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PISCICULTURA

INTRODUÇÃO A
PISCICULTURA

POR: VIRCINIO DO ROSÁRIO LOBO


PISCICULTURA

¨ PISCICULTURA
A piscicultura originou-se na China a cerca de 4 mil anos. Neste país, a população
observava peixes no ambiente natural e, através destas observações, surgiu a ideia
de construir viveiros para aprisionar os peixes e criá-los. Assim, surgiram os primeiros
cultivos de peixes em cativeiro.

No Ocidente os primeiros registos de cultivos de peixes foram no início da era Cristã,


onde os peixes eram capturados no mar e aprisionados em piscinas, para serem
consumidos em épocas de escassez de alimento ou em épocas onde estes não
estavam disponíveis para captura. Após estes sucessos aprisionamentos, foi possível
observar-se que era possível criar peixes para posteriormente, utilizá-lo na dieta,
mantendo assim um fornecimento de alimento constante.

A piscicultura é uma técnica de criação de peixes, praticada pelo homem desde as


épocas mais remotas. Com o conhecimento da zootecnia, a actividade piscícola
comeceu a merecer maior atenção dos centros dos estudos dos país mais avançados
do mundo, como o Japão, os EUA e Inglaterra, tendo recebido também, a atenção de
algumas faculdades que se dedicavam ao estudo de peixes.

A piscicultura vem crescendo a um ritmo acelerado em relação a pecuária e a


agricultura. O crescimento desta actividade está relacionado com a obtenção de
lucros, que podem proporcionar um rápido retorno do capital investido. Apesar de ser
um sector derivado fundamentalmente de pequenos produtores, a produção de peixes
vem aumentado consideravelmente a cada ano.

Para produzir, é necessário que o produtor tenha alevinos de boa qualidade, produtos
químicos para fertilização dos tanques e rações de boa qualidade, produzidos com
especificidade de cada espécie cultiva. É necessário também que os produtores
tenham mercado para fornecer o seu produto, tenham assistência técnica e
assistência financeira.

Na África Sub-Sahariana a piscicultura teve início na segunda metade do século XIX


com a introdução da truta Oncorhynchus mykiss na África do Sul, para fins de pesca
desportiva. Com o mesmo objectivo, a mesma espécie foi introduzida no Quénia na
década de 1920 e no Zimbabwé na década de 1930 do século XX. O cultivo de peixes
tropicais para fins alimentares

iniciou-se nos finais da década de 1940 do século XX no território da actual República


Democrática do Congo.

Em Moçambique, a actividade piscícola foi iniciada em 1952 tendo evoluído nos anos
seguintes a ponto de em 1965 ser praticada em todo o território. A construção de
represas na Zambézia, em Nampula e em Manica deu um importante impulso à
actividade piscícola em especial à produção de Tilápia. Na década de 60 as
autoridades governamentais de Moçambique, definiram como objectivo fundamental,
na área da piscicultura, o repovoamento piscícola de albufeiras, lagos e reservas
naturais de água doce e construíram as estações de Umbelúzi, Sussundenga e
Chókwé para apoiar as entidades envolvidas na piscicultura.

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O peixe produzido destinava-se à alimentação de trabalhadores de grandes empresas


agrícolas e de pessoal das escolas de missões religiosas localizadas nas zonas
rurais. O período de 1972 a 1984 foi de estagnação da piscicultura em Moçambique
devido à falta de financiamento, à situação de guerra e à ocorrência de catástrofes
naturais (seca prolongada e inundações) que assolaram o país. Na década de 1990,
com o fim do conflito armado, iniciou-se o processo de revitalização da actividade
piscícola.

Estudos feitos revelaram que Moçambique tem um grande potencial para a prática da
piscicultura e estimaram em 62.692 km2 a área adequada a esta actividade. O
governo moçambicano considerou a piscicultura de água doce importante e definiu
as regiões prioritárias para a realização desta actividade. A prática da piscicultura
permite uma elevada produção de peixe em pouco espaço e a baixo custo. Porém,
para alcançar um bom rendimento o piscicultor deve estar atento ao estado sanitário
dos peixes e tomar medidas profiláticas no intuito de evitar a ocorrência de doenças.
As infecções em piscicultura podem resultar em elevada mortalidade, redução de
crescimento e perda de valor comercial dos peixes, acarretando desta forma prejuízos
económicos elevados para o piscicultor.

¨ Principais grupos de espécies cultivadas


Muitas vezes, o piscicultor pode achar que a escolha da espécie para piscicultura é o
menor dos seus problemas. Porém, tempos depois do início da actividade, poderá
descobrir que errou na escolha da espécie e isto passa a ser o seu maior problema.

¨ Critérios utilizados para definir quais espécies serão produzidas


Questões relacionadas com o mercado consumidor

Existência de mercado para a espécie que se pretende cultivar; Conhecimento das


características exigidas pelo mercado (tamanho mínimo, uniformidade do lote, sabor,
etc.).

¨ Critérios económicos
Preço a ser obtido pelo produto; Custo de construção e adequação dos viveiros para
cultivo da espécie; Estimativa do custo de produção por Kg de peixe;
Tempo previsto para o retorno do capital investido.

¨ Critérios biológicos
Facilidade de reprodução e de cultivo (o ideal é que o ciclo de vida da espécie possa
ser controlado em cativeiro);

Grande resistência a enfermidades;

Boa taxa de sobrevivência em cativeiro;

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Rápido crescimento

Conhecer os danos que a espécie cultivada pode causar ao ambiente natural;

Conhecer as exigências nutricionais da espécie;

Conhecimento sobre respostas que a espécie apresenta frente às variações


ambientais.

¨ Existência de condições ambientais adequadas


Clima adequado;

Solo adequado;

Água de boa qualidade e na quantidade necessária.

¨ Infra-estrutura para produção, escoamento e comercialização


Facilidade na compra de insumos básicos para a produção (rações, produtos
químicos e alevinos).

Infra-estrutura básica (luz elétrica, telefone).

Vias de escoamento: facilidade e custo de transporte de insumos e da produção.

Para a escolha da espécie há muitos factores que devem ser levados em


consideração. Todos os critérios apresentados anteriormente deverão ser avaliados
antes de investir na produção de peixes. A tomada de decisões correta será
importante para que o produtor consiga aproveitar melhor o capital investido, reduzir
os custos de operação e ser mais competitivo em um mercado cada vez mais exigente
quanto à qualidade e preço dos produtos.

O primeiro passo para quem deseja criar peixes como actividade comercial, é
conhecer as espécies com potencial para a comercialização.

