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Dentre as regulações contidas na Lei n.º 6.938/81, em seu artigo 2º estão descritos os
princípios orientadores na busca do cumprimento de seus objetivos, elencados em seus incisos
que são os seguintes:
“Art. 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à
vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento
socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:

I – ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico,


considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser
necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
II – racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
III – planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV – proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas
representativas;
V – controle e zoneamento das atividades potencial ou
efetivamente poluidoras;
VI – incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas
para o uso nacional e a proteção dos recursos ambientais;
VII – recuperação de áreas degradadas;
VIII – proteção de áreas ameaçadas de degradação;
IX – educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a
educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa
na defesa do meio ambiente”.

Já haviam sido estabelecidos princípios globais nas conferências de Estocolmo 1972 e na


ECO 1992, porém, na Política Nacional do Meio Ambiente, são declarados princípios específicos e
concernentes à realidade brasileira.
Para ampliar as regulações e a harmonização do alcance dos objetivos da PNMA, o artigo 4º
da Lei n.º 6.938/81, determina que a Política Nacional do Meio Ambiente visará:
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a
preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à
qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
III - ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade
ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais
orientadas para o uso racional de recursos ambientais;
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à
divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma
consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade
ambiental e do equilíbrio ecológico;
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas
à sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a
manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de
recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição
pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos”.

Tendo em vista esses princípios e objetivos, para adequação aos processos globais, foi
necessária a criação de diversos órgãos relacionados ao Meio Ambiente e edição de legislação a
respeito. Dentre os órgãos criados é fundamental mencionar o Sistema Nacional do Meio
Ambiente (SISNAMA).
Para alcançar os objetivos propostos pela Lei 6.938, a Política Nacional de Meio
Ambiente - PNMA dispõe de instrumentos que possibilitam efetivar a cidadania na esfera
administrativa. Pela complexidade e amplitude do tema, vamos falar de forma resumida dos
principais instrumentos.
O primeiro instrumento da Lei 6.938 é o estabelecimento de padrões de qualidade
ambiental. Padrão representa o valor limite adotado como requisito normativo de um parâmetro
de qualidade. Estes padrões são estabelecidos por Resoluções do Conama e dizem respeito às
emissões de poluentes e contaminantes na atmosfera e nos corpos hídricos.
Outro instrumento é o zoneamento ambiental, normalmente estabelecido pelo Plano
Diretor do município. O zoneamento é a definição e delimitação de zonas com características
comuns, dentro de um determinado espaço territorial, com o consequente estabelecimento de
funções e aptidões para o planejamento da cidade visando um futuro mais sustentável.
A avaliação de impactos ambientais é um dos mais importantes instrumentos da Política
Nacional do Meio Ambiente, dele resultam o Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental,
documentos essenciais para a instalação e operação de empreendimentos que gerem impactos
ambientais. O Conama define impacto ambiental como “qualquer alteração das propriedades
físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou
energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a
segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições
estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais”.
O licenciamento ambiental é outro instrumento estabelecido pela PNMA e possui íntima
ligação com a avaliação de impactos ambientais. De acordo com o Conama, licenciamento é “o
procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização,
instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos
ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer
forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares
e as normas técnicas aplicáveis ao caso”. Este procedimento possui três fases: licença prévia,
licença de instalação e licença de operação.
A Lei 6.938 também estabelece como instrumento, a possibilidade do Poder Público - em
nível Federal, Estadual e Municipal - criar reservas e estações ecológicas; áreas de proteção
ambiental e as de relevante interesse ecológico; espaços territoriais especialmente protegidos, tais
como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas.
Um instrumento de gestão compartilhada é o Sistema Nacional de Informações sobre o
Meio Ambiente, que é responsável pela organização, integração, compartilhamento, acesso e
disponibilização de informação ambiental no Brasil. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o
SINIMA possui três eixos estruturantes: “o desenvolvimento de ferramentas de acesso à
informação baseadas em programas computacionais livres; a sistematização de estatísticas e
elaboração de indicadores ambientais; a integração e interoperabilidade de sistemas de
informação de acordo com uma Arquitetura Orientada a Serviços - SOA”.
Faz parte da lista de instrumentos da PNMA a instituição e divulgação anual do Relatório de
Qualidade do Meio Ambiente. De acordo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos
Naturais Renováveis - Ibama, este é um “instrumento de informação ambiental que tem como
objetivo informar a sociedade brasileira o status da qualidade ambiental dos diversos ecossistemas
brasileiros ou mais intrinsecamente dos seus compartimentos ambientais”.
O Ibama também é responsável pelo Cadastro Técnico Federal de atividades
potencialmente poluidoras que definido pelo Instituto como “um registro obrigatório de pessoas
físicas ou jurídicas que se dedicam às atividades potencialmente poluidoras ou à extração,
produção, transporte e comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente,
assim como de produtos e subprodutos da fauna e flora”.
Os Instrumentos da PNMA, estão elencados no artigo 9º da Lei n.º 6.938/81. São
mecanismos utilizados pela Administração Pública para que os objetivos da política nacional sejam
alcançados. Foram estabelecidos por meio de Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA).
Dos Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente mencionados no artigo 9º da Lei
n.º 6.938/81 e definidos nas Resoluções do CONAMA, é importante discorrer com mais detalhes
sobre os Padrões de Qualidade, o Zoneamento Ambiental, a Avaliação de Impacto Ambiental,
Estudo e Relatório de Impacto Ambiental, o Licenciamento Ambiental e a Auditoria Ambiental, em
que se pese não estar prevista na Política Nacional, é instrumento de aferição financeira em
relação ao controle ambiental.

