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Ambiental

Aula 1
Evolução: DESREGRADA -> FRAGMENTÁRIO -> HOLÍSTICA
1ª fase: Descobrimento do BR (1500) até a segunda metade do Século XX
(exploração DESREGRADA)
Coroa + classes dominantes; presev. recursos naturais preciosos (expansão
marítima e prosperidade do reino); inexistência de patrimônio ambiental coletiva;
Ordenação afonsina (preocupação c/ prop. nobreza e coroa)
Ordenação manuelina (proib. caça c/ dor e sofrim./abelhas)
Ordenação filipinas: esboço poluição (rio)
2ª fase: Segunda metade do Século XX a 1980 (sistema fragmentário)
Ideia em prol do interesse econômico em torno do recurso; sem estabelecimento
de política ambiental/não reconhecimento natureza difusa do meio ambiente.
Código florestal; Código de águas; Código de Pesca; Código de mineração; Lei
de Proteção à fauna; Estatuto da terra
3ª fase: 1981- aos dias atuais (fase holística)
Tutelado em seu todo; sistema integrado;
Marco inaugural: L. 6.938/81 (L. Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA)
L. 7.347/85. ACP destinada meio ambiente
CF/88. 1º ao destinar um capítulo destinado ao meio ambiente (influenciada pela
Decl. Meio Ambiente de Estocolmo/72+ PNMA/81)
L. 9.605/98: L. Crimes Ambientais/Infrações administrativas
Mundialmente: Marco: Conferência Nações Unidas para o Meio Ambiente
(Estocolmo – junho/72): Declaração do Meio Ambiente (26 princípios)
Preservacionistas x Desenvolvimentistas
PNEUMA (Programa das Nações Unidas para Meio Ambiente): agência ONU p/
conservação e uso eficiente p/ desenvolvimento sustentável
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
(ECO-92/RIO-92): Declaração do Rio (27 princípios + Agencia 21 (não
vinculante – redução poluição e desenv. sustentável que não havia aparecido
em Estocolmo)
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Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (Joanesburgo/2002):


avaliar agenda 21 e acordos Rio 92; Declaração de Joanesburgo em
Desenvolvimento Sustentável; Plano de Implementação (PI) erradicação
pobreza, padrões de consumo, proteção recursos naturais.
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +
20): reafirmação princípios declaração do rio; responsabilidade comum mas
diferenciada (desenvolvidos maiores resp. desenv. sustentável). Desafios:
erradicação pobreza; promoção modalidades sustentáveis de produção e
consumo).

Objeto d. ambiental: proteção meio ambiente para garantir sadia qualidade de


vida p/ presentes e futuras gerações
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e
à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras
gerações.

Nos termos do art. 225 é em prol do homem (suj. de direito);


objeto/instrumento de direito (d. ambiental não é titular de direito).
ANTROPOCÊNTRICO
Antropocentrismo: ECONOMICOCENTRISMO (bem ambiental valor de
ordem econômica);
ANTROPOCENTRISMO ALARGADO (CF) (bem ambiental p/ garantir a
dignidade do ser humano)
Em alguns momentos CF/Infraconst. viés BIOCÊNTRICO: espécies com vida
mesma qualidade de tratamento (homem/fauna/flora): art. 225, §1º, VII, CF.
Art. 225. § 1º VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas
que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou
submetam os animais a crueldade.     

Visão ECOCÊNTRICA: todos os elementos com vida (bióticos) e sem vida


(abióticos) objeto da tutela do meio ambiente; equilíbrio do planeta, inclusive em
detrimento dos interesses do próprio ser humano.
Conceito de meio ambiente:
CF: bem de uso comum do povo; essencial à sadia qualidade de vida; direito
de presentes e futuras gerações.
BEM (objeto): antropocentrismo; USO: limitado ao d. socioambiental da
propriedade; manutenção da APP ao longo das margens do rio (30m app p/
cursos d’a agua de menos de 10m de largura); manutenção de 20% vegetação
nativa por reserva legal na prop. rural (código florestal);
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ESSENCIAL à sadia qualidade de vida: d. fundamental; dign. pessoa humana;


D. presentes e futuras gerações: dever de tutela às presentes; d. intergeracional
(meio amb. ecolog. equilib.); vedação ao retrocesso; solidariedade presentes
(SINCRÔNICA) e futuras (DIACRÔNICA);
*TJSP entendeu que alterações do código florestal não caracterizavam o
retrocesso; permaneciam presentes, mas alterada extensão.
Consequências: IN DUBIO PRO NATURA; não há direito de poluir; não
existe d. adquirido em detrimento da proteção ambiental (STJ: REsp Nº
948.921 – SP)
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PNMA:
Macro: uno; comum; geral; difuso; indivisível; indisponível; impenhorável
Art. 3º I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de
ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas
formas;
III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que
direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da
população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c)
afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do
meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões
ambientais estabelecidos;

Meio ambiente = conceito legal e biocêntrico de meio ambiente (I) + conceito


legal de poluição (III)
Biota = fauna e flora
Poluição = sempre engloba atividade humana; =/ degradação ambiental =
genérico, qualquer alteração (natural/humana)
Art 3º II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do
meio ambiente;

Meio ambiente = pleonasmo


José Afonso:
Natural (art. 225): recursos naturais: bióticos (fauna/flora) e abióticos (ar, água,
solo);
Art. 3º. V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e
subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera,
a fauna e a flora.   