No mundo, as principais espécies de peixes utilizadas na piscicultura incluem AS


seguintes espécies:

Carpa prateada (Hypophthalmichthys molitrix); Carpa comum (Ciprinus carpio); Carpa


capim (Ctenopharyngodon idella); Carpa cabeça grande (Aristichthys nobilis); Carpa
indiana (Catla catla); Milkfish (Chanos chanos); Tilápia (Oreochromis mossambicus;
Oreochromis niloticus; Tilapia rendall);Salmão do Atlântico (Salmo salar); jundiá
(Rhamdia quelen); peixe-gato Africano (Clarias gariepinus); Truta arco-iris
(Oncorhynchus mykiss); Linguado (Paralichthys spp); Garoupas (Epinephelus spp.),
Robalos (Centropomus spp.) Vermelhos (Lutjanus spp.). Cobia, (Rachycentron
canadum), Bagre, Tambaqui, pacu, Mantrixa, Truta,Jjundia, Piraricu, Traira

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Carpa prateada (Hypophthalmichthys molitrix)

Origem: China | Hábito alimentar: Fitoplanctófaga. | Limite de temperatura: 16 a


30oC. | pH ideal da água: 6 a 8. | Oxigénio dissolvido mínimo: >4,0 mg/l. | Sistema
de cultivo: Policultivo.

Tilápia (Oreochromis niloticus)

Origem: África, Bacia do Nilo. | Hábito alimentar: Omnívoro. | Limite de


temperatura: 26 a 28oC. | pH ideal da água: 6 a 8. | Oxigénio dissolvido
mínimo: >1,0 mg/l. | Sistema de cultivo: Monocultivo e policultivo.

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Carpa Comum (Cyprinus carpio)

Origem: O riginários da Ásia e Europa oriental. | Hábito alimentar: Onívora,


herbívora | Sistemas de cultivo: Na sua maioria, são cultivadas em viveiros
escavados e, em muitos casos, consorciadas com outros animais ou culturas
agrícolas, como o arroz. | O pH ideal: Entre 7 e 7,4. | Epocal de reprodução:
Reproduzem entre a primavera e o verão

Salmão do Atlântico (Salmo salar)

O salmão nasce nos rios, após um período de crescimento, deslocam-se para o mar
onde permanecem durante quatro anos. Reproduzem-se no rio entre Outubro e
Agosto.

Alimentação: os juvenis alimentam-se de macroinvertebrados aquáticos, crustáceos


e insectos aquáticos. Os adultos, no mar, consomem zooplâncton e durante
migrações reprodutivas não se alimentam.

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Ocorre no Atlântico Norte, desde a região do circulo polar Ártico.

¨ REQUISITOS PARA A PRÁTICA DA PISCICULTURA


¨ Topografia do terreno
O terreno de ser plano, apresentar ligeira declividade.

¨ Solo
Os solos ideais são os argilosos impermeáveis, deve-se evitar solos arenosos,
impróprios

para piscicultura, devido a perda de água por infiltração.

¨ Água
É condição indispensável para a piscicultura que se tenha água em quantidade e em

qualidade e o abastecimento dos tanques deve ser por gravidade.

Parâmetros físico-químicos

Temperatura

A temperatura influencia na respiração, no crescimento e reprodução. Cada espécie


de peixe possui sua faixa ideal para o crescimento.

Transparência

A água deve apresentar transparência até profundidade de 25 a 30 cm medidos


através do disco de Secchi.

Turbidez

A turbidez representa a quantidade do material em suspensão na água. Tem efeito


negativo na produção natural do alimento, pela inibição da actividade fotossintética.

pH (potencial Hidrogeniónico)

O pH ideal para promover o bom crescimento da maioria das espécies encontra-se


na faixa de 6.5 a 9, sendo letal abaixo de 4 e acima de 11.

Oxigénio dissolvido (O2d)

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Elemento de maior importância no cultivo de peixes. Sua disponibilidade varia em


função da temperatura da água, quantidade de matéria orgânica na água, vegetação
aquática existente, etc. O teor ideal do oxigénio dissolvido é acima de 5mg/l.

¨ Construção de viveiros
Antes de iniciar um cultivo, os viveiros devem ser adequadamente preparados para
poderem receber os peixes. A construção deve ser precedida por um projecto de
engenharia como o devido levantamento da terra e da disposição dos viveiros. Deve-
se também aproveitar a forca de gravidade para traçar os canais de escoamento de
água. A preparação dos viveiros envolve uma série de procedimentos que devem ser
observados para que se consiga atingir os níveis esperados de produtividade. Esses
procedimentos envolvem basicamente: Esvaziamento e secagem dos viveiros;
Desinfecção; Aplicação de calcário; Oxidação da matéria orgânica e fertilização.
Sempre que possível deve-se optar por viveiro de forma rectangular.

§ Caracterização do cultivo

o Espécie a ser cultiva

Dependera dos critérios acima descritos.

§ Sistemas de produção

São vários os sistemas utilizados para produção de peixes, desde os mais simples,
denominados extensivos, até os mais produtivos, conhecidos como superintensivos,
além dos sistemas intermediários. Para a escolha de um sistema de produção, devem
ser levados em consideração vários aspectos, principalmente as condições
ambientais, financeiras e a disponibilidade de insumos e tecnologia.

O sistema extensivo de produção se caracteriza tanto pela baixa produtividade quanto


pelo pequeno consumo de insumos. Geralmente é feita em represas onde são soltos
os alevinos. O fornecimento de ração não é regular, os peixes aproveitam a produção
natural de alimento do ambiente e, conforme a densidade populacional, possuem um
crescimento que permite sua comercialização após algum período. Em algumas
situações, essas densidades estão em torno de 1 peixe para cada 10 m2 de água.
Esse sistema de produção é muito utilizado quando o objectivo é principalmente o
lazer ou mesmo o fornecimento ocasional de peixes para os consumidores da família.

O sistema semi-intensivo caracteriza-se principalmente pela maximização da


produção, utilizando como principal fonte a alimentação natural do próprio viveiro
(fitoplâncton, zooplâncton, bentos e macrófitas) complementada com ração
comercial. Para que seja mantida uma boa produção de alimentação natural, o viveiro
é tratado periodicamente com adubos orgânicos e químicos. Nesse tipo de criação,
há o constante risco do problema na saúde dos peixes, decorrente principalmente da
decomposição da matéria

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orgânica, oriunda dos restos de ração e fezes dos peixes. Essa decomposição leva à
diminuição do oxigénio e liberação de substâncias tóxicas na água.

O sistema intensivo de produção se caracteriza principalmente pelo monocultivo


(utilização de uma só espécie de peixe). A principal fonte de alimento é a ração
extrusada completa, fornecida em uma frequência que pode variar de seis vezes ao
dia nas fases iniciais e até duas vezes ao dia na etapa final de engorda. A quantidade
de ração oferecida deve coincidir ou, ao menos, se aproximar da saciedade dos
peixes. O objectivo é incrementar o crescimento para reduzir o período de despeca,
optimizar o aproveitamento do viveiro e melhorar a lucratividade.

