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e a economia
Renata Zanin
Direito ambiental
e a economia
Coordenação Geral
Nelson Boni
Coordenação de Projetos
Leandro Lousada
Professor Responsável
Renata Zanin
Revisão Ortográfica
Vanessa Almeida
Coordenadora Pedagógica de Curso- EAD
Eleonora Altruda de Faria
Projeto Gráfico, Diagramação e Capa
Ana Flávia Marcheti
Z31d
Zanin, Renata.
Direito ambiental e economia. / Renata Zanin – São
Paulo : Know How, 2013.
000 p. : 22 cm..
Inclui bibliografia
ISBN :
1. Direito ambiental. 2. Meio ambiente. 3. Economia
ambiental. 4. Recursos naturais. I. Título.
CDD 344.046
Capítulo 2 ............................ 23
Caso concreto:
Imaginemos que uma Fábrica que polua o meio
Ambiente seja sumariamente fechada pelo poder Pú-
blico. Um embate claro entre interesses e direitos cons-
titucionais fundamentais: a proteção do ambiente de
um lado e, de outro, o desenvolvimento econômico.
Conclusão:
1. O fechamento da fábrica não atende às eta-
pas do sopesamento e, portanto não é medida legíti-
ma a ser tomada;
2. Diante da aplicação do sopesamento, perce-
be-se que a instalação de equipamentos ambiental-
mente eficientes garantirá e protegerá os direitos em
conflito no caso.
Mas será que a solução de obrigar a colocação
de equipamentos será plenamente eficiente em todas
as próximas situações? Podemos utilizar esta solução
para todos os demais casos? Não.
O sopesamento somente é legitimo quando se
preocupa com as nuances e especificidades do caso
concreto. Então, esta resposta – instalação de equi-
pamentos – não pode ser entendida como solução
que pode ser repetida indiscriminadamente.
Não somente como procedimento para aplica-
ção da norma, esta técnica de aplicação do direito
que vimos aqui pode, também, ser assimilada como
fonte de Justiça.
Objetivos
Deveremos entender desde aqui, e seguir os es-
tudos que se propõem para agora em diante neste
módulo, sabendo que o embate entre Proteção do
Ambiente X Desenvolvimento econômico:
º é plenamente possível e permitido pela
Constituição;
º que não possui fórmula prévia para solução
do embate, sendo necessário analisar cada uma das
ocorrências em que se contrapuserem;
º e, essa análise utilizará menos a hierarquia
(mesmo porque, conforme visto, não há hierarquia
entre princípios) e mais o sopesamento entre direi-
tos constitucionalmente garantidos.
Capítulo 2
O meio ambiente e o desenvolvimento econômico –
propriedade privada – no contexto da Constituição
2)Desenvolvimento sustentável:
3)Princípio da participação:
4)Prevenção:
5)Precaução:
6)Poluidor-pagador:
1)Soberania nacional:
5) Defesa do consumidor:
1
Relação essa que se torna objeto central da Economia ambien-
tal (conceito adiante pormenorizado).
tema capitalista é a livre iniciativa e, consequentente,
a propriedade privada
A participação responsável de cada homem
na vida social não é algo que começa com a nossa
Constituição de 1988, muito embora valores embu-
tidos nessa Carta, como os da dignidade da pessoa
humana, a Justiça, a Solidariedade tenham feito sur-
gir, em nosso Direito, a ideologia da chamada Fun-
ção Social, em diversas áreas. Fala-se em Função
Social da Empresa, dos Contratos, do Processo, da
Educação etc.
Especificamente no que tange à Função Social
da Propriedade, essa diz respeito a um condiciona-
mento do exercício do direito e da garantia de pro-
priedade, uma vez que o bem-estar da sociedade e
a proteção do ambiente não poderão ser sufocados
em razão de um uso irrestrito da propriedade. Ao
contrário. As balizas do exercício do direito de pro-
priedade são, exatamente, as condicionantes do res-
peito ao interesse público e a proteção do ambiente.
Assim, “ter” simplesmente uma propriedade, ru-
ral ou urbana, deixando-a, todavia, subaproveitada ou
sem utilização; ou ainda, utilizando-a mediante lesa ao
ambiente, não atende à pretendida função social, po-
dendo, o seu exercício, por isso, sofrer restrições.
Conforme lembra Robério Nunes dos Anjos Fi-
lho , o marco do direito de propriedade (individual)
2
Art. 5º:
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desa-
propriação por necessidade ou utilidade pública, ou
por interesse social, mediante justa e prévia indeniza-
ção em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta
Constituição;