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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - UFMT

FACULDADE DE ARQUITETURA ENGENHARIA E TECNOLOGIA - FAET


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL - DESA

CASA DE QUÍMICA

CUIABÁ – MT
MARÇO/2013
RAFAEL NICODEMOS BRUZZON
1
CASA DE QUÍMICA

Trabalho apresentado ao Professor Dr


Irineu Neves da disciplina de Processos e
Operações Unitárias de ETAs do curso de
Engenharia Sanitária e Ambiental.

UFMT
Cuiabá – 20/03/2013
SUMÁRIO
2
Página

1. Introdução ------------------------------------------------------------------- 5
2. Memorial Descritivo ------------------------------------------------------- 7
2.1. Sulfato de alumínio --------------------------------------------------- 7
2.2. Cal ------------------------------------------------------------------------8
2.3. Fluossilicato de sódio ------------------------------------------------ 11
2.4. Polímeros --------------------------------------------------------------- 13
2.5. Carvão Ativado ------------------------------------------------------- 13
2.6. Cloro -------------------------------------------------------------------- 13
3. Memorial de Cálculo ---------------------------------------------------- 16
3.1. Sulfato de Alumínio ------------------------------------------------- 16
3.1.1. Consumo de Sulfato de Alumínio ------------------------------ 16
3.1.2. Volume de sulfato de Alumínio --------------------------------- 17
3.1.3. Vazão da solução de Sulfato de Alumínio ---------------------17
3.1.4. Área de armazenamento das sacas ----------------------------- 17
3.1.5. Área do local de armazenamento ------------------------------- 18
3.2. Cal ---------------------------------------------------------------------- 18
3.2.1. Quantidade de Cal ------------------------------------------------- 18
3.2.2. Cálculo da dosagem ------------------------------------------------19
3.2.3. Área de armazenamento das sacas ----------------------------- 19
3.2.4 Área do local de armazenamento --------------------------------20
3.3. Fluossilicato de sódio ------------------------------------------------ 20
3.3.1. Vazão de dosagem ------------------------------------------------- 20
3.3.2. Área de armazenamento das sacas ----------------------------- 20
3.3.3. Área do local de armazenamento ------------------------------- 21
3.4. Polímeros --------------------------------------------------------------- 21
3.4.1. Quantidade de Polímeros ----------------------------------------- 22
3.4.2. Cálculo da dosagem ------------------------------------------------ 22
3.5. Carvão ativado em Pó ( CAP) -------------------------------------- 22
3.5.1. Quantidade de Carvão ativado em Pó -------------------------- 22
3.5.2. Cálculo da dosagem Carvão ativado em Pó ------------------- 23
3.5.3. Área de armazenamento das sacas ----------------------------- 23

3
3.5.4. Área do local de armazenamento ------------------------------- 23
3.6. Gás cloro --------------------------------------------------------------- 24
3.6.1. Quantidade de Gás Cloro ---------------------------------------- 24
3.6.2. Quantidade de cilindro de Gás Cloro ------------------------- 24
4. Referências Bibliográficas ---------------------------------------------- 25

1. INTRODUÇÃO

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Segunda a NBR 12216 (1992), a casa de química é a área ou conjunto de dependências
da ETA que cumpre as funções auxiliares, direta ou indiretamente ligadas ao processo de
tratamento, necessárias à sua perfeita operação, manutenção e controle.
Fazem parte da casa de química: depósito de produtos químicos, locais para preparo dos
produtos químicos, locais para instalação dos dosadores de produtos químicos e para carga
dos dosadores a seco, laboratório de controle operacional, centro de controle de operação,
serviços administrativos e serviços auxiliares.
As partes constituintes da casa de química podem ser agrupadas no mesmo edifício ou,
em casos especiais, em mais de um, impondo-se, em qualquer caso, disposição que atenda aos
aspectos funcionais dos trabalhos de operação e o inter-relacionamento das diferentes partes.
A circulação interna deve ser cuidada de modo a evitar passagens obrigatórias através de
recintos que devem ser resguardados.
Não é permitido alojamento de pessoal na casa de química, ainda que em caráter
temporário, sendo necessário prover alojamento, este não pode ser ligado diretamente à casa
de química nem a qualquer parte da ETA.
O depósito de produtos químicos deve ter o piso situado preferencialmente 1,00 m
acima da cota da área de estacionamento dos carros transportadores, devendo ser prevista uma
plataforma com largura mínima de 1,50 m, destinada ao recebimento dos produtos químicos.
Cada depósito deve ter porta com largura mínima de 1,20 m, de correr ou abrindo-se para o
exterior da casa de química.
A área do depósito deve permitir o livre acesso entre as pilhas de sacarias, com
ventilação conveniente, para evitar excesso de umidade.
O armazenamento de produtos ensacados, com a utilização de empilhadeiras mecânicas,
é possível até a altura de 3,00 m. O empilhamento manual, até a altura de 1,80 m. Nos casos
de depósitos situados externamente à casa de química, a transferência do produto armazenado
deve ser feita, mesmo em período chuvoso, sem prejuízo para o produto.
Os locais para preparo dos produtos químicos dosados por via úmida devem situar-se
próximos aos seus depósitos. Os dosadores de produtos químicos com a mesma função devem
situar-se na mesma área. Os dosadores de cloro devem ser instalados em recintos próprios. Os
dosadores devem ser instalados de modo a permitir a realização de trabalhos de manutenção,
sem que para isso seja necessário mover o equipamento.