O sistema superintensivo contém dois principais modelos de produção: tanque--rede


e raceway.

o Tanque-rede

Os tanques-rede são gaiolas flutuantes utilizadas para criação de peixes em altas


densidades. É o sistema de produção que mais cresce no mundo actual. A piscicultura
em tanques-rede apresenta uma série de vantagens em relação aos sistemas
tradicionais, principalmente dos pontos de vista técnico, económico e social. A
tecnologia de cultivo em tanque-rede, por exemplo, alcança produtividade de até
150kg/peixe/m , no caso das Tilápias.

o Raceway

Nesse sistema de produção, os peixes são povoados em alta densidade em um


tanque geralmente de concreto, que exige um fluxo de água constante, garantindo
para o peixe um suplemento suficiente de oxigénio dissolvido com a eliminação de
seus dejectos metabólicos.

o Densidade de estocagem

O número de peixes que poderá ser colocado nos viveiros dependerá de vários
factores como: tipo de viveiro (viveiro de alevinagem ou de engorda); tamanho do
viveiro; o sistema de produção que será utilizado (monocultivo, policultivo ou
consorciamento); experiência do produtor; ciclo de produção; qualidade e quantidade
de água disponível; tamanho exigido pelo mercado.

De todos esses factores, o tamanho dos viveiros é talvez o mais importante. O


produtor deve conhecer exactamente a área do viveiro, para que não corra o risco de
colocar mais peixes do que o ambiente suporta. Devem ser sempre respeitadas as
densidades recomendadas para a espécie escolhida para o cultivo.

o Alimentação

Um dos principais factores de sucesso na piscicultura é uma alimentação adequada.


Quando se inicia a instalação de uma piscicultura comercial, o principal objectivo é o
lucro, que provém da venda de peixes feita em quilos. Porém, a alimentação depende
do sistema de cultivo e da espécie cultivada.

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O maneio na piscicultura varia conforme o sistema de criação: viveiros, represas,


tanques-rede e tipos de peixes. Cada um desses sistemas de criação e espécies de
peixes tem suas particularidades, que também são adaptadas às condições
ambientais da região.

Reprodução e
Gametogénese

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INDUÇÃO REPRODUTIVA

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Indução Reprodutiva

Resumo:

Para que uma espécie complete sua atividade reprodutiva algumas vezes se faz
necessário aplicar uma substância indutora à desova. Algumas espécies como o
dourado, o peixe gato, só se reproduzem em cativeiro através de estímulo hormonal.
No peixe, principalmente quando os fatores ambientais para o cultivo não são os mais
favoráveis, no que diz respeito a espermatogênese (em machos) e mais
delicadamente à ovogênese (em fêmeas) é comum a maturação do ovócito não
acontecer, ou apenas parte da gônada estar com ovócitos maduros. Neste sentido,
em alguns casos é possível que a ovulação aconteça, mas não a desova, forçando a
realização da extrusão ou a externalização dos ovos com a fertilização artificial
(BALDISSEROTTO, 2002).

BALDISSEROTTO, 2002 informa também que, além da preocupação com os fatores


ambientais, conhecimentos importantes específicos à espécie a ser induzida são
fundamentais para o sucesso da reprodução, entre algumas destacam-se, conforme
o autor:

o A existência do dimorfismo sexual, o que auxilia muito no reconhecimento de


machos e fêmeas;
o O tamanho ou a idade da primeira maturação gonadal para se classificar os
reprodutores;
o O período de desova, para realização da reprodução;
o O tipo de desova pois, geralmente peixes migradores apresentam desova total
(necessitando de tratamento hormonal em sistemas de cultivo) e espécies
sedentárias comumente desovam parcialmente;
o O tamanho e tipo do ovo, principalmente se são adesivos ou livres (o que
condiciona o tratamento a ser utilizado visando a proporção correta de ovos ou
incubação)
o Horas graus, obtida somando-se o intervalo de tempo para desova ou extrusão
(obtida através da mensuração da temperatura da água)

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A determinação da hora-grau para cada espécie pode ser determinada medindo-se a


temperatura da água no tanque a cada hora depois da última injeção decisiva até a
plena ovulação. As leituras são somadas para se chegar à hora-grau.

Exemplo adquirido com carpas chinesas, no caso de Hipofisação:

o Temperatura da água de 20 – 22oC;


o Uma injeção preparatória (10%);
o Intervalo de tempo de 12 h;
o Uma injeção definitiva (90%);
o Leituras de hora em hora da temperatura da água até a desova;

Somatório das temperaturas;

o hora-grau = 200-220.

Inducao Hormonal

A indução hormonal é um estímulo exógeno que permite a maturação final das


gônadas (desenvolvimento e liberação dos ovócitos nas fêmeas e espermatozoides
pelos machos) em cativeiro.

O hormônio mais utilizado é o extrato bruto de hipófise de carpa (EBHC). Porém, a


hipófise de outros peixes e até mesmo de outros animais, como aves e bovinos, pode
ser utilizada, ou mesmo hormônios artificiais podem ser utilizados, como o hCG, o
GnRH e o LH-RH.

Etapas ou Passos da indução hormonal

1O Passo: SELEÇÃO DE REPRODUTORES

Os animais devem ser selecionados de acordo com suas características de


maturidade sexual.

Liberação de sêmen
quando realizada uma
massagem no abdômen

Ventre abaulado e Poro


urogenital avermelhado

2O Passo: ANESTESIA

Os animais devem ser anestesiados


até que atinjam o estágio IV de
anestesia segundo a tabela 1.

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Nr Estagio anestésico Parâmetros comportamentais


I Sedação Perda de reação ao toque e a estímulos visuais.
II Anestesia Leve Início de perda de equilíbrio, caracterizado pelo
movimento natatório na posição normal intercalado
por movimentação irregular (lateral)
III Anestesia Profunda Perda total de equilíbrio, natação descoordenada.
IV Anestesia Cirúrgica Mínimo movimento opercular, ausência de
movimentos natatórios.
V Colapso Medular Ausência de batimentos operculares.

3O Passo: BIOMETRIA

Obtendo as medidas de
comprimento total e peso dos
reprodutores é possível realizar o
cálculo do Fator de Condição
Corporal (FC), método que
garante maior acurácia na escolha
dos reprodutores, calculado pela
seguinte fórmula:

FC= (P/CT3) * 100; onde: P=peso (g), CT=comprimento total (cm)

4O Passo: Cálculo da Quantidade de Hormônio

No geral, para as fêmeas, recomenda-se utilizar 5 mg/Kg de hormônios naturais,


divididas em duas doses (dose preparatória -10% e 2a dose -90%) e para os machos,
deve-se utilizar cerca de 1 mg/Kg também dividido em duas doses.