1. Padrões de qualidade ambiental


Entre os instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, estão os Padrões de
Qualidade Ambiental (artigo 9º, I), que envolve a gestão dos componentes do meio ambiente, que
são a qualidade do ar, das águas e dos padrões de ruído.
A Resolução do CONAMA n.º 5 de 1989, criou o Programa Nacional de Controle de
Qualidade do Ar (PRONAR), que estabelece os limites de poluentes no ar atmosférico, para
proteção à saúde. A Resolução n.º 3 de 1990 define poluente como qualquer forma de matéria ou
energia com intensidade e em quantidade de concentração que possam afetar a saúde.
Em relação às águas, a Resolução n.º 357 de 2005, classifica as águas em: doce, salgada e
salina. Esta classificação tem por objetivo dar destinação ao uso da água fixando os critérios de
uso, que são estabelecidos pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Quanto à qualidade dos
ruídos, a Resolução n.º 1 de 1990 do CONAMA, deu validade à NBR n.º 10.152 da ABNT, que avalia
a intensidade dos ruídos em áreas habitadas, onde deverá ser obedecido o interesse à saúde e ao
sossego público.

2. Zoneamento ambiental
A intervenção estatal no domínio econômico procura organizar a relação espaço-produção,
regulando recursos, interferindo nas atividades, incentivando condutas, para possibilitar o uso
ordenado do território. O zoneamento ambiental (artigo 9º, II), é fonte vigorosa do Poder Estatal.
Assim o define José Afonso da Silva: “O zoneamento é instrumento jurídico de ordenação
do uso e ocupação do solo. Em um primeiro sentido o zoneamento consiste na repartição do
território municipal à vista da destinação da terra e do uso do solo, definindo, no primeiro caso, a
qualificação do solo em urbano, de expansão urbana, urbanizável e rural; e no segundo dividindo o
território do Município em zonas de uso. Foi sempre considerado, nesta segunda acepção, como
um dos principais instrumentos do planejamento urbanístico municipal, configurando um Plano
Urbanístico Especial. Foi neste último sentido, mais tipicamente de Zoneamento Urbano, que o
definimos, de outra feita, como um procedimento urbanístico destinado a fixar os usos adequados
para as diversas áreas do solo municipal.”
O zoneamento ambiental, também é previsto no Estatuto das Cidades, Lei n.º 10.257 de 10
de julho de 2001, artigo 4º, inciso III, alínea c, com a finalidade de contribuir com a
sustentabilidade dos municípios, desde que seja utilizado com eficácia, buscando a ordenação do
uso do solo, evitando seu uso inadequado e impedindo a poluição e degradação das áreas de
relevância para o Meio Ambiente.
No artigo 30 da Constituição Federal de 1988, consta que, cabe ao Município promover o
adequado ordenamento territorial exercendo a tarefa quanto ao uso e ocupação do solo. Desta
forma, há ainda, outro instrumento para sua utilização que é o Plano Diretor (artigo 182,
parágrafos 1º e 2º da C.F.), que consiste em lei municipal de diretrizes de ocupação da cidade,
onde deve constar segundo suas características físicas e vocações, as regras básicas que
determinem o que é permitido e o que não é em cada parte de seu território. É processo de
discussão entre a sociedade e a Prefeitura, devendo ser aprovado pela Câmara dos Vereadores e
sancionado pelo prefeito.
Verifica-se que há modalidades de zoneamento, o urbano, que consiste no conjunto de