Édis Milaré =/ Recurso ambiental (todo e qualquer elemento do meio ambiente;


natural/artificial/cultural/do trabalho) mais abrangente que recurso natural (meio
ambiente natural).
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Artificial (art. 182): espaço urbano construído pelo homem; produto da iteração
do homem com o meio ambiente natural; antes natural agora artificial
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público
municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus
habitantes. 

Ex: Estatuto da Cidade;

Cultural:
Rol Exemplificativo
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e
imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à
identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade
brasileira, nos quais se incluem: I - as formas de expressão; II - os modos de criar,
fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV - as obras, objetos,
documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-
culturais; V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico,
artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

art. 216, CF: patrimônio cultural


*Museu como edificação = artificial; dependendo do que abriga = cultural
*todo cultural é artificial (produto das tradições do homem)
§1º O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o
patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância,
tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.

Registro: cultural imaterial ex: samba (D. 3.551/2000)


Inventário: identificação e descrição do bem cultural
Vigilância: poder de polícia
Do Trabalho: complexo máquina-trabalho
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos
da lei: VIII, CF - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do
trabalho.

O STF reconheceu a classificação do meio ambiente em seus quatro aspectos (ADI


3540/MC de 09/2005).“A incolumidade do meio ambiente não pode ser
comprometida por interesses empresariais nem ficar dependente de motivações de
índole meramente econômica, ainda mais se se tiver presente que a atividade
econômica, considerada a disciplina constitucional que a rege, está subordinada,
dentre outros princípios gerais, àquele que privilegia a "defesa do meio ambiente"
(CF, art. 170, VI), que traduz conceito amplo e abrangente das noções de meio
ambiente natural, de meio ambiente cultural, de meio ambiente artificial (espaço
urbano) e de meio ambiente laboral. Doutrina”.
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PNMA (L. 6.938/81): recepcionada pela CF/88: criou o SISNAMA, integrado


pelo CONAMA;
Objetivo geral (art. 2º): desenvolv. socioeconômico (desenv. sustentável);
segurança nacional; prot. dign. vida humana;
Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação,
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar,
no País, condições ao desenvolvimento sócioeconômico, aos interesses da segurança
nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes
princípios:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio
ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido,
tendo em vista o uso coletivo;
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional
e a proteção dos recursos ambientais;
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas;        
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X - educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da
comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio
ambiente.

*Embora afirme sobre patrimônio público, bem de uso comum do povo =


difusos; de todos;
*Cobrança pelo uso da água (art. 19 e 20, L. 9.433/97)
*EPIA (Estudo Prévio de Impacto Ambiental/RIMA/Licenciamento Ambiental
Embora a lei disponha que são PRINCÍPIOS, a doutrina afirma que são METAS
DE AÇÃO.
Art. 225. § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente; (p. da educação
ambiental)
Política Nacional da Educação Ambiental (L. 9.597/99)
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio
ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público
competente, na forma da lei.

Objetivo específicos (art. 4º): são princípios para a doutrina:


Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação da
qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e
ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito
Federal, do Territórios e dos Municípios;        
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III - ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas


relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o
uso racional de recursos ambientais;
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e
informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a
necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas á sua
utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção
do equilíbrio ecológico propício à vida;
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou
indenizar os danos causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização de
recursos ambientais com fins econômicos.

Instrumentos:
Art. 9º - São Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
II - o zoneamento ambiental;         
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente
poluidoras;
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção
de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público
federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante
interesse ecológico e reservas extrativistas;                 
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa
Ambiental;
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das
medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental. *P.
polícia
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado
ANUALMENTE pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA; *ainda não implementado   
XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente,
obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando inexistentes; *Princípio da
informação ambiental; L. 10.650/03 (art. 2º - acesso a estudos, dados, informações
ambientais)
XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou
utilizadoras dos recursos ambientais.          
XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental,
seguro ambiental e outros.  

