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Patrimônio Ambiental e bem ambiental

O patrimônio ambiental constitui um conjunto de bens ambientais. Este patrimônio é intangível e por ter um caráter de
abstração serve de parâmetro para a determinação das diferentes classes de bens ambientais o meio ambiente como
bem de uso comum ou na medida em que qualquer pessoa pode desfrutar, respeitados os limites constitucionais, desde
que o faça de maneira sustentável com vistas a reclamar uma sadia qualidade de vida.
O conceito de meio ambiente é apresentado da seguinte forma: meio ambiente natural, meio ambiente artificial, meio
ambiente cultural e meio ambiente do trabalho.

Patrimônio ambiental natural ou físico

Constituindo pelo solo, água, ar, flora e fauna, representa o equilíbrio entre os seres vivos na terra e o meio em que
vivem. Constituição Federal incumbe o Poder Publico de preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e
promover o manejo das espécies e preservar a fauna e flora.

AR: A disponibilidade e o uso deste recurso ambiental encontram-se nos programas de gestão ambiental relacionados à
qualidade do ar, a função ecológica e social no contexto da vida. Analise das fontes estabelece padrões de qualidade

a) Fixas - ex: indústria


b) Moveis - ex: veículos automóveis. Essa analise tem escopo de evitar danos ao meio ambiente, para preservar
uma sadia qualidade de vida.
Documentos: o Protocolo de Montreal e Protocolo de Kyoto
Legislações: Resolução CONAMA n°5/89 PRONAR e n° 18/86 PROCOVE

AGUA: outro recurso indispensável cuja preservação é essencial a saúde publica e consequentemente a manutenção da
vida. Função publica e de interesse comum.
Legislações: Código de Águas decreto n°24643/34, Novo Código Florestal, Código de Pesca decreto n°2021/67, Lei
Política Nacional dos Recursos Hídricos lei n° 9433/97 e Resolução CONAMA n°357/05

SOLO: O uso indevido do solo importa em agressão ao meio ambiente (agricultura predatória, queimadas,
desmatamento, mineração, presença de defensivos agrícolas) por isso e considerado bem ambiental que merece
proteção.
Legislações: Código Florestal lei n° 12651/12, Código mineral decreto lei n° 227/67, Política Agrícola lei n°8171/91,
Ordenação do uso e ocupação do solo lei n° 6766/79 e Resolução CONAMA n°23/96 Controle do movimento
transfronteiriço de resíduos perigosos.

Fauna e Flora: São partes significativas do patrimônio ambiental em função de concordarem toda a biodiversidade
existente no planeta. Fauna conjunto de animais que vivem em determinada região, dois tipos terrestre e aquática.
Flora: Grandes ecossistemas considerados matas, serras, pantanais, serrado, pampas, considerado Amazônia brasileira.
Legislações: Fauna: Código de Pesca Decreto lei n° 221/67, Código de Caça lei n° 5197/67, Lei de crimes ambientais
n°9605/98 e Código Florestal lei n°4771/65
Flora: Código Florestal n°12651/12, lei dos crimes ambientais n°9605/98 dos crimes conta a flora.

Patrimônio Ambiental Cultural


É o conjunto de todos os bens, materiais ou imateriais, que, pelo seu valor próprio, devem ser considerados de interesse
relevante para a permanência e a identidade da cultura de um povo. O patrimônio é a nossa herança do passado,
transmitidas para geração presente esta vinculada com o processo civilizatório.
Do patrimônio cultural fazem parte bens imóveis tais como castelos, igrejas, casas, praças, conjuntos urbanos, e ainda
locais dotados de expressivo valor para a história, a arqueologia, a paleontologia e a ciência em geral. Nos bens móveis
incluem-se, por exemplo, pinturas, esculturas e artesanato. Nos bens imateriais considera-se a literatura, a música, o
folclore, a linguagem e os costumes. Se der por meio de procedimentos para tombamento, depois este bem vai ser
protegido. Art. 216 CF que constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados
individualmente ou em conjunto.