normas legais que configuram o direito de propriedade e o direito de construir, conformando os
princípios da função social, mediante imposições gerais à faculdade de uso e de edificações.
A espécie zoneamento industrial é aquela em que as zonas destinadas à instalação de
indústrias cujos resíduos sólidos, líquidos e gasosos; ruídos, vibrações, emanações e radiações
possam causar perigo à saúde humana, mesmo que amenizados por emprego de controle e
tratamento de efluentes. Esta regulamentação encontra-se na Lei n.º 6.803/80 de 02 de julho de
1980.
Ainda, previsto dentre os instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, artigo 9º, II,
está o zoneamento ecológico-econômico, regulamentado pelo Decreto n.º 4.297 de 10 de julho de
2002, que estatui em seu artigo 2º: “instrumento de organização do território a ser
obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras e atividades públicas e privadas,
estabelece medidas e padrões de proteção ambiental destinados a assegurar a qualidade
ambiental, dos recursos hídricos e do solo e a conservação da biodiversidade, garantindo o
desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população”. A finalidade
precípua deste instrumento é a de assegurar a qualidade ambiental dos recursos hídricos e do solo
e da conservação da biodiversidade, vinculando as decisões dos agentes públicos e privados que
de qualquer forma utilizem esses recursos. Desta forma a elaboração e execução do zoneamento
ecológico-econômico (ZEE), se tiverem por objetivo bioma de patrimônio nacional que não deva
ser fragmentado, deve ser de competência do Poder Público federal.

3. Avaliação de impactos ambientais (A.I.A.)


Como instrumento da PNMA, o AIA tem caráter preventivo para assegurar que um
determinado projeto possível de causar danos ambientais seja analisado, levando-se em
consideração as probabilidades de causar impactos ao meio ambiente e que o potencial dano seja
levado em consideração para o processo de aprovação de licença ambiental. Os procedimentos
devem garantir a adoção de medidas de proteção em caso de aprovação para implantação do
empreendimento.
A Resolução do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) n.º 001/86, define
impacto ambiental: “Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas
que, direta ou indiretamente, afetem: (I) a saúde, a segurança e o bem-estar da população; (II) as
atividades sociais e econômicas; (III) a biota; (IV) as condições estéticas e sanitárias do meio
ambiente; (V) a qualidade dos recursos ambientais.”
Muitos projetos são propostos para ambientes com diversidades que compõem vários
significados para pessoas e realidades as mais diversas. Neste sentido é necessário que haja uma
avaliação prévia das condições deste ambiente, principalmente para determinar quais os impactos
ambientais que o empreendimento irá causar. Cada área possui suas características próprias,
sendo necessário verificar as condições do ambiente natural, ainda avaliar o ambiente social em
sua estrutura material constituída pelo homem e pelos sistemas sociais em seu redor.
Para haver desenvolvimento socioeconômico e qualidade de vida é necessário avaliar,
planejar e ainda, obrigar-se à manutenção do ambiente que será utilizado por determinado
empreendimento.
Avaliação de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental previstos no artigo 9º,
inciso III, estão definidos na Resolução CONAMA n.º 237, artigo 1º, inciso III:

“Art. 1º Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes


definições: [...]
III. Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos
aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e
ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como
subsídio para a análise de licença requerida, tais como: relatório ambiental,
plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar,
diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área
degradada e análise preliminar de risco.[...]
Art. 3º A licença ambiental para empreendimentos e atividades
consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa
degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto ambiental e
respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao qual
dar-se-á publicidade, garantida a realização de audiências públicas, quando
couber, de acordo com a regulamentação”.
Esta avaliação tem por escopo verificar preliminarmente por meio
de estudo técnico, a probabilidade de existência de algum risco
potencialmente degradante ao Meio Ambiente, o que poderá impedir ou
estabelecer novas regras ao empreendimento que se pretende viabilizar.
4. Estudo de impacto ambiental (EIA) e relatório de impacto ambiental (RIMA)
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) foi instituído dentro da Política Nacional do Meio
Ambiente, por meio da Resolução CONAMA, n.º 001/86 de 23 de janeiro de 1986. É documento
técnico, onde são avaliadas as consequências para o ambiente decorrentes de um determinado
projeto. Nele encontram-se identificados e avaliados de forma imparcial e técnica os impactos que
um determinado projeto poderá causar no ambiente, assim como apresentar medidas para
minimizar os possíveis impactos.
Destaca Luís Paulo Sirvinskas: “O estudo prévio de impacto ambiental (EPIA) é um dos
instrumentos da política nacional do meio ambiente, tão importante quanto o zoneamento para a
proteção do ambiente. É um instrumento administrativo preventivo. Por tal razão é que foi elevado
a nível constitucional (art. 225, § 1º, IV, da CF). Incumbe, pois, ao Poder Público ‘exigir, na forma da
lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do
meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade’. Assim, o
procedimento de licenciamento ambiental deverá ser precedido do estudo prévio de impacto
ambiental (EPIA) e do seu respectivo relatório de impacto ambiental (RIMA). Exigir-se-á o EPIA
quando a atividade for potencialmente causadora de significativa degradação ambiental. Entende-
se por significativa degradação ambiental toda modificação ou alteração substancial e negativa do
meio ambiente, causando prejuízo extenso à flora, à fauna, às águas, ao ar e à saúde humana.”
O objetivo de se estudar os impactos é o de avaliar as consequências das ações, para
prevenir danos que o ambiente poderia sofrer devido à execução dos projetos. Está previsto no
artigo 225, § 1º, inciso IV da Constituição Federal.
Deve atender ao que exige a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, que estão
elencados no artigo 5º da Resolução CONAMA n.º 001/86:
Artigo 5º - O estudo de impacto ambiental, além de atender a
legislação, em especial os princípios e objetivos expressos da Lei de Política
Nacional do Meio Ambiente, obedecerá as seguintes diretrizes gerais:
I – Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de
projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto;
II – Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais
gerados nas fases de implantação e operação da atividade;
III – Definir os limites da área geográfica a ser direta ou
indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de influência do
projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se
localiza;
IV – Considerar os planos e programas governamentais, propostos e
em implantação na área de influência do projeto, e sua compatibilidade.