Exemplo: Se uma fêmea de Tilapia tiver 100 gramas de peso corporal, a quantidade
de hormônio utilizada será:

5 mg --- 1000 g (1Kg)

X --- 100 g

X= 0,5 mg

#: Isso significa que 0,5 mg de hormônio natural deve ser administrado na fêmea
dividido em duas doses (primeira 10% e a segunda 90%)

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5O Passo: PREPARO DO HORMÔNIO

As hipófises são pesadas e colocadas em um


recipiente, de acordo com a dosagem
calculada. Em seguida, são trituradas com o
auxílio de um bastão, até ficarem
completamente desintegradas.

Depois, esse pó é misturado a uma solução


fisiológica.

Geralmente prepara-se uma solução estoque,


contendo uma alta concentração de hormônio,
misturada à uma pequena parte de solução
fisiológica.

6O Passo: INDUÇÃO

A partir da solução estoque, se


necessário, dilui-se ainda mais a
mistura com soro fisiológico para que
seja aplicado no animal nas doses
previamente calculadas. A aplicação
pode ser feita na base inferior da
nadadeira peitoral num ângulo de 45o.

A fêmea recebe a primeira dose de 8


a 10 horas antes da segunda dose. O
macho recebe uma dose única, no
momento que a fêmea recebe a
segunda dose.

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Pode-se realizar um ponto cirúrgico no poro urogenital da fêmea, para que as desovas
aconteçam no momento desejado.

7O Passo: HORA-GRAU

A hora-grau é conceito que estabelece aproximadamente o tempo que os peixes


levarão para desovar em função da temperatura do sistema em que estão alojados.
Quanto maior a temperatura, mais rápido o animal irá realizar a liberação dos
gametas.

A hora-grau já definida para espécies tropicais de desova total fica entre 180 a 220
HG. Em água com temperatura de 28O C, tem-se que:

180/28= 6,4 a 220/28=7,8

Ou seja, a Tilápia irá desovar


entre 7 a 8 horas após a indução
reprodutiva.

8O Passo: DESOVA

Há dois principais manejos


realizados para a desova de
peixes:

-Seminatural: os machos e as
fêmeas, previamente induzidos
hormonalmente, são colocados
juntos no mesmo ambiente e
liberam os gametas de forma
natural. Após os espermatozoides fertilizarem os óvulos, os ovos podem ser
transferidos para a incubadora ou podem permanecer no mesmo ambiente em que
estavam.

1Extrusão de ovos em cachara. Fonte: Fernando Kubtiza. -Extrusão: é realizada uma


massagem abdominal, no

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sentido da cabeça para a cauda, observando a liberação de óvulos pelas fêmeas ou


de sêmen pelos machos. O sêmen deve ser colocado sobre os óvulos, para que haja
a fecundação. Com uma pena ou

uma espátula de silicone é realizada a


mistura e adicionada água da própria
incubadora para ativar os
espermatozoides e hidratar os ovócitos.
Após isso, podem ser transferidos para a
incubadora.

9O Passo: INCUBAÇÃO

A incubação é uma fase que tem por


objetivo garantir o desenvolvimento
embrionário até a eclosão ou até o início
da fase de larvicultura.

O sucesso da incubação depende basicamente da qualidade da água:

o Temperatura – ideal para cada espécie


o pH – entre 7 e 8
o Dureza e Alcalinidade – acima de 30 mg/L
o Oxigênio dissolvido – acima de 5 mg/L

Deve-se controlar a vazão da água e a aeração para que os ovos não fiquem parados
no fundo ou presos nas bordas da incubadora, evitando-se assim que ovos não
fecundados se fixem aos fecundados.

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Ovos não fecundados tendem a apresentar rápido crescimento de fungos e bactérias,


fatores que são prejudiciais ao desenvolvimento dos ovos fecundados.

EXEMPLO: Os ovos de tambaqui eclodem de 12 a 20 horas após o início da


incubação. As larvas permanecem na incubadora entre 6 a 10 dias, quando atingem
a fase de pós-larvas e podem ser transferidas para outros tanques de larvicultura ou
viveiros de alevinagem.

10O Passo: LARVICULTURA

O viveiro que irá receber as pós-larvas deve ser previamente preparado, sendo
necessário realizar

o Manejo de secagem
o Desinfecção
o Correção do ph
o Adubação.

Com esse manejo, são fornecidas condições ideais para o desenvolvimento de


fitoplâncton, zooplâncton e outros microrganismos presentes no viveiro, fonte de
alimento essencial para o desenvolvimento inicial dos peixes.

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O transporte das pós-larvas para o viveiro deve ser realizado nas horas mais frescas
do dia, podendo ser realizado em sacos plásticos com um terço de água e dois terços
de oxigênio ou em caixas de transporte com sistemas de oxigenação externo.

No início da larvicultura, é ideal que se forneça alimento vivo para promover maior
disponibilidade de nutrientes e assim, possibilitando um rápido desenvolvimento das
estruturas digestórias nesses peixes.

Na maioria dos casos, a adaptação para o alimento artificial (ração), deve ser
realizada gradativamente, até que o peixe consuma apenas a ração fornecida

A maioria dos peixes eclode sem o completo desenvolvimento do trato digestório. Por
exemplo, pode não ter a boca conectada com o esôfago e estômago.

A ração fornecida deve ser distribuída de maneira uniforme sobre a superfície do


tanque ou viveiro, devido à baixa capacidade de movimentação das pós-larvas.

O manejo adequado durante as fases de larva e de pós-larva é essencial, pois se


tratam de períodos em que esses organismos são muito sensíveis às variações e
condições ambientais.

Muitas espécies, mesmo que não sejam carnívoras na vida adulta, praticam
canibalismo durante a fase de pós-larva, fator esse que dificulta a sua produção
comercial, sendo necessário um manejo mais rigoroso e voltado para a rápida
adaptação desses peixes ao consumo de ração. Como as pós-larvas não armazenam
gordura, a ração fornecida precisa conter altas proporções de proteína.

A reprodução de peixes reofílicos em cativeiro só se tornou possível com a indução


hormonal, sendo possível com esse processo avaliar a qualidade genética dos
reprodutores, controlar o manejo reprodutivo e realizar a hibridização entre espécies,
buscando uma melhora do desempenho produtivo

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Larvicultura e Alevinagem de Peixes

1O identificar o macho e a fêmea

Diferenças na região urogenital (Macho e Fêmea)

A larvicultura é a fase de criação dos peixes que compreende as fases em que o


peixe é chamado de larva e pós-larva, assim esta tem início imediatamente após o
momento de eclosão dos ovócitos que foram designados de boa qualidade.

Assim que acontece a eclosão das larvas, que segundo Sato (2003) ocorre
aproximadamente 18 horas após a fecundação a uma temperatura de 26oC para
larvas de surubim, faz-se necessário tomar todos os cuidados necessários com as
larvas recém eclodidas, desde medidas que evitem a exposição das mesmas a
iluminação excessiva, pois o foto-período pode influenciar futuramente o
desempenho produtivo da espécie, até medidas profiláticas caso necessário
(CESTAROLLI, 2005). É necessário que se tenha bastante disciplina e rigor, quanto
à frequência e quantidade de alimento a ser fornecido para as larvas e pós-larvas,
pois isto é um dos fatores que evitarão o canibalismo em larga escala entre elas, ou
seja, a simples alteração na disponibilidade de alimento (FURUSAWA,2002).