Resoluções CONAMA estabelecem os padrões ambientais; possível que Estados


e Municípios estabeleçam;
Zoneamento ecológico-econômico (D. 4.297/02): regulamenta uso/ocupação do
solo; área econômica separada da proteção ambiental;
AIA (avaliação impacto ambiental) é gênero, cabe: EPIA/RIMA; RAP (relatório
ambiental preliminar); Relatório de viabilidade ambiental (RVA); EIV (estudo de
impacto de vizinhança).
*Avaliação ambiental estratégica (AAE): não se destina a uma única obra, mas à
um plano, vários empreendimentos.
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Certificação de empresas responsáveis ambientalmente com programas de gestão


ambiental (ISSO 4001); tecnologias limpas; selo à madeira certificada
L. 9985/00 (SNUC)
SINIMA (base federal – art. 11, II e III, D. 99.274/90)
Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa ambiental – art.
17, I, L. 6.938/81 – profissionais; renovação a cada 2 anos.
Poder de Polícia Ambiental:
Art. 225, § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

Se informação não existir = dever do P. público de produzir a informação


Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou
utilizadoras dos recursos ambientai – atividade; poder de polícia; cobrança pelo
IBAMA; taxa de controle e fiscalização ambiental (Art. 17-B, L. 6.938/81)
Concessão florestal – L. 11.284/06 (exploração florestas públicas); licitação
Servidão ambiental – art. 9-A, -B, 9-C (renúncia espontânea da utilização de
recursos ambientCais de sua prop.; total/parcial); diverso da reserva legal e da
app;
Seguro ambiental (não regulamentado)

SISNAMA: (não tem personalidade e jurídica); órgão e instituições de todos


os entes (U, E, DF, M); rede de agências p/ implementar a PNMA;
Rol em âmbito federal = taxativo;
Conselho de Governo = órgão superior p/assessorar o Presidente
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) = consultivo e deliberativo
assessora o conselho de governo; regulamentar em âmbito federal; norma
geral
Ministério do Meio Ambiente: órgão central; planeja, coordena, supervisiona e
controla a política nacional e diretrizes governamentais; = L. 6.938/81 =
Secretaria do Meio Ambiente (modificada para Ministério – L. 8.490/92)
IBAMA: autarquia federal = órgão executor; executa e faz executar; poder de
polícia ambiental; licenciamento ambiental
INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DE
BIODIVERSIDADE: autarquia federal, órgão executor = unidades de
conservação federal
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Estadual/Municipal = exemplificativo;
ÓRGÃO SECCIONAIS: órgão/entidades estaduais = execução
programas/projeto/controle/fiscalização atividades capazes de causar degradação
ambiental;
ÓRGÃO LOCAIS: órgãos/entidades municipais responsáveis pelo
controle/fiscalização das atividades.
Art. 6º Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público,
responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema
Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente
da República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o
meio ambiente e os recursos ambientais;              
II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de
Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos
naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões
compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia
qualidade de vida;         
III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República,
com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão
federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio
ambiente; *MINISTÉRIO*
IV - órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, com a finalidade de executar e fazer
executar a política e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, de
acordo com as respectivas competências;          
V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução
de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de
provocar a degradação ambiental;            
VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e
fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições;    
§ 1º - Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua jurisdição,
elaborarão normas supletivas e complementares e padrões relacionados com o meio
ambiente, observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA.
§ 2º O s Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais, também
poderão elaborar as normas mencionadas no parágrafo anterior.
§ 3º Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais mencionados neste artigo deverão
fornecer os resultados das análises efetuadas e sua fundamentação, quando solicitados
por pessoa legitimamente interessada.
§ 4º De acordo com a legislação em vigor, é o Poder Executivo autorizado a criar uma
Fundação de apoio técnico científico às atividades do IBAMA.      

Art. 8º Compete ao CONAMA:             


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I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para o licenciamento


de atividades efetiva ou potencialmente poluídoras, a ser concedido pelos Estados e
supervisionado pelo IBAMA;            
II - determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e das
possíveis conseqüências ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando aos
órgãos federais, estaduais e municipais, bem assim a entidades privadas, as informações
indispensáveis para apreciação dos estudos de impacto ambiental, e respectivos
relatórios, no caso de obras ou atividades de significativa degradação ambiental,
especialmente nas áreas consideradas patrimônio nacional.                
IV - homologar acordos visando à transformação de penalidades pecuniárias na
obrigação de executar medidas de interesse para a proteção ambiental; 
V - determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de benefícios
fiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicional, e a perda ou
suspensão de participação em linhas de fiananciamento em estabelecimentos oficiais de
crédito;
VI - estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição
por veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante audiência dos
Ministérios competentes;
VII - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da
qualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional dos recursos ambientais,
principalmente os hídricos.
Parágrafo único. O Secretário do Meio Ambiente é, sem prejuízo de suas funções, o
Presidente do Conama.     

Estados/Municípios = normas supletivas observando os padrões mínimos do


CONAMA;

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