Havendo qualquer interesse peculiar local, o Poder Público poderá complementar com as
questões pertinentes. O estudo exige ainda, visão multidisciplinar, com a finalidade de avaliar
todos os aspectos que envolvam a ação.
Como modalidade de avaliação ambiental o EIA é considerado um dos mais notáveis
instrumentos de desenvolvimento econômico-social, com a preservação da qualidade ambiental.
Trata-se de um procedimento complexo que deve se tornar público e envolve vários entes,
entre eles, o órgão público ambiental, o empreendedor que pretende exercer a atividade ou obra,
a equipe técnica multidisciplinar e os interessados, que são as entidades ambientalistas, eventuais
vítimas, enfim, qualquer cidadão.
Todas essas exigências para o EIA, são de suma importância e devem fazer parte do
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), para que não sejam levantadas possíveis nulidades.
O RIMA deverá ser divulgado, apresentando as conclusões para que sejam discutidas junto
à população em audiência pública (artigo 16 da Resolução CONAMA 237/97), que permite o
esclarecimento de dúvidas e a apresentação de opiniões da sociedade, principalmente as pessoas
do lugar afetado pelo empreendimento.
A partir desse momento, o órgão ambiental fará sua manifestação a respeito da atividade e
de suas implicações, positivas ou não, e logo a seguir tomará a decisão da emissão ou não da
licença ambiental.
É necessário ressaltar que esse instrumento tem como princípios o da prevenção e da
precaução, não tendo por finalidade impedir o desenvolvimento de atividades econômicas e
sociais, mas adequar o crescimento à preservação ambiental. Assim, é relevante sua importância,
pois requer atuação conjunta do Poder Público, da sociedade e da comunidade científica, com a
finalidade de se harmonizarem em um objetivo comum, o de impulsionar o desenvolvimento
social e econômico à preservação do meio ambiente.
É necessário dizer que o deferimento da licença ambiental, será possível mesmo que o EIA
seja desfavorável. Fica caracterizada, com esta possibilidade, a discricionariedade da administração
pública para conceder ou não a licença ambiental. Neste caso, havendo algum dano ao meio
ambiente, e, no entanto, se a atividade contribui para o desenvolvimento socioeconômico, é
possível que o Poder Público autorize a atividade, desde que fundamente sua decisão.
Paulo Affonso Leme Machado preleciona: “Acresce notar que o órgão público, e, por via de
regresso, os servidores públicos, responderão objetivamente pelos danos que a decisão
administrativa vier a causar, mesmo que baseada no estudo de impacto ambiental (a equipe
multidisciplinar, como já se apontou, responderá sob a modalidade subjetiva ou culposa). A
Constituição Federal foi explícita no sentido de que as pessoas jurídicas de Direito público e as de
Direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes nessa
qualidade causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos
de dolo ou culpa” (art. 38, § 6º).”
E ainda, Celso Antônio Pacheco Fiorillo: “Por outro lado, se o EIA/RIMA mostra-se
desfavorável, totalmente ou em parte, caberá à Administração, segundo critérios de conveniência
e oportunidade, avaliar a concessão ou não da licença ambiental, porquanto, como já foi realçado,
o desenvolvimento sustentável é princípio norteador da preservação do meio ambiente e do
desenvolvimento da ordem econômica. Essa possibilidade retrata uma discricionariedade sui
generis. Evidentemente, a concessão da licença deverá ser fundamentada, atacando cada um dos
pontos que se mostraram impactantes ao meio ambiente, sob pena de ferir o preceito contido no
art. 37 da Constituição Federal.”
A Administração Pública ao conceder uma licença ambiental, mesmo diante de pontos
desfavoráveis apontados pelo EIA, não poderá deixar de considerar os princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência que a norteiam e, ainda, a responsabilidade
objetiva pelos danos que sua decisão vier a causar.

5. Licenciamento ambiental
O Licenciamento Ambiental já havia sido previsto na Lei n.º 6.938/81, em seu artigo 9º,
inciso IV, como um dos Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. A Resolução
CONAMA 237/97, definiu que o órgão do SISNAMA é que verificará quando da necessidade das
licenças ambientais específicas de acordo com a natureza, características e peculiaridades das
atividades ou empreendimentos a serem realizados, que tenham potencial para interferir no meio
ambiente.
A própria Resolução n.º 237/97, trás em seu texto a definição de Licenciamento Ambiental:
Art. 1º - Para efeitos desta Resolução são adotadas as seguintes
definições:
I – Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo
qual ao órgão ambiental compete licença e localização, instalação,
ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadora de
recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou
daquelas que, sob qualquer forma possam causar degradação ambiental,
considerando as disposições legais e regulares e as normas técnicas
aplicáveis ao caso.