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Canalizações e dutos conectados aos dosadores devem ser dispostos de modo a
resguardar sua integridade e não prejudicar a movimentação do pessoal. Canalizações, dutos,
conexões, válvulas e peças afins, em contato com produtos químicos, devem ser de material
resistente a estes produtos e não devem transmitir toxicidade à água.
Os dutos e as canalizações condutoras de produtos químicos não devem ser embutidos
em estruturas de concreto e paredes, devendo ser encamisados, quando necessário ultrapassá-
las. Os dutos e canalizações condutores de produtos químicos devem ter sempre inclinação,
evitando-se também sifões. As mudanças de direção de 90° devem ser feitas por meio de tês
ou cruzetas, com inspeção operculada nas extremidades.
O laboratório deve situar-se próximo à área de dosagem. Em caso de sistema
centralizado de operação, por meio de instrumentação e telecomando, este deve ficar
localizado próximo à área de dosagem.
Os equipamentos eletromecânicos devem ser instalados em áreas a eles destinadas, bem
definidas, e, quando possível, agrupados em uma única área. As áreas dos equipamentos
eletromecânicos devem ser protegidas contra inundação e poeira, ser secas, bem ventiladas e
ter os equipamentos dispostos de forma a facilitar os trabalhos de operação e manutenção.
As dependências mínimas da casa de química, para estações com capacidade inferior a
10000 m³/dia, são as seguintes: depósito de produtos químicos, depósito de cloro, sala de
dosagem, laboratório com mesa para serviços administrativos, anotações pertinentes à
operação e instalação sanitária com chuveiro.
Em caso de estações com capacidade acima de 10000 m³/dia, as dependências mínimas
da casa de química são as seguintes: depósito de produtos químicos, depósito de cloro, sala de
dosagem, sala de dosagem de cloro, laboratórios, instalação sanitária com bacia e um
lavatório, instalação sanitária com duas bacias e chuveiro separado, situados em área com
lavatório e armários, copa com área de 8 m², balcão com pia e armários e mesa para duas
pessoas e local para manutenção de equipamentos com 15 m² de área.

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2. MEMORIAL DESCRITIVO

2.1. Sulfato de alumínio

Segunda a NBR 12216 (1992), o sulfato de alumínio pode ser fornecido sólido ou em
solução. Quando sólido, pode ser moído ou granulado, ensacado ou a granel, dependendo das
condições locais.
Deve ser previsto o armazenamento de sulfato de alumínio suficiente para atender, pelo
menos, a dez dias de consumo máximo. Em estações com capacidade inferior a 10000 m³/dia,
deve ser previsto armazenamento para período mínimo de 30 dias. Em estações situadas em
locais distantes dos centros produtores de sulfato de alumínio, o armazenamento deve levar
em conta as dificuldades para compra e transporte do produto.
O armazenamento do sulfato de alumínio sólido, necessário a dez dias de consumo,
deve ser feito em local seco, interno à casa de química, isolado de pisos e paredes e satisfazer
às seguintes condições:
 em caso de fornecimento em sacos, estes devem ser colocados sobre estrado de madeira;
 em caso de fornecimento a granel, o sulfato deve ser armazenado em depósitos de material
resistente à corrosão.
Estações que exijam áreas de armazenamento para período de consumo superior a dez
dias podem, ter o armazenamento complementado em área separada da casa de química
O sulfato de alumínio em solução deve ser armazenado em tanques localizados interna
ou externamente à casa de química; neste último caso, os tanques devem ser ligados à casa de
química ou ao ponto de aplicação por meio de canalizações instaladas de modo a facilitar os
trabalhos de inspeção e manutenção.
A dosagem de sulfato por via seca é permitida, quando utilizados produtos livres de
umidade e de pó, com teor de acidez controlado, granulometria e demais características de
qualidade uniforme, para todos os fornecimentos.
A forma normal de aplicação de sulfato de alumínio deve ser por via úmida,
procedendo-se para isso à sua dissolução prévia, em caso de fornecimento sob forma sólida.
Os tanques para dissolução de sulfato de alumínio devem ter as seguintes
características:
 volume útil mínimo total correspondente ao sulfato necessário a 12 h de operação;
 número mínimo de tanques, 2;
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 teor da solução, máximo 10%, sendo necessário preparar a solução em concentração
superior a 10%;
 deve ser previsto um sistema de diluição controlada, antes da aplicação do sulfato;
 cochos para dissolução de sulfato sólido localizados junto a uma das bordas do tanque e
providos de chuveiro de água de dissolução;
 entrada adicional de água com capacidade para encher o tanque no máximo em 1 h;
 dispositivo de agitação para cada tanque;
 descarga de fundo com diâmetro mínimo de 50 mm;
 saída de solução colocada a 10 cm acima do fundo do tanque;
 piso, a partir do qual o sulfato de alumínio é tomado para ser colocado nos cochos, situado
de 0,80 m a 0,90 m abaixo das bordas dos tanques.
Os tanques de dissolução de sulfato de alumínio sólido devem ser localizados no
interior da casa de química e próximos à área de armazenamento.
Quando conveniente, o sulfato de alumínio fornecido em solução pode ser rediluído
antes da dosagem em tanques com características análogas aos de 5.17.5, exceto no que diz
respeito ao cocho para colocação de sulfato sólido.
Os tanques de solução de sulfato de alumínio devem ser executados ou revestidos com
material resistente à corrosão e não devem transmitir toxicidade à água. Podem ser usados
tanques de aduelas de madeira, quando instalados em locais cobertos.
A solução de sulfato de alumínio deve chegar ao dosador com a pressão exigida para o
seu perfeito funcionamento. Quando necessário, deve ser mantida recirculação contínua de
solução de sulfato de alumínio dos tanques aos dosadores com retorno para os tanques. As
bombas utilizadas na recirculação devem ser instaladas junto aos tanques com sucção provida
de ponto de água de diluição.

