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Universidade de Cruz Alta

Engenharia Civil – Impacto Ambiental

Política Nacional do Meio Ambiente


(PNMA) – Aula 05

Professor
Rodrigo F. S. Salazar, Eng. Bioquim.
Política Nacional do Meio
Ambiente (PNMA)
• Sumário:
– Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA);
– Sistema Nacional do Meio Ambiente;
– Instrumentos da Política Nacional do Meio
Ambiente
• Licenciamento Ambiental
Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA)

INTRODUÇÃO ÀS POLÍTICAS
AMBIENTAIS
LEI 6.938/81 (Política Nacional do
Meio Ambiente)
LEI 6.938/81 (Política Nacional do
Meio Ambiente)
• Art 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por
objetivo a preservação, melhoria e recuperação da
qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no
País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade
da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
I. Ação governamental na manutenção do equilíbrio
ecológico, considerando o meio ambiente como um
patrimônio público a ser necessariamente assegurado e
protegido, tendo em vista o uso coletivo;
II. Racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do
ar;
III. Planejamento e fiscalização do uso dos recursos
ambientais;
LEI 6.938/81 (Política Nacional do
Meio Ambiente)
IV. Proteção dos ecossistemas, com a preservação
de áreas representativas;
V. Controle e zoneamento das atividades potencial
ou efetivamente poluidoras;
VI. Incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias
orientadas para o uso racional e a proteção dos
recursos ambientais;
VII. Acompanhamento do estado da qualidade
ambiental;
LEI 6.938/81 (Política Nacional do
Meio Ambiente)
VIII. Recuperação de áreas degradadas;

IX. Proteção de áreas ameaçadas de degradação;

X. Educação ambiental a todos os níveis de ensino,


inclusive a educação da comunidade,
objetivando capacitá-la para participação ativa
na defesa do meio ambiente.
Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA)

SISTEMA NACIONAL DO MEIO


AMBIENTE (SISNAMA)
Sistema Nacional do Meio Ambiente

Direito Ambiental em Questão (2019). Disponível em: https://www.direitoambientalemquestao.com.br/2017/05/estrutura-do-sistema-nacional-do-


meio-ambiente-sisnama-lei-6938-81.html
Sistema Nacional do Meio Ambiente
• Órgão Superior:
• Conselho de Governo, com a função de
assessorar o Presidente da República na
formulação da política nacional e nas
diretrizes governamentais para o meio
ambiente e os recursos ambientais (Redação
dada pela Lei nº 8.028, de 1990)

Direito Ambiental em Questão (2019). Disponível em: https://www.direitoambientalemquestao.com.br/2017/05/estrutura-do-sistema-nacional-do-


meio-ambiente-sisnama-lei-6938-81.html
Sistema Nacional do Meio Ambiente
• Órgão Consultivo Deliberativo (CONAMA):
• Tem a finalidade de assessorar, estudar e propor
ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas
governamentais para o meio ambiente e os
recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua
competência, sobre normas e padrões
compatíveis com o meio ambiente
ecologicamente equilibrado e essencial à sadia
qualidade de vida; (Redação dada pela Lei nº
8.028, de 1990). Veja a estrutura completa
em estrutura do CONAMA na lei 6.938/81.

Direito Ambiental em Questão (2019). Disponível em: https://www.direitoambientalemquestao.com.br/2017/05/estrutura-do-sistema-nacional-do-


