reconhecendo o direito ao ambiente como direito fundamental
dos cidadãos, por um lado, e a protecção do ambiente como fim do Estado, por outro lado.
Contudo, “importa em todo o caso ainda demonstrar que essa sua natureza não prejudica (mas,
pelo contrário, reforça) a circunstância de o ambiente dever ser também assumido como direito
subjectivo de todo e qualquer cidadão individualmente considerado. Isto será claro se
5
SERRAJr., Carlos e Fernando Cunha, Manual de Direito do Ambiente, Maputo, CFJJ,2003, pág. 62
p. 63
6
DIAS, José Eduardo Figueiredo, Direito Constitucional e Administrativo do Ambiente, Cadernos CEDOUA,
Centro de Estudos de Direito do Ordenamento, do Urbanismo e do Ambiente, Faculdade de Direito da Universidade
de Coimbra, Coimbra: Almedina, Janeiro, 2002, p. 12.
compreendermos que o ambiente, apesar de ser um bem social unitário, é dotado de uma
indiscutível dimensão pessoal”7.
José Lebre De Freitas afirma que: “Teríamos, então, uma tricotomia quanto à classificação dos
direitos ou interesses existentes em nosso ordenamento jurídico, a saber: privados, públicos e
colectivos (difusos e colectivos em sentido estrito)” (2009, pp.104-108). Os direitos
transindividuais ou colectivos em sentido amplo se classificam, nos termos da legislação
nacional, em direitos difusos, colectivos e individuais homogêneos.
A classificação legal dos direitos colectivos em sentido amplo é exposta no segundo capítulo, art.
5⁰ , al. f) da Lei da Defesa do Consumidor (Lei n ⁰.22/2009 de 28 desetembro). Conforme esta
classificação legal os direitos difusos são aqueles que possuem a mais abrangente
transindividualidade, ou seja, têm como características a indeterminação dos seus titulares, que
estariam unidos por vínculo meramente de facto, sendo totalmente indivisível e indisponível.8
Conforme esta classificação legal, há que considerar, no entanto, os chamados interesses difusos,
que são interesses que pertencem a uma pluralidade de sujeitos e que incidem sobre bens que não
podem ser atribuidos em exclusividade a nenhum deles.9 É caso, por exemplo, dos interesses dos
direitos dos consumidores e dos interesses relactivos ao ambiente. Para a tutela desses interesses
7
CANOTILHO, José Joaquim Gomes (coordenação), Introdução ao Estudo do Ambiente, Universidade Aberta,
Lisboa, 1998, p. 26.
8
DIREITOS DIFUSOS. in. GLOSS. Dec. n⁰.27/2016 de 18 de Julho
9
SOUSA, Miguel Teixeira de, Introdução ao Processo Civil, p.11
difusos, o art.º81 da CRM atribui, aos cidadãos e às associacões representativas, um direito de
acção popular.
Para Hugo Nigro Mazzilli há interesses difusos tão abrangentes (como o meio ambiente) que
chegam a coincidir com o interesse público, entretanto adverte o autor que tais noções não se
confundem, pois há interesses colectivos de menor abrangência que o interesse público, como
também pode haver conflitos entre o interesse público e interesses difusos de grupos e, ainda,
pode haver interesses difusos conflitantes.10
Por definição, podemos afirmar que a legítima defesa é a defesa necessária para a repulsa ou
neutralização de um agressão ou ameaça de lesão a interesse juridicamente protegidos do agente
ou de terceiro, mediante ofensa de interesses jurídicos do agressor. 11
A legítima defesa tem como fundamento o reconhecimento de que o Direito nunca pode recuar
ou ceder perante o ilícito, já que a agressão, sendo ilegal, não lesa apenas um interesse particular,
mas viola o próprio ordenamento jurídico globalmente considerado.12
Quanto à natureza, a legítima defesa é uma medida preventiva e constitui causa da exclusão da
ilicitude e quanto aos limites, o direito da legítima encontra limitação de proibição geral do abuso
de direito e no elemento normativo da imposição. 13
Em face da multiplicidade das fontes de atentados ao meio ambiente e de sua relação com o
progresso técnico, que se realiza em constante mutação na sociedade de risco, perfilhase o
entendimento de que o Direito Penal Ambiental há de oferecer, ao lado das esferas civil e
administrativa, também a sua contribuição para que os danos ambientais se mantenham dentro de
10
MAZZILLI, Hugo Nigro. A Defesa dos Interesses Difusos em Juízo. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2004, p. 21.