2.2. Cal

Segundo a NBR 12216 (1992), a cal é fornecida ensacada ou a granel. Normalmente,


utiliza-se cal hidratada e, havendo disponibilidade local, pode ser utilizada a cal virgem.
Deve ser previsto armazenamento de cal suficiente para atender, pelo menos, a dez dias
de consumo máximo.
Em estações com capacidade inferior a 10000 m³/dia, deve ser previsto armazenamento
para período mínimo de 30 dias. Em estações situadas em locais distantes dos centros
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produtores de cal, o armazenamento deve levar em conta as dificuldades para compra e
transporte do produto.
O armazenamento de cal deve ser feito em local seco e atendendo às seguintes
condições:
a) para cal hidratada:
- se fornecida em sacos, estes devem ser colocados sobre estrado de madeira;
- se fornecida a granel, colocada em silos, de preferência;
- estações de tratamento com capacidade inferior a 10000 m³/dia podem ter área para
armazenamento de coagulante e de cal, em comum;
b) para cal virgem:
- o armazenamento deve ser feito em um recinto que ofereça plena segurança contra a entrada
de umidade;
- o recinto deve ser construído de material não combustível e a cal armazenada, isolada de
qualquer outro produto químico.
Estações que exijam áreas de armazenamento para período de consumo superior a dez
dias, podem ter armazenamento complementado em área separada da casa de química.
A dosagem de cal hidratada por via seca deve ser feita por meio de dosadores
gravimétricos e, somente em caso de qualidade uniforme, por dosadores volumétricos, sendo
que:
a) o material dosado deve ser colocado em suspensão em água, antes da sua aplicação;
b) existindo mais de um ponto de aplicação, a dosagem para os diferentes pontos pode ser
feita por meio de um único dosador, desde que exista dispositivo capaz de subdividir a
suspensão em partes proporcionais às dosagens requeridas nos diferentes pontos.
Para dosagem por via úmida, a cal hidratada deve ser colocada em suspensão na água e
armazenada em tanques, sendo que:
a) é suficiente existir apenas um tanque específico para preparar a suspensão;
b) devem existir pelo menos dois tanques para armazenamento da suspensão;
c) o preparo da suspensão pode ser feito diretamente nos tanques de armazenamento.
A cal virgem deve ser dosada após sua extinção, por via úmida, sob a forma de leite de
cal ou de água de cal. Em estações com capacidade inferior a 10000 m³/dia, a cal virgem pode
ser extinta em equipamento instalado na casa de química.
O tanque para preparo de suspensão de leite de cal deve ter as seguintes características:

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 volume útil mínimo, em litros, igual a duas vezes o peso em quilogramas de cal,
correspondente a um tanque de armazenamento;
 entrada de água com capacidade para encher o tanque de preparo, no máximo em 10 min;
 saída da suspensão preparada feita por canalização com diâmetro mínimo de 75 mm,
colocada a pelo menos 5 cm acima do fundo do tanque. Logo após a saída, deve existir
dispositivo capaz de reter partículas que possam causar prejuízos ao sistema de dosagem;
 piso, a partir do qual a cal é tomada para ser colocada no tanque, situado de 0,80 a 0,90 m
abaixo da borda;
 fundo com declividade mínima de 2%;
 descarga de fundo com diâmetro mínimo de 75 mm;
 ser dotado de agitador com rotor situado a 0,20 m acima do fundo e potência entre 100
W/m³ e 250 W/m3. O agitador deve operar com segurança para qualquer nível de suspensão
no tanque.
Os tanques de armazenamento de leite de cal devem ter as seguintes características:
 volume útil mínimo total correspondente ao necessário a 12 h de operação;
 número mínimo de tanques, 2;
 teor máximo de suspensão, 10%;
 ser dotado de agitador de eixo vertical com rotor situado próximo ao fundo e potência
mínima de 50 W/m³;
 fundo com declividade mínima de 2%;
 descarga de fundo com diâmetro mínimo de 75 mm;
 saída da suspensão situada pelo menos a 5 cm acima do fundo do tanque.
O tanque de preparo de suspensão ou os tanques para seu armazenamento, quando o
preparo é feito diretamente neles, devem ser localizados no interior da casa de química,
próximos à área de armazenamento de cal hidratada.
As canalizações de leite de cal devem ser dimensionadas para funcionar com a
velocidade maior possível, preferencialmente igual ou superior a 1,00 m/s, com diâmetro
mínimo de 40 mm e providas de pontos de água de diluição. Quando necessário, deve ser
mantida recirculação contínua de leite de cal dos tanques aos dosadores, com retorno para os
tanques. As bombas utilizadas na recirculação devem ser instaladas junto aos tanques, com
sucção provida de ponto de água de diluição.

