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Política Ambiental

Conjunto de objetivos, diretrizes e instrumentos de ação de


que o Poder Público dispõe para produzir efeitos desejáveis
sobre o meio ambiente.

OBJETIVOS
Escala sustentável, alocação eficiente e distribuição justa
(equidade de direitos)

DIRETRIZES
- Promoção do DS (ambiental/ econômico/ social);
- Necessidade de controle e participação social;
- Fortalecimento do SISNAMA;
- Princípio da Transversalidade.
CENÁRIO
HOJE:
Políticas macroeconômicas (crescimento econômico/
renda/emprego/consumo)

Pressão sobre RN (impactos ambientais: redução do patrimônio


ambiental / elevação dos dejetos na natureza)

AMANHÃ:
Modelo de crescimento: preservação dos RN (uso sustentável)

Internalização das externalidades


(custos de recuperação dos danos ambientais)
Mudança de comportamento
Políticas Ambientais Brasileiras
O Poder Público no Brasil começa a se preocupar com o
meio ambiente na década de 1930.

1934 foram promulgados o Código de Caça, Código


Florestal, Código de Minas e Código de Águas.

 1937: criação do Parque Nacional de Itatiaia (RJ);


 1939: Parques Nacionais da Serra dos Órgãos (RJ) e
do Iguaçu (PR);
 1940 – Código Penal incorpora penas à condutas
lesivas ao meio ambiente;
 1960 – Estatuto da Terra (Lei no 4504/64  Lei no
6476/79): conservar recursos naturais.
Política Pública Internacional
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Meio ambiente  acessório do desenvolvimento e não parte
intrínseca dele.

CONTUDO...
Benefícios proporcionados pelo progresso os justificavam como
um “mal necessário”, algo com que se deveria resignar.

A necessidade e urgência da intervenção do poder público


sobre as questões ambientais  Estados Unidos (década
de 60): intervenção regulamentadora no meio ambiente,
através da “Avaliação dos Impactos Ambientais” (AIA),
formalizada em 1969.
Convenção de Viena (1985)
Nova ótica sobre a questão ambiental: preventiva.

OBJETIVOS
Proteger a saúde humana e o meio ambiente contra os
efeitos adversos possivelmente resultantes das atividades
que modificavam a camada de ozônio, tais como o
aquecimento global, o derretimento das calotas polares e
a proliferação de doenças como o câncer de pele.

AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL (AIA)


Instrumento típico de prevenção – tornou-se uma condição a
ser cumprida para obtenção de concessões para
implantação de projetos possivelmente nocivos ao meio
ambiente.

BRASIL - CONSTITUIÇÃO DE 1988


Enfatizou que as atividades potencialmente poluidoras
dependem de prévio licenciamento por órgão do
SISNAMA
Lei 6.938/81 estabeleceu a POLÍTICA NACIONAL DO
MEIO AMBIENTE
OBJETIVO: preservação, melhoria e recuperação da
qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar
condições de desenvolvimento socioeconômico.

Princípios, objetivos e instrumentos: SISNAMA e


CONAMA;

Regulamentação pelo Decreto 99.274/90 e modificada por


decretos de 1995.

Aborda meio ambiente e as várias formas de degradação


ambiental.

MEIO AMBIENTE  BEM PÚBLICO, de USO COMUM do


povo
 Princípio da Responsabilidade Objetiva  reforça a ação
corretiva, incluindo a fiscalização e as medidas punitivas,
através do Princípio do Poluidor Pagador.

“é o poluidor obrigado, independente de existência de


culpa, a indenizar e reparar os danos causados ao
meio ambiente e a terceiros, afetados por sua
atividade. O Ministério Público da União e dos Estados
terá legitimidade para propor ação de responsabilidade
civil e criminal por danos causados ao meio ambiente.”
(art. 14)
Lei nº 6.938/81: instrumentos da PNMA
- Padrões de qualidade ambiental.

- Zoneamento ambiental.

- Avaliação de impactos ambientais.

- O licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras.

- Os incentivos à produção e instalação de equipamento e à criação ou absorção de tecnologias voltadas para a


melhoria da qualidade ambiental.

- A criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público Federal, Estadual e Municipal.

· - Sistema Nacional de Informação sobre o Meio Ambiente (SINIMA).

- O cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de defesa ambiental.

- As penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou


correção da degradação ambiental.

- Relatório da Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo IBAMA.