O texto Constitucional brasileiro outorga o exercício livre de atividades econômicas, logo o


Poder Público deverá intervir quando embasado por lei que determine essa intervenção, pois, a
atividade econômica não poderá ser simplesmente cerceada. Quando se entrelaçam,
desenvolvimento econômico e meio ambiente deve haver a intervenção, tendo em vista todo o
estudo e a constatação de que o meio ambiente não é um bem inesgotável, é passível de ser
exaurido. Esta verdade absoluta é vislumbrada por quase todo o mundo.
O Licenciamento Ambiental é ato complexo que envolve vários agentes e deve ser
precedido do EIA/RIMA, que constatará a significância do impacto que será causado pelo
empreendimento.
Na Resolução CONAMA, constam os tipos de Licenças Ambientais, que são: Licença Prévia
(LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO).
Estabelece ainda, que os estudos necessários ao processo de licenciamento, deverão ser
realizados por profissionais habilitados. As despesas que envolvam os procedimentos ficarão a
cargo do empreendedor.
Estabelece também no artigo 5º, as diretrizes gerais necessárias, que na interpretação de
Sirvinskas, são: “a) contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto,
confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto; b) identificar e avaliar
sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação da
atividade; c) definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos
impactos, denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia
hidrográfica na qual se localiza; e d) considerar os planos e programas governamentais propostos e
em implantação na área de influência do projeto e sua compatibilidade.”
Toda a atividade que possa gerar algum dano ao meio ambiente, terá como requisito o
licenciamento ambiental. Essas atividades estão elencadas nos anexos da Resolução CONAMA n.º
237/97. Resumidamente são elas: indústrias de qualquer porte; depósitos; atividades de
parcelamento do solo; criação animal; irrigação; lavanderias, atividades que envolvam resíduos;
cemitérios; obras civis; serviços de utilidade como o tratamento de água e esgoto; usinas
termelétricas; hidrelétricas; energia eólica; portos; terminais; complexos de lazer; pista de corrida;
recondicionamento de pneumáticos; forno de carvão; comércio de agrotóxicos; de produtos de
origem mineral, vegetal ou químicos; postos de combustíveis e lavagem; restaurantes;
lanchonetes; laboratórios; hospitais e clínicas.
A ausência de licença caracteriza crime previsto na Lei n.º 9605/98,[31] que dispõe sobre as
sanções penais e administrativas para as condutas lesivas ao Meio Ambiente.
Apesar do rol que trás a Resolução CONAMA, n.º 237/97, há atividades que não estão
sujeitas ao Licenciamento Ambiental. Podemos citar José Carlos Barbieri: “Nem toda a atividade ou
empreendimento estão sujeitos ao licenciamento ambiental. A Resolução CONAMA 237/97
apresenta uma relação de atividades ou empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental,
mas trata-se de uma lista não exaustiva, pois cabe ao órgão ambiental competente definir os
critérios de exigibilidade, o detalhamento e a complementação dessa relação, considerando as
especialidades, os riscos ambientais, o porte e outras características do empreendimento ou
atividade.”
A competência para a concessão das licenças ambientais é dos órgãos que compõem o
SISNAMA, descritos no artigo 6º, da Lei n.º 6.938/81. Via de regra a competência é do órgão
público estadual. O CONAMA fixa as regras gerais para a concessão. Na Resolução n.º 237/97,
artigo 4º, estão essas regras gerais, “compete ao SISNAMA, o licenciamento ambiental, que se
refere o artigo 10 da Lei n.º 6.938/81, de empreendimentos e atividades com significativo impacto
ambiental de âmbito nacional ou regional” e na Resolução n.º 001/86, artigo 2º, estão dispostas as
modalidades e prazos de validade, ainda as hipóteses de revogação das licenças concedidas,
“Dependerá de elaboração de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de
Impacto Ambiental (RIMA), a ser submetido à aprovação do órgão estadual competente e do
IBAMA, em caráter supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente”.
Torna-se necessário fazer um adendo por haver em determinados casos conflitos de
competência. Podemos citar, por exemplo, quando o IBAMA se diz competente para conceder a
licença quando está envolvido potencial risco de degradação ambiental a bem da União e órgão
estadual contestarem essa manifestação. Nesses casos é necessário parecer do Ministério do Meio
Ambiente ou da Advocacia Geral da União para dirimir o impasse e determinar qual órgão
concederá a licença.
É certo que ao IBAMA são atribuídas as seguintes práticas: executar a política florestal
estabelecida pelo Ministério do Meio Ambiente; sugerir medidas legais e técnicas para o
aprimoramento da política de aproveitamento dos recursos florestais; ordenar o aproveitamento
dos recursos florestais; promover, executar, fazer executar e avaliar os inventários florestais e
planos de manejo florestal sustentável de florestas nativas; promover o aproveitamento
sustentável e transformações de recursos florestais; prestar assistência técnica aos estados,
municípios, entidades civis e organizações não governamentais, no que diz respeito ao
ordenamento dos recursos florestais; orientar e supervisionar as atividades de manejo dos
recursos florestais, desenvolvidas junto às representações do IBAMA nos Estados.

