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01- MERCADO
02- PRINCIPAIS PEIXES INDICADOS PARA CULTIVO
03- LOCALIZAÇÃO
04- PROCESSO DE CRIAÇÃO
05- PRATICA DE CULTIVO E DOENÇAS
06- ALIMENTAÇÃO
01- MERCADO
PISCICULTURA EM TANQUES-SOLO
Espécies
Tambaqui e tambacu
Pacu
Curimbatá
Carpa comum
Espécie de origem asiática cultivada praticamente em todo o
mundo, possui qualidades importantes para produção em viveiros,
como resistência a doenças, facilidade de manejo e reprodução. Em
algumas regiões do Brasil seu sabor e aparência não são bem aceitos
pêlos consumidores. As variedades mais cultivadas são a carpa
escama, a espelho e a colorida, sendo esta última mais apreciada para
fins decorativos. Têm hábito alimentar bentófago e onívoro, ou seja,
alimenta-se de preferência de pequenos vermes, minhocas e
moluscos que vivem no fundo dos tanques e se adapta bem aos mais
diferentes tipos de alimentos. As carpas apresentam crescimento
rápido, atingindo facilmente 1,5 kg em um ano. Podendo ser
utilizadas em policultivo, se reproduzam em viveiros, apresentando
uma desova por ano. Artificialmente podem ser feitas mais de duas
desovas ao ano.
Carpa capim
Tilápia
03- LOCALIZAÇÃO
Topografia
Segundo o "Manual de Piscicultura Tropical", este aspecto da escolha
da localização determina, essencialmente, a viabilidade econômico-
financeira do investimento no que se refere ao trabalho de
movimentação de terra na construção das instalações. Em áreas de
topografia praticamente plana esses trabalhos serão minimizados. Em
terrenos acidentados, evidentemente, haverá maior volume de
trabalho de terraplanagem. É a topografia que determinará o volume
de terra a ser movimentado na construção das instalações. Dela sairão
os condicionantes de tipo, superfície, forma e o número de viveiros.
De um modo geral, terrenos com inclinação de até 5% são os mais
indicados, por serem menos onerosos e possibilitarem maior
superfície de área inundada. Ainda neste fator deve-se observar a
distância e a cota entre o ponto de captação da água e o local dos
tanques e viveiros, correlacionando-se essa cota com o nível mais
elevado da área de tanques, de modo a permitir o abastecimento de
água através da gravidade. Em resumo, será necessário, para a
construção do parque aquático, determinar a declividade do terreno, a
diferença de nível existente nos diversos pontos que delimitamos
viveiros e a linha de contorno e a medida horizontal e angular. Os
equipamentos utilizados na medição da área vão de uma simples
trena, mangueira transparente e estacas de madeira até o teodolito,
que é o instrumento mais apropriado para esse tipo de trabalho. Para
se atingir um levantamento topográfico acurado do terreno deve-se
proceder à fixação de uma referência de nível e da linha Norte-Sul.
Também deve-se determinar a poligonal de apoio, ou seja, a linha
poligonal de contorno da área, as dimensões, rumos e ângulos dos
lados dessa poligonal. Pôr último, deve-se plotar as curvas de nível a
cada metro de desnível do terreno. Com estas ações serão obtidos a
área e o perfil do terreno. O levantamento deve incluir, ainda, o
cadastro dos chamados elementos notáveis existentes no terreno,
como postes, divisas e riachos, entre outros. Deve-se evitar que o
local para implantação do projeto apresente falhas, grandes
formigueiros, afloramento de rocha e raízes de árvores de grande
porte.
Solo
O solo mais adequado para tanques e viveiros é o que apresenta
condições intermediárias entre o arenoso e o argiloso. É necessário
que ele tenha boa estrutura, que favoreça a escavação do tanque e
permita compactar as paredes e o fundo para evitar a infiltração
excessiva de água. É importante observar que a terra com
predominância de argila é mais difícil de ser escavada e favorece o
aparecimento de rachaduras no tanque, quando este é esvaziado. Já o
solo muito arenoso não possui boa capacidade de retenção de água,
favorecendo a infiltração do terreno. O ideal é um solo que possua
composição mínima de 40% de argila, pois segundo recomendação
do médico veterinário e extensionista da Emater-DF, Adalmyr
Moraes Borges, em seu estudo Noções de Piscicultura - A criação de
Peixes, editado em julho de 1995, é necessário também, dependendo
da localização do empreendimento, fazer a correção do índice de
acidez (pH> do solo, que influenciará na acidez da água dos viveiros.
