Você está na página 1de 20

04/04/2016

Docente: Dra. Cristina Bertoni Machado


cristina.bertoni@gmail.com

 Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA)


 Sistema Nacional do Meio Ambiente

 Atividade Estruturada

1
04/04/2016

 Efeitos adversos do modelo de desenvolvimento


econômico – estruturas coercitivas de
“harmonização” do homem com o meio ambiente.

 Poluição já foi vista como indicativo de progresso.

 Primeiras normas ambientais vieram dos grupos de


segurança do trabalho, visando melhorar condições
de saúde dos trabalhadores das indústrias.
 Posteriormente se entendeu a poluição ao meio
ambiente.

 Cada vez mais se entende as atividades


humanas com viés ambiental, as leis
incorporaram conceitos de gerenciamento e
planejamento do uso de recursos naturais.

 3 instâncias governamentais: União cabe


estabelecimento de normas gerais que valham
em todo território nacional, aos Estados
cabem normas peculiares e aos Municípios
cabem interesses locais.

2
04/04/2016

 Antes da constituição de 1988 não havia


preocupação em regulamentação ambiental;
nenhuma vez empregada a palavra “meio
ambiente”; na atual constituição há 18
passagens.

 Está inserido no capítulo que versa sobre a


Ordem Social

Título VIII
Da Ordem Social
Capítulo VI

Do Meio Ambiente
Art. 225 – Todos tem direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-
lo para as presentes e futuras gerações

3
04/04/2016

 Lei no. 6938 de 31 agosto de 1981, baseada nos


incisos VI e VII do artigo 235 da constituição
3 artigos básicos:

Art. 1) estabelecimento da PNMA


Art. 2) Objetivos da PNMA
Art. 3) classificações para fins legislativos

2 artigos de objetivos específicos

Art. 4) compatibilização crescimento com preservação


Art. 5) formulação de normas e planos para orientar
governos

1 parágrafo único

Atividades empresariais também seguem normas da


PNMA

 Art 1º - Esta lei, com fundamento nos incisos VI e VII do


artigo 235 da Constituição, estabelece a Política Nacional do
Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente
(Sisnama) e institui o Cadastro de Defesa Ambiental

4
04/04/2016

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,


bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
 § 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
◦ I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas;
◦ II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e
fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
◦ III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
◦ IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade;
◦ V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente;
◦ VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
◦ VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem
em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os
animais a crueldade.

 § 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado


a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com
solução técnica exigida pelo órgão público competente, na
forma da lei.
 § 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao
meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou
jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos
causados.
 § 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a
Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira
são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na
forma da lei, dentro de condições que assegurem a
preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso
dos recursos naturais.
 § 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas
pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à
proteção dos ecossistemas naturais.
 § 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão
ter sua localização definida em lei federal, sem o que não
poderão ser instaladas.

5
04/04/2016

 A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação,


melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico,
aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida
humana, atendidos os seguintes princípios:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico,
considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser
necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
Ill - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas
representativas;
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente
poluidoras;
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para
o uso racional e a proteção dos recursos ambientais;
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas;
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a
educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa
na defesa do meio ambiente.

Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:


I - meio ambiente: o conjunto de condições, leis, influências e
interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege
a vida em todas as suas formas;
II - degradação da qualidade ambiental: a alteração adversa das
características do meio ambiente;
III – poluição: a degradação da qualidade ambiental resultante de
atividades que direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da
população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e
econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio
ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões
ambientais estabelecidos;

6
04/04/2016

IV – poluidor: a pessoa física ou jurídica, de


direito público ou privado, responsável,
direta ou indiretamente, por atividade
causadora de degradação ambiental;
V - recursos ambientais: a atmosfera, as
águas interiores, superficiais e
subterrâneas, os estuários, o mar territorial,
o solo, o subsolo, os elementos da biosfera,
a fauna e a flora

A Política Nacional do Meio Ambiente visará:


I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a
preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à
qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União,
dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
III - ao
recursos estabelecimento
ambientais: de critérios
a atmosfera, e padrões
as águas de qualidade
interiores, ambiental
superficiais e e
de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os
IV - ao da
elementos desenvolvimento de epesquisas
biosfera, a fauna a flora e de tecnologias nacionais
orientadas para o uso racional de recursos ambientais;
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação
de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência
pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do
equilíbrio ecológico;
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à
sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a
manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar
e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela
utilização de recursos ambientais com fins econômicos.