6. Auditoria ambiental
Auditoria pode ser definida como um instrumento de verificação de condição financeira de
determinada instituição, desta forma, auditoria ambiental pode ser vista como avaliação da gestão
ambiental, ou seja, de seu comportamento em relação ao meio ambiente. Ela é uma consequência
da qualidade utilizada pela empresa (pública ou privada), que busca a certificação de sua gestão.
No entanto não está determinada como instrumento pelo artigo 9º da Lei de Política Nacional do
Meio Ambiente.
Porém, tendo em vista uma gama de instrumentos nacionais que visam a proteção dos
bens ambientais, a auditoria ambiental deve seguir os direitos e deveres determinados pela
legislação pátria, para que sejam alcançados os fins a que se destinam. O professor Fiorillo faz uma
abordagem completa nesse sentido. “O direito constitucional brasileiro estabelece que os bens
ambientais apontados no art. 225 da Carta Magna, assim como qualquer outro bem, necessitam
observar as regras estruturais descritas no art. 1º da Constituição Federal, o que significa
compatibilizar a denominada relação jurídica ambiental, atendendo às necessidades vitais da
pessoa humana em nosso país em face de sua dignidade (art. 1º, III), dentro das normas jurídicas
que organizam a ordem econômica do capitalismo (art. 1º, IV), ou seja, a ordem econômica – que
por óbvio dos bens ambientais particularmente no âmbito do manejo do meio ambiente natural,
visando implementar no mercado seus produtos e serviços – deve observar no Brasil não só a
defesa do meio ambiente (art. 170, VI), mas também a defesa do consumidor (art. 170, V) dentro
das regras constitucionais em vigor.”
Hodiernamente pode-se verificar que as auditorias ambientais são realizadas por diversos
motivos, não somente como anteriormente para assegurar adequação às leis ambientais, evitando
punições ou imposições de indenizações. São hoje recomendadas em caráter regular e sistemático
com a finalidade de auferir o desempenho ambiental das instituições públicas ou privadas, haja
vista a imagem veiculada dos produtos e serviços fazer frente à população. Ademais, os serviços
públicos deixaram de ter posição diferenciada a partir de Constituição de 1988, em decorrência
dos princípios da publicidade e da eficiência (art. 37). Isso se deve ao fato de não só existirem
normas de comando e controle, mas instrumentos econômicos.
As auditorias procuram avaliar o desempenho dos sistemas de gestão, procuram adequar-
se à política ambiental e cumprimento dos objetivos propostos. Vale frisar, neste ponto, que
algumas auditorias são obrigatórias, quando empresas privadas buscam certificações, como as de
ISO 14.000.
A ABNT por meio da norma ISO 19.011/2002, orienta sobre os princípios de auditoria,
gestão de programas de auditoria, realização de auditorias de sistema de gestão de qualidade
ambiental, ainda, educação e avaliação de auditores. Esta norma proporciona confiança no
trabalho dos auditores, estabelece independência e abordagem baseada em evidências. Podem
ser de conformidade, para verificação do cumprimento da legislação; de desempenho ambiental,