- O Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras dos Recursos Ambientais.
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu a defesa do meio
ambiente como um dos princípios a serem observados para as
atividades econômicas em geral e incorporou o conceito de
Desenvolvimento Sustentável no Capítulo VI dedicado ao
meio ambiente.

“todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente


equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações” (art. 225).
POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS
SÓLIDOS – PNRS - (Lei 12.305/2010)
 PRINCÍPIOS, OBJETIVOS E INSTRUMENTOS aplicados à
GESTÃO INTEGRADA e GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS, incluindo os perigosos, às responsabilidades dos
geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos
aplicáveis (art. 1°).

 ADOTADA PELO GOVERNO FEDERAL e também em regime de


cooperação com ESTADOS, DF, MUNICÍPIOS OU
PARTICULARES  gestão integrada e gerenciamento
ambientalmente adequado dos resíduos sólidos (art. 1° c/c art. 4°)

 criando ainda o COMITÊ INTERMINISTERIAL DA POLÍTICA


NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS e o Comitê Orientador para
a Implantação dos Sistemas de LOGÍSTICA REVERSA
DEFINIÇÕES
 XI – GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS 
ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos
sólidos  considerando-se as características e dimensões
políticas, ambientais, culturais e sociais, com o controle da
sociedade de sob a premissa do desenvolvimento
sustentável;

 XII – LOGÍSTICA REVERSA  instrumento de


desenvolvimento econômico-social  através de ações,
procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial para
reaproveitamento ou destinação final adequada;

 XIV - RECICLAGEM  processo de transformação de RS


que envolve a alteração de suas propriedades físicas,
biológicas  visando sua alteração para insumos ou novos
produtos, observadas os padrões pertinentes;
 XV – REJEITOS  após esgotadas todas as possibilidades de
tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e
economicamente viáveis  devem ser dispostos de forma
ambientalmente adequada;

 XVI – RESÍDUOS SÓLIDOS  material, substância, objeto ou bem


descartado resultante de atividades humanas na sociedade, cuja
destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a
proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos
em recipientes e líquidos;

 XVII – RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA  pelo ciclo de vida


do produto  atribuições individualizadas e encadeadas dos
fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e dos
consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza
urbana e manejo dos resíduos sólidos  minimizar o volume desses
resíduos e dos rejeitos gerados, reduzindo assim os impactos causados
à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida
dos produtos;

 XVIII – REUTILIZAÇÃO  processo de aproveitamento dos resíduos


sólidos sem sua transformação, observadas as condições e os padrões
estabelecidos pelos órgãos do SISNAMA, SNVS e do SUASA.
PRINCÍPIOS
I - a prevenção e a precaução;

II - o poluidor-pagador e o protetor-recebedor;

III - a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que


considere as variáveis ambiental, social, cultural,
econômica, tecnológica e de saúde pública;

IV - o desenvolvimento sustentável;

V - a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o


fornecimento, a preços competitivos, de bens e serviços
qualificados que satisfaçam as necessidades humanas e
tragam qualidade de vida e a redução do impacto
ambiental e do consumo de recursos naturais a um nível,
no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação
estimada do planeta;
VI - a cooperação entre as diferentes esferas do poder
público, o setor empresarial e demais segmentos da
sociedade;

VII - a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos


produtos;

VIII - o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e


reciclável como um bem econômico e de valor social,
gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania;

IX - o respeito às diversidades locais e regionais;

X - o direito da sociedade à informação e ao controle social;

XI - a razoabilidade e a proporcionalidade.
OBJETIVOS
I - proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;

II - não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos


resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos;

III - estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo


de bens e serviços;

IV - adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas 


forma de minimizar impactos ambientais;

V - redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos;

VI - incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de


matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e
reciclados;
VII - gestão integrada de resíduos sólidos;
VIII - articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas
com o setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira
para a gestão integrada de resíduos sólidos;

IX - capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;

X - regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da


prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de
resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e
econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços
prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e
financeira, observada a Lei nº 11.445, de 2007;

XI - prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para:

a) produtos reciclados e recicláveis;

b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com


padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis;
XII - integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas
ações  a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos
produtos;

XIII - estímulo à implementação da ACVP (Ação Civil Pública);

XIV - incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e


empresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao
reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o
aproveitamento energético;

XV - estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável.