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Quando a cal hidratada é dosada sob forma de água de cal não são necessários tanques
de armazenamento, devendo existir pelo menos dois saturadores de cal. Os saturadores de cal
devem apresentar as seguintes características:
 dimensões que permitam à solução saturada de cal permanecer sempre com teor de
Ca(OH)2 em torno de 1700 mg/L;
 formato e dispositivos de entrada de água e saída de solução adequados, para que se
consiga fluxo uniforme de solução saturada;
 sistema que permita medir a vazão efluente;
 dispositivo de precisão, independente do de parada, para controle da vazão afluente;
 descarga com diâmetro mínimo de 50 mm;
 piso, a partir do qual a cal é tomada para ser colocada no saturador, situado de 0,80 m a
0,90 m abaixo da borda;
 serem equipados com agitadores para homogeneizar a solução, antes do início da operação,
quando as suas dimensões assim o exigirem.

2.3. Fluossilicato de sódio

O processo de fluoração da água em Estações de Tratamento visa prevenir as cáries


dentárias na população.
O íon fluoreto, natural ou artificial presente na água para o consumo das populações, é
absorvido em algum grau pela estrutura óssea do corpo, incluindo o esmalte dos dentes. A
absorção do íon fluoreto pelos dentes, é mais eficiente durante o estágio de formação apesar
de haver absorção entre todas as idades.
O efeito benéfico da fluoretação da água é mais aproveitado, quando as crianças a
consomem desde a sua infância.
O íon fluoreto, também, pode ser aplicado no esmalte dos dentes por um dentista,
usando soluções tamponadas ou géis, contendo sais de flúor.
Tais aplicações são eficazes e reduzem a incidência das cáries, entretanto a ação cessará
tão logo sejam interrompidas as aplicações. A ação do flúor também é obtida através da
higiene dental com o uso das partes dentais, que contém os sais de flúor.
Muitas pessoas criticam a aplicação do flúor nas águas de abastecimento das cidades.
Este fato deve-se talvez a algumas evidências como:
 Falta de esclarecimento destas pessoas sobre os benefícios oriundos dessa aplicação;
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 Incidentes ocorridos em mananciais de abastecimento com produtos químicos em geral.
A aplicação do flúor nas águas quando realizado corretamente, e através de um controle
eficaz, jamais ocasionará prejuízo às populações abastecidas.
Devemos estar cientes que o flúor é também um elemento essencial ao desenvolvimento
do organismo humano, assim como o iodo, o ferro e outros componentes químicos, que estão
inseridos na alimentação diária.
É evidente que toda e qualquer ingestão de substâncias que fazemos, tanto na
alimentação diária como na cura de alguma deficiência orgânica, se dá sob um controle da
quantidade pré-estabelecida, sendo assim, sabemos que a aplicação de flúor na água deve ser
feita de tal forma que a mesma venha conter entre 1,0 e 1,1 mg por litro.
Dentre os compostos de sais de flúor mais utilizados na fluoretação das águas está o
fluossilicato de sódio, com 60% de íon flúor. É um pó branco cristalino, irritante quando
aspirado, é prejudicial aos olhos, vem acondicionado em sacos plásticos com sacos de
linhagem. Sua solubilidade é baixa e o pH de uma solução saturada de fluossilicato de sódio é
3,5, muito corrosiva.
Sendo um produto químico, deve ser armazenado com toda a segurança, obedecendo
algumas normas básicas:
 Distante de pessoas não credenciadas ao seu manuseio;
 Em local seco e protegido;
 Em pilhas bem estruturadas e acima do piso, sobre estrados de madeira.
As operações com o flúor devem ser executadas com o máximo de cuidado. Alguns
equipamentos de segurança devem ser utilizados quando do seu manuseio: máscara anti-pó,
avental de raspa, óculos de proteção, luva de raspa, peneira e botas.
Observação: A pessoas que manusear o flúor, deverá logo após a operação banhar-se.
Toxidez do flúor – A aplicação incorreta de um composto de flúor precisaria de um erro
de, pelo menos 50% acima da dose estabelecida para produzir uma concentração de íons
fluoreto de 1,5 mg/l ou mais. Essa margem de erro teria que ser contínua, durante um período
de vários meses, antes que o excesso do flúor viesse a causar manchas nos dentes das crianças
que estivessem consumindo essa água, excessivamente dosada.
Correção do pH – A agressividade da água constitui característica natural com relativa
freqüência ou adquirida na quase totalidade dos casos de águas submetidas a tratamento.
Quando uma água corrosiva (ácida) é admitida num encanamento, processa-se um ataque ao
material ferroso. A agressividade da água depende principalmente de dois fatores:

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1) relação entre pH e alcalinidade;
2) relação entre o gás carbônico livre e alcalinidade.
Quanto menor for a alcalinidade em mg/l, tanto maior deverá ser o pH para prevenir a
corrosão.
2.4. Polímeros

