TAYNARA LARANJA NILTON DESTEFANI BERNARDES DENNER DA COSTA NEVES GABRIELA DE OLIVEIRA VICENTE RICARDO PINTO FERREIRA RAFAEL DI RAMON LOUREIRO E SILVA INTRODUÇÃO O direito ambiental é uma disciplina que tem recebido tratamento especial na sociedade atual, devido à conscientização crescente sobre sua importância intergeracional e a necessidade de preservação ambiental e punição de infratores de normas ambientais. MARCO HISTÓRICO A Lei da Política Nacional do Meio Ambiente de 1981, a Lei da Ação Civil Pública de 1985 e a Constituição Federal de 1988 são marcos históricos do direito ambiental no Brasil. A palavra meio ambiente engloba os tipos natural, artificial e cultural e é definida como as condições, leis, influências e interações físicas, químicas e biológicas que permitem a vida. O artigo 225 da Constituição Federal é a principal norma do direito ambiental, estabelecendo a responsabilidade ambiental para prevenir e punir atos prejudiciais ao meio ambiente. FUNDAMENTOS JURÍDICOS DA RESPONSABILIZAÇÃO AMBIENTAL O Direito Ambiental tem como objetivo a gestão ambiental, que busca proteger os ecossistemas e seus recursos através da aplicação de normas técnicas, jurídicas, administrativas, econômicas, sociais, éticas e políticas. Essa proteção visa garantir a continuidade da vida e a sua qualidade em todos os lugares da Terra. FUNDAMENTOS JURÍDICOS DA RESPONSABILIZAÇÃO AMBIENTAL
Com o objetivo de garantir um ambiente
ecologicamente equilibrado e o desenvolvimento sustentável, foram criados mecanismos de controle para evitar violações às regras de proteção ambiental e responsabilizar os infratores, além de reparar o dano causado. A responsabilidade ambiental está prevista no artigo 225, § 3º, da Constituição Federal de 1988 e inclui sanções penais, administrativas e cíveis para pessoas físicas e jurídicas que realizarem atividades lesivas ao meio ambiente. RESPONSABILIDADE OBJETIVA, SOLIDÁRIA E INTEGRAL NO ÂMBITO CÍVEL A reparação cível busca reparar danos ambientais, restaurando o status quo ou convertendo o prejuízo em indenização. A responsabilidade civil é tratada no artigo 927 do Código Civil, que prevê a obrigação de indenizar e a responsabilidade objetiva, independente de culpa. A responsabilização por crime ambiental requer atividade, nexo causal e dano, podendo ser material ou extrapatrimonial. A relação de causalidade é a conexão entre o dano e a fonte poluidora. PODER DE POLÍCIA E DIREITO ADMINISTRATIVO SANCIONADOR A proteção ambiental é uma responsabilidade administrativa do Poder Público que utiliza o poder de polícia para limitar ou disciplinar direitos e interesses relacionados à segurança, higiene, ordem pública, mercado e atividades econômicas. Isso também inclui o respeito à propriedade e direitos individuais e coletivos. A sanção administrativa decorrente de danos ambientais está prevista no artigo 70, da Lei n.º 9.605/98 PANORAMA SOBRE A SUBSIDIARIEDADE DO DIREITO PENAL E A ABRANGÊNCIA DA RESPONSABILIDADE CRIMINAL No campo criminal, a responsabilidade por danos, incluindo danos ambientais, é subsidiária às sanções. A penalidade de privação de liberdade é aplicada apenas quando outros ramos do direito não são suficientes para coibir comportamento ilegal, de acordo com a lei. os crimes ambientais também estão previstos no Código Penal, no Código Florestal, na Lei de Contravenções Penais, e nas Leis n.º 6.453/77 e n.º 7.643/87, dada a importância do meio ambiente equilibrado como direito fundamental. CONCLUSÃO A legislação brasileira evoluiu consideravelmente na área do direito ambiental, mas ainda há desafios na responsabilização por condutas lesivas. A Constituição Federal de 1988 traçou diretrizes para a aplicação de sanções penais e administrativas e a obrigação de reparação de danos causados, mas é necessário aprimorar ações afirmativas pelo Poder Executivo e pelo Ministério Público para efetivar a Carta Magna e proteger os recursos naturais.