Segundo Uliana (2001), neste estágio de vida, as pós-larvas são bastante


susceptíveis a bactérias, parasitas e protozoários, principalmente nos dois primeiros
dias que é quando elas ainda não possuem todas suas estruturas físicas em
atividade. Talvez seja por este motivo também que elas apresentem um
comportamento característico dos surubins de nadar verticalmente na incubadora e
logo após chegarem à superfície da água, afundam como se estivessem mortas,
isto ocorre devido às nadadeiras dorsais, peitorais, caudais, juntamente com a
vesícula de ar (bexiga natatória), ainda estarem em desenvolvimento, por isso que
se observa uma movimentação intensa na região caudal das larvas, para que assim
estas possam tanto capturar o alimento de origem exógena, como também
aumentar sua flutuabilidade.

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Não é possível verificar macroscópicamente o desenvolvimento da bexiga natatória,


nem mesmo em larvas mais desenvolvidas, porém, ela começa a ser percebida
assim que passam do estado de larva para pós-larva. Daí a importância de as
incubadoras serem alimentadas de baixo para cima, para que assim evite que as
larvas fiquem no fundo da incubadora antes do desenvolvimento deste órgão
(CESTAROLLI, 2005).

O ponto crítico da larvicultura intensiva dos surubins esta relacionado à falta de


conhecimento sobre nutrição/alimentação das larvas nos primeiros estágios de
desenvolvimento (PORTELLA et al., 1997; WOYNAROVICH & HORVÁTH, 1989),
pois estas ainda não aceitam alimentação exógena com facilidade, já que nos
primeiros dias os órgãos digestivos ainda não estão bem desenvolvidos
(DABROWSKI, 1984) e sua única fonte alimentar é o vitelo que ainda é presente por
aproximadamente dois dias pós eclosão (SEMERMAN, 2002).

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CARACTERIZAÇÃO DO
AMBIENTE AQUÁTICO

POR: VIRCINIO DO ROSÁRIO LOBO


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¨ ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS
Os ecossistemas aquáticos são os que abrangem os ambientes de água. Eles
incluem desde um pequeno corpo de água até os oceanos.

Da mesma forma como ocorre em ecossistemas terrestres, os aquáticos também


apresentam diversos tipos de relações ecológicas e interação entre os fatores
bióticos e abióticos.

¨ Classificação dos ecossistemas aquáticos

Os ecossistemas aquáticos são classificados conforme as características de:

o Temperatura
o Salinidade,
o Movimentação da água,
o Profundidade e
o Incidência de raios solares.

¨ Principais ecossistemas aquáticos


Ecossistema Marinho

Os ecossistemas marinhos incluem os mares e oceanos, os quais cobrem


aproximadamente 71% da superfície terrestre.

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PISCICULTURA

Eles podem ser classificados de acordo com a profundidade da água da seguinte


forma:

o Zona litoral: região entre os limites das marés, ficando exposta periodicamente.
o Zona nerítica: região do mar sobre a plataforma continental que se estende até
200 m de profundidade, sendo iluminada pela luz solar.
o Zona oceânica: região entre 200 a 2000 m de profundidade, não há iluminação
da luz solar e os animais tornam-se mais escassos.
o Zona bêntica: corresponde ao fundo do mar habitado por algumas espécies.

Os mares e oceanos também são classificados conforme as zonas que recebem ou


não os raios solares:

o Zona fótica: região que recebe luz do sol suficiente para a fotossíntese dos seres
produtores aquáticos.
o Zona afótica: região sem incidência de raios solares e habitada apenas por seres
heterotróficos.

Ecossistema de água doce

Os ecossistemas de água doce englobam os córregos, lagos, lagoas, geleiras,


reservatórios subterrâneos e rios.

Eles são ser classificados nas seguintes zonas:

o Zona úmida ou alagados: áreas de solo saturado com água e que abrigam uma
vegetação característica. São exemplos os pântanos e brejos. Quando associado
ao ambiente marinho temos o mangal.
o Zona lêntica: áreas de água com pouco fluxo ou paradas, como lagos, lagoas,
poças e reservatórios subterrâneos.
o Zona lótica: área com água doce corrente a exemplo dos rios, córregos e riachos.

Existem ainda os estuários, os ecossistemas encontrados na foz dos rios e que


unem-se aos mares. Eles apresentam como característica principal a mistura da
água doce com a salgada.

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PISCICULTURA

PARÂMETROS FÍSICO
QUÍMICOS DA ÁGUA
A SEREM OBSERVADOS
NA PISCICULTURA

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PISCICULTURA

¨ ASPECTOS BÁSICOS DA QUALIDADE DA ÁGUA


Para um bom desenvolvimento dos organismos aquáticos e uma produção
economicamente viável, tem que ter um certo controle do meio ambiente dos
mesmos, ou seja, a água dos viveiros onde são cultivados.

Os Parâmetros Físicos e Químicos fundamentais no controle da qualidade da água


em piscicultura, normalmente, são os seguintes:

§ FÍSICOS:
o Temperatura
o Cor
o Turbidez
o Visibilidade e Transparência

§ QUÍMICOS:
o pH (potencia Hidrogenionico)
o Alcalinidade
o Dureza
o Oxigênio Dissolvido
o Amônia
¨ FÍSICOS
A temperatura da água é um dos fatores mais importantes nos fenômenos biológicos
exigentes em um viveiro. Todas as atividades fisiológicas dos peixes (respiração,
digestão, excreção, alimentação, movimentos) estão intimamente ligadas à
temperatura da água. Quanto mais alta a temperatura, maior a atividade dos peixes
e conseqüentemente, maior o consumo de oxigênio.

É extremamente prejudicial aos peixes, sobretudo na fase de ovos, larva a alevinos,


uma variação na temperatura da água de 3 a 4°C no mesmo dia.

Onde predomina o clima subtropical, as preocupações são maiores no verão, quando


a temperatura da água pode gerar um consumo exagerado de Oxigênio Dissolvido e
uma produção excessiva do gás carbônico livre.

Para um maior controle sobre esse aspecto, deve-se medir regularmente a


temperatura da água e doar para podermos verificar a influência de uma sobre a outra.
As medições devem ser feitas à sombra.

A determinação da temperatura da água é realizada com termômetro químico.


Introduz-se o termômetro na água, esperam-se alguns minutos e faz-se a leitura com
o termômetro ainda imerso. Anotam-se os resultados em uma planilha.

Para as profundidades, recorre-se a uma garrafa de coleta e mede-se a temperatura


logo após a retirada da garrafa.

