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Projeto LT 138KV PIRAPORA 2 – SÃO ROMÃO

Doc Id: ESPECIFICAÇÃO 002 Versão: 2.0

ESPECIFICAÇÕES E PROCEDIMENTOS PARA ABERTURA E


LIMPEZA DE FAIXA
LT 138KV PIRAPORA 2 – SÃO ROMÃO

ESPECIFICAÇÃO-002

1.0 28-04-2020 Euller Guimarães Para Aprovação

Rev. Data Criado Revisado Aprovado Propósito


Projeto LT 138KV PIRAPORA 2 – SÃO ROMÃO
Doc Id: ESPECIFICAÇÃO-002 Versão: 2.0

Índice

1 Introdução.................................................................................................................................................................3

2 Generalidades..........................................................................................................................................................3
2.1 Execução......................................................................................................................................................3, 4 e 5
2.1.1 Controle.............................................................................................................................................................5

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Projeto LT 138KV PIRAPORA 2 – SÃO ROMÃO
Doc Id: ESPECIFICAÇÃO-002 Versão: 2.0

1 Introdução

O objetivo deste documento é definir diretrizes da atividade de abertura e limpeza de faixa, obra de construção LT
138KV PIRAPORA 2 – SÃO ROMÃO.

2 Generalidades:

A abertura de faixa consiste no corte, supressão, manejo ou poda dos espécimes da flora local que estão
devidamente identificados no projeto executivo da linha. Para tanto, o documento (Instrução, Procedimento e Critério
Técnico para Manutenção da Vegetação nas Faixas, Trilhas e Estradas de Acesso de Linhas de Transmissão)
deverá ser seguido. Caso haja uso de herbicidas para controle da vegetação indesejável a IT-MDPE-00014-2018
(Procedimento para Controle de Vegetação em Faixa de Passagem por meio da Aplicação de Herbicidas) deverá ser
aplicada. Considerando que as espécies arbóreas apresentam brotações decorrentes de corte sem destoca, o uso
de herbicidas deve ser privilegiado onde não houver restrições ambientais.

Todas as cercas que forem abertas, por necessidade desta atividade ou prevendo utilização futura, deverão ser
recompostas. As instalações de colchetes, porteiras e/ou mata-burros deverão ser definidas pela CONTRATADA,
após entendimento formal com o proprietário. Antes da modificação, as cercas deverão ser reforçadas, de modo a
evitar que sejam danificadas. Nas travessias de ferrovias e rodovias, os serviços nas cercas deverão ser feitos de
acordo com as exigências do Órgão responsável pela via e será de responsabilidade da CONTRATADA o
acionamento desses órgãos. As intervenções na vegetação deverão ser minimizadas, restringindo-se ao definido em
projeto, salvo quando solicitado formalmente pela FISCALIZAÇÃO. Definições:
 Árvore – Uma árvore é um vegetal lenhoso (que produz madeira), com ciclo de vida prolongado, tronco e
copa bem definidos, possuindo no mínimo cinco metros de altura, com diâmetro de tronco a partir de cinco
centímetros à altura do peito (1,30 m acima do solo) - Definição do Manual de Arborização Cemig.
 Árvore isolada na faixa - Árvore localizada dentro da faixa em um vão onde não existe outro tipo de
vegetação para realizar limpeza de faixa ou não há necessidade de limpeza de faixa.
 Silvicultura Comercial – Atividade dedicada a métodos naturais e artificiais de plantio, regeneração e
melhoria de povoamentos florestais com vistas a satisfazer as necessidades do mercado. Ex. Plantação de
eucalipto, pinus, araucárias, etc.
 Vegetação arbórea - conjunto de árvores que quando maduras apresentam mais de 5m de altura cujas
copas em cada hectare ultrapassam 10% de cobertura da área, e cada conjunto de arvores com copas
contíguas ou sobrepostas ultrapasse 0,2 hectares.
 Cultura: Local onde se localiza tipo de silvicultura de menor estatura, que normalmente pode ser mantida
na faixa de servidão durante a operação da LD. No entanto, a supressão da vegetação nesse local pode
ser necessária para acesso e construção da LD. Ex. Plantação de café, feijão, hortaliças, leguminosas, etc.

