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Estudo Dirigido – Direito Ambiental

O direito é uma ferramenta (uma técnica) à disposição do Estado para implementar na realidade
suas decisões políticas e para decidir conflitos. Para os cidadãos, a principal função do direito,
em tese, é a segurança jurídica, ou melhor, é a previsibilidade das consequências que uma
determinada atitude terá, caso as autoridades tomem conhecimento disso, ou caso alguém se
oponha a essa decisão, porque fere os seus próprios interesses.

Além de definir o que pode ou que não pode ser feito, o direito tem um conteúdo em sintonia
com valores da sociedade, tais como justiça, equidade, equilíbrio, sustentabilidade etc. Em razão
disso, o direito se divide em normas denominadas de regras e normas jurídicas que são
classificadas como princípios. O direito ambiental é aquele ramo do direito que têm princípios e
regras voltados à realização do direito fundamental de todos os cidadãos de viverem num meio
ambiente ecologicamente equilibrado, o qual é um bem essencial à qualidade de vida das
presentes e futuras gerações.

O direito ambiental é uma ferramenta à disposição do Estado e dos cidadãos para implementar
decisões políticas e dar respostas aos conflitos que versam sobre o uso dos recursos naturais e

possui o objetivo de promover um equilíbrio ecológico e qualidade de vida dos cidadãos.

O direito ambiental é aquele ramo do direito que têm princípios e regras voltados à realização
do direito fundamental de todos os cidadãos de viverem num meio ambiente ecologicamente
equilibrado, o qual é um bem essencial à qualidade de vida das presentes e futuras gerações. O
direito ambiental apresenta, portanto, regras de uso dos recursos naturais e princípios que
indicam as finalidades, os valores que devem ser respeitados quando da interpretação e
aplicação dessas regras. Apesar de ser uma realidade normativa, isto é, que existe no mundo
das ideias, o direito ambiental tem efeitos na realidade. Certos tipos de conflitos que são
enfrentados com as normas ambientais porque a sua solução não seria possível ou adequada
com o uso das regras do direito comum.

O químico holandês conhecido como Paul Crutzen cunhou o termo Antropoceno para ilustrar
que o Planeta Terra está num estágio de sua história em que as marcas deixadas pelas atividades
humanas alteraram profundamente o que existia até o seu surgimento.

O território brasileiro está divido em estados, e estes estão divididos em municípios. As


competências são as atribuições dos Poderes da República e dos órgãos que compõem esses
poderes. Os três poderes da República são:
- Poder Legislativo.

- Poder Executivo.

- Poder Judiciário.

O direito ambiental tem vários princípios, muitos deles compartilhados com outros ramos do
direito, mas há alguns em especial que o caracterizam bem. Os princípios que caracterizam o
direito ambiental são o princípio da prevenção, o princípio da precaução e o princípio do
poluidor-pagador (ou protetor-recebedor).

As regras são normas que dizem o que pode ou não ser feito e quais são as consequências disso
(as sanções), e os princípios são as normas jurídicas que contêm valores, os quais indicam a
melhor direção, a maneira ótima de se interpretarem as regras e aplicá-las na realidade. Os
princípios do direito ambiental se fazem necessários porque as questões ambientais são
complexas e o conhecimento científico humano ainda não compreende com completude toda a
extensão dos fenômenos naturais e muito menos domina todas as consequências da
intervenção humana no meio natural.

Nos casos em que há externalidades econômicas, a legislação ambiental determina a aplicação


de um princípio, que indica claramente que toda vez que prejuízos ambientais são constatados,
é preciso identificar o responsável e instá-lo a reparar esses danos. Nos casos em que prejuízos
ambientais são constatados, sendo necessário identificar o responsável e instá-lo a reparar esses
danos é aplicado o princípio do poluidor-pagador.

Direito ambiental é um ramo do direito, constituindo um conjunto de princípios jurídicos e de


normas jurídicas voltado à proteção jurídica da qualidade do meio ambiente. O princípio do
poluidor-pagador é um dos pilares do direito ambiental, pois é preciso pagar pelo uso dos
recursos naturais, sem o que haverá prejuízos para todos que usam esses recursos. Ademais, é
certo que existem instrumentos específicos para que os agentes econômicos internalizem e
paguem pelos prejuízos ambientais que podem provocar.