As águas naturais podem conter uma série de impurezas, destacando-se as partículas


coloidais, as substâncias húmicas e os microrganismos em geral. Tais impurezas apresentam
geralmente carga superficial negativa, impedindo que as mesmas se aproximem, caso suas
características não sejam alteradas.
A coagulação consiste na adição de sais de alumínio e de ferro ou de polímeros
sintéticos, com o objetivo de alterar a carga entre as partículas permitindo que elas possam se
agregar. Esse processo resulta de dois fenômenos: o primeiro, essencialmente químico,
consiste nas reações do coagulante com a água e na formação de espécies hidrolisadas com
carga positiva e depende da concentração do metal e do pH final da mistura; o segundo,
fundamental mente físico, consiste no transporte das espécies hidrolisadas para que haja
contato entre as impurezas presentes na água. O processo é muito rápido, ocorrendo em
décimos de segundos e dependem fundamentalmente, do pH, temperatura, concentração de
impurezas, etc

2.5. Carvão ativado em pó

Segundo DI BERNARDO (1993), deverá ser armazenado em local isolado com portas e
paredes contra fogo, e isento de umidade; deverá ser previsto o uso de chuveiros automáticos
para evitar risco de fogo, será obrigatória a utilização de mascará, cigarros e faíscas deverão
ser evitados, e deverá ser minimizado a formação de pó. E deverá ser armazenado em pilhas
altas.

2.6. Cloro

Segundo a NBR 12216 (1992), o cloro é fornecido em cilindros, podendo ser utilizado
em estado líquido ou gasoso. O consumo de cloro necessário para desinfecção da água é

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estimado em 5 mg/L, com o mínimo de 1 mg/L; para oxidação e preparo de compostos, é
estimado de acordo com a necessidade do tratamento.
Em instalações com consumo superior a 50 kg/dia, deve-se prever a utilização do cloro
em cilindros de 1 t e dispositivo para sua movimentação em condições de segurança.
O depósito para armazenamento de cloro deve ser suficiente para atender a pelo menos
dez dias de consumo máximo. Em estações com capacidade inferior a 10000 m³/dia deve ser
previsto armazenamento para período mínimo de 30 dias.
Em estações situadas em locais distantes dos centros produtores de cloro, o
armazenamento deve levar em conta as dificuldades para compra e transporte do produto.
Em instalações com consumo de até 50 kg/dia, os cilindros e os aparelhos cloradores
podem ser instalados na mesma área. Em instalações de maior consumo, devem ser instalados
em áreas separadas.
Os depósitos devem ser cobertos; se fechados com paredes em sua volta, devem ser
ventilados, sendo que:
 deve haver ventilação natural por meio de aberturas até o piso;
 além da ventilação natural, deve haver ventilação forçada, produzida por exaustor ou
insuflador disposto de modo a obrigar o ar a atravessar, rente ao piso, todo o ambiente a ser
ventilado e com capacidade para renovar todo o ar do recinto no tempo máximo de 4 min;
 as chaves ou interruptores dos aparelhos devem ficar do lado de fora do recinto;
 as saídas de ventilação devem ser localizadas de modo a dissipar, para o lado externo da
casa de química, eventuais vazamentos de cloro; a dissipação não pode incidir sobre a
ventilação de outras áreas nem sobre áreas externas confinadas, mesmo que parcialmente;
 os cilindros devem ser protegidos da incidência direta da luz solar.
A área de localização dos aparelhos cloradores deve contar com os meios de segurança
previstos para a sala de armazenamento de cloro.
A área de armazenamento de cloro e a de instalação dos cloradores devem ter portas
abrindo para fora, com as partes superiores envidraçadas e dotadas de abertura de ventilação
sobre o pórtico.
Os cilindros de cloro de 1 t devem ser armazenados ou utilizados na posição horizontal,
em uma só camada, fixados por meios adequados, sendo de 0,20 m o espaçamento mínimo
entre cilindros e 1,0 m a largura mínima da passagem de circulação. Os cilindros com
capacidade até 75 kg de cloro devem ser armazenados ou utilizados na posição vertical,
diretamente sobre a superfície de apoio.

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O controle da quantidade de cloro disponível deve ser feita por pesagem contínua ou por
dispositivo indicador da pressão dos cilindros em uso.
As áreas utilizadas para depósito ou dosagem de cloro devem contar somente com
equipamentos e produtos químicos relacionados com a cloração.
O uso da cal clorada ou do hipoclorito de sódio deve ficar restrito a estações com
capacidade inferior a 10000 m³/dia ou quando demonstrado que seu uso é mais vantajoso do
que o de cloro gasoso. O armazenamento de cal clorada ou hipoclorito de sódio deve ser feito
em local coberto, ventilado, seco e isento de materiais combustíveis.
A cal clorada deve ser dissolvida previamente em água, para ser dosada por via úmida,
sendo que:
 a concentração máxima de cal clorada na solução deve ser inferior a 10%;
 devem existir dois tanques de dissolução com capacidade individual mínima para 12 h de
operação.
O hipoclorito de sódio pode ser utilizado diretamente do recipiente em que é
transportado.