meio-ambiente-sisnama-lei-6938-81.html
Sistema Nacional do Meio Ambiente
• Órgão Central (Ministério do Meio Ambiente):
• Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da
República, com a finalidade de planejar,
coordenar, supervisionar e controlar, como órgão
federal, a política nacional e as diretrizes
governamentais fixadas para o meio
ambiente; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de
1990). Hoje Ministério do Meio Ambiente -
MMA
Sistema Nacional do Meio Ambiente
• Órgãos executores:
• Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o
Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade - (ICMBio), com a finalidade
de executar e fazer executar a política e as
diretrizes governamentais fixadas para o meio
ambiente, de acordo com as respectivas
competências.
Sistema Nacional do Meio Ambiente
• Órgãos Seccionais:
• órgãos ou entidades estaduais (OEMAs –
Órgãos Estaduais para o Meio Ambiente)
responsáveis pela:
– execução de programas;
– acompanhamento de projetos e;
– pelo controle e fiscalização de atividades capazes
de provocar a degradação ambiental.
Sistema Nacional do Meio Ambiente
• Órgãos Seccionais:
• Rio Grande do Sul:
Sistema Nacional do Meio Ambiente
• Órgãos Locais:
• órgãos ou entidades municipais (OMMAs –
Órgãos Municipais para o Meio Ambiente)
responsáveis pela:
– execução de programas;
– acompanhamento de projetos e;
– pelo controle e fiscalização de atividades capazes
de provocar a degradação ambiental.

Secretaria do Meio Ambiente – Santa Maria (RS)


Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA)

INSTRUMENTOS DA POLÍTICA
NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Instrumentos da Política Nacional do
Meio Ambiente
• São Instrumentos da PNMA:
I - o estabelecimento de padrões de qualidade
ambiental;
II - o zoneamento ambiental; (Regulamento)
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades
efetiva ou potencialmente poluidoras;
Instrumentos da Política Nacional do
Meio Ambiente
• São Instrumentos da PNMA:
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a
criação ou absorção de tecnologia, voltados para a
melhoria da qualidade ambiental;
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos
pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como
áreas de proteção ambiental, de relevante interesse
ecológico e reservas extrativistas;
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio
ambiente;
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos
de Defesa Ambiental;
Instrumentos da Política Nacional do
Meio Ambiente
• São Instrumentos da PNMA:
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao
não cumprimento das medidas necessárias à
preservação ou correção da degradação ambiental.
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio
Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA;
XI - a garantia da prestação de informações relativas ao
Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a
produzi-las, quando inexistentes;
Instrumentos da Política Nacional do
Meio Ambiente
• São Instrumentos da PNMA:
XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades
potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos
recursos ambientais. (Incluído pela Lei nº 7.804,
de 1989)

XIII - instrumentos econômicos, como concessão


florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e
outros. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente

PADRÕES DE QUALIDADE
AMBIENTAL
I - Padrões de Qualidade Ambiental
Estabelecimento de padrões de qualidade
ambiental
É a utilização de uma série de critérios técnicos
ambientais, para que o poder público possa limitar
a emissão de poluentes, qualquer que seja sua
espécie.
– Controle da qualidade do ar;
– Controle de emissão de efluentes;
– Controle da qualidade das águas superficiais e
subterrâneas.
I - Padrões de Qualidade Ambiental
Estabelecimento de padrões de qualidade
ambiental (controle de qual. do ar – IQA)
• CONAMA nº 491/2018

Fonte: MAPA, 2019


I - Padrões de Qualidade Ambiental
Estabelecimento de padrões de qualidade
ambiental (controle de qual. do ar – IQA)
• CONAMA nº 491/2018

Fonte: MAPA, 2019


I - Padrões de Qualidade Ambiental
Estabelecimento de padrões de qualidade
ambiental (controle de emissão de efluente)
I - Padrões de Qualidade Ambiental
I - o estabelecimento de padrões de qualidade
ambiental (controle de emissão de efluente)
I - Padrões de Qualidade Ambiental
I - o estabelecimento de padrões de qualidade
ambiental (Padrões de qualidade da água)
• CONAMA nº 357/2005

Fonte: ANA, 2019


I - Padrões de Qualidade Ambiental
I - o estabelecimento de padrões de qualidade
ambiental (Padrões de qualidade da água)

Fonte: ANA, 2019


I - Padrões de Qualidade Ambiental
I - o estabelecimento de padrões de qualidade
ambiental (Padrões de qualidade da água)

Fonte: ANA, 2019


Instrumentos da Política Nacional do
Meio Ambiente
I - o estabelecimento de padrões de qualidade
ambiental (Padrões de qualidade da água)