INSTRUMENTOS
 Planos de resíduos sólidos; inventários e sistemas declaratórios
anuais de resíduos sólidos;

 Coleta seletiva e sistemas de logística reversa;

 Implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida


dos produtos;

 Incentivo a criação e desenvolvimento de cooperativas e outras


formas de associação de catadores de materiais recicláveis;

 Monitoramento e fiscalização ambiental, sanitária e agropecuária;

 Cooperação técnica e financeira entre os setores público e privado


para o desenvolvimento de pesquisas de novos produtos e tecnologias
de gestão, reciclagem, reutilização, tratamento de resíduos e
disposição final de rejeitos ambientalmente adequada;

 Pesquisa científica e tecnológica;


 Educação ambiental;

 Incentivos fiscais e financeiros;

 Fundo nacional do meio ambiente e fundo nacional do


desenvolvimento científico e tecnológico;

 Sistema Nacional de Informações sobre Gestão dos Resíduos


Sólidos – SINIR; Sistema Nacional de Informações em Saneamento
Básico - SINISA;

 Conselhos de meio ambiente e de saúde;

 Órgãos colegiados municipais com a finalidade de controle social


dos serviços de resíduos sólidos urbanos;

 Cadastro nacional de operadores de resíduos perigosos, acordos


setoriais,
► Termos de compromisso e os termos de ajustamento de
conduta;

► Incentivo a adoção de consórcios ou de outras formas


de cooperação entre os entes federados

 Instrumentos da PNMA – padrões de


qualidade ambiental; cadastro técnico federal
de atividades potencialmente poluidoras ou
utilizadoras de recursos ambientais; cadastro
técnico federal de atividades e instrumentos de
defesa ambiental; Avaliação de Impactos
Ambientais (AIA); Sistema Nacional de
Informação sobre Meio Ambiente – SINIMA;
licenciamento e revisão de atividades
potencialmente poluidoras;
DIRETRIZES
 PRIORIDADES  NÃO GERAÇÃO, REDUÇÃO,
REUTILIZAÇÃO, RECICLAGEM, TRATAMENTOS DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS E DISPOSIÇÃO FINAL
ambientalmente adequada dos rejeitos;

 UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS VISANDO A


RECUPERAÇÃO ENERGÉTICA DOS RESÍDUOS
URBANOS após comprovada a viabilidade técnica e
ambiental e com a implantação de programa de
monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovada
pelo órgão ambiental;

 Controlar e fiscalizar as atividades dos geradores sujeitas


a licenciamento ambiental.
 GESTÃO INTEGRADA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
GERADOS NO DF E MUNICÍPIOS, sem prejuízo do
controle e fiscalização pelos órgãos federais e estaduais
do SISNAMA, SNVS e do SUASA, bem como a
responsabilidade do gerador pelo gerenciamento de
resíduos;

 ESTADOS  PROMOVER A INTEGRAÇÃO DA


ORGANIZAÇÃO, PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS
FUNÇÕES PÚBLICAS DE INTERESSE COMUM
RELACIONADAS A GESTÃO DOS RS  regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões;

 CLASSIFICAÇÃO (ART. 13)  RS estão divididos


quanto á ORIGEM (INC. I) e quanto a PERICULOSIDADE
(INC. II)
PLANOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS
 Nacional;
 Estaduais;
 Microregionais;
 Regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas;
 Intermunicipais;
 Municipais de gestão integrada;
 Planos de gerenciamento.

Devem ter publicidade e controle social em sua


formulação, implementação e operacionalização.
PLANO DE GERENCIAMENTO
SUJEITOS
Geradores de resíduos dos serviços públicos de saneamento básico,
resíduos industriais, resíduos dos serviços de saúde, resíduos de
mineração;
Estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que gerem
resíduos perigosos e que gerem resíduos não perigosos mas que por sua
natureza, composição ou volume não sejam equiparados aos resíduos
domiciliares pelo poder público municipal;
 As empresas de construção civil;
Os responsáveis por terminais (portos, aeroportos, etc.) e outras
instalações;
Os responsáveis por atividades agrícolas e pastoris, se exigido pelo
órgão competente.