Patrimônio Ambiental Artificial


O ambiente considerado artificial compreende por espaço urbano aberto (equip. públicos, ruas, praças) e o espaço
urbano fechado conjunto de edificações. Proteção engloba uma perspectiva de ordenação dos aspectos habitáveis para
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade: habitação, lazer, trabalho e circulação. Essa proteção para
correção das distorções provocadas pelo processo de urbanização acelerado.
Legislações: Estatuto da Cidade lei n° 10257/01 (política urbana executada pelo poder publico municipal) e art. 182 da
CF. (tem como objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus
habitantes).

Meio ambiente do Trabalho


Relaciona-se direta e imediatamente com o ser humano trabalhador no seu cotidiano, em sua atividade laboral exercida
em proveito de outrem. É “o local onde as pessoas desempenham suas atividades laborais, sejam remuneradas ou não,
cujo equilíbrio está baseado na salubridade do meio e na ausência de agentes que comprometem a incolumidade físico-
psíquica dos trabalhadores, independentemente da condição que ostentem (homens ou mulheres, maiores ou menores
de idade, celetistas, servidores públicos, autônomos, etc.)”. A informação entre os trabalhadores, através de seus
sindicatos e federações, acaba contribuindo para a defesa da vida e da saúde dos próprios trabalhadores, e também
para esclarecer a população em geral para as condições sadias do meio ambiente. Esta proteção se intensificou em
razão do crescimento dos acidentes e doenças no meio de trabalho.
A partir: 1) Trabalho perverso (periculosidade, insalubridade e penosidade) art. 7° inciso 23 da CF e art. 189 a 197 da
CLT. 2) acidente de trabalho art. 7° inciso 28 da CF, lei n°8213/91, art. 19 e 21. 3) entidades mórbidas equivalentes
(moléstias profissionais e doenças de trabalho, art. 20 incisos I e II da lei n° 8213/91) e 4) Riscos inerentes ao trabalho e
tutelar da saúde, higiene e segurança do trabalho (art.7° inciso 22 da CF e art. 154 a 201 da CLT) questões trabalhistas
saúde e segurança do trabalhador sumula 736 da STF.

Política Nacional do meio ambiente

A Política Nacional do Meio Ambiente foi estabelecida em 1.981 mediante a edição da Lei 6.938/81, criando o SISAMA
(Sistema Nacional do Meio Ambiente). Seu objetivo é o estabelecimento de padrões que tornem possível o
desenvolvimento sustentável, através de mecanismos e instrumentos capazes de conferir ao meio ambiente uma maior
proteção.
As diretrizes desta política são elaboradas através de normas e planos destinados a orientar os entes públicos da
federação, em conformidade com os princípios elencados no Art. 2º da Lei 6.938/81.
Já os instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, distintos dos instrumentos materiais noticiados pela
Constituição, dos instrumentos processuais, legislativos e administrativos são apresentados pelo Art. 9º da Lei 6.938/81.
Esta política tem como objetivo a preservação, a melhoria e a recuperação da qualidade ambiental propiciam a vida,
visando assegurar, no País, condições a desenvolvimento socioeconômico aos interesses da segurança nacional e a
proteção da dignidade e vida humana. Previstos nos incisos I ao X do art. 2° Lei 6.938/81.
DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Art 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade
ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses
da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio
público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
Ill - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos
ambientais;
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas; (Regulamento)
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la
para participação ativa na defesa do meio ambiente.

Estrutura Básica do SISAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente)

O Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISAMA art. 6° da lei n°6938/81, congrega os órgãos e instituições
ambientais da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, cuja finalidade primordial é dar
cumprimento aos princípios constitucionalmente previstos e nas normas instituídas, apresentando a seguinte
estrutura:
O SISNAMA é responsável juntamente com os que o compõe pela proteção e melhoria da qualidade ambiental.