Fonte: ANA, 2019


Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente

II - ZONEAMENTO AMBIENTAL
II – Zoneamento Ambiental
Zoneamento ambiental (Regulamento)
É uma limitação administrativa ao direito de
propriedade que visa ordenar e planejar
ocupações territoriais e regular o uso da
propriedade do solo.
II – Zoneamento Ambiental
Zoneamento ambiental (Regulamento)
No ordenamento jurídico brasileiro a legislação
ambiental regulamenta o zoneamento
ambiental apresentando o conceito legal, a
relação com a Política Nacional do Meio
Ambiente e as formas de regulamentação do
Zoneamento Ambiental - Zoneamento
Econômico-Ecológico (ZEE)
II – Zoneamento Ambiental
II - o zoneamento ambiental (Regulamento)
Desta forma, considerando o direito ambiental
pátrio apresentamos três aspectos do
zoneamento ambiental no direito tipificado:
– Conceito legal de Zoneamento Ambiental;
– Zoneamento Ambiental como instrumento da
PNMA;
– Regulamentação infralegal do Zoneamento
Ambiental;
Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente

AVALIAÇÃO DE IMPACTOS
AMBIENTAIS (AIA)
III – Avaliação de Impactos
Ambientais
Avaliação de Impactos Ambientais (AIAs)
• O objetivo deste mecanismo é instrumentalizar a
Administração Pública com informações e
subsídios técnicos a fim de qualificar a tomada de
decisão da autoridade responsável em relação ao
interesse dos envolvidos.
• O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) é o
relatório que reflete todas as conclusões
apresentadas num Estudo de Impacto
Ambiental (EIA);
III – Avaliação de Impactos
Ambientais
Avaliação de Impactos Ambientais (AIAs)
• O RIMA deve ser elaborado de forma objetiva
e possível de se compreender, ilustrado por
mapas, quadros, gráficos, redigido em
linguagem não técnica a fim de ser passível de
fácil interpretação no processo de
participação publica.
• O EIA e o RIMA fazem parte do processo
de Licenciamento ambiental.
Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente

LICENCIAMENTO AMBIENTAL (L.A.)


IV – Licenciamento Ambiental
• Sumário:
– Licenciamento Ambiental;
• Questões legais;
• Conceitos, Repartição de competência, tipos, etapas,
procedimentos e custos do licenciamento ambiental;
• Elaboração de um processo de Licenciamento
Ambiental;
• Aplicações práticas com órgão Federal, Estadual e
municipal
LEI 6.938/81 (Política Nacional do
Meio Ambiente)
Art. 10°. A construção, instalação, ampliação e
funcionamento de estabelecimentos e
atividades utilizadoras de recursos ambientais,
considerados efetiva e potencialmente
poluidores, bem como os capazes, sob
qualquer forma, de causar degradação
ambiental, dependerão de prévio
licenciamento de órgão estadual competente,
integrante do SISNAMA, e do IBAMA, em
caráter supletivo , sem prejuízo de outras
licenças exigíveis.
IV – Licenciamento Ambiental

• É o procedimento no qual o poder público,


representado por órgãos ambientais, autoriza e
acompanha a implantação e a operação de
atividades, que utilizam recursos naturais ou que
sejam consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras.
IV – Licenciamento Ambiental
• É obrigação do empreendedor, prevista em lei,
buscar o licenciamento ambiental junto ao órgão
competente, desde as etapas iniciais de seu
planejamento e instalação até a sua efetiva
operação.
IV – Licenciamento Ambiental
➢ A licença ambiental é o documento, com prazo de
validade definido, em que o órgão ambiental estabelece
regras, condições, restrições e medidas de controle
ambiental a serem seguidas por sua empresa.

➢ Principais características avaliadas no processo:


 o potencial de geração de líquidos poluentes (despejos e
efluentes), resíduos sólidos, emissões atmosféricas,
ruídos e o potencial de riscos de explosões e de
incêndios.