11
MACIE, Albano, Direito Penal I, ob.cit, 2018, p.207-209
12
Idem
13
Idem
parâmetros comunitariamente suportáveis e que não ponham em risco os fundamentos naturais
da qualidade de vida do ser humano e de sua própria existência no planeta.14
Evidentemente, não deve ter ele a pretensão de resolver todos os problemas ambientais do
planeta. Há de ofertar, entretanto, uma proteção "fragmentária, lacunosa e subsidiária" a esse
bem jurídico difuso. Como certifica Figueiredo Dias, não bastam para a proteção do meio
ambiente “normas meramente contravencionais ou contra-ordenacionais" (DIAS, p. 180-185)
Ora, percebe-se que o meio ambiente possui características próprias, que se traduzem, algumas,
em propriedades particulares da própria natureza dos interesses difusos; outras, por seu turno, se
consubstanciam em dificuldades dogmáticas, somente superáveis com uma certa flexibilização
das regras tradicionais de imputação.15
Como bem pontifica Gianpaolo Poggio Smanio apud , com suporte na doutrina alemã: “A
existência de uma espécie de bem jurídico de natureza colectiva é reconhecida na doutrina desde
a formulação do conceito de bem jurídico.”17
14
Sheilla Maria da Graça Coitinho das Neves, A Tutela Penal do Meio Ambiente: uma abordagem de sua
legitimidade à luz da teoria funcionalista de Claus Roxin, Reimpressão, Uminho, Escola de Direito 2017, p.78
15
DIAS, Jorge de Figueiredo, ob.cit e: p. 191
16
FIGUEIREDO, Guilherme Gouvêa de. Crimes Ambientais à Luz do Conceito de Bem Jurídico-Penal:
(des)criminalização, redação típica e (in)ofensividade. São Paulo: IBCCRIM, 2008, p. 146.
17
SMANIO, Gianpaolo Poggio. O Conceito de Bem Jurídico Penal Difuso. 2004, p. 1 Disponível em:
<http://www.mundojuridico.adv.br>.
Para o autor, os bens jurídico-penais se classificam em individuais, colectivos (estatais
ou institucionais) e difusos, estes últimos marcados pela conflituosidade, dentre os quais o meio
ambiente. 18
No entanto, os crimes que atingem o meio ambiente, enquanto bem jurídico transindividual
(difuso), têm como sujeito passivo, a colectividade.
Rogério Greco apud Matos não compartilha do entendimento que bens colectivos são passíveis
de defesa pelo particular. Apesar de não detalhar a motivação do seu pensamento, Greco
considera que: “[...] a regra é que todos os bens sejam passíveis de defesa pelo ofendido, à
excepção daqueles considerados comunitários, ou seja, ou bens considerados supraindividuais,
como a fé pública, a saúde pública [...]” (GRECO, apud Matos 2021, p. 77).
Claus Roxin também é contrário à possibilidade de que agentes particulares actuem em favor de
bens da sociedade, pois poderia transformar estes indivíduos em espécies de justiceiros e, por
mais que haja benefícios pontuais para a paz social, os prejuízos os superam, por fim, essa
permissão poderia ocasionar, segundo ele, “lutas de guardiães da ordem” (ROXIN apud Sheilla
Maria 1997, p. 625).
Todavia, ideias contrárias são fundamentada a concluir que há viabilidade jurídica para o uso da
legítima defesa em benefício do meio ambiente, através de amparo legal em benefício do agente
que pratica o acto de repulsa, para que acções de defesa ao meio ambiente não sejam
esmorecidas por receios de represálias judiciais por falta de pacificidade jurídica quanto ao tema.