2.1 Execução:
A execução dessa tarefa deverá seguir rigorosamente as recomendações mínimas de segurança. O corte ou a
supressão da vegetação na faixa de servidão não poderá ser realizado antes da obtenção, pela CEMIG, do
“Documento Autorizativo para Intervenção Ambiental” (DAIA). Os desenhos de perfil e planta deverão ser conferidos
pela CONTRATADA e FISCALIZAÇÃO, antes do início dos serviços, para verificação das “Áreas de Preservação
Permanente” (APP), onde o corte é proibido por leis ambientais. Caberá a CONTRATADA o registro dessas áreas
bem como o monitoramento de suas equipes no sentido da preservação dos locais indicados. A largura da faixa a
ser limpa poderá ser reduzida nos lugares onde existir cultura, pomares e plantações selecionadas ou mesmo ser
evitado qualquer corte da vegetação existente, mediante anuência da FISCALIZAÇÃO.
O controle de vegetação deverá ser garantido pelo manejo adequado da vegetação, incluindo o uso de herbicidas
para evitar a rebrota da vegetação a ser controlada. Há basicamente quatro modalidades de aplicação passíveis de
utilização - FOLIAR, TOCO, BASAL e PRÉ-EMERGENTE NO ACESSO, em ocasiões distintas da construção da LD
e em consonância com o cronograma físico da obra. A modalidade foliar é utilizada em plantas de baixo porte (até
1,5 m de altura) ou rebrotas recentes, preferencialmente em espécies de plantas de fácil absorção e translocação
dos herbicidas, as quais possuem interior tenro e não fibroso. Plantas lenhosas, com folhas espessas, cerosas e
pilosas, são os principais alvos para aplicação basal e no toco. O controle com aplicação basal é utilizado em árvores
de diâmetro de tronco próximo a base inferior a 5,0 cm, e consiste na pulverização do herbicida diluído em solvente
orgânico (preferencialmente óleo mineral ou diesel) em todo o perímetro do tronco na altura do colo até 50-80 cm de
altura. A aplicação em toco, ou o raqueamento, são realizadas em árvores de diâmetro na base do tronco superior a
5,0 cm, consistindo de pulverização da calda herbicida imediatamente após o corte com motosserra ou raqueamento
com facão, atingindo a região dos vasos condutores de seiva elaborada da planta. Na aplicação no toco, esse deve
ser cortado a altura de no máximo 20 cm do solo. O raqueamento deve ser realizado à altura de até 50-80 cm do
solo em todo o perímetro do tronco.
A modalidade de aplicação pré-emergente de acesso é a distribuição do herbicida ao solo desprovido de cobertura
vegetal, onde o produto atuará impedindo a germinação de sementes existentes no solo. A utilização de herbicidas
deve atender todos os requisitos legais e normativos vigentes, com supervisão de profissional legalmente habilitado