➢ Ao receber a Licença Ambiental, o empreendedor


assume os compromissos para a manutenção da
qualidade ambiental do local em que se instala.
IV – Licenciamento Ambiental
Licenciamento → conjunto de etapas que integra o procedimento
administrativo → OBJETIVANDO → licença ambiental (FIORILLO,
2003 apud FARIAS, 2007)

Licença Ambiental → outorga concedida pela administração


pública aos que querem exercer uma atividade potencialmente
ou significativa poluidora (FIORILLO, 2003 apud FARIAS, 2007)

Federal
Estadual

Municipal

Etapas Licenças
IV – Licenciamento Ambiental

• O Licenciamento Ambiental na Resolução no 237/97


• O Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA)
através da Resolução 237/97, editou as normas gerais
de licenciamento ambiental estabelecendo os níveis de
competência federal, estadual e municipal, de acordo
com a extensão do impacto ambiental.
IV – Licenciamento Ambiental
O Licenciamento Ambiental na Resolução no 237/97
Art. 2º- A localização, construção, instalação, ampliação,
modificação e operação de empreendimentos e
atividades utilizadoras de recursos ambientais
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras,
bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer
forma, de causar degradação ambiental, dependerão de
prévio licenciamento do órgão ambiental competente,
sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.
IV – Licenciamento Ambiental
O Licenciamento Ambiental na Resolução no 237/97
 O IBAMA fará o licenciamento ,após considerar o exame
técnico procedido pelos órgãos ambientais dos Estados e
Municípios em que se localizar a atividade ou
empreendimento, bem como, quando couber, o parecer
dos demais órgãos competentes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, envolvidos no
procedimento de licenciamento.

 O IBAMA, ressalvada sua competência supletiva, poderá


delegar aos Estados o licenciamento de atividade com
significativo impacto ambiental de âmbito regional,
uniformizando, quando possível, as exigências.
IV – Licenciamento Ambiental
O Licenciamento Ambiental na Resolução no 237/97
 Em termos quantitativos, os Órgãos de Meio Ambiente dos
Estados (OEMAS) são os principais responsáveis pelo
licenciamento ambiental no país;

 O IBAMA é responsável apenas pelos licenciamentos de


competência federal: aqueles que possuem “impacto”
regional, por exemplo, envolvem mais de um Estado;

 O IBAMA é o principal licenciador, exceto apenas no caso


da exploração e produção de petróleo no mar, territorial e
na área nuclear
IV – Licenciamento Ambiental
O Licenciamento Ambiental na Resolução no 237/97
➢ Resumindo:
 Compete ao IBAMA o licenciamento das atividade e
empreendimentos cuja localização ou impactos
ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do
País ou de um ou mais Estados.
 Compete aos OEMAS o licenciamento das atividade e
empreendimentos cuja localização ou impactos
ambientais diretos ultrapassem mais de um Município.
 Compete ao órgão ambiental municipal, o
licenciamento ambiental de empreendimentos e
atividades de impacto ambiental local.
IV – Licenciamento Ambiental
A QUEM COMPETE CONCEDER O LICENCIAMENTO AMBIENTAL ?

Federal

Estadual

Municipal
IBAMA
Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis
Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente

LICENCIAMENTO AMBIENTAL (L.A.) -


DELIBERAÇÃO NORMATIVA N.º 74, DE
09 DE SETEMBRO DE 2004
IV – Licenciamento Ambiental
Classificação de empreendimentos

I – Pequeno porte e pequeno ou médio potencial poluidor: Classe 1;

II – Médio porte e pequeno potencial poluidor: Classe 2;

III – Pequeno porte e grande potencial poluidor ou médio porte e


médio potencial poluidor: Classe 3;

IV – Grande porte e pequeno potencial poluidor: Classe 4;

V – Grande porte e médio potencial poluidor ou médio porte e


grande potencial poluidor: Classe 5;

VI – Grande porte e grande potencial poluidor: Classe 6.


IV – Licenciamento Ambiental
Classificação de empreendimentos
Classes 1 e 2 – AAF – Autorização Ambiental de Funcionamento

Potencial Poluidor/Degradador: ar, água e solo.