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PISCICULTURA

A temperatura deve ser medida em várias profundidades para determinar a diferença


entre a superficie e o fundo. Tais medidas devem ser feitas sistematicamente, a cada
estação do ano, para obter-se a curva da temperatura. Isto, é muito importante para
caracterizar o comportamento térmico do viveiro.

Obs : No inverno, deve-se colocar menos adubo, pois a temperatura baixa, diminui o
metabolismo das bactérias e elas não conseguem degradar (desmanchar) o esterco.
Este acaba se acumulando no fundo, trazendo problemas quando a temperatura
voltar a subir.

o Cor

A água que apresenta cor verde é mais indicada para a criação de peixes como as
carpas e as tilápias, pois demonstra a existência de elementos básicos para a
manutenção da vida aquática. As colorações azuladas ou azul- esverdeadas indicam
também boa produtividade.

Já, águas cristalinas indicam, basicamente, uma baixa produtividade do viveiro. Estas
águas devem ser corrigidas para que os peixes encontrem alimento. Isto se faz
através da adubação ou fertilização.

o Turbidez

As águas turvas não prestam a aqüicultura. Portanto, quanto mais turva a água,
menos indicada será para a criação de peixes, pois impede a penetração de luz solar
e conseqüentemente o desenvolvimento do fitoplâncton (microvegetais que vivem na
água e que lhe dá cor verde). Consideram-se águas turvas as águas cor de barro.

o Visibilidade ou Transparência

É importante distinguir a diferença entre Turbidez e Transparência. A Transparência


é a capacidade que tem a água de permitir a passagem dos raios solares. A
Transparência diminui em função da profundidade e da Turbidez. Quer dizer, quanto
mais fundo o viveiro e mais barrenta a água, menos luz consegue chegar até o fundo.

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PISCICULTURA

O raio solar (luz) é a fonte de energia essencial para todos os seres vivos,
especialmente para as plantas cIorofiladas (principalmente as algas), que produzem
oxigênio através da fotossintese.

Por isso a Transparência é um fator de enorme importância para a piscicultura. A


Transparência que nos interessa medir, está relacionada diretamente com a
existência ou não, na água do viveiro, de pequenos vegetais e.animais chamados
Plânctons.

Nota: Em viveiros de tilápia, leituras do disco de Secchi menores são admissíveis,


mas menores que 10- 15 cm, podem resultar em estresse relacionados a oxigênio e
morte.

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PISCICULTURA

¨ QUÍMICOS
§ pH

Na água encontram-se dissolvidas diversas substâncias. A interação entre essas


substâncias através de fenômenos biológicos, físicos e químicos, toma a água ácida.
neutra ou alcalina. A água não pode estar nem muito ácida nem muito alcalina para
se conseguir uma boa produção de peixes. O pH é medido em uma escala que vai de
O a 14, sendo 7,0 o neutro.

Viveiros que apresentam elevada Acidez da água ou elevada Alcalinidade, exigem


controle cuidadoso do pH para garantir o desenvolvimento dos peixes (embora a
mudança do pH seja muito difícil). Os valores entre 7,0 e 8,3 são considerados ótimos
para a piscicultura, podendo-se, no entanto, trabalhar com valores entre 6,5 e 9,0.

A determinação de pH pode ser feita através de um kit químico.

Ex : A "lentilha d'água" indica pH ácido (abaixo de 7,0); a "cruz-de-malta" indica pH


neutro (7,0) e o "pinheirinho d'água" indica pH alcalino (acima de 7,0 ). Geralmente
onde ocorre um destes vegetais, não ocorre outro.

Os pontos de Acidez ou Alcalinidade da água que causam mortalidades em viveiros


de peixes são, aproximadamente, pH 4 e pH 11, respectivamente.

§ Alcalinidade

Indica a presença de sais minerais dissolvidos 3na água tais como os carbonatos
(CaCO ) e Bicarbonatos (HCO ), medidos em mg/L. Se ao analisar a água forem
e3ncontrados valores entre 20 e 300 mg/L de Alcalinidade, isso indica boas
quantidades daqueles sais minerais para a piscicultura orgânica (ajudam na formação
do Plâncton).
* mg/L=ppm.

§ Dureza

Refere-se a presença de sais de Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg) na água. É dada em


mgIL e indica,

quando se faz a análise da água, que se ela contiver:

• - Entre 55 e 200 mg de Ca e Mg / L, é água boa (tem a quantidade adequada


de sais minerais)
• - Entre 20 I e 500 mg de Ca e Mg / L, é água dura (tem sais demais)
• - Menos de 20 mg de Ca e Mg / L, é água mole (tem poucos sais).

A importância de se medir a Dureza está no fato de que, se a água apresentar


valores inferiores a 20 mg/L, as células das algas que compõe o Fitoplâncton
não conseguem se formar por falta de nutrientes (Cálcio e Magnésio)

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PISCICULTURA

Em alguns casos, o CALCARIAMENTO pode ajudar a resolver o problema da


falta de alguns dos minerais citados. No entanto, o calcariamento só será
necessário ou viável em certas situações.

¨ CALAGEM
Tipos de materiais para Calagem

O Calcário é composto de Carbonato de Cálcio ou Carbonato de Cálcio-magnésio, e


é a fonte encontrada em três materiais comuns para Calagem. O Calcário finamente
moído é denominado Calcário agrícola. O Calcário é queimado em forno sob alta
temperatura e o Dióxido de Carbono removido, produzindo o Óxido de Cálcio; este
material é denominado Cal virgem. A Cal virgem é tratada com água para produzir a
Cal hidratada ou Hidróxido de Cálcio. A Cal virgem ou Cal hidratada fabricada com
Calcário que contém Carbonato de Cálcio-magnésio irá conter Óxido ou Hidróxido de
Cálcio-magnésio.

O Calcário agrícola não leva a um alto pH, e não é perigoso aos humanos. Cal virgem
e Cal hidratada são cáusticos e elevam o pH. Estes podem irritar a pele e causar
danos aos olhos do aplicador.

§ Efeito da Calagem

Os materiais para Calagem elevam o pH da água e do solo, e elevam a Alcalinidade


Total e a Dureza Total de água. Por elevar a Alcalinidade Total, mais carbono
geralmente está disponível para as plantas aquáticas. A neutralização da Acidez do
solo melhora as condições para os organismos de fundo (bentos), e aumenta a
disponibilidade do Fósforo adsorvido a~ solo. A Cal agem pode auxiliar a clarear
águas com partículas da argila em suspensão. O excesso de Calagem pode ter efeito
negativo pela elevação do pH a níveis indesejados e por remover Fósforo da água
pela precipitação como Fosfato de Cálcio insolúvel. Mesmo com alta Alcalinidade,
pouco carbono está disponível para as plantas quando o pH é alto. Portanto, viveiros
devem receber Calagem somente quando necessitam (solos ácidos ou baixa
Alcalinidade Total da água), e deve-se ter o cuidado de não aplicar excesso de
Calcário.