7
04/04/2016

1) Estabelecimento de padrões de qualidade ambiental:


(cabe à União)

2) Zoneamento: nível nacional (macrozoneamento), regional e


municipal de zoneamento ambiental visando a ordenação do
território

3) Avaliação de Impacto Ambiental: instrumento mais importante


para a proteção dos recursos ambientais. EIA são obrigatórios
em obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação ambiental. Ex: estradas, esgotos,
ferrovias, aeroportos, aterros sanitários, obras hidráulicas,
obras de saneamento, obras de irrigação, retificação de cursos
d´água, obras de distritos industriais, obras em áreas de
interessa ambiental ou qualquer obra urbana em mais de 100
ha, – geração de RIMA aberto ao público -

Artigo 6
Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal,
dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações
instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e
melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional
do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
 Órgão Superior: O Conselho de Governo
 Órgão Consultivo e Deliberativo: O Conselho Nacional do Meio
Ambiente - CONAMA
 Órgão Central: O Ministério do Meio Ambiente - MMA
 Órgão Executor: O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA
 Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais
responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo
controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a
degradação ambiental;
 Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis
pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas
respectivas jurisdições;

8
04/04/2016

 § 1º Os Estados, na esfera de suas competências e nas


áreas de sua jurisdição, elaboração normas supletivas e
complementares e padrões relacionados com o meio ambiente,
observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA.
 § 2º O s Municípios, observadas as normas e os padrões
federais e estaduais, também poderão elaborar as normas
mencionadas no parágrafo anterior.
 § 3º Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais
mencionados neste artigo deverão fornecer os resultados das
análises efetuadas e sua fundamentação, quando solicitados
por pessoa legitimamente interessada.
 § 4º De acordo com a legislação em vigor, é o Poder
Executivo autorizado a criar uma Fundação de apoio técnico
científico às atividades do IBAMA.

A atuação do SISNAMA se dará mediante articulação coordenada dos


Órgãos e entidades que o constituem, observado o acesso da opinião
pública às informações relativas as agressões ao meio ambiente e às ações
de proteção ambiental, na forma estabelecida pelo CONAMA

Artigo 8
 Compete ao CONAMA
◦ I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e
critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou
potencialmente poluídoras, a ser concedido pelos Estados
e supervisionado pelo IBAMA;
◦ II - determinar, quando julgar necessário, a realização de
estudos das alternativas e das possíveis conseqüências
ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando
aos órgãos federais, estaduais e municipais, bem assim a
entidades privadas, as informações indispensáveis para
apreciação dos estudos de impacto ambiental, e
respectivos relatórios, no caso de obras ou atividades de
significativa degradação ambiental, especialmente nas
áreas consideradas patrimônio nacional.

9
04/04/2016

 IV - homologar acordos visando à transformação de


penalidades pecuniárias na obrigação de executar medidas de
interesse para a proteção ambiental; (VETADO)
 V - determinar, mediante representação do IBAMA, a
perda ou restrição de benefícios fiscais concedidos pelo Poder
Público, em caráter geral ou condicional, e a perda ou
suspensão de participação em linhas de financiamento em
estabelecimentos oficiais de crédito;
 VI - estabelecer, privativamente, normas e padrões
nacionais de controle da poluição por veículos automotores,
aeronaves e embarcações, mediante audiência dos Ministérios
competentes;
 VII - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao
controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente com
vistas ao uso racional dos recursos ambientais, principalmente
os hídricos.

Parágrafo único

O Secretário do Meio Ambiente é, sem prejuízo de suas funções,


o Presidente do Conama.

Atualmente é a ministra de Meio Ambiente, Izabella Mônica Vieira


Teixeira.

10
04/04/2016

Instrumentos da Política Nacional do Meio


Ambiente

Artigo 9

 A construção, instalação, ampliação e funcionamento de


estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,
considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como os
capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental,
dependerão de prévio licenciamento de órgão estadual competente,
integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, e do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis -
IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis.
 § 1º - Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva
concessão serão publicados no jornal oficial do Estado, bem como em
um periódico regional ou local de grande circulação.
 § 2º Nos casos e prazos previstos em resolução do CONAMA, o
licenciamento de que trata este artigo dependerá de homologação do
IBAMA.
 § 3º O órgão estadual do meio ambiente e o IBAMA, este em caráter
supletivo, poderão, se necessário e sem prejuízo das penalidades
pecuniárias cabíveis, determinar a redução das atividades geradoras de
poluição, para manter as emissões gasosas, os efluentes líquidos e os
resíduos sólidos dentro das condições e limites estipulados no
licenciamento concedido.
 § 4º Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos
Naturais Renováveis - IBAMA o licenciamento previsto no caput deste

11
04/04/2016

O Poder Executivo incentivará as atividades voltadas ao


meio ambiente, visando:
 I - ao desenvolvimento, no País, de pesquisas e processos
tecnológicos destinados a reduzir a degradação da qualidade
ambiental;
 II - à fabricação de equipamentos antipoluidores;
 III - a outras iniciativas que propiciem a racionalização do
uso de recursos ambientais.