P – Pequeno
M – Médio
G – Grande

Porte: número de empregados, faturamento, capacidade


instalada, dentre outros.
IV – Licenciamento Ambiental

Potencial poluidor/degradador geral da


atividade

P M G

P 1 1 3
Porte do M 2 3 5
Empreendimento
G 4 5 6
IV – Licenciamento Ambiental
B-01-05-8 Fabricação de cimento.

Pot. Poluidor/Degradador: Ar: G Água: P Solo: M Geral: M

Porte:

Capacidade Instalada < 200.000 t/ano: pequeno


Capacidade Instalada > 1.000.000 t/ano: grande
Os demais: médio
Potencial poluidor/degradador geral
da atividade
P M G

P 1 1 3

Porte do M 2 3 5
Empreendiment
o G 4 5 6
IV – Licenciamento Ambiental
C-06-01-7 Fabricação de produtos de perfumaria e cosméticos.

Pot. Poluidor/Degradador:Ar: P Água: G Solo: M Geral: M

Porte:

Faturamento Anual < R$ 2.133.222,00: pequeno


Faturamento Anual > R$ 20.000.000,00: grande
Os demais: médio
Potencial poluidor/degradador geral
da atividade
P M G

P 1 1 3

Porte do M 2 3 5
Empreendiment
o G 4 5 6
IV – Licenciamento Ambiental
C-09-03-2 Fabricação de calçados em geral.

Pot. Poluidor/Degradador:Ar: P Água: M Solo: G Geral: M

Porte:

Área útil < 1 ha e Número de empregados < 40: pequeno


Área útil > 5 ha ou Número de empregados > 150: grande
Os demais: médio

Potencial poluidor/degradador geral


da atividade
P M G

P 1 1 3

Porte do M 2 3 5
Empreendiment
o G 4 5 6
IV – Licenciamento Ambiental
ATIVIDADES PASSÍVEIS DE LICENCIAMENTO

➢ Extração e tratamento de minerais


 pesquisa mineral com guia de utilização
 lavra a céu aberto, inclusive de aluvião, com ou sem beneficiamento
 lavra subterrânea com ou sem beneficiamento
 lavra garimpeira
 perfuração de poços e produção de petróleo e gás natural

➢ Indústria de produtos minerais não metálicos


 beneficiamento de minerais não metálicos, não associados à extração
 fabricação e elaboração de produtos minerais não metálicos tais como:
produção de material cerâmico, cimento, gesso, amianto e vidro, entre
outros.
IV – Licenciamento Ambiental
ATIVIDADES PASSÍVEIS DE LICENCIAMENTO

➢ Indústria metalúrgica

 fabricação de aço e de produtos siderúrgicos


 produção de fundidos de ferro e aço / forjados /arames / relaminados com ou sem
tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia
 metalurgia dos metais não-ferrosos, em formas primárias e secundárias, inclusive ouro
 produção de laminados / ligas / artefatos de metais não-ferrosos com ou sem
tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia
 relaminação de metais não-ferrosos , inclusive ligas
 produção de soldas e anodos
 metalurgia de metais preciosos
 metalurgia do pó, inclusive peças moldadas
 fabricação de estruturas metálicas com ou sem tratamento de superfície, inclusive
galvanoplastia
 fabricação de artefatos de ferro / aço e de metais não-ferrosos com ou sem tratamento
de superfície, inclusive galvanoplastia
IV – Licenciamento Ambiental
ATIVIDADES PASSÍVEIS DE LICENCIAMENTO

➢ Indústria mecânica
 fabricação de máquinas, aparelhos, peças, utensílios e acessórios com e sem
tratamento térmico e/ou de superfície

➢ Indústria de material elétrico, eletrônico e comunicações


 fabricação de pilhas, baterias e outros acumuladores
 fabricação de material elétrico, eletrônico e equipamentos para
telecomunicação e informática
 fabricação de aparelhos elétricos e eletrodomésticos

➢ Indústria de material de transporte


 fabricação e montagem de veículos rodoviários e ferroviários, peças e
acessórios
 fabricação e montagem de aeronaves
 fabricação e reparo de embarcações e estruturas flutuantes
IV – Licenciamento Ambiental
ATIVIDADES PASSÍVEIS DE LICENCIAMENTO