CONSELHO DE GOVERNO: Órgão superior de assessoria ao Presidente da


República na formulação das diretrizes e política nacional do meio ambiente.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA): Órgão consultivo


e deliberativo. Assessora o Governo e delibera sobre normas e padrões
compatíveis com o meio ambiente, estabelecendo normas e padrões federais
que deverão ser observados pelos Estados e Municípios, os quais possuem
liberdade para estabelecer critérios de acordo com suas realidades, desde que
não sejam mais permissivos.

INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO


MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE AMBIENTE E DOS RECURSOS
(MMA): Planeja, coordena, controla e NATURAIS RENOVÁVEIS
supervisiona a política nacional e as (IBAMA): É vinculado ao MMA.
diretrizes estabelecidas para o meio Formula, coordena, fiscaliza, controla,
ambiente, executando a tarefa de fomenta, executa e faz executar a
congregar os vários órgãos e política nacional do meio ambiente e
entidades que compõem o SISAMA. da preservação e conservação dos
recursos naturais.

ÓRGÃOS SECCIONAIS: São os ÓRGÃOS LOCAIS: Órgãos


órgãos ou entidades estaduais municipais responsáveis pelo controle
responsáveis pela execução de e fiscalização de atividades
programas, projetos, controle e degradadoras.
fiscalização das atividades
degradadoras do meio ambiente.

DO SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE lei 6938/81


Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as
fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o
Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da República na formulação da
política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais; (Redação dada pela
Lei nº 8.028, de 1990)
II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar,
estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos
naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente
ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República, com a finalidade de planejar, coordenar,
supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio
ambiente; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
IV - órgão executor: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, com a finalidade de
executar e fazer executar, como órgão federal, a política e diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente;
(Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo
controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de
1989)
VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas
suas respectivas jurisdições; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
§ 1º - Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua jurisdição, elaborarão normas supletivas e
complementares e padrões relacionados com o meio ambiente, observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA.
§ 2º O s Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais, também poderão elaborar as normas
mencionadas no parágrafo anterior.
§ 3º Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais mencionados neste artigo deverão fornecer os resultados das
análises efetuadas e sua fundamentação, quando solicitados por pessoa legitimamente interessada.
§ 4º De acordo com a legislação em vigor, é o Poder Executivo autorizado a criar uma Fundação de apoio técnico
científico às atividades do IBAMA. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)

1° Política Nacional de Recursos Hídricos lei n°9433/97


Em 1997 a Lei federal n.º 9.433, do dia 08 de janeiro, incisos do I ao X do art. 1° e incisos I ao III do art. 2°, instituiu
a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos com o
intuito de assegurar à atual e às futuras gerações água em qualidade e disponibilidade suficientes através da utilização
racional e integrada, da prevenção e da defesa dos recursos hídricos contra eventos hidrológicos críticos.
2° Política Nacional de Educação Ambiental lei n° 9795/99
Construir valor social, base de conhecimento, atitude e competência para a conservação do meio ambiente a ser
utilizado coletivamente são processos inerentes a educação ambiental. Estando prevista no art. 6° a 8° da referida lei.
3° Política Urbana lei n° 10257/01 Estatuto da Cidade
Propósito regular o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem estar dos cidadãos, bem
como o equilíbrio ambiental, objetivo de ordenar e desenvolver as funções sociais da cidade e da propriedade urbana
nos termos das diretrizes gerais previstas em seu art.2° dos incisos I ao XVI.
4° Política Nacional da Biodiversidade Decreto n° 4339/02 e decreto n° 4703/03
Esta política tem como objetivo geral a promoção, de forma integrada, da conservação, da biodiversidade e da utilização
sustentável de seus componentes, com a repartição justa e equitativa dos benefícios derivados da utilização dos
recursos genéticos de componentes do patrimônio genético e dos conhecimentos tradicionais associados a estes
recursos.
5° Política Nacional do Saneamento básico lei n°11445/07
Saneamento básico: conjunto de serviços, infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de potável,
esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
Estando previsto no art. 2° da lei n°11445/07 incisos I ao XII.

Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)

A Avaliação de Impacto Ambiental pode ser definida como uma série de procedimentos legais, institucionais e técnico-
científicos, com o objetivo caracterizar e identificar impactos potenciais na instalação futura de um empreendimento, ou
seja, prever a magnitude e a importância desses impactos, qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e
biológicas do meio ambiente, qualquer impacto que resultem das modificações significativas do meio. Por esta razão
uma avaliação do impacto tem por finalidade analisar o grau de alteração ambiental provocado em decorrência de
atividades ou empreendimentos sejam eles públicos ou privados. Previsto na Resolução CONAMA n°1/86 art. 1°.
Função do CONAMA: função de consultivo - deliberativo tem que estabelecer normas e padrões federais que
deverão ser observados pelos Estados e Municípios, os quais possuem liberdade para estabelecer critérios
de acordo com suas realidades, desde que não sejam mais permissivos.

Resolução CONAMA: Artigo 1º - Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental qualquer alteração das
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II - as atividades sociais e econômicas;
III - a biota; (conjunto de seres vivos que habitam um determinado ambiente fauna e flora)
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V - a qualidade dos recursos ambientais.

Estudo de Impacto Ambiental (EIA)

Custos e dispensas correm por conta do empreendedor. Sendo feito este estudo por uma equipe multidisciplinar
habilitado, esta habilitação por meio de inscrição de seus membros junto ao Cadastro Técnico Federal de Atividades,
gerenciado pelo IBAMA. Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é um documento técnico onde se avaliam as
conseqüências para o ambiente decorrentes de um determinado projeto. Nele encontram-se identificados e avaliados de
forma imparcial e meramente técnica de impacto que um determinado projeto poderá causar no ambiente, assim como
apresentar medidas mitigadoras. Por estas razões, é um importante instrumento de avaliação de impacto
ambiental (AIA).

Alguns elementos essenciais a serem apresentados em um estudo técnico:


1° Um diagnostico ambiental da área de influencia do projeto com uma completa descrição e analise dos recursos
ambientais e suas interações, considerando o meio físico, biológico e socioeconômico.
2°Uma analise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, descriminando os impactos positivos e
negativos.
3° A definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas os equipamentos de controle e sistema de
tratamento de despejos avaliando a eficiência de cada uma delas. As medidas mitigadoras incluem, por exemplo,
medidas de compensação ambiental.
4° Uma elaboração do programa de monitoramento ambiental.
O relatório de impacto do meio ambiente deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua compreensão. As
informações devem ser trazidas em linguagem acessível, ilustrada por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais
técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como
todas as conseqüências ambientais de sua implementação.

Licenciamento ambiental
O licenciamento ambiental é o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental autoriza a localização,
instalação, ampliação e operação de empreendimentos e atividades utilizada de recursos ambientais, consideradas
efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental. O
licenciamento ambiental é um importante instrumento de gestão da Política Nacional de Meio Ambiente. Por meio dele, a
administração pública busca exercer o necessário controle sobre as atividades humanas que interferem nas condições
ambientais.
O licenciamento ambiental é uma exigência legal a que estão sujeitos todos os empreendimentos ou atividades que
possam causar algum tipo de poluição ou degradação ao meio ambiente. A responsabilidade pela concessão fica a
cargo dos órgãos ambientais estaduais e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA). A atuação do IBAMA se dá, principalmente, no caso dos grandes projetos que apresentam impactos em mais
de um estado, como é o caso dos empreendimentos de geração de energia, e nas atividades do setor de petróleo e gás
na plataforma continental.