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pelo CREA, e a CONTRATADA, para execução do manejo, deverá apresentar atestado de capacidade técnica ou
acervo.
Quando a LD possuir travessias em canaviais e/ou eucaliptais, a “Abertura de Faixa” deverá ser alargada até os
limites da “Faixa de Servidão”, devendo suas raízes ser erradicadas usando a metodologia de aplicação no toco.
O corte das árvores de grande porte fora dos limites da faixa de servidão que evidenciem risco de atingir a linha de
distribuição, somente poderá ser executado com autorização prévia da CONTRATANTE, com anuência dos
proprietários. Deverá ser utilizado como referência a Instrução para Corte de Árvore Próxima a Linhas de
Transmissão, além dos demais documentos citados nesse item. Será expressamente proibido o processo de
“queimada”, para a limpeza da faixa (salvo quando autorizado pela CONTRATANTE e pelo órgão ambiental
específico), mesmo com anuência dos proprietários. Com vistas à proteção e preservação do Meio Ambiente,
deverá ser mantida a camada vegetal do solo quando da abertura das praças de montagem das torres e de
lançamentos de cabos (evitar terraplanagens desnecessárias). Nas grotas profundas, nascentes d’água e Áreas de
Preservação Permanente (APP) conforme projeto, onde a altura dos condutores for significativa, a vegetação deverá
ser conservada. Neste local deverá ser executada somente abertura de picadas de acordo com os limites liberados
pelos “Órgãos de Licenciamento Ambiental”, com objetivo de possibilitar a passagem de equipamentos de
lançamento dos cabos. Quando solicitado pela CONTRATANTE, o lançamento do cabo piloto deverá ser feito por
Drone ou VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) para evitar a abertura de picadas.
Os prejuízos inevitáveis à colheita, por necessidade do serviço e quando previamente aprovados pela
FISCALIZAÇÃO, são de responsabilidade da CONTRATANTE. Todo e qualquer levantamento de área de colheita
passível de prejuízo deverá ser levantada com a participação do proprietário e da FISCALIZAÇÃO. Caso necessário,
um profissional agrícola poderá ser chamado para avaliar o prejuízo à colheita (no sentido de emitir um laudo
técnico). Quando a divisa do terreno for constituída de “cerca viva”, esta deverá ser conservada. Havendo a
necessidade de corte, o serviço deverá ser executado sob cuidados especiais e somente após comunicado prévio
(preferencialmente por escrito) do proprietário, com conhecimento da FISCALIZAÇÃO. A CONTRATADA deverá
evitar a retirada dos piquetes, marcos e estacas existentes na faixa, referentes ao levantamento topográfico da LD.
Caso isso ocorra, a CONTRATADA deverá providenciar a reposição dos mesmos, sem ônus a CONTRATANTE.
Toda a madeira resultante da derrubada de árvores pertence ao proprietário do terreno e deverá ser cortada e
empilhada à beira da faixa limpa, faixa de servidão ou colocada fora de seus limites (com permissão do proprietário).
O empilhamento não deve ultrapassar 1 (um) metro de altura. A CONTRATANTE deverá fornecer para o proprietário
uma cópia do documento com o número da licença do IEF (Número da APEF) que permitiu o corte da vegetação.
Após a supressão da vegetação, a CONTRATADA deverá apresentar declaração de rendimento lenhoso (Anexo 4 –
Declaração de Procedência de Material Lenhoso) devidamente preenchida e assinada pelo proprietário. Caso o
material não seja de interesse do proprietário, caberá a CONTRATADA, em comum acordo com a CONTRATANTE,
providenciar a autorização para transporte de produtos florestais junto ao órgão competente, antes do transporte da
madeira para seu destino final. O rendimento lenhoso, resultante da intervenção na vegetação, deverá ser
devidamente destinado conforme IS-19, IS-42 e IS-38. É expressamente proibido colocar fogo e deixa-lo sob a
projeção dos cabos da linha. Havendo a possibilidade de erosão na faixa, os troncos poderão ser utilizados na
construção de amortecedores de fluxo d’água, sendo colocados transversalmente às linhas de drenagem. Todos os
danos causados às cercas de divisas, muros, porteiras, colchetes, etc., decorrentes dos serviços de limpeza de faixa,
serão de inteira responsabilidade da CONTRATADA. No caso de embargo interposto por qualquer proprietário, a
CONTRATADA deverá paralisar imediatamente os serviços e comunicar o fato à FISCALIZAÇÃO, a qual tomará as
providências necessárias. Quando a LD a ser construída for paralela a outras linhas existentes, os materiais
resultantes da limpeza deverão ser colocados no lado oposto da faixa das linhas existentes. Além dos EPIs
necessários à execução da tarefa (capacetes, botinas e luvas), obrigatoriamente deverá ser utilizado perneira ou
bota de cano longo. Os operadores de motosserra deverão utilizar protetor facial e avental.
A CONTRATADA deverá possuir licença para utilização de motosserra e o operador deverá possuir
curso/treinamento para manuseio da motosserra.
No processo de abertura de faixa poderá ser mecanizado e/ou manual com o uso de pulverizador, foices, facão,
roçadeiras, machados e motosserras, de acordo com a necessidade do serviço. No caso da necessidade de
utilização de máquina de grande porte, deverá haver aprovação prévia da FISCALIZAÇÃO. Para a realização dos
serviços de Manejo Integrado de Vegetação (MIV) os aplicadores deverão utilizar os EPIs e equipamentos, seguindo
os procedimentos de segurança determinados na NR31 e outras normas aplicáveis para a garantia da segurança do
aplicador.
Para a erradicação do Eucalyptus sp. poderá ser adotada a utilização de herbicidas, desde que a CONTRATADA:
 Emita e apresente Receita Agronômica por profissional legalmente habilitado (Engenheiro Florestal, por
exemplo);
 Utilize produtos registrados para essa finalidade, que não possuam efeito sobre culturas e formações
florestais lindeiras à faixa de passagem;
 Atenda aos requisitos da NR 31 (com comprovação da capacitação dos operadores) e às instruções e
especificações da bula do produto;
 Destine adequadamente os efluentes e embalagens, conforme a Lei nº 9.974/2000 e o Decreto
regulamentador nº 4.074/2002;
 Atente para as técnicas de aplicação prescritas no receituário agronômico, no rótulo e na bula do produto.
Recomenda-se a utilização do CHOPPER (IMAZAPYR) com aplicação no toco imediatamente após o
corte, até as três últimas linhas de plantio antes do fim da faixa. Nas três últimas linhas, recomenda-se a