Quantidade de água
A atividade de piscicultura demanda água de alta qualidade e com
quantidade abundante. O volume de água necessário é calculado em
função da área e da profundidade do viveiro. Em um viveiro de 1 ha
e de profundidade média de 1,5 m, são necessários 15.000 m3
(metros cúbicos) de água. Para um viveiro com estas dimensões é
recomendável que o enchimento ocorra em 72 horas, portanto a
vazão deve ser superior a 38,6 lis. Fórmulas para o cálculo de vazão
podem ser encontradas em livros de física ou, especificamente, no
livro do Ibama "Manual de Piscicultura Tropical". Depois do
enchimento de um tanque ou viveiro, a colocação de água deve ser
promovida exclusivamente em três situações: para compensar perdas
pela evaporação, recuperar o volume perdido com infiltrações, ou
recupera a taxa de oxigênio da água, caso seja detectada uma
deplexão.
Tipos de instalação
De acordo com o Manual de Orientação Técnica para Piscicultura,
editado pelo Sebrae da Bahia em 1993, as instalações empregadas em
um projeto de exploração racional de peixes podem ser compostas
pôr viveiros ou tanques. Antes de se iniciar a construção de um açude
ou de tanques, deve-se efetuar o planejamento de todas as etapas a
cumprir, especialmente no caso dos viveiros. Ainda segundo o
Manual de Piscicultura Tropical, com base no relevo, tipo de solo, e
características da bacia hidrográfica é que será estabelecido o Iayout
do conjunto. Isto significa que a disposição do açude e/ou viveiros
será feita em função dos pontos de captação da água, da avaliação
dos serviços de terraplanagem e da quantificação e dimensionamento
do orçamento prévio estimativo das obras. Segundo os autores do
manual "existem situações que permitem, inclusive, a utilização
integrada de açudes e viveiros". Além da necessidade de conciliar a
disposição dos viveiros com o mecanismo de abastecimento pôr ação
da força da gravidade, é importante planejá-los de maneira que a
maior dimensão dos tanques seja paralela às curvas de nível do
terreno para promover economia no trabalho de terraplanagem.
ADUBAÇÃO
QUANTIDADE em
TIPO PRODUTO
g/m2
Orgânica Esterco bovino 300
Orgânica Esterco suíno ou de aves 150
Química
Supertosfato simples 7,5
fosfatada
Química
Supertostato triplo 2,5
fosfatada
Química
Sultato de amônio 13
nitrogenada
Química
Uréia 6,5
nitrogenada
Então tem-se:
RAÇÔES
Nome Peso
Crialevinos saco 40 kg
Cria Peixe 30% saco 40 kg
Cria Peixe 23% saco 40 kg
Cria Peixe Bagre saco 40 kg
Pirá Tropical ( flutuante ) saco 25 kg
Cultivo extensivo
Este é o tipo de exploração feita em açudes, lagoas, represas e outros
mananciais, nos quais o homem não controla os predadores, nem a
qualidade da água onde se desenvolve o alimento natural, único
disponível para os peixes. A taxa de estocagem utilizada é de um
peixe para cada 10 metros quadrados.
Cultivo semi-intensivo
Neste caso o alimento natural desempenha um papel preponderante
na produtividade da cultura de peixes, contudo, em virtude de uma
maior densidade de estocagem - em média de três a cinco peixes a
cada 10 metros quadrados - há necessidade de se fertilizar as águas
e/ou fornecer alimentos suplementares aos peixes, tais como grãos
( tipo milho e sorgo ) , farelos ( milho , sorgo , trigo , soja ) , tortas
( mamona, algodão ) e farinhas ( carne , peixe ) .