A injustiça ambiental caracteriza o enriquecimento sem causa, uma vez que o empreendedor
que não paga por seus custos lucra ilicitamente com isso. Em síntese, quem polui deve pagar e,
por outro lado, quem conserva, quem adota posturas mais sustentáveis do que aquelas exigidas
nos padrões mínimos estabelecidos na legislação deve receber pelos serviços ambientais que
está proporcionando para toda a sociedade. Para se chegar a um nível suportável de poluição,
por exemplo, faz-se necessário investir recursos financeiros na instalação de filtros e outros
equipamentos de proteção. Se o investimento for inferior ao necessário, haverá mais poluição,
de modo que o agente econômico responsável terá economizado, mas outros agentes
econômicos serão prejudicados por ter de suportar mais poluição.

Direito ambiental é um ramo do direito, constituindo um conjunto de princípios jurídicos e de


normas jurídicas voltado à proteção jurídica da qualidade do meio ambiente. Em todo conflito
ambiental, o primeiro passo é definir quais normas são aplicáveis. Podem ser encontradas
normas editadas nas seguintes quais esferas:

- União.

- Estados.

- Municípios.

A competência legislativa em matéria ambiental é concorrente. Isso quer dizer que cabe à União
editar normas gerais, e aos Estados e Municípios suplementar essas normas (conforme
determina o art. 24 da Constituição de 1988). Além disso, o Município legisla também no
interesse local (de acordo com o art. 30 da Constituição de 1988). O Poder Executivo tem a
atribuição de fiscalizar o cumprimento das normas ambientais. Essa competência é tanto para a
fiscalização prévia (licenciamento e autorização), quanto para a posterior (auditoria e autuação).

O art. 23 da Constituição de 1988 e a Lei Complementar n. 140/2011 delimitam a competência


executiva entre os entes federativos. À União cabe atuar em quais situações nas quais os
impactos ambientais afetam mais de um estado, impactos ambientais na região de fronteira e
impactos ambientais ocorrentes em mar territorial.

Os casos abaixo são de competência exclusiva da união:

- Situações que envolvem terras indígenas.

- Situações que envolvem atividades radioativas.

- Situações que envolvem áreas militares.

A grande complexidade dos problemas ambientais contribui para que haja uma grande
quantidade de leis que regulam assuntos distintos. Alguns recursos naturais têm leis específicas
para regular seu uso e sistemas organizados exclusivamente para geri-los. O art. 225 da
Constituição de 1988 estabelece que todos têm direito ao ambiente ecologicamente equilibrado
e à sadia qualidade de vida.
Direito ambiental é o ramo do Direito que objetiva proteger o meio ambiente. O direito difuso
estabelece que todos têm direito ao ambiente ecologicamente equilibrado e à sadia qualidade
de vida.

Na Política Nacional do Meio Ambiente está definido o conceito de poluição – toda a degradação
da qualidade ambiental – bem como instituída a necessidade de de se realizar um planejamento,
avaliação e fiscalização do uso dos recursos ambientais.

É na Política Nacional do Meio Ambiente que está definido o conceito de poluição – toda a
degradação da qualidade ambiental – bem como instituída a necessidade de se realizar o
planejamento, a avaliação e a fiscalização do uso dos recursos ambientais. Ademais, essa lei
instituiu os instrumentos de gestão dos recursos naturais:

- Zoneamento de áreas conforme suas vocações.

- Planejamento das atividades no longo prazo.

- Emissão de licenças conforme os planos e os zoneamentos.

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, ou Constituição de 1988, é a atual


Carta Magna do Brasil. A Constituição de 1988 estabeleceu que, para a instalação de
empreendimentos potencialmente poluidores é necessário a elaboração de estudos ambientais
prévios que diagnostiquem os impactos sociais, ambientais e econômicos associados a um dado
empreendimento e a determinação da competência comum dos três entes federativos para
conduzir o licenciamento ambiental.

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) é o órgão consultivo e deliberativo do


Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA. Com a Resolução CONAMA n° 237/1997, foram
estabelecidas as seguintes ações:

- Foi regulamentado o procedimento do processo de licenciamento.

- Repartidas as competências entre os órgãos ambientais.

- Definidos os conceitos dos diferentes tipos de licenças ambientais.