para avaliação de geração de poluentes; due diligence, para verificação da responsabilidade da
empresa perante seus acionistas, credores, fornecedores, etc.; de desperdício e emissões, que
avaliam as perdas e os impactos ambientais e econômicos, visando a melhoria de seus processos;
podem ser pós-acidente, que avaliam as causas e as responsabilidades; de fornecedor, para
selecionar fornecedores que mantenham projetos conjuntos; e de sistemas de gestão ambiental,
para avaliação dos SGA.
Em alguns Estados as auditorias ambientais são obrigatórias e utilizadas pelo setor público,
como instrumento de ação, controle e apoio para concessão de licenças ambientais, por meio da
contratação de empresas privadas para sua realização. Os Estados do Rio de Janeiro (Lei n.º
1.898/91); em Minas Gerais (Lei n .º 15.017/04); no Espírito Santo (Lei n.º 4.802/93); no Ceará (Lei
n.º 12.685/97); em Santa Catarina (Lei n.º 10.720/98); no Amapá (Lei n.º 485/99); na Paraíba
(Portaria n.º 04/04); no Distrito Federal (Lei n.º 3.458/04), em São Paulo são obrigatórias em
alguns Municípios, onde há portos, como na cidade de Santos. No Paraná (Lei n.º 13.448/020).
Tramita no Congresso Nacional, desde 2003, o projeto de lei n.º 1.254/03, que dispõe sobre
as auditorias e a contabilidade dos passivos e ativos ambientais. O projeto é uma emenda à Política
Nacional do Meio Ambiente, com o objetivo de estipular o conceito de auditoria ambiental, assim
como definir ativos e passivos ambientais e colocar a auditoria como um dos instrumentos da
PNMA. Estabelece ainda a obrigatoriedade de empresas ou entidades realizarem as auditorias para
avaliar o cumprimento de suas obrigações relativas à gestão segura, para torná-la compulsória. No
entanto, a discussão sobre o projeto está emperrada, tendo em vista a grande pressão do setor
econômico que não concorda com esta obrigatoriedade, e, ainda, há muita divergência quanto as
opiniões de ser ou não um instrumento inconstitucional e também por não constar da PNMA.
Apesar das controvérsias, a Resolução CONAMA n.º 265/00, tornou obrigatória a auditoria
para as empresas petrolíferas, devido ao grande número de acidentes que ocorrem no exercícios
de suas atividades.
Importante destacar que a divulgação de informações sobre as condições ambientais é
relevante para as instituições. Isso pode ser feito por meio dos balanços e demonstrações de
resultados. Para que estas informações sejam acrescidas aos demonstrativos, é necessário que os
gastos com Meio Ambiente sejam incluídos na contabilidade, reconhecida hoje como
contabilidade ambiental, em item próprio, designado como custo ambiental, que são aqueles
relacionados a cálculos estimados de reposição, recuperação e preservação do ambiente por
atividades lesivas ao meio, as indenizações pagas ou possíveis a pagar.
Para que a PNMA tenha consistência, é necessário que seus instrumentos sejam peças
práticas e desempenhem seus papéis específicos. Os instrumentos foram criados, acreditando-se
ser o caminho a trilhar para a consecução da finalidade da política nacional que é a
sustentabilidade ambiental. Resta verificar se esses instrumentos são deveras eficazes.
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