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utilização do herbicida com o princípio ativo GLIFOSATO, a ser aplicado no toco e via foliar se houver
rebrota.

A abertura de faixa poderá ser realizada em etapas, por solicitação da FISCALIZAÇÃO, sem ônus adicional para a
CONTRATANTE:
 Supressão inicial para início de realização das atividades;
 Supressão para lançamento/regulagem dos cabos;
 Supressão final durante o comissionamento. A realização da supressão por partes tem como objetivo
suprimir somente a quantidade necessária para execução da obra e operação segura da LD.
A CONTRATADA deverá apresentar Relatório Fotográfico, conforme padrão da CONTRATANTE, com a situação
antes e depois da supressão da vegetação e com indicação das coordenadas dos locais de supressão. A
apresentação do relatório fotográfico não será objeto de medição e o seu custo deverá estar contemplado no serviço
de abertura de faixa.

2.1.1 Controle:

O Controle será feito por amostragem, a critério da FISCALIZAÇÃO, e deverá ser verificado:
 Utilização correta de EPIs e EPCs;
 A existência das licenças de desmatamento fornecidas órgão ambiental, IBAMA/IEF ou outros órgãos
competentes;
 Certificar com a CONTRATADA, antes do início dos serviços, o conhecimento e demarcação das áreas de
preservação, onde o corte é proibido por leis ambientais, e da vegetação identificada em projeto;
 Não permitir a utilização de trator, queimada ou poda química na abertura da faixa, salvo quando
autorizada formalmente pela CONTRATANTE;
 Não utilizar fogueira para aquecer alimento ou para limpeza de vegetação e/ou picada;
 Verificar se a abertura de faixa está de acordo com os documentos do projeto e instruções da fiscalização;
 Se a execução dos serviços está sendo feita precedida de autorização dos proprietários e somente em
terrenos liberados;
 A correta destinação e armazenagem da madeira proveniente do corte para a abertura da faixa.
 Apresentação do Relatório Fotográfico com indicação da situação antes e depois da supressão.
 Os resultados do trabalho do “Manejo Integrado de Vegetação” (MIV) devem ser monitorados com
referência a avaliar se o grau de controle dos objetivos, previamente definidos, foi alcançado e como a
integridade e função da LD está mantida. O tempo médio de controle irá depender das espécies a serem
controladas. O tempo mínimo para se observar controle da vegetação é de 90 dias.
 Avaliação do desempenho da implantação do “Manejo Integrado de Vegetação” (MIV): a. Situação da
vegetação na faixa de passagem quando do início das atividades; b. Nota de controle da vegetação alvo
após 90 dias; c. Previsibilidade das intervenções na área; d. Gestão dos relatórios de atividades do
controle da vegetação, incluindo o uso de herbicidas.

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