REQUISITOS
Diagnóstico dos resíduos gerados ou administrados, definição dos
procedimentos operacionais relativos às etapas do gerenciamento de
resíduos sob a responsabilidade do gerador, identificação das soluções,
metas etc.
RESPONSABILIDADE DOS
GERADORES E DO PODER PÚBLICO
 Art. 25. O poder público, o setor empresarial e a
coletividade são responsáveis pela efetividade das ações
voltadas para assegurar a observância da PNRS e das
diretrizes e demais determinações estabelecidas nesta lei
e em seu regulamento;

 Art. 26. O titular dos serviços públicos de limpeza urbana


e de manejo de resíduos sólidos é responsável pela
organização e prestação direta ou indireta desses
serviços, observados o respectivo plano municipal de
gestão integrada de resíduos sólidos, a
Lei nº 11.445, de 2007, e as disposições desta lei e seu
regulamento.
RESPONSABILIDADE
COMPARTILHADA
 Art. 30. É instituída a RESPONSABILIDADE
COMPARTILHADA PELO CICLO DE VIDA DOS
PRODUTOS, a ser implementada de forma individualizada e
encadeada, abrangendo os FABRICANTES,
IMPORTADORES, DISTRIBUIDORES, COMERCIANTES,
CONSUMIDORES E OS TITULARES DOS SERVIÇOS
PÚBLICOS de limpeza urbana e de manejo de resíduos
sólidos, consoante as atribuições e procedimentos previstos
nesta Seção.
LOGÍSTICA REVERSA
 Art. 33. SISTEMAS DE LOGÍSTICA REVERSA, MEDIANTE
RETORNO DOS PRODUTOS APÓS O USO PELO CONSUMIDOR,
de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de
manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes de:
I - agrotóxicos;
II - pilhas e baterias;
III - pneus;
IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz
mista;
VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS
HÍDRICOS – PNRH – (Lei 9433/1997)
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Adoção da bacia hidrográfica como unidade de planejamento;

É a unidade territorial para a implementação da Política


Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema de
Gerenciamento de Recursos Hídricos (SGRH).

Usos múltiplos da água (principais: consumo humano e de


animais);

Reconhecimento da água como um bem finito e vulnerável;

Gestão descentralizada e participativa.


OBJETIVOS
I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária
DISPONIBILIDADE DE ÁGUA, EM PADRÕES DE QUALIDADE
ADEQUADOS AOS RESPECTIVOS USOS;
II - UTILIZAÇÃO RACIONAL E INTEGRADA DOS RECURSOS
HÍDRICOS, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao
desenvolvimento sustentável;
III - PREVENÇÃO E A DEFESA CONTRA EVENTOS
HIDROLÓGICOS CRÍTICOS de origem natural ou decorrentes do uso
inadequado dos recursos naturais.

INSTRUMENTOS
1. Plano Nacional de Recursos Hídricos;
2. Enquadramento dos corpos d’água em classes de uso;
3. Outorga de direito de uso dos recursos hídricos;
4. Cobrança pelo uso da água;
5. Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos.
DIRETRIZES
I - GESTÃO SISTEMÁTICA dos recursos hídricos, sem dissociação dos
aspectos de quantidade e qualidade;

II - ADEQUAÇÃO da gestão de recursos hídricos às DIVERSIDADES


FÍSICAS, BIÓTICAS, DEMOGRÁFICAS, ECONÔMICAS, SOCIAIS E
CULTURAIS das diversas regiões do País;

III - INTEGRAÇÃO da gestão de recursos hídricos com a GESTÃO


AMBIENTAL;

IV - ARTICULAÇÃO DO PLANEJAMENTO de recursos hídricos com o


dos setores usuários e com os PLANEJAMENTOS REGIONAL,
ESTADUAL E NACIONAL;

V - ARTICULAÇÃO da gestão de recursos hídricos com a do USO DO


SOLO;

VI - integração da GESTÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS com a dos


SISTEMAS ESTUARINOS E ZONAS COSTEIRAS.
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
AMBIENTAL: Lei 9795/1999
DISPÕE SOBRE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL, INSTITUI A POLÍTICA NACIONAL
DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

A POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL é uma proposta


programática de promoção da educação ambiental em todos os setores da
sociedade. Diferente de outras Leis, não estabelece regras ou sanções, mas
estabelece responsabilidades e obrigações.
PRINCÍPIOS BÁSICOS
I - enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;

II - concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência


entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da
sustentabilidade;

III - pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e


transdisciplinaridade;

IV - vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;

V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;

VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo;

VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e


globais;

VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e


cultural.
OBJETIVOS
I - desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas
múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos,
legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;

II - a garantia de democratização das informações ambientais;

III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática


ambiental e social;

IV - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na


preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade
ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania;

V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e


macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente
equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade,
solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade;

VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia;

VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como


fundamentos para o futuro da humanidade.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL FORMAL
 Instituições de ensino públicas e privadas:
I - educação básica: (educação infantil; ensino fundamental e ensino médio);
II - educação superior;
III - educação especial;
IV - educação profissional;
V - educação de jovens e adultos.