Parágrafo único - Os órgãos, entidades, e programas do Poder


Público, destinados ao incentivo das pesquisas científicas e
tecnológicas, considerarão, entre as suas metas prioritárias, o
apoio aos projetos que visem a adquirir e desenvolver
conhecimentos básicos e aplicáveis na área ambiental e
ecológica.

Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e municipal,
o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos
inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os
transgressores:
 I - à multa simples ou diária, nos valores correspondentes, no mínimo, a 10 (dez) e,
no máximo, a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTNs,
agravada em casos de reincidência específica, conforme dispuser o regulamento, vedada
a sua cobrança pela União se já tiver sido aplicada pelo Estado, Distrito Federal,
Territórios ou pelos Municípios (hoje varia entre R$1.000,00 a 50.000.000,00).
 II - à perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Poder
Público;
 III - à perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em
estabelecimentos oficiais de crédito;
 IV - à suspensão de sua atividade.
 § 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor
obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos
causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério
Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade
civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.
 § 2º - No caso de omissão da autoridade estadual ou municipal, caberá ao
Secretário do Meio Ambiente a aplicação das penalidades pecuniárias previstas neste
artigo.
 § 3º - Nos casos previstos nos incisos II e III deste artigo, o ato declaratório da
perda, restrição ou suspensão será atribuição da autoridade administrativa ou financeira
que concedeu os benefícios, incentivos ou financiamento, cumprindo resolução do
CONAMA.
 § 5o A execução das garantias exigidas do poluidor não impede a aplicação das
obrigações de indenização e reparação de danos previstas no § 1o deste artigo

12
04/04/2016

Lei 9065/1998 regulamenta sobre as sanções aos


crimes ambientais:

Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais


que resultem ou possam resultar em danos à saúde
humana, ou que causem mortandade em massa em
animais ou destruição significativa da flora.

§ 1º. Pena aumentada até o dobro se:

 I - resultar:
a) dano irreversível à fauna, à flora e ao meio ambiente;
b) lesão corporal grave;

 II - a poluição é decorrente de atividade industrial ou de transporte;

 III - o crime é praticado durante a noite, em domingo ou em feriado.

§ 2º Incorre no mesmo crime a autoridade competente que deixar de


promover as medidas tendentes a impedir a prática das condutas acima
descritas

 Pena:
◦ Reclusão de um a quatro anos e multa (nos casos
anteriores);

◦ Detenção de seis meses a um ano e multa, se for


culposo

13
04/04/2016

 precisa de estudos ambientais para ter


autorização do governo para realizar atividades
toda e qualquer empresa/empreendimento que
utilizem recursos ambientais ou possam causar
degradação.

 caráter preventivo: visa prevenir a ocorrência de


danos.

 limita o caráter individual a favor da coletividade.

 definido dentro da PNMA (art 96 inciso IV) e


são exigências para licenciar qualquer
estabelecimento que:
◦ possam causar poluição ambiental
◦ possam causar degradação ambiental
◦ possam alterar paisagem devido atividade humana

◦ para tanto, as licenças seguem uma ordem...

14
04/04/2016

LP: fase preliminar do planejamento da


atividade, contendo requisitos básicos a
serem atendidos na fase de localização,
instalação e operação. Nesta fase que deve
ser solicitado o EIA, observando planos
estaduais ou federais de uso do solo;

LI: autoriza o início da implantação, de


acordo com as especificações constantes do
projeto executivo aprovado

LO: autoriza, após verificações necessárias, o


início das atividades licenciadas e o
funcionamento dos equipamentos de
controle de poluição, de acordo com o
previsto na LP e LI.

Lógica na sequência de licenciamento:

 LP: se pede quando o projeto técnico está em


preparação, localização pode ser alterada,
podem ser vistas alternativas tecnológicas;
 LI: só pode ser pedida depois de concedida a LP,
o projeto técnico já está detalhado, atendendo as
condições propostas pela LP
 LO: concedida somente após construção do
empreendimento e está em condições de operar,
em total acordo com as especificações da LI

15
04/04/2016

 Prazos de validade das Licenças:


LP: conforme cronograma de elaboração dos
planos, programas e projetos, não podendo ser
superior a 5 (cinco) anos;
LI: conforme cronograma de instalação do
empreendimento ou atividade, não podendo ser
superior a 6 (seis) anos;
LO: conforme planos de controle ambiental,
sendo, no mínimo, 4 (quatro) anos e, no
máximo, 10 (dez) anos.

