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Envolve o
processamento e a comercialização dos animais produzidos em aquacultura.
Algas
● Macroalgas: biodiesel
● Microalgas: alimentação
Moluscos
● Choco (espécie experimental); Bivalves (ostra, amêijoa); Haliotis
Crustáceos
● Camarão, Gambas, Gambas
Peixes
● Truta; Dourada; Corvina; Robalo
O cultivo de plantas terrestres não é aquacultura, mas sim Hidroponia.
A aquacultura depende do
● Tipo de técnica ou sistema de cultivo: jaulas, tanques, jangadas, podem ser de
madeira com cordas (ex: bivalves crescem nas cordas), “raceways”, tanque
retangular pode ser de cimento, fibra de vidro, plástico etc.
● Tipo de organismo cultivado: moluscicultura, cultivo de moluscos bivalves,
carcinicultura, cultivo de crustáceos, peixes.
● O meio em que se faz o cultivo: maricultura, cultivo em mar (offshore ou na costa).
● O meio ambiente em que se faz o cultivo: água fria, água quente, continental (em
terra, truticulturas na Serra da Estrela a água de nascente é muito limpa é
reaproveitada de uns tanques para os outros “socalcos”), costeira, estuarino
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Porque é que a aquacultura é considerada uma nova indústria em expansão, em muitos
países?
1 – A população mundial está em rápido crescimento
2 – Falta de alimento, principalmente de proteína de alta qualidade e de baixo preço
3 – A produção pesqueira está a atingir a captura máxima sustentada
4 – A produção agrícola não está a acompanhar o crescimento demográfico em muitas
partes do mundo
5 – A procura de bens capazes de aumentar o nível e a qualidade de vida está a aumentar à
medida que o rendimento médio per capita tem aumentado.
A aquacultura não tem progredido com a mesma rapidez da agricultura, pois a aplicação
da ciência e da tecnologia a esta actividade tem demorado por várias razões:
O Homem identifica-se mais e compreende melhor as plantas e os animais terrestres,
além de que a aquacultura coloca problemas práticos de resolução mais difícil que a cultura
de animais e plantas terrestres.
A agricultura tem sido capaz de fornecer comida suficiente para alimentar a população
dos países desenvolvidos e os mais capazes de desenvolver a tecnologia para a aquacultura
não foram pressionados a fazê-lo.
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Desenvolvimento da aquacultura e política:
Na Ásia a aquacultura desenvolveu-se principalmente como uma atividade rural
integrada nos sistemas agrícolas existentes, contribuindo significativamente para a
diminuição da pobreza, directamente através da posse de pequenas explorações para
consumo doméstico ou venda, e indirectamente, pela criação de emprego ou produção de
pescado de baixo custo para consumo nas zonas rurais nas zonas urbanas mais pobres.
A aquacultura rural é cada vez mais reconhecida como forma de aumentar a
subsistência das pessoas com menos rendimentos e muitos governos dão grande
importância a este sector na Ásia e no Pacífico.
Problemas na aquacultura:
● Peixe mal pigmentado (ex: linguado)
● Não é apanhada não é possível cultivar (ex: enguia)
○ Meixão – apanha proibida – stocks reduzidos (enguia pequenina)
Em Portugal
A melhor zona para produzir em offshore é a sul de Portugal, na costa Algarvia, onde é
produzida Corvina (Argyrosomus regius), Dourada (Sparus aurata), Robalo (Dicentrarchus
labrax), Lírio (Seriola dumerili), Lingueirão, Mexilhão, e macroalgas (Gracilaria gracilis) entre
outros organismos.
Zonas APA – áreas de produção aquícola offshore, isto é, em mar aberto (Vila Real, Monte
Gordo, Tavira…).
Em Portugal são cultivadas 14000 toneladas de pescado por ano. Produção em Portugal:
Peixes Bivalves Microalgas Macroalgas
Pregado Ameijoa Tetraselmis Ulva rigida
Robalo Ostra Isochrysis Gracilaria gracilis
Dourada Mexilhão Chlorella Porphyra dioica
Corvina Vieira Phaeodactylum Porphyra umbilicalis
Truta Berbigão Chaetoceros Codium tomentosum
Lírio Ligeirão Nannochloropsis Fucus vesiculosus
Atum Palmaria palmata
Linguado Chondrus crispus
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Habitualmente os reprodutores são mantidos em tanques próprios para reprodutores os
ovos são incubados, as larvas desenvolvem se em zonas com condições especialmente
controladas (hatcherys), as pós-larvas ou alevins desenvolvem-se em zonas de
pré-engorda (nursery) e juvenis e/ou os adultos jovens desenvolvem-se até ao tamanho
comercial em instalações naturais ou semi-naturais de engorda.
