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CCE 0389

Lourdes Martins
Unidade 2
 Cria o SISNAMA (Sistema Nacional de Meio
Ambiente), com o objetivo de assessorar o
Presidente da República nas diretrizes para
esta política.

 Cria o CONAMA (Conselho Nacional do Meio


Ambiente), órgão consultivo e deliberativo do
SISNAMA.
Institui:
 Ministério do Meio Ambiente (MMA), que planeja,
coordena, controla e supervisiona a Política
Nacional de Meio Ambiente.

 Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA):


órgão executor da Política Nacional de Meio
Ambiente.

 Órgãos seccionais estaduais, para controle e


fiscalização das atividades potencialmente
poluidoras.
Instrumentos:

 Padrões de qualidade ambiental;


 Zoneamento ambiental;
 Avaliação de Impacto Ambiental (AIA);
 Licenciamento e fiscalizações ambientais;
 Cadastro Técnico Federal de Atividades;
 Penalidades disciplinares e compensatórias.
 O Direito Ambiental é o conjunto de normas que
controlam de forma coercitiva as atividades
relacionadas ao meio ambiente, visando a
preservação ambiental, tanto para a geração
atual, como para as futuras gerações, buscando
equalizar, conscientizar e fiscalizar as atividades
da sociedade como um todo, trazendo consigo a
punibilidade para aqueles que venham
desrespeitar tais normas.

 O direito ambiental fundamenta-se em diversos


princípios, tais como: acesso equitativo aos
recursos naturais, prevenção, reparação,
qualidade, participação popular e publicidade.
 Todos devem cooperar na tarefa de
erradicar a pobreza, de forma a reduzir as
desigualdades.

 O crescimento econômico nos dias atuais


tem que assegurar valor aos recursos
naturais e não renováveis.
 Norma do direito ambiental que consiste em
obrigar o poluidor a arcar com os custos da
reparação do dano por ele causado ao meio
ambiente.
 “Aquele que explorar recursos minerais fica
obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com a solução técnica
exigida pelo órgão público competente, na
forma da lei.”
 “as condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente sujeitarão os infratores, pessoas
físicas ou jurídicas, a sanções penais e
administrativas, independentemente da
obrigação de reparar o dano”
 Parte da observação que os recursos
ambientais são finitos;

 O uso inadequado na fase de produção e


consumo (do bem) pode acarretar a sua
redução e ainda, acelerar sua degradação;
Movimentos importantes:

 Declaração de Estocolmo (1972);

 Conferência das Nações Unidas sobre o Meio


Ambiente (1992);

 Constituição Federal Brasileira de 1988


(artigo 225).
 De forma similar ao poluidor–pagador, aplicam-se
os conceitos também ao usuário-pagador.

 O pagamento de licenças ambientais e similares


não constituem condescendência ao ilícito
ambiental.

 Não pode ser confundido como uma forma de


permissão para poluir: o poluidor deve arcar com o
ônus de sua atividade.
Caráter Dúplice

 Preventivo: quando obsta a ocorrência de


danos ao meio ambiente; e

 Repressivo: nos casos em que o dano não


pode ser evitado.
 Define que o órgão ambiental competente é o
responsável pelo licenciamento de projetos
em fase de localização, instalação, ampliação
e operação de empreendimentos e atividades
consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras.
 Iniciado no Brasil na década de 1970 e
incorporado à legislação federal como um
dos instrumentos da Política Nacional de
Meio Ambiente.

 Rio de Janeiro: primeiro estado a legislar


sobre a matéria - Decreto-Lei nº 134/75
(tornando obrigatória a prévia autorização
para atividades com potencial poluidor).
 Licença Prévia (LP): fase preliminar do
planejamento da atividade.

 Licença de Instalação (LI): autorizando o


projeto de implantação.

 Licença de Operação (LO): permite a


operação da atividade, conforme estabelecido
na LP e na LI.
Lei 9605/98
 Apresenta grande relevância para o direito
ambiental brasileiro, pois prevê diversas
hipóteses criminosas, com aplicação de
penas restritivas de direito, de prestação de
serviços à comunidade ou de multa,
dependendo do potencial ofensivo do crime
praticado.
Sujeito ativo dos crimes ambientais:
 qualquer pessoa física ou jurídica. Dentre
estes estão: o diretor, o administrador, o
gerente, o preposto ou mandatário de pessoa
jurídica (Art. 2º desta lei).