Etapas do Processo

Definição dos documentos, projetos e estudos ambientais,


1ª correspondente à licença a ser requerida

Requerimento da Licença Ambiental com documentos,



projetos e estudos, dando-se a devida publicidade

Análise dos documentos, projetos e estudos. Realização de


3ª vistorias, quando necessário

Solicitação de esclarecimentos e complementações



(no máximo, duas vezes)

16
04/04/2016

5ª Solicitação de esclarecimentos e complementações decorrentes


de audiências públicas, quando couber
(no máximo, duas vezes)

Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber,



parecer jurídico

Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se



a devida publicidade.

Caso concedida a licença, cumprimento das condicionantes



estabelecidas nas mesmas

 Prazos para licenciamento ambiental (Art. 14⁰ -


Resol. CONAMA 237/97):
“O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos
de análise diferenciados para cada modalidade de licença
(LP, LI e LO), em função das peculiaridades da atividade ou
empreendimento, bem como para a formulação de
exigências complementares, desde que observado o prazo
máximo de 6 (seis) meses a contar do ato de protocolar o
requerimento até seu deferimento ou indeferimento,
ressalvados os casos em que houver EIA/RIMA e/ou
audiência pública, quando o prazo será de até 12 (doze)
meses”.

17
04/04/2016

 Prazos para licenciamento ambiental (Art.


14⁰ - Resol. CONAMA 237/97):
- Prazo é suspenso quando da elaboração de
estudos ou esclarecimentos;
- O empreendedor possui 4 meses para atender às
solicitações de esclarecimentos, complementações
e correções. Caso não seja atendido no prazo, o
processo pode ser arquivado;
- São aceitas justificativas pelos atrasos,
possibilitando novos acordos de prazo entre
empreendedor e órgão ambiental.

 Documentação necessária:
◦ Formulário de Requerimento preenchido e assinado pelo
representante legal (cada órgão possui o seu modelo);
◦ Publicação do requerimento de licença ambiental,
conforme Resolução CONAMA 06/86;
◦ Cópia do CPF e CI do representante legal que assinar o
requerimento;
◦ Cópia do CNPJ- Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica;
◦ Projeto técnico (incluindo ART e plantas assinadas);
◦ Estudos Ambientais;

18
04/04/2016

 Documentação necessária:
◦ Documento de propriedade do terreno ou certidão
de aforamento ou cessão de uso;
◦ Declaração de Prefeitura de conformidade do
empreendimento com a legislação aplicável ao uso
e ocupação do solo;
◦ Quando for o caso, Autorização para supressão de
vegetação e Outorga de direito de uso da água (de
acordo com a fase de licenciamento);
◦ Comprovante de pagamento da taxa de
licenciamento.

 Se o crime:
◦ Tornar uma área, rural ou urbana, imprópria pra
ocupação humana;
◦ Causar poluição atmosférica que provoque a
retirada, ainda que momentânea, dos habitantes;
◦ Causar poluição hídrica que obrigue a interrupção
do abastecimento público
◦ Dificultar ou impedir o uso de praias
◦ Decorrer do lançamento de resíduos sólidos,
líquidos ou gasosos, detritos, óleos
 ..... Reclusão de 1 a 5 anos

19
04/04/2016

 Leis ambientais existem no Brasil há 30 anos;


 Precisa-se ter a consciência que o desenvolvimento sustentável
não é um entrave aos crescimento econômico;
 A floresta, o pantanal, os rios, o mar, nada disso impede o Brasil
de desenvolver energia, indústrias ou transportes, de gerar
empregos e moradia, de distribuir renda e justiça social. Ao
contrário, a natureza é a fonte de todas essas riquezas. Só
precisamos aprender a fazer as coisas de modo adequado, a
tomar os cuidados necessários, a seguir as leis e a ouvir a voz do
bom senso.
 O PNMA tem desenvolvido projetos nesta área para seguirem de
exemplo na iniciativa privada. Um deles é o Amazônia
Sustentável, em parceria com o Ministério de Integração Nacional;
 A “transversalidade” precisa ser trabalhada nas escolas e no
governo. A LDBE diz que a educação ambiental deve ser vista em
todas as disciplinas, desta forma espera-se que o próprio
governo incorpore o conceito de transversalidade e que a
problemática do desenvolvimento ambiental não fique a cargo de
só um Ministério

Conteúdo a desenvolver: Política Nacional de


Meio Ambiente.
 Como será desenvolvido: Os alunos deverão
se reunir em grupos e responder:
 2 crimes ambientais brasileiros: descrever os
fatos e buscar quais penas os culpados
sofreram.

20

Você também pode gostar