Apesar de o Estado ser dotado do poder punitivo, a conduta humana danosa ao meio ambiente
por vezes não é notada pelo Estado em tempo hábil de ser cessada. Não há impedimentos ao uso
do instrumento de justificação (legítima defesa), desde que os requisitos objectivos e subjectivos
estejam presentes para configuração da legítima defesa. Os requisitos objectivos, aqueles
dispostos no artigo 53 do Código Penal e os subjetivos, a presença do animus defendendi, para
então, no caso de eventual dano ao meio ambiente, o cidadão aja em favor do meio ambiente,
18
7 SMANIO, Gianpaolo Poggio, op. cit, p. 4.
cessando a agressão e reprimir o agressor no local até a chegada das autoridades competentes a
fim de responsabilizá-lo pelo dano ora causado.
Quanto à lei penal, não há definição expressa e taxativa acerca dos direitos e bens jurídicos que
poderiam ser protegidos pela legítima defesa. O artigo 53 do Código Penal não definiu
expressamente os bens e direitos que podem ser amparados pela legítima defesa, nesse caso, a
ampla interpretação da norma quanto a este rol é fundamental para que o uso da legítima defesa
possa excluir a culpabilidade do particular que age para proteger o meio ambiente, ou seja, o uso
da analogia in bonam partem para que essa possibilidade de defesa não seja uma ficção jurídica
(TRINDADE, 2017). A analogia in bonam partem e o princípio da taxatividade são usados como
sustentação à defesa da aplicabilidade da legítima defesa para bens coletivos, em casos de
agressões injustas e ilícitas perante a lei (TRINDADE, 2017).
METODOLOGIA
3.2. Métodos
Consulta bibliográfica
Segundo GIL (2002, p.44), Consulta bibliográfica “é desenvolvida quando elaborada a partir de
material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos periódicos e actualmente com
material disponibilizado na Internet. A principal vantagem desta reside no facto de permitir ao
investigador a cobertura de uma gama de fenómenos muito amplos”. Com base neste método,
pretende-se obter sustento teórico de trabalho, consultando obras que falam do assunto
relacionado com o tema, como sejam livros, artigos e outros meios de informação periódica entre
outras pesquisas que podem ser encontradas em outros sites da internet.
Cronograma
Meses Etapas Actividades
Novembro 1ª Levantamento Bibliográfico e Colecta de Dados
Dezembro 2ª Consignação em Ficha de Leitura dos Fundamentos Doutrinários e Legal
atinentes ao tema
3ª Análise dos Resultados Obtidos nas Consultas Bibliográfica e Posterior
Elaboração da Monografia
Janeiro 4ª Tabulação dos Dados
Redacção da Monografia
Orçamento
Itens Valor Estimado Total
Materiais Bibliográficos
Revistas e Marcas de texto 10.000. 00 Mts
Materias Tipográficos 2.000. 00 Mts
Deslocamentos 2.000.00 Mts 48100.00
Dispositivos Electrónicos 19.000.00 Mts Mts
Acesso à Internet 1.500.00 Mts
Impressão e Capitalização 1.000.00 Mts
Referências Bibliográficas
Legislação
BOLETIM DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE. I SERIE. Número 115, de 12 de Junho de
2018, que publica a lei no 1/2018 que aprova lei da revisão pontual da constituição da república
de Moçambique;
Principal
DAS NEVES, Sheilla Maria da Graça Coitinho. A Tutela Penal do Meio Ambiente: uma
abordagem de sua legitimidade à luz da teoria funcionalista de Claus Roxin. Reimpressão,
Uminho, Lisboa: Escola de Direito, 2017
JESUS, Damásio, Direito Penal – Parte Especial. 23ª Ed. Vol. II, São Paulo: Saraiva, , Revista e
actualizada, 2000.
MAZZILLI, Hugo Nigro. A Defesa dos Interesses Difusos em Juízo. 17. ed. São Paulo:
Saraiva, 2004.
Secundária
DEMO, Pedro. Introdução à Metodologia da Ciência. 2a ed.. São Paulo: Atlas, 1985.
FACHIN, Odíliat. Fundamentos de Metodologia. 5.a Ed., São Paulo: Saraiva, 2006.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6a ed., São Paulo: Atlas, 2008.
SMANIO, Gianpaolo Poggio. O Conceito de Bem Jurídico Penal Difuso. s.l: 2004 Disponível
em: <http://www.mundojuridico.adv.br>.