➢ Indústria de madeira
 serraria e desdobramento de madeira
 preservação de madeira
 fabricação de chapas, placas de madeira aglomerada, prensada
e compensada
 fabricação de estruturas de madeira e de móveis

➢ Indústria de papel e celulose


 fabricação de celulose e pasta mecânica
 fabricação de papel e papelão
 fabricação de artefatos de papel, papelão, cartolina, cartão e
fibra prensada
IV – Licenciamento Ambiental
ATIVIDADES PASSÍVEIS DE LICENCIAMENTO

➢ Indústria de borracha
 beneficiamento de borracha natural
 fabricação de câmara de ar e fabricação e recondicionamento de
pneumáticos
 fabricação de laminados e fios de borracha
 fabricação de espuma de borracha e de artefatos de espuma de
borracha, inclusive látex

➢ Indústria de couros e peles


 secagem e salga de couros e peles
 curtimento e outras preparações de couros e peles
 fabricação de artefatos diversos de couros e peles
 fabricação de cola animal
IV – Licenciamento Ambiental
ATIVIDADES PASSÍVEIS DE LICENCIAMENTO
➢ Indústria química

• produção de substâncias e fabricação de produtos químicos


• fabricação de produtos derivados do processamento de petróleo, de rochas betuminosas e da
madeira
• fabricação de combustíveis não derivados de petróleo
• produção de óleos/gorduras/ceras vegetais-animais/óleos essenciais vegetais e outros produtos da
destilação da madeira
• fabricação de resinas e de fibras e fios artificiais e sintéticos e de borracha e látex sintéticos
• fabricação de pólvora/ explosivos/ detonantes/munição para caça-desporto, fósforo de segurança e
artigos pirotécnicos
• recuperação e refino de solventes, óleos minerais, vegetais e animais
• fabricação de concentrados aromáticos naturais, artificiais e sintéticos
• fabricação de preparados para limpeza e polimento, desinfetantes, inseticidas, germicidas e
fungicidas
• fabricação de tintas, esmaltes, lacas , vernizes, impermeabilizantes, solventes e secantes
• fabricação de fertilizantes e agroquímicos
• fabricação de produtos farmacêuticos e veterinários
• fabricação de sabões, detergentes e velas
• fabricação de perfumarias e cosméticos
• produção de álcool etílico, metanol e similares
IV – Licenciamento Ambiental
ATIVIDADES PASSÍVEIS DE LICENCIAMENTO

➢ Indústria de produtos de matéria plástica


 fabricação de laminados plásticos
 fabricação de artefatos de material plástico

➢ Indústria têxtil, de vestuário, calçados e artefatos de tecidos


 beneficiamento de fibras têxteis, vegetais, de origem animal e
sintéticos
 fabricação e acabamento de fios e tecidos
 tingimento, estamparia e outros acabamentos em peças do
vestuário e artigos diversos de tecidos
 fabricação de calçados e componentes p/ calçados.
IV – Licenciamento Ambiental
ATIVIDADES PASSÍVEIS DE LICENCIAMENTO
➢ Indústria de produtos alimentares e bebidas
• beneficiamento, moagem, torrefação e fabricação de produtos alimentares
• matadouros, abatedouros, frigoríficos, charqueadas e derivados de origem animal
• fabricação de conservas
• preparação de pescados e fabricação de conservas de pescados
• preparação , beneficiamento e industrialização de leite e derivados
• fabricação e refinação de açúcar
• refino / preparação de óleo e gorduras vegetais
• produção de manteiga, cacau, gorduras de origem animal para alimentação
• fabricação de fermentos e leveduras
• fabricação de rações balanceadas e de alimentos preparados para animais
• fabricação de vinhos e vinagre
• fabricação de cervejas, chopes e maltes
• fabricação de bebidas não alcoólicas, bem como engarrafamento e gaseificação de
águas minerais
• fabricação de bebidas alcoólicas
IV – Licenciamento Ambiental
ATIVIDADES PASSÍVEIS DE LICENCIAMENTO