O licenciamento ambiental possui o objetivo de exercer controle prévio e de realizar o


acompanhamento de atividades que utilizem recursos naturais, que sejam poluidoras ou que
possam causar degradação do meio ambiente. A Licença ambiental prévia atesta a viabilidade
ambiental do empreendimento e impõe condicionantes para as fases posteriores.
O licenciamento ambiental, é um processo administrativo que resulta, ou não, na emissão de
uma licença ambiental. Na licença de operação, deverão constar, os programas ambientais
compensatórios e mitigatórios, cuja execução deverá ser empreendida no decorrer da vida útil
do empreendimento, que terão de ser fiscalizados pelo órgão ambiental licenciador a cada
renovação da licença de operação, momento em que o montante dos investimentos e os
resultados obtidos devem ser comparados com as metas traçadas.

O licenciamento ambiental e a avaliação de impactos são instrumentos cujo objetivo é


concretizar (ou densificar) a realização dos valores contidos nos princípios jurídicos da
prevenção, da precaução e do poluidor pagador, presentes na Lei da Política Nacional do Meio
Ambiente. A licença ambiental prévia atesta a viabilidade ambiental do empreendimento e
impõe condicionantes para as fases posteriores.

Os princípios jurídicos contidos na Lei da Política Nacional do Meio Ambiente são:

- Princípio da prevenção.

- Princípio da precaução.

- Princípio do poluidor-pagador.

Os princípios jurídicos da Política Nacional de Meio Ambiente encerram em si valores de Justiça


e Sustentabilidade Ambiental e indicam qual é a maneira ótima de se interpretarem as regras
que instituíram a avaliação de impactos e licenciamento. Os instrumentos jurídico-ambientais
devem permitir as seguintes ações:

- As ameaças conhecidas (os perigos) sejam neutralizadas.

- As ameaças desconhecidas (os riscos) sejam contingenciadas.

- Que danos inevitáveis sejam compensados proporcionalmente à sua extensão e profundidade.

A Constituição Federal de 1988 estabelece no art. 225, § 1º, III, que é incumbência do Poder
Público criar espaços especialmente protegidos. Por sua vez, a Lei Federal n° 9885/2000 – Lei do
Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) – regulamenta essa atividade e possui as
seguintes atribuições:

- Institui órgãos gestores para unidades de conservação.

- Estabelece o seu processo de criação e extinção de unidades de conservação.


- Divide as unidades de conservação em dois grandes grupos: Proteção Integral e Uso
sustentável.

As reservas ambientais são áreas designadas como de proteção ambiental. Proprietários


particulares de áreas naturais podem promover a conservação destas áreas, por meio de
reservas particulares do patrimônio natural.

A gestão de recursos hídricos no Brasil segue alguns modelos internacionais, isto é, foi pensada
a partir das experiências dos países ocidentais para arbitrar e resolver situações de escassez e
de conflito em torno do uso da água, quando há mais usuários do que água disponível. O objetivo
da gestão de recursos hídricos é proporcionar os usos múltiplos dos recursos hídricos, ou
melhor, que todos os usuários interessados tenham acesso, mediante o atendimento das
condições previstas na legislação.

Todos os usos da água só podem ser realizados se o interessado (público ou privado) obtiver
uma outorga. Somente os usos considerados insignificantes, aqueles que não alteram a
quantidade ou a qualidade da água disponível, estão dispensados da outorga. Os usos
prioritários são o abastecimento humano e a dessedentação de animais.

A partir de 1997 não há mais águas passíveis de apropriação (seja pública, seja privada). Todos
os cursos d’água são bens públicos de uso comum, como visto acima em relação ao bem
ambiental, cujo uso só pode ocorrer mediante a instituição de um direito de uso denominado
de outorga. Todos os usos da água só podem ser realizados se o interessado (público ou privado)
obtiver uma outorga. Somente os usos considerados insignificantes, aqueles que não alteram a
quantidade ou a qualidade da água disponível, estão dispensados da outorga.

A gestão de recursos hídricos deve ser descentralizada e participativa, no seio dos comitês de
bacia, devido ao princípio da subsidiariedade, isto é, aquele órgão que está mais próximo da
realidade é o que deve se incumbir de gerenciá-la. Os comitês de bacia têm competência legal
para decidir sobre os planos de bacia, sobre o enquadramento dos cursos d’água e sobre esses
conflitos no âmbito das bacias hidrográficas.

Os conflitos gerados pela escassez de água podem ser tanto pela falta de quantidade de água
disponível, como pela falta de qualidade. Por isso, as outorgas e a cobrança podem e devem ser
emitidas tanto para a captação quanto para o lançamento de efluentes. A Resolução n°
357/2005 do CONAMA, estabelece nova classificação e enquadramento dos corpos d’água
segundo os seguintes parâmetros:
- Parâmetros Físicos.