Sujeito passivo
 é sempre a coletividade (Artigo 225 da
Constituição Federal).
 As pessoas jurídicas serão responsabilizadas
administrativa, civil e penalmente, nos casos
em que a infração seja cometida por decisão
de seu representante legal ou contratual.

 A responsabilidade das pessoas jurídicas não


exclui a das pessoas físicas, autoras,
coautoras ou partícipes do mesmo fato
(parágrafo único, artigo 3º, da Lei nº.
9.605/98).
A autoridade competente irá observar:

 A gravidade do fato;

 Os antecedentes do infrator quanto ao


cumprimento da legislação ambiental; e

 A situação econômica do infrator – em caso


de multa.
Lei nº. 12.305/10
 Estabelece princípios, diretrizes e
instrumentos relacionadas ao gerenciamento
de resíduos sólidos, incluindo os perigosos e
excluindo os resíduos radioativos.
 Distinção entre resíduos sólidos e rejeitos,
entre área contaminada e área órfã
contaminada.

 Criação de Planos de Resíduos – Federal,


Estadual, Municipal e “Industrial”.

 Classificação de resíduos sólidos quanto à


origem e à periculosidade.
 Responsabilidade compartilhada de
fabricantes, importadores, distribuidores e
comerciantes para implantar a logística
reversa para agrotóxicos, pilhas e baterias,
pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e
produtos eletrônicos. Ao consumidor cabe
somente efetuar a devolução.
 Possibilidade de instituir medidas indutoras e
linhas de financiamento para atender a
diversas iniciativas relativas a resíduos
sólidos e rejeitos.

 O plano deve ser elaborado por todo gerador


de resíduos sólidos e rejeitos, e mantido em
cada unidade geradora, à disposição da
fiscalização dos órgão de controle ambiental.
Fica proibido(a):

 O lançamento em praias, no mar ou em


qualquer corpo hídrico;
 O lançamento in natura a céu aberto (exceto
para resíduos de mineração);
 A queima em recipientes/equipamentos não
licenciados para esta finalidade;
 A importação de resíduos sólidos perigosos e
rejeitos que possam causar danos ao meio
ambiente (ainda que para reuso ou
reutilização).
Rio de Janeiro

 Lei 4.191/03 (Carlos Minc): dita as regras


para os municípios elaborarem seus
programas de controle, tratamento e
disposição de resíduos sólidos.

 Tendências: obrigatoriedade de logística


reversa para lâmpadas fluorescentes e
entulho; Programa Entulho Limpo na Baixada;
Programa Coleta Seletiva Solidária.
São Paulo

 Lei 12.300/06, regulamentada pelo


Decreto n.º 54.645/09, de 06/08/2009:

 Responsabilidade de fabricantes,
distribuidores e importadores (logística
reversa);

 Plano de Resíduos Sólidos – a ser


elaborado pelo gerador a cada
licenciamento ambiental.
 Quando a atividade é exercida dentro de um
só estado, normalmente é o órgão ambiental
local o responsável pela fiscalização.
Contudo, a Constituição institui a
“competência concorrente”, na qual todas as
agências ambientais têm igual poder de
fiscalização (IBAMA, Delegacia de Meio
Ambiente, Secretaria Municipal de Meio
Ambiente).
 A Resolução CONAMA 313 introduz o
Inventário Nacional de Resíduos Sólidos
Industriais.

 Estabelece que o controle dos resíduos é


parte da licença ambiental.

 Cabe ao gerador apresentar à agência


ambiental estadual informações sobre
geração, composição, acondicionamento,
transporte e destinação final dos resíduos
sólidos.
 Estabelece a metodologia do Sistema de
Manifesto de Resíduos Industriais, aplicável a
toda pessoa física ou jurídica geradora,
transportadora e receptora de resíduos
industriais.

 A principal exigência é preencher, para cada


resíduo gerado e por descarte, o Manifesto de
Resíduos conforme fixado na Diretriz.
 Norma ABNT NBR 16725 – Resíduo químico –
Informações sobre segurança, saúde e meio
ambiente – Ficha com dados de segurança de
resíduos químicos (FDSR) e rotulagem.

 De implantação obrigatória a partir de 18


meses após sua publicação (06/02/2011).

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