➢ Indústria de fumo
 fabricação de cigarros/charutos/cigarrilhas e outras atividades de beneficiamento do fumo

➢ Indústrias diversas
 usinas de produção de concreto
 usinas de asfalto
 serviços de galvanoplastia

➢ Obras civis
 rodovias, ferrovias, hidrovias , metropolitanos
 barragens e diques
 canais para drenagem
 retificação de curso de água
 abertura de barras, embocaduras e canais
 transposição de bacias hidrográficas
IV – Licenciamento Ambiental
ATIVIDADES PASSÍVEIS DE LICENCIAMENTO
➢ Serviços de utilidade
• produção de energia termoelétrica
• transmissão de energia elétrica
• estações de tratamento de água
• interceptores, emissários, estação elevatória e tratamento de esgoto sanitário
• tratamento e destinação de resíduos industriais (líquidos e sólidos)
• tratamento/disposição de resíduos especiais tais como: de agroquímicos e suas embalagens
usadas e de serviço de saúde, entre outros
• tratamento e destinação de resíduos sólidos urbanos, inclusive aqueles provenientes de fossas
• dragagem e derrocamentos em corpos d’água
• recuperação de áreas contaminadas ou degradadas

➢ Transporte, terminais e depósitos


• transporte de cargas perigosas
• transporte por dutos
• marinas, portos e aeroportos
• terminais de minério, petróleo e derivados e produtos químicos
• depósitos de produtos químicos e produtos perigosos
IV – Licenciamento Ambiental
ATIVIDADES PASSÍVEIS DE LICENCIAMENTO
➢ Turismo
• complexos turísticos e de lazer, inclusive parques temáticos e autódromos

➢ Atividades agropecuárias
• projeto agrícola
• criação de animais
• projetos de assentamentos e de colonização

➢ Uso de recursos naturais


• Silvicultura → exploração de florestas
• exploração econômica da madeira ou lenha e subprodutos florestais
• atividade de manejo de fauna exótica e criadouro de fauna silvestre
• utilização do patrimônio genético natural
• manejo de recursos aquáticos vivos introdução de espécies exóticas e/ou geneticamente
modificadas
• uso da diversidade biológica pela biotecnologia
Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente

LICENCIAMENTO AMBIENTAL (L.A.)


– FASES DO LICENCIAMENTO
IV – Licenciamento Ambiental
(Fases do Licenciamento)
➢Licença Prévia (LP)
 Primeira etapa do licenciamento → funciona como um alicerce
para a edificação de todo o empreendimento;
 Visa reconhecer a viabilidade e definir exigências para execução
da obra;
 A LP não concede qualquer direito de intervenção no meio
ambiente, correspondendo à etapa de estudo e planejamento
do futuro empreendimento.
 Órgão licenciador avalia a localização e a concepção do
empreendimento, atestando a sua viabilidade ambiental e
estabelecendo os requisitos básicos para as próximas fases.
 Podem ser requerido o EIA/RIMA  se necessário
 O prazo de validação é 4 anos.
IV – Licenciamento Ambiental
(Fases do Licenciamento)
➢ Licença de Instalação (LI)

• A LI é a segunda fase do licenciamento ambiental;

• Autoriza o início da construção da atividade e a instalação dos


equipamentos;

• O prazo de validação da LI não poderá ser superior a 6 anos.

• Quando o empreendimento já iniciou as obras de implantação sem


haver se submetido à avaliação ambiental prévia, é cabível a LI, de
caráter corretivo, estando o interessado obrigado a apresentar os
documentos referentes à etapa de obtenção da LP, juntamente com
os relativos à fase de LI.
IV – Licenciamento Ambiental
(Fases do Licenciamento)
➢ Licença de Operação (LO)

• A concessão da LO vai depender do cumprimento daquilo que foi


examinado e deferido nas fases de LP e LI.