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3. MEMORIAL DE CÁLCULO

Dados:

 Vazão da Estação de tratamento: 150 L/s


 Coagulante Sulfato de Alumínio: 22 mg/L
 Alcalinizante Cal Hidratrada: 6 mg/L
 Fluoretação: 0,8 mg/L
 Concentração no tanque de 0,5%
 Concentração do íon fluoreto do sal= 60%
 Desinfecção Cloro com dosagem: 2 mg/L
 Polímero adotado: 0,25% dosagem de 0,25 mg/L – Considerações para o uso: utilizar
amido (polímero natural) é necessário auxiliar de hidróxido de sódio, as concentrações devem
variar de 0,1 a 0,3%.
 Carvão Ativado em pó (CAP): Dosagem de 50 mg/L

3.1. Sulfato de Alumínio

3.1.1. Consumo de Sulfato de Alumínio

Considerando que o peso específico do sulfato de alumínio igual a1 ton./m³

Ql /s × Dmg /l ×86400 s
Consumo (kg /dia)= 6
10

150l/ s ×22mg /l ×86400 s


Consumo= 6
10

Consumo=285,12 kg /dia

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3.1.2. Volume de sulfato de Alumínio

Volume de sulfato de Alumínio para os tanques de solução á 10% por 12 horas.

Ql / s × Dmg /l
Volume=
C%

150 l/ s × 22mg /l
Volume=
10

Volume=330ml

O dosador deve ser regulado para uma vazão de sulfato igual a 330 ml em 10 seg. Em um dia
tem-se um volume de 2851,2 L.

Adotam-se dois tanques de 1500L em 24 horas, ou seja, 1425 L para cada tanque por dia.

OBS: Deve ser construído um cocho para a diluição do sulfato

3.1.3. Vazão da solução de Sulfato de Alumínio

QL/ s × Dmg / L
Vaz ã o da solu ç ã o=
100000

150L/ s ×22mg / L
Vaz ã o da solu ç ã o=
100000

Vaz ã o da solu ç ã o=0,033 Lls=118,8 L/h

3.1.4. Área de armazenamento das sacas

Área de armazenamento das sacas para 30 dias

Volume do saca=70 cm× 40 cm× 25 cm

17
3
Volume por saca=0,07 m

Quantidade de sulfato/dia
N ú mero de sacas por dia=
50 kg

285 kg/dia
N ú mero de sacas por dia=
50 kg

N ú mero de sacas por dia=5,7

3.1.5. Área do local de armazenamento

Volume de sacas
Á rea=
Alturadas pil h as

30 dias ×5,7 sacas ×0,07 volume de saca


Á rea=
1,5

2
Á rea=8 m

3.2. Cal

3.2.1. Quantidade de Cal

(Q L/ s × D mg/ L× 86400)
Quantidade de cal=
106 ×Cal %

OBS: a Cal é fornecida a 67%

( 150 L/ s 6 mg / L× 86400)
Quantidade de cal= 6
10 × 0,67 %

Quantidade de cal=116,06 kg/dia

3.2.2. Cálculo da dosagem


18
Cálculo da dosagem, considerando concentração de 5,4%

C= 5,4%, ou seja, 54 g/L

Q L/ s × D mg / L
Quantidade de cal para dosagem=
C mg / L

150 L/ s × 6
Quantidade de cal para dosagem=
54000mg/ L

L
Quantidade de cal para dosagem=0,0166 =1440 L/dia
s

Será adotado 2 tanques de 800 litros, ou seja, 1 tanque de 720 L para aproximadamente
12 horas.

3.2.3. Área de armazenamento das sacas

Área de armazenamento das sacas para 30 dias

Altura da pilha de cal= 1,20 m


Sacos de cal de 20kg

Volume de sacos de cal=55 cm×30 cm ×10 cm

Volume de sacos de cal=0,0165 m3

116,06 kg /dia
N ú mero de sacos de cal=
20 kg/ saco

N ú mero de sacos de cal=5,8

3.2.4 Área do local de armazenamento

19
Volume de sacos
Á rea=
Alturadas pil h as

30 dias x 5,85 sacos ×0,0165 volume de saco


Á rea= =2,4 m ²
1,2

3.3. Fluossilicato de sódio

3.3.1. Vazão de dosagem

 Para determinação da vazão, foi adotado uma dosagem de 0,8 mg/L


 Sacos de 50kg (70 cm x 50 cm x 20cm)
 5 sacos por pilha
 2 dosadores gravimétricos, com silos de capacidade igual a 150kg e tanque de diluição
com volume útil de 200 L, a vazão de alimentação de água ao tanque de 0,5%
 Concentração de íon fluoreto do sal = 60%, dosagem de 1,33 mg/L

Q L/ s × D mg / L
Quantidade de fluorsilicato de s ó dio para dosagem=
C mg / L

150 L/ s ×0,8mg / L
Quantidade de fluorsilicato de s ó dio para dosagem=
5000mg / L
L
Quantidade de fluorsilicato de s ó dio=0,024 =2073,6 L/dia
s

Foi adotado 2 tanques de resina de 1100 L, ou seja, 1 tanque para aproximadamente


1036,8 L para cada 12 horas.

3.3.2. Área de armazenamento das sacas

Área de armazenamento das sacas para 30 dias

20
QL /s × D mg / L ×86400 s
Consumo (kg /dia)=
106

150 L/s ×0,8 mg/ L × 86400s


Consumo (kg / dia)=
106

Consumo ( dia
kg
)=10,368
Para 30 dias temos 311,04 kg.