Cultivo intensivo
A característica principal deste cultivo é o uso de rações balanceadas
na alimentação dos peixes, em virtude das densidades de estocagem
bastante altas - cerca de um peixe pôr metro quadrado - o que torna
os alimentos naturais bastante insuficientes, embora estejam
presentes na cultura e possam mesmo ser incrementados através de
fertilizantes. O cultivo intensivo é realizado em tanques e viveiros, e
as formas de intervenção do produtor são as mesmas utilizadas para a
piscicultura semi-intensiva.
MonocuItivo
Como já dissemos, este é o tipo de cultivo em que é criada uma só
espécie. Em geral é utilizado em águas correntes, onde existe
limitação de alimento natural e em locais onde não existe oferta de
alevinos de diferentes espécies. Comparativamente, e menos
recomendável que o policultivo. A maior desvantagem desta prática é
a subutilização dos alimentos naturais não consumidos pela espécie
escolhida, pôr não fazer parte de seu hábito alimentar.
Policultivo
Como também já abordamos, esta prática consiste no cultivo de
diferentes espécies de hábitos alimentares distintos. Neste caso,
ocorre um melhor aproveitamento dos alimentos naturais disponíveis
nos diversos estratos, o que propicia uma maior produtividade.
Uma desvantagem deste processo é a necessidade de separação das
espécies no momento da despesca, além da exigência de um maior
rigor no manejo, para evitar um desequilíbrio no ecossistema
aquático, o que pode provocar competição entre as diferentes
espécies.
As principais espécies cultivadas pôr esta prática e seus hábitos
alimentares são a carpa comum ( bentófaga e onívora ), pacu
( onívoro ), carpa capim ( herbívora ), carpa prateada
( fitoplanctófaga ), carpa cabeça-grande ( zooplanctófaga ), curimbatá
( iliófaga ) e tilápia ( planctófaga e detritiva ) . Com estas
informações é possível selecionar as espécies mais convenientes à
exploração local.
Ictiotiríase
Esta doença ocorre em função da baixa temperatura da água. E'
facilmente diagnosticada, pois o corpo do peixe apresenta-se coberto
de pequenos pontos brancos, principalmente o opérculo e nadadeiras.
Os animais ficam inquietos, raspando o corpo nas paredes do viveiro
para retirar os parasitas.
saprolegniose
Esta doença parasitária é causada pelo fungo saprolegnia achyla. Os
peixes ficam com manchas brancas ou tufos semelhantes a algodão
pôr todo o corpo. Este fungo normalmente ataca os animais feridos
ou debilitados e propaga-se rapidamente quando a temperatura da
água fica abaixo de 230G e existem sobras de alimentos no fundo dos
viveiros.
Hidropisia infecciosa
O causador desta doença ainda não foi determinado, mas já se
conhecem dois tipos de hidropisia com manifestações externas. a
intestinal e a ulcerosa. A primeira é caracterizada pôr um acúmulo de
líquido na cavidade abdominal ( ascite ), quando o ventre do peixe
fica abaulado e flácido. A segunda é caracterizada pôr formações de
manchas sanguinolentas sobre o corpo do peixe e as nadadeiras
atacadas pela doença ficam parcialmente destruídas.
Argulose
provocada pelo ácaro argulius folhaceus esta doença também é
conhecida como piolho das carpas. O peixe apresenta movimentos
nervosos nas nadadeiras e pontos avermelhados na pele.
Intoxicação alimentar
É causada pelo excesso de comida ou pôr alimentos deteriorados. O
peixe fica próximo à superfície do viveiro, com o ventre estufado e as
escamas geralmente eriçadas.
06- ALIMENTAÇÃO
ALIMENTAÇÃO
Praticamente todos os organismos presentes em viveiro
contribuem para a alimentação dos peixes.
A maior ou menor quantidade
desses organismos irá influenciar a
produção de peixes respectivamente aumentando ou
diminuindo a capacidade produtiva do
viveiro.
EXEMPLO.
800 X 0,2 X 3%
__________________________________________________= 4,8
Kg de ração pôr dia
100