• Autoriza o funcionamento da atividade;

• O prazo de validade da LO deve ser no mínimo, 4 anos e, no máximo,


8 anos.
IV – Licenciamento Ambiental
(Fases do Licenciamento)
➢ Licença de Operação Corretiva (LOC)

• Licença a ser concedida para empreendimentos que já se


encontrem em atividade sem terem obtido a Licença de Operação
previamente;

• Outra situação em que esta Licença deve ser requerida é quando o


empreendimento “perde” o prazo para a revalidação da LO.
IV – Licenciamento Ambiental

Condicionantes
Pode haver situações em que a Legislação ainda não
prevê parâmetros específicos, assim o órgão poderá
estabelecer condicionantes.
IV – Licenciamento Ambiental

Documentos técnicos para processo de


licenciamento
• Requerimento – Caracterização do Empreendimento -
FCE
• Termo de Referência
• Estudos Ambientais (EIA/RIMA, PCA, RCA, etc)
• Projeto Básico Ambiental (PAE, PGRS, PRAD, Programas
de monitoramento, educação ambiental, etc).
* PCA: Plano de Controle Ambiental / RCA: Relatório de Controle Ambiental / PAE: Plano de
Ação de Emergência / PGRS: Plano de Gestão de Resíduos Sólidos / PRAD: Plano de
Recuperação de Áreas Degradadas
IV – Licenciamento Ambiental
Identificar o Tipo
de PASSOS NECESSÁRIOS PARA O REQUERIMENTO DA LICENÇA
Licença
a ser Requerida
Empresa tenha sido Deverão ser
implantada antes do Sist. apresentados conjuntamente
não de Liceniam. ou já opera documentos, estudos
suas atividades sem a e projetos revistos para as fases
licença. de LP e LI

Empreendimento
Novo?

sim LP LI LO

Início da implantação Operação plena da


Planejamento e das instalações do ou atividade
Etapa em que se encontra a concepção ampliação das
empresa da localização unidades da empresa.
da empresa
IV – Licenciamento Ambiental
Passos para o requerimento da licença

Identificar o Tipo de Licença a ser Requerida

Identificar a quem pedir a licença

Solicitar ao Órgão Estadual o Cadastro de Atividade Industrial.

Requerimento de Licença  comprovantes de doc. e taxas

Formalização de abertura de processo


IV – Licenciamento Ambiental
Documentos exigidos no Formulário Integrado de Orientação
Básica (FOBI):
(Requerimentos que variam conforme Estado/Município)
- Requerimento da Licença
- Formulário devidamente preenchido
- Cópia do CPF dos sócios
- Cópia do CNPJ
- Cópia do Contrato Social
- Publicação do pedido de Licenciamento
IV – Licenciamento Ambiental
O processo de licenciamento ambiental

Formalização / Abertura do Processo

Análise de Documentos

Vistoria técnica

Atendimento de exigências (se houver)

Parecer Técnico

Emissão da Licença

A empresa recebe a Licença solicitada e


publica o recebimento.
IV – Licenciamento Ambiental
RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL (RCA) E PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL (PCA)

• O RCA é exigido pela Resolução CONAMA 009/90, em


hipótese de dispensa de EIA/RIMA para obtenção de licença
prévia (LP).

• O PCA é exigido para concessão de LI de atividade impactante.


É adicional ao EIA/RIMA apresentado na fase anterior (LP).

• O RCA/PCA tem sido exigidos por órgãos ambientais estaduais


para o licenciamento de outros tipos de atividades de menor
potencial de impacto.
IV – Licenciamento Ambiental
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) E
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA)
 O EIA/RIMA é exigido pela Resolução CONAMA 01/86.

 São definidos no Art. 2.º da lei acima o licenciamento das


atividades que dependerão de elaboração de estudo de impacto
ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental-RIMA, a
serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e
do IBAMA.

 Art. 11. ... O RIMA será acessível ao público. Suas cópias


permanecerão à disposição dos interessados...
IV – Licenciamento Ambiental
Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)

• É um instrumento complementar ao EIA que visam


mitigar dos impactos ambientais causados pelas
atividades de mineração, ocupação residencial de
encostas, assoreamentos nos cursos d’água.

• Auxilia ao órgão ambiental emitir condicionantes para


o licenciamento das atividades.

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