A primeira é a Licença Prévia (LP é concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade,
aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e
condicionantes a ser atendido nas próximas fases de sua implementação. Essa licença apenas aprova a viabilidade
ambiental e estabelece condições para o desenvolvimento do projeto, mas não autoriza sua instalação. O início da obra
é autorizado pala Licença de Instalação (LI), Licença que aprova os projetos. É a licença que autoriza o início da
obra/empreendimento. É concedida depois de atendidas as condições da Licença Prévia. Que tem prazo de validade de
acordo com o cronograma da obra, não podendo ultrapassar seis anos. No caso de necessidade de desmatamento,
também é exigida a Autorização de Supressão de Vegetação. Antes que o empreendimento comece a funcionar deve
ser solicitada a Licença de Operação (LO), que é concedida após vistoria para verificar se todas as exigências foram
atendidas. Licença que autoriza o início do funcionamento do empreendimento/obra. É concedida depois de atendidas
as condições da Licença de Instalação.

Princípios Aplicáveis ao direito Ambiental

1° O PRINCÍPIO DO DIREITO FUNDAMENTAL AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO E DA


DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
A questão do Direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, ou seja, se busca preservar a dignidade da
pessoa humana, prezando por meios que elevem a sadia qualidade de vida das pessoas. Observa-se referida
importância em vários textos jurídicos. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

2° Principio da Natureza publica da proteção ambiental


O Estado, visando à proteção coletiva, deve, por meio de seus institutos, agir, inclusive de forma coercitiva, objetivando
promover e potencializar a concreção da sadia qualidade de vida de todos. Reconhecer se faz necessário que a
preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado constitui dever do Estado e esse relevante papel de proteção
ambiental exercitado pelo Poder Público não fica limitado tão somente à atuação do Poder Executivo.

3° Principio da obrigatoriedade da intervenção estatal


Nos termos do artigo 225 da Constituição é dever fundamental do poder público intervir para, no exercício do poder de
polícia ambiental, prevenir e danos ao meio ambiente, bem como exigir a devida restauração do equilíbrio ecológico.

4° Princípio da cooperação entre os povos


A constatação de que as agressões ao meio ambiente não restam aprisionadas nos limites territorial de um país onde
ocorrem, mas podem espalhar-se para países vizinhos, impõem-se a cooperação internacional para a
preservação, conservação, proteção e restauração da saúde e da integridade do ecossistema terrestre.

5° Principio da Ubiqüidade
O princípio da ubiqüidade visa garantir a proteção ao meio ambiente, considerando-o como um fator relevante a ser estudado
antes da prática de qualquer atividade, de forma a preservar a vida e a sua qualidade. "Este princípio vem evidenciar que o
objeto de proteção do meio ambiente, localizado no epicentro dos direitos humanos, deve ser levado em consideração
toda vez que uma política, atuação, legislação sobre qualquer tema, atividade, obra etc. tiver que ser criada e
desenvolvida. Isso porque, na medida em que possui como ponto cardeal de tutela constitucional a vida e a qualidade de
vida, tudo que se pretende fazer, criar ou desenvolver deve antes passar por uma consulta ambiental, enfim, para saber
se há ou não a possibilidade de que o meio ambiente seja degradado”

6° Principio da Participação
Através do princípio da participação, a sociedade deixa de ser mera espectadora e assume o papel de coadjuvante e
parceira na preservação ambiental. Este princípio traduz o envolvimento de todos os segmentos da sociedade, nas
questões ambientais, como um pleno exercício da cidadania e como a mais consciente e honesta demonstração de
respeito ao Planeta Terra. Ele manifesta-se de diversas formas, que podem ser acionadas simultaneamente pela
comunidade. Atribuindo responsabilidade à sociedade pela preservação ambiental, este princípio conscientiza-a de sua
parceria com o Governo, para gerir e zelar pela questão sobre o meio ambiente. O princípio da participação tem como
pressupostos a informação e a educação ambientais como meios de lhe conferir efetividade. Neste sentido, deve ser
facilitado o acesso a todo cidadão a informações relativas ao meio ambiente de que disponham as autoridades públicas,
inclusive informações sobre materiais e atividades perigosas em suas comunidades, de forma a garantir a todos
melhores condições para tomar parte na elaboração de políticas públicas ambientais.