Os materiais para Calagem não são muito solúveis. Geralmente estes materiais não
se dissolvem em água contendo mais de 60 mg/L de Alcalinidade Total, e é dificil
elevar a Alcalinidade Total e a Dureza Total acima de 80-100 mg/L com cal agem.
Não se deve fazer calagem à não ser quando o pH do solo está abaixo de 7 ou a
Alcalinidade Total da água é inferior a 50-60 mg/L. Viveiros da água salobra
geralmente apresentam valores de Alcalinidade Total acima de 50 mg/L, e a Calagem
não é recomendada nesses viveiros durante o ciclo de produção.

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PISCICULTURA

§ Aplicação de Calcário Agrícola

Viveiros podem receber Calagem enquanto cheios de água, e no fundo do viveiro


quando secos entre ciclos.

Viveiros com Alcalinidade Total abaixo de 20 mg/L respondem bem à Calagem, mas
em viveiros com tilápias e camarões, certa resposta pode ser esperada até que a
Alcalinidade Total atinja 50-60 mg/L. As doses sugeridas para aplicação de Calcário
agrícola em viveiros cheios são as seguintes:

O Calcário agrícola deve ser lançado sobre a superfície total do viveiro. Após 2 - 3
semanas, a Alcalinidade Total deve ser medida para determinar se a Alcalinidade
almejada foi atingida. Se não, mais Calcário agrícola pode ser aplicado. Se a
renovação do viveiro não ultrapassar 2 ou 3 vezes o volume do viveiro por ano, uma
aplicação pode ser adequada para vários ciclos. Entretanto, a Alcalinidade Total pode
ser verificada no início de cada ciclo para determinar a necessidade de Calagem.

Fundo de viveiros com valores de pH abaixo de 7 ou 7,5 devem receber Calagem


entre ciclos de produção se for desejado estimular a degradação microbiana da
matéria orgânica durante o período de secagem, o que é freqüentemente praticado.
As doses sugeridas de aplicação da Calcário agrícola no fundo de viveiros vazios são
as seguintes:

§ Aplicação de Cal Virgem ou Cal Hidratada

A aplicação da Cal virgem ou cal hidratada em viveiros cheios de água pode elevar o
pH e matar peixes ou camarões. Quando aplicados no fundo de viveiros vazios, a Cal
virgem ou hidratada pode elevar o pH tão alto que bactérias são mortas e a
composição da matéria orgânica do solo pode ser muito retardada. O principal
benefício do uso de Cal virgem e Cal hidratada é a esterilização do viveiro. Aplicações
de 1.000 - 2.000 Kg/ha no fundo do viveiro vazio podem matar organismos
patogênicos abrigados no solo e matar peixes e outros organismos indesejados nas
depressões do fundo do viveiro onde pode restar água. A Cal virgem ou hidratada

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PISCICULTURA

deve ser espalhada uniformemente sobre o fundo do viveiro enquanto o solo ainda
estiver úmido.

§ Oxigênio Dissolvido

O Oxigênio é utilizado para que a energia contida nos alimentos possa liberar-se e
ser aproveitada para as funções vitais. Existem animais que, quando ocorre uma
diminuição de Oxigênio, conseguem acelerar o ritmo respiratório, compensando
assim a falta deste elemento. Mas os peixes, de um modo geral, não possuem a
capacidade de regular a respiração em função do Oxigênio presente na água. Por
isso, quando a quantidade de Oxigênio Dissolvido na água diminui, os peixes não
conseguem compensar esta diminuição, ficando prejudicados e, conseqüentemente,
debilitados.

RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE A TEMPERATURA E OXIGÉNIO DISSOLVIDO

A temperatura da água tem grande influência na quantidade de Oxigênio Dissolvido.

o Quanto mais baixa for a temperatura, mais rico em Oxigênio será o meio aquático.
o Quanto mais alta for a temperatura, menor será a quantidade de Oxigênio na água.

Então, dependendo da temperatura da água, a quantidade de oxiogênio varia. Alguns


peixes precisam de mais e outros de menos Oxigênio.

Os peixes de águas quentes sobrevivem em águas com menos Oxigênio.


Os peixes de águas frias são mais exigentes em relação ao teor de Oxigênio
Dissolvido. Geralmente, os seres vivos absorvem o Oxigênio no ar ou dissolvido na
água.

o O ar atmosférico
o A Fotossíntese do Fitoplâncton (a principal).

§ Ar atmosférico

O Oxigênio proveniente do ar penetra na superficie líquida dependendo da


intensidade do vento.
Assim, a difusão do ar atmosférico na água será tanto maior quanto mais intenso for
o vento que atue sobre o corpo da água. Por isso, o ideal, é posicionar o maior
comprimento do viveiro na direção dos ventos predominantes.

Outra forma de incorporar o ar atmosférico à água do viveiro, é deixá-Ia cair de uma


certa altura. A movimentação provocada ajuda a misturar o ar na água. Uma terceira
maneira é usar aeradores.

§ Fotossíntese

Como você sabe, as plantas utilizam o gás carbônico do ar, a água do solo e a energia
da luz solar para produzirem substâncias orgânicas. Nesse processo há o
desprendimento de Oxigênio, e esse processo é chamado de Fotossíntese.

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PISCICULTURA

Nas plantas aquáticas submersas o Oxigênio desprendido no processo acima citado,


é dissolvido na água. Assim, o Oxigênio liberado durante o dia será tanto maior quanto
maior for a quantidade de plantas cujas folhas e talos cresçam sob a água.

Obs: As plantas que crescem na superficie e têm folhas fora d'água, não estão
contidas neste grupo.

Quando a cor da água toma-se esverdeada, milhares de plantas muito pequenas


encontram-se em suspensão e fabricam grande quantidade de Oxigênio. Nessas
circunstãncias (água verde), quando o número de peixes é demasiadamente grande,
ocorre o seguinte:

Durante o dia, as algas fabricam Oxigênio, havendo quantidades suficientes desse


gás para respiração de todos os peixes. Mas, durante a noite, as algas, além de não
produzirem Oxigênio, ainda consomem, juntamente com os outros seres vivos. Por
isso, quando os peixes procuram a superficie nas primeiras horas da manhã, é sinal
de que a água do viveiro está com pouco Oxigênio Dissolvido. Neste caso, deve-se
deixar o fluxo de água durante a noite para garantir a aeração da água de todo o
viveiro.

¨ TABELA DO OXIGÊNIO DISSOLVIDO


Esta tabela mostra os níveis de Oxigênio que a água deve conter para a sobrevivência
dos peixes. mg/L

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¨ COMO SABER SE VAI FALTAR OXIGÊNIO À NOITE?

Método gráfico para prever a falta de Oxigênio durante à noite nos viveiros (confonne
Boyd e outros). Ex: No caso, indica que as 04:00 horas da manhã, vai haver apenas
1 mg.L-1 de Oxigênio no viveiro. Perigo.