Volume de sacos de fluorsilicato=70 cm ×50 cm× 20 cm

2
Volume de sacos de fluorsilicato=0,07 m

311,04 kg
N ú mero de sacos de fluorsilicato=
20 kg /saco

N ú mero de sacos de fluorsilicato=15,55

3.3.3. Área do local de armazenamento

Volume de sacos
Á rea=
Alturadas pil h as

15,55 sacos ×0,07 volume de saco


Á rea=
1,0

Á rea=1,09 m2

3.4. Polímeros

Foi adotado = 0,25% Dosagem = 0,25mg/L

21
3.4.1. Quantidade de Polímeros

Q L/s × Dmg / L × 86400s


Quantidade de polí meros= 6
10

150 L/ s × 0,25mg/ L × 86400s


Quantidade de pol í meros=
106
kg kg
Quantidade de pol í meros=3,24 =97,2
dia mes

3.4.2. Cálculo da dosagem

C= 0,25%
Q L/ s × D mg / L
Quantidade de pol í meros para dosagem=
C mg / L

150 L/ s ×0,25mg / L
Quantidade de pol í meros para dosagem=
2500mg / L

L L
Quantidade de pol í meros para dosagem=0,015 =1296
s dia

Adota-se 2 tanques de 700 L, ou seja, 648 L para cada tanque e por 12 horas.

3.5. Carvão ativado em Pó ( CAP)

Foi adotada uma dosagem de 50 mg/L

3.5.1. Quantidade de Carvão ativado em Pó

Q L/ s × Dmg/ L × 86400s
Quantidade de CAP=
106

22
150 L/ s × 50mg / L ×86400 s
Quantidade de CAP= =648 kg/dia
106

3.5.2. Cálculo da dosagem Carvão ativado em Pó

C= 0, 4%
Q L/ s ×50mg / L
Quantidade de CAP para dosagem=
C mg / L

150L /s ×50mg / L
Quantidade de CAP para dosagem=
49000 mg/ L

L L
Quantidade de CAP para dosagem=0,153 =13224,5
s dia

Adota-se 2 tanques de 6700 L, ou seja, 6612,24 L para cada tanque por 12 horas

3.5.3. Área de armazenamento das sacas

Área de armazenamento das sacas para 30 dias

 Sacas de 30kg
 1 tanques para cada 12 horas
 Altura da pilha máximo de 1,5 m

Volume de sacas de CAP=70 cm× 50 cm×15 cm

3
Volume de sacas de CAP=0,0525 m

19440 kg
N ú mero de sacas de CAP=
30 kg /saco

N ú mero de sacas de CAP=648

23
3.5.4. Área do local de armazenamento

Volume de sacas
Á rea=
Alturadas pil h as
648 sacas ×0,0525 volume de saco
Á rea=
1,5

2
Á rea=22,68 m

3.6. Gás cloro

Foi adotado Cloro com dosagem de 2 mg/L

3.6.1. Quantidade de Gás Cloro

Q L/s × Dmg / L × 86400s


Quantidade de GC= 6
10

150 L/s ×2mg / L × 86400s


Quantidade de GC=
106
Quantidade de GC=25,92 kg /dia

3.6.2. Quantidade de cilindro de Gás Cloro

Foi estipulado que seria utilizado cilindro de 900 kg

volume do cilindro
=numero de dias que o cilindro dura
quantidade kg /dia
900
=34,72 dias
25,92kg /dia

24
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAL TÉCNICAS. NBR 12216 (1992). Projeto de


estação de tratamento de água para abastecimento público.

DI BERNARDO, L. Métodos e Técnicas de Tratamento de Água, 1 ed. Rio de Janeiro,


ABES, 1993.

25
ANEXO

MANUAL DO OPERADOR DA CASA DE QUÍMICA

O operador da Casa de química é quem cumpre as funções da área ou conjunto de


dependências da ETA e que cumpre as funções auxiliares, direta ouindiretamente ligadas ao
processo de tratamento, necessárias à sua perfeita operação, manutenção e controle.
O operador cuida das seguintes partes da casa de química:
a) depósito de produtos químicos;
b) locais para preparo dos produtos químicos;
c) locais para instalação dos dosadores de produtos
químicos e para carga dos dosadores a seco;
d) laboratório de controle operacional;
e) centro de controle de operação;
f) serviços administrativos;
g) serviços auxiliares.
Não é permitido alojamento de pessoal na casa de química, ainda que em caráter
temporário; sendo necessário prover alojamento, este não pode ser ligado diretamente à casa
de química nem a qualquer parte da ETA.
Cada depósito deve ter porta com largura mínima de 1,20 m, de correr ou abrindo-se
para o exterior da casa de química.
A área do depósito deve permitir o livre acesso entre as pilhas de sacarias, com
ventilação conveniente,
para evitar excesso de umidade.
O operador faz o armazenamento de produtos ensacados, com autilização de
empilhadeiras mecânicas, é possível até a altura de 3,00 m. O empilhamento manual, até a
altura de 1,80 m.
Nos casos de depósitos situados externamente à casa de química, a transferência do
produto armazenado deve ser feita, mesmo em período chuvoso, sem prejuízo para o produto.