7° Principio do poluidor pagador


Estabeleceu que as autoridades nacionais devem procurar promover a internalização dos custos ambientais, e o uso de
instrumentos econômicos, levando na devida conta o interesse público, sem distorcer o comércio e os investimentos
internacionais. Pelo princípio do poluidor-pagador, decorre a obrigação de reparação a quem causou, diretamente ou
indiretamente, um dano ao meio ambiente. Esta responsabilidade é objetiva e, portanto, independe da prova de culpa. O
princípio do poluidor pagador apresenta duas vertentes: uma preventiva, impondo ao poluidor a obrigação em arcar com
os custos da prevenção de eventual dano ambiental; e, outra, repressiva, impondo-lhe o dever de assumir, diante da
ocorrência do dano em concreto, os custos decorrentes da recomposição ou indenização da degradação ambiental.

8° Principio da reparação
É imprescindível reparar os danos causados ao Meio Ambiente. A obrigação de reparar é independente da aplicação das
sanções penais, civis ou administrativas. Baseia-se na necessidade de que, aquele que degrade de qualquer forma
o meio ambiente, repare o dano. Pode-se citar a compensação ambiental como exemplo deste princípio. Na
compensação ambiental, o empreendedor que causa danos consideráveis ao meio ambiente fica obrigado a
auxiliar na manutenção ou implantação de unidades de conservação. É uma forma de mitigar os impactos
causados por grandes obras.

9° Principio do Usuário – pagador


Diferentemente do Princípio do Poluidor-Pagador, que tem um caráter reparatório e punitivo, o Principio do Usuário-
Pagador parte do pressuposto de que deve haver contrapartida remuneratória pela outorga do direito de uso de um
recurso natural. O Princípio do Usuário-Poluidor não pode ser interpretado de forma a ensejar o entendimento de que
todos os usuários, independente de uso ou não dos recursos hídricos, devam ser cobrados. Aquele em que as pessoas
que usam recursos naturais devem pagar por tal utilização. Já o princípio do poluidor-pagador se verifica quando é
imposto ao poluidor tanto o dever de prevenir a ocorrência de danos ambientais como o de reparar integralmente
eventuais danos que causar com sua conduta.

10° Principio da prevenção e precaução

Prevenção: impactos já conhecidos, a prevenção não é estática complementam-se com a informação. Instrumentaliza-se
a prevenção a partir das Avaliações de Impactos Ambientais (AIA). Já tendo um histórico e com ele fazer ações
preventivas para não ocorrer novamente.

Precaução: Impactos desconhecidos, risco, incerteza cientifica. Instrumentaliza-se a precaução por meio das Avaliações
de Impactos Ambientais (AIA). Não tem um histórico não sabe como são os impactos e o que vão causar.

***PRINCÍPIO DO DIREITO À SADIA QUALIDADE DE VIDA: o homem tem direito à adequada condição de vida com
qualidade, o meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito fundamental da pessoa.

***PRINCÍPIO DO ACESSO EQUITATIVO AOS RECURSOS NATURAIS: deve se estabelecer razoabilidade para
utilização dos recursos, se a utilização não for razoável ou necessária, nega-se a utilização dos recursos.

*** Princípio do desenvolvimento sustentável: Para alcançar o desenvolvimento sustentável, a proteção ambiental deve
constituir parte integrante do processo de desenvolvimento, e não pode ser considerada isoladamente deste. Procura-se
conciliar a proteção do meio ambiente com o desenvolvimento socioeconômico para assegurar uma sadia qualidade de
vida a todos.

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