 Desenvolvida como: prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os


níveis e modalidades do ensino formal;

 A educação ambiental NÃO deve ser implantada como disciplina específica no currículo
de ensino;

 Nos cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas voltadas ao aspecto metodológico


da educação ambiental, quando se fizer necessário, É FACULTADA A CRIAÇÃO DE
DISCIPLINA ESPECÍFICA;

 Nos cursos de formação e especialização técnico-profissional, em todos os níveis, deve


ser INCORPORADO CONTEÚDO QUE TRATE DA ÉTICA AMBIENTAL DAS
ATIVIDADES PROFISSIONAIS a serem desenvolvidas.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NÃO FORMAL
DEFINIÇÃO:
Ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade
sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na
defesa da qualidade do meio ambiente.

VOLTADAS PARA:
I - a difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em
espaços nobres, de programas e campanhas educativas, e de
informações acerca de temas relacionados ao meio ambiente;
II - a ampla participação da escola, da universidade e de
organizações não-governamentais na formulação e execução de
programas e atividades vinculadas à educação ambiental não-formal;
III - a participação de empresas públicas e privadas no
desenvolvimento de programas de educação ambiental em parceria
com a escola, a universidade e as organizações não-governamentais;
IV - a sensibilização da sociedade para a importância das unidades de
conservação;
VI - a sensibilização ambiental dos agricultores;
VII - o ecoturismo.
POLÍTICA NACIONAL DE SANEAMENTO
BÁSICO: Lei 11445/2007
Saneamento básico: conjunto de serviços, infraestruturas e instalações
operacionais de:
a)abastecimento de água potável;
b) esgotamento sanitário
c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas
PRINCÍPIOS BÁSICOS
 Universalização do acesso;

 Integralidade;

 Componentes: abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos


sólidos e manejo de águas pluviais urbanas;

 Articulação com outras políticas públicas;

 Eficiência e sustentabilidade econômica;

 Transparência das ações (sistema de informações);

 Controle social;

 Segurança, qualidade e regularidade;

 Integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos


hídricos.
OBJETIVOS
I - contribuir para o desenvolvimento nacional, a redução das desigualdades regionais, a
geração de emprego e de renda e a inclusão social;
II - priorizar planos, programas e projetos que visem à implantação e ampliação dos serviços e
ações de saneamento básico nas áreas ocupadas por populações de baixa renda;
III - proporcionar condições adequadas de salubridade ambiental aos povos indígenas e outras
populações tradicionais, com soluções compatíveis com suas características socioculturais;
IV - proporcionar condições adequadas de salubridade ambiental às populações rurais e de
pequenos núcleos urbanos isolados;
V - assegurar que a aplicação dos recursos financeiros administrados pelo poder público dê-se
segundo critérios de promoção da salubridade ambiental, de maximização da relação
benefício-custo e de maior retorno social;
VI - incentivar a adoção de mecanismos de planejamento, regulação e fiscalização da prestação
dos serviços de saneamento básico;
VII - promover alternativas de gestão que viabilizem a auto sustentação econômica e financeira
dos serviços de saneamento básico, com ênfase na cooperação federativa;
VIII - promover o desenvolvimento institucional do saneamento básico, estabelecendo meios
para a unidade e articulação das ações dos diferentes agentes, bem como do
desenvolvimento de sua organização, capacidade técnica, gerencial, financeira e de
recursos humanos, contempladas as especificidades locais;
IX - fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico, a adoção de tecnologias apropriadas e
a difusão dos conhecimentos gerados de interesse para o saneamento básico;
X - minimizar os impactos ambientais relacionados à implantação e desenvolvimento das ações,
obras e serviços de saneamento básico e assegurar que sejam executadas de acordo com
as normas relativas à proteção do meio ambiente, ao uso e ocupação do solo e à saúde.
INSTRUMENTOS
 Plano Nacional de Saneamento Básico;
 Sistema Nacional de Informações em Saneamento Ambiental - SINISA
I - diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida,
utilizando sistema de indicadores sanitários, epidemiológicos,
ambientais e socioeconômicos e apontando as causas das deficiências
detectadas;

II - objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a


universalização, admitidas soluções graduais e progressivas,
observando a compatibilidade com os demais planos setoriais;

III - programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as


metas, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e
com outros planos governamentais correlatos, identificando possíveis
fontes de financiamento;

IV - ações para emergências e contingências;

V - mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da


eficiência e eficácia das ações programadas.

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