26
Os locais para preparo dos produtos químicos dosados por via úmida devem situar-se
próximos aos seus depósitos. Os dosadores de produtos químicos com a mesma função devem
situar-se na mesma área.
Os dosadores de cloro devem ser instalados em recintos próprios. Os dosadores devem
ser instalados de modo a permitir a realização de trabalhos de manutenção, sem que para isso
seja necessário mover o equipamento.
O laboratório deve situar-se próximo à área de dosagem.
Em caso de sistema centralizado de operação, por meio de instrumentação e
telecomando, este deve ficar localizado próximo à área de dosagem para o operador observar.
O operador deve calcular o consumo através de ensaios de laboratório ou pode ser
estimado por meio de dados verificados em outras estações com água de características
semelhantes.
Ao utilizar o sulfato de alumínio que pode ser fornecido sólido ou em solução. Quando
sólido, pode ser moído ou granulado, ensacado ou a granel, dependendo das condições locais.
Deve ser previsto o armazenamento de sulfato de alumínio suficiente para atender,
pelo menos, a dez dias de consumo máximo.
Quando em estações situadas em locais distantes dos centros produtores de sulfato de
alumínio, o armazenamento deve levar em conta as dificuldades para compra e transporte do
produto.
O armazenamento do sulfato de alumínio sólido, necessário a dez dias de consumo,
deve ser feito em local seco, interno à casa de química, isolado de pisos e paredes e satisfazer
às seguintes condições:
O operador deve em caso de fornecimento em sacos, devem ser colocados sobre
estrado de madeira; em caso de fornecimento a granel, o sulfato deve ser armazenado em
depósitos de material resistente
à corrosão.
Estações que exijam áreas de armazenamento para período de consumo superior a dez
dias podem, obedecidos os critérios estabelecidos em ter o armazenamento complementado
em área separada da casa de química.
O sulfato de alumínio em solução deve ser armazenado em tanques localizados interna
ou

27
externamente à casa de química; neste último caso, os tanques devem ser ligados à casa de
química ou ao pontode aplicação por meio de canalizações instaladas de modo a facilitar os
trabalhos de inspeção e manutenção.
A dosagem de sulfato por via seca é permitida, quando utilizados produtos livres de
umidade e de pó, com teor de acidez controlado, granulometria e demais características de
qualidade uniforme, para todos os fornecimentos.
A forma normal de aplicação de sulfato de alumínio deve ser por via úmida,
procedendo-se para isso à sua dissolução prévia, em caso de fornecimento sob forma sólida.
Deve ser preparado pelo operador e fazer tanques para dissolução de sulfato de
alumínio devem ter as seguintes características:
a) volume útil mínimo total correspondente ao sulfato
necessário a 12 h de operação;
b) número mínimo de tanques, 2;
c) teor da solução, máximo 10%, sendo necessário
preparar a solução em concentração superior a 10%;
deve ser previsto um sistema de diluição controlada, antes da aplicação do sulfato;
d) cochos para dissolução de sulfato sólido localizados junto a uma das bordas do tanque e
providos de
chuveiro de água de dissolução;
e) entrada adicional de água com capacidade para encher o tanque no máximo em 1 h;
f) dispositivo de agitação para cada tanque;
g) descarga de fundo com diâmetro mínimo de 50 mm;
h) saída de solução colocada a 10 cm acima do fundo
do tanque;
i) piso, a partir do qual o sulfato de alumínio é tomado
para ser colocado nos cochos, situado de 0,80 m a
0,90 m abaixo das bordas dos tanques.
Quando conveniente, o sulfato de alumínio fornecido em solução pode ser rediluído
antes da dosagem em tanques, exceto no que diz respeito ao cocho para colocação de sulfato
sólido.
A cal é fornecida ensacada ou a granel. Normalmente, utiliza-se cal hidratada e,
havendo indisponibilidade local, pode ser utilizada a cal virgem.

28
O Operador Deve ser previsto armazenamento de cal suficiente para atender, pelo
menos, a dez dias de consumo máximo. A cal virgem deve ser dosada após sua extinção, por
via úmida, sob a forma de leite de cal ou de água de cal. Em estações com capacidade inferior
a 10000 m3/dia, a cal virgem pode ser extinta em equipamento instalado na casa de química.
O cloro é fornecido em cilindros, podendo ser utilizado em estado líquido ou gasoso.
O consumo de cloro necessário para desinfecção da água é estimado em 5 mg/L, com o
mínimo de 1 mg/L; para oxidação e preparo de compostos, é estimado de acordo com a
necessidade do tratamento.
No laboratório é a área ou dependência da ETA em que o operador tem a função de
controlar e acompanhar a eficiência do tratamento, através de análises e ensaios físicos,
químicos e bacteriológicos.
Os locais em que possam ocorrer pingos ou respingos de produtos químicos devem
contar com chuveiro de emergência. Um lava-olhos deve ser incluído na instalação,
especialmente onde se trabalha com ácidos ou álcalis fortes.
As condições mínimas de higiene e segurança do trabalho apresentadas a seguir,
complementadas pelas normas brasileiras e de outras instituições nacionais e internacionais,
devem ser observadas no projeto da ETA, visando a eliminar riscos de acidentes na operação
de equipamentos, máquinas, circuitos elétricos e circulação de pessoal.

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