§ Nitrogênio Amoniacal (Amônia)

O Nitrogênio Amoniacal, proveniente da decomposição da matéria orgânica, ração,


excrementos, etc., é tóxico e deve ser medido com freqüência. Sua toxidade aumenta
em função do aumento de pH, segundo tabela anexa:

6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 pH

0,19 0,73 2,31 7,76 19,58 45,12 %NH 3

Ex: 2 ppm de Amônia em pH 7,0 somente 0,73 % é tóxica (0,0146 ppm). Sendo assim
o teor não é nocivo a organismos aquáticos.

§ Nitratos

Um dos elementos que constituem as proteínas é o Nitrogênio. Quando se apresenta


em forma de Nitratos, estes são mais facilmente assimilados pelas plantas, tanto
terrestres como aquáticos. Portanto, os Nitratos são importantes para o
desenvolvimento do Fitoplâncton, pois, após serem absorvidos, são transformados
em proteínas.

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§ Fosfatos

Juntamente com o Nitrogênio, o Fósforo é um elemento indispensável à formação de


proteínas de animais e vegetais. O Fitoplâncton absorve intensamente o Fósforo
apresentado em forma de Fosfato que se encontra dissolvido na água.

Outros parâmetros devem ser analisados: Nitrogênio Amoniacal, Nitrito e Nitrato.

AAmônia na presença de Oxigênio se transforma em Nitrito e depois Nitrato, menos


tóxica.

O acúmulo de matéria orgânica no fundo do viveiro, cria em ambiente para formação


de Sulfetos, também bastante tóxico.

Tabela de valores permitidos e procedimentos recomendados:

Análise Unidade Valores Recomendados


Temperatura °C 20 até 29
pH pH 6 até 8
Oxigênio Dissolvido mg/L 4 até 10
N-amoniacal mg/L Máximo 0,5 - acima 2,5 é letal
Fósforo total mg/L Até 0,05 (rios) e até 0,025 (Lagos)
Cloreto mg/L Até 250
Cloro mg/L Até 0,02
Amônia total mg/L Até 0,60
Ferro mg/L 0,3 até 1,0

§ Eutrofização da agua

A eutrofização é um fenômeno que ocorre como consequência do aumento da


quantidade de nutrientes no ambiente aquático. Pode ocorrer por causas naturais,
mas acontece também como resultado da ação humana. Provoca danos graves no
ambiente aquático, tais como mortalidade das espécies que ali vivem e proliferação
de algas e cianobactérias, que podem produzir substâncias nocivas à saúde.

§ Etapas da eutrofização da água


I. A eutrofização inicia-se com o aumento da disponibilidade de nutrientes no
ambiente aquático.
II. Com a maior quantidade de nutrientes, verifica-se um surgimento exagerado
do número de algas microscópicas e de cianobactérias, que formam uma
camada que impede as trocas de gases com a atmosfera e reduz a passagem
de luz.
III. Como consequência, acontece a morte de plantas enraizadas e também de
algas abaixo da superfície, uma vez que a camada formada pelas algas e
cianobactérias impede a passagem de luz e, consequentemente, a realização
de fotossíntese. A morte dessas espécies reduz o oxigênio dissolvido e
também a disponibilidade de alimento para as espécies do local.

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IV. A morte de algas e plantas eleva a disponibilidade de nutrientes para


decompositores aeróbios, que utilizam o pouco oxigênio ali presente no
processo de decomposição.
V. A decomposição acelera a redução de oxigênio na água, levando à morte de
animais e também de plantas.
VI. Inicia-se então a decomposição anaeróbia, sem uso de oxigênio, que
desencadeia a liberação de gases que causam forte odor.

§ Consequência da eutrofização
o A eutrofização é um processo que gera efeitos graves ao ambiente aquático e
pode prejudicar também a atividade humana. Veja a seguir alguns dos
principais prejuízos desse fenômeno.
o Redução da quantidade de oxigênio dissolvido na água, o que provoca morte
de espécies aquáticas, como os peixes.
o Há alterações no pH da água.
o Há redução da biodiversidade da área afetada.
o Há aumento exagerado de algas e outras plantas aquáticas.
o Ocorre liberação de gases com odores desagradáveis.
o Surgem toxinas no ambiente aquático, as quais são produzidas por algumas
espécies de cianobactérias. Essas toxinas podem afetar a saúde humana,
podendo desencadear até mesmo a morte.
o Reduz-se o potencial recreativo do ambiente aquático.
o Reduz-se a pesca no local.
o Reduz-se a navegação e a capacidade de transporte na área.
o Há perda financeira em decorrência dos altos custos para o tratamento da
água.

§ Enxofre

O enxofre pode apresentar-se sob diversas maneiras. Dessas, as mais comuns são
o íon sulfato e o gás sulfídrico, sendo a primeira forma a mais importante para os
organismos produtores. Em condições drásticas de queda do teor de OD na água, o
gás sulfídrico formado pela ação dos decompositores, acumula-se na porção mais
profunda do viveiro causando a morte dos organismos que ocupam esta parte do
tanque.

As fontes de nutrientes que provocam a eutrofização podem ser classificadas em dois


grupos: difusas e pontuais. As fontes pontuais são aquelas em que o fornecimento de
nutrientes ocorre em locais específicos, como o lançamento de esgoto em rios. As
fontes difusas, por sua vez, apresentam-se em diferentes pontos de descarga,
podendo abranger grandes áreas. Essas últimas fontes são mais difíceis de serem
controladas e também identificadas.

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Gás Carbônico

É um gás que apresenta uma grande importância para o meio aquático. Esse gás
pode causar problemas para a piscicultura, no entanto, seus efeitos mais deletérios
estão relacionados com problemas de asfixia que pode provocar.

Considerando-se os processos naturais no ambiente, altas concentrações de CO2


ocorrem, particularmente, em tanques após morte maciça de fitoplâncton ou em dias
nublados.

CONCLUSÃO SOBRE A
IMPORTÂNCIA DE
AVALIAR OS
PARÂMETROS FISICO
QUIMICOS DA ÁGUA
QUANDO SE PRETENDE
IMPLEMENTAR A
PISCICULTURA.
De tudo o que foi dito sobre qualidade da água, fica demonstrado que a água de
aquicultura deve ser periodicamente analisada para que se possam encontrar
soluções quando os problemas começaram a aparecer ou, nem deixar com que eles
aconteçam.

Outra coisa importante, a saber, quando estamos pretendendo iniciar aqüicultura, é


que a água que iremos utilizar, deve ser analisada antes de se começar as
construções dos viveiros.

Por que? Porque, em geral, quase todas as águas servem para criar peixes, mas
algumas não (raras, mas existem). Assim, a fim de evitar prejuízos futuros, chame um
técnico para fazer todas as análises necessárias, antes de fazer investimentos.

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