O desenho e desenvolvimento das instalações de reprodutores e a hatchery constituem o
aspecto mais avançado da tecnologia de cultivo de uma determinada espécie. Tendo em
conta as fases do ciclo biológico de cada espécie, que podem ser controladas, estas
instalações podem ser:
● Sem distribuição de alimento vivo: instalações de reprodutores e instalações de
larvas com saco vitelino
● Com distribuição de alimento vivo: têm que abordar o problema de nutrição das
larvas da espécie com cultivos de fitoplâncton
Uma instalação com ovos e larvas com saco vitelino supõe um cultivo extensivo pós-larvas
ou repovoamento.
● Ex. canais artificiais de desova de salmão, reprodução artificial de robalo americano,
esturjão na Finlândia etc.
Uma instalação que têm fitoplâncton para alimentação de larvas é frequente no caso de
moluscos filtradores, ostras, amêijoas, vieiras etc.
No caso dos peixes e crustáceos as instalações que podem ser utilizadas têm fitoplâncton e
zooplâncton (primeiro alimento exógeno) para alimentação das larvas.
● Os salmonídeos (truta e salmão principalmente) não necessitam de zooplâncton,
utiliza-se alimento seco (rações) para a fase de larva-alevins, devido ao tamanho
das suas bocas. Este facto faz com que as instalações de reprodutores e larvas
sejam mais simples do que para outras espécies.
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● Cultivo extensivo de carpas (comem as plantas desinfestantes do arroz) ou outros
peixes em arrozais (Países asiáticos); Aquacultura integrada duas atividades
(aquacultura + agricultura); Policultivo quando mais do que uma espécie
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Cultivos semi-naturais:
Os tipos de cultivo mais primitivos são os cultivos semi-naturais, o cultivo resume-se a
controlar um recinto mais ou menos isolado mar (por exemplo: uma lagoa costeira), de
forma a que os exemplares da espécie desejada possam reproduzir-se e crescer no recinto,
protegidos dos predadores. O rendimento deste cultivo é pouco controlável e sujeito à
dinâmica das populações. Pode ser rentável mas em grandes superfícies com
repovoamento de reprodutores.
𝐿𝑎𝑟𝑣𝑎𝑠 → 𝑃ó𝑠 − 𝑙𝑎𝑟𝑣𝑎𝑠 → 𝐸𝑛𝑔𝑜𝑟𝑑𝑎 → 𝑅𝑒𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 ....
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Semicultivo: 𝐿𝑎𝑟𝑣𝑎𝑠 → 𝑃ó𝑠 − 𝑙𝑎𝑟𝑣𝑎𝑠 → 𝐸𝑛𝑔𝑜𝑟𝑑𝑎 ....
O semicultivo mais comum consiste em capturar pós-larvas, alevins ou larvas de uma
espécie e engordá-las em cultivos controlados, extensivos, semi-intensivos ou intensivos.
Após esta fase, pode-se começar a capturar reprodutores,controlar a postura e o
desenvolvimento larvar (hatchery e nursery) e engordar as pós larvas ou alevinos e só
posteriormente se pode fechar o ciclo com reprodutores provenientes da engorda. Todos
estes processos são conseguidos a longo prazo.
No policultivo consegue-se uma maior utilização dos nutrientes, mas é mais difícil de
controlar. As espécies, para um policultivo devem ser seleccionadas cuidadosamente para
que se complementam sem interferências negativas. Exemplos de Policultivo:
● Um peixe herbívoro e um crustáceo carnívoro
● Vários peixes herbívoros
● Um peixe bentónico e um peixe pelágico
Com controlo inicial de tamanhos pode evitar-se perdas por canibalismo.
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Filtração:
Diferentes classes de sistemas de filtração: mecânica, biológica e química.
1. Filtração mecânica (filtros de areia, filtros de tambor)
2. Filtração biológica (biobolas) - Utilização de colónias para a filtração biológica
3. Filtração química (carvão, resinas)