- Parâmetros Químicos.

- Parâmetros Biológicos.

Os Resíduos sólidos são constituídos por materiais sólidos considerados sem utilidade,
supérfluos ou perigosos, gerados pela atividade humana, e que devem ser descartados ou
eliminados. Em relação aos resíduos sólidos, a Lei Federal n° 12305/2010 (Política Nacional de
Resíduos Sólidos), contém as normas vigentes que regulam a gestão dos seguintes serviços
destinados aos resíduos sólidos no Brasil:

- Coleta.

- Tratamento.

- Destinação final.

Em relação aos resíduos sólidos, a Lei Federal n° 12305/2010 (Política Nacional de Resíduos
Sólidos), a qual contém as normas vigentes que regulam a gestão dos serviços de coleta,
tratamento e destinação final de resíduos sólidos no Brasil, e está regulamentada pelo Decreto
Federal n° 705/2010. A lei inova quando estabelece claramente a responsabilidade das grandes
fontes geradoras de resíduos. As grandes fontes geradoras de resíduos sólidos no Brasil são os
fabricantes, comerciantes e consumidores.

Em relação aos resíduos sólidos, a Lei Federal n° 12305/2010 (Política Nacional de Resíduos
Sólidos), a qual contém as normas vigentes que regulam a gestão dos serviços de coleta,
tratamento e destinação final de resíduos sólidos no Brasil, e está regulamentada pelo Decreto
Federal n° 705/2010. A lei inova quando estabelece claramente a responsabilidade das grandes
fontes geradoras de resíduos, ao mesmo tempo em que determina ao Poder Público a
elaboração de planos consistentes com o objetivo de organizar a prestação de serviços públicos,
com a finalidade promover as seguintes ações:

- Reduzir a utilização de resíduos sólidos.

- Promover a reciclagem de resíduos sólidos.

- Promover a reutilização dos resíduos sólidos.

Ao detalhar que fabricantes e comerciantes devem se responsabilizar pela logística reversa de


vários de seus produtos, a Lei Federal n° 12305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos)
estabelece genericamente que serão pactuados acordos setoriais, a exemplo do que já existia
em alguns casos específicos, como na produção de quais produtos que têm regras e sistemas de
logística reversa já em andamento, sendo eles:

- Pneus.

- Embalagens de agrotóxicos.

- Baterias e fármacos.

A Lei Federal n° 12651/2012 instituiu o novo Código Florestal, uma vez que a flora consiste em
um bem ambiental passível de gestão. A propósito, a flora é o conjunto de espécies de plantas
encontradas num dado espaço geográfico cuja proteção está instituída não só na Constituição
de 1988, como também na legislação infraconstitucional. Em decorrência da competência
concorrente para legislar sobre essa matéria, a União editou o novo Código Florestal e a Lei da
Mata Atlântica (Lei Federal n° 11.428/2006) como forma de impor limites ao desflorestamento
e dar um uso sustentável à flora.

Código florestal estabelece limites de uso da propriedade, que deve respeitar a vegetação
existente na terra, considerada bem de interesse comum a todos os habitantes do Brasil. O novo
Código Florestal manteve alguns dos institutos existentes nos textos anteriores, mas com
algumas modificações. De fato, foram mantidas algumas características como as limitações ao
direito de propriedade conhecidas como áreas de preservação permanente, as reservas legais e
as regras de supressão de áreas de preservação permanente em caso de utilidade pública e
interesse social, as quais podem ser definidas por ato do Chefe do Poder Executivo.

Em uma Ação Civil Pública (Lei Federal n. 7347/1985), os autores podem ser o Ministério Público,
a Defensoria, Autarquias, Municípios, Estados, a União ou ainda entidades da sociedade civil
(ONGs). Pessoas jurídicas podem atuar como substitutas processuais dos interessados podendo
dar início a essas ações, podendo ser a sociedade em geral, bem como uma coletividade de
pessoas ou pessoas diretamente afetadas.

Pessoal, tudo o que foi visto nesse Estudo Dirigido é o resumo do que foi passado a vocês ao
longo de seis aulas, onde aborda termos, conceitos e situações importantíssimas sobre o
Direito Ambiental. Não se limite apenas a esse estudo dirigido, complete o aprendizado com
a revisão das aulas dadas, pois, com certeza o professor regente esclarece ainda mais, através
de exemplos práticos cada ponto aqui mencionado.

Bom estudo e boa prova.

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