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Jardim das Acácias I e II

Tupaciguara/MG

PROJETO DAS REDES COLETORAS


DE ESGOTO SANITÁRIO
Jardim das Acácias I e II
Tupaciguara/MG

Sumário

1- INTRODUÇÃO.........................................................................................................1

2- DADOS GERAIS DO LOTEAMENTO JARDIM DAS ACÁCIAS I E II..............2

3- LIGAÇÃO DE ESGOTO PARA USUÁRIO DOMÉSTICO...................................3

4- NORMAS TÉCNICAS.............................................................................................5

5- PARÂMETROS TOPOGRÁFICOS.........................................................................6

6- REDE COLETORA DO SAE...................................................................................6

7- PARÂMETROS DE PROJETO................................................................................6

7.1 - Dimensionamento Hidráulico...............................................................................7


7.1.1 - Parâmetros de Cálculo....................................................................................7

7.1.2 - Taxas de Contribuições..................................................................................9

7.1.3 - Cálculo das Taxas de Contribuições..............................................................9

8- QUANTITATIVOSDE MATERIAIS E SERVIÇOS.............................................10

9- REDE COLETORA PRINCIPAL...........................................................................10

10- DESCRIÇÃO E ESPECIFICAÇÕES DAS OBRAS...........................................12

10.1 - Locação da Obra...............................................................................................12


10.2 - Descrição das Obras..........................................................................................12
10.3 - Escavação e proteção das valas.........................................................................13
10.4 - Escoramentos....................................................................................................14
10.5- Transporte e assentamento dos tubos.................................................................15
10.6 - Poços de Visita..................................................................................................15
10.7 - Reaterro das Valas.............................................................................................16
REFERÊNCIAS..............................................................................................................18

11- APÊNDICE A - Cálculo Hidráulico Rede Coletora de Esgoto Sanitário............19

12- ANEXO I- Anotação de Responsabilidade Técnica............................................20


Jardim das Acácias I e II
Tupaciguara/MG

MEMORIAL DESCRITIVO

O abastecimento de água tratada traz resultados rápidos e sensíveis melhorias à saúde e


às condições de vida de uma comunidade. Entretanto, os dejetos gerados após o uso da
água requerem tratamento e disposição final adequados para controle de vetores
transmissores de doenças e preservação do meio ambiente.

A atual política nacional de recursos hídricos, por considerar a água um bem público,
limitado, dotado de valor econômico, cujo uso prioritário é o consumo humano,
estabeleceu que a gestão da água deve ser descentralizada, conforme estabelecido na Lei
Federal no 9.433, de janeiro de 1997. Assim, as alternativas de integração do uso da
água com as diversas atividades sociais e econômicas, atendendo aos mais diversos
interesses, tornam-se cada vez mais direcionadas à conservação desse bem, vital à
sobrevivência humana.

Drª Sandra Parreiras Pereira Fonseca

1- INTRODUÇÃO
O presente memorial apresenta os parâmetros, especificações e desenhos do projeto das
redes de esgoto sanitário do Empreendimento do Jardim das Acácias I e II, município de
Tupaciguara/MG.

O esgoto sanitário além de substâncias orgânicas e minerais dissolvidas leva também


substâncias coloidais e sólidas de maior dimensão, em mistura que podem formar
depósitos nas paredes e no fundo dos condutos, o que não é conveniente para o seu
funcionamento hidráulico, ou seja, para o escoamento.

O dimensionamento hidráulico deve-se prover as condições satisfatórias de fluxo do


efluente que, simultaneamente, devem atender aos seguintes quesitos:

- transportar as vazões esperadas, máximas (caso das vazões de fim de plano Qf), e
mínimas (que são as de início de plano Qi);

- promover o arraste de sedimentos, garantindo a auto limpeza dos condutos;

- evitar as condições que favorecem a formação de sulfetos (anaerobiose séptica) e a


formação e desprendimento do gás sulfídrico (condições ácidas). O gás sulfídrico, em

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meio úmido, origina o ácido sulfúrico. Esse ácido age destruindo alguns materiais de
que são feitos os condutos (o concreto, por exemplo), além de causar desconforto em
razão de seu cheiro ofensivo.

O dimensionamento hidráulico consiste, pois em se determinar o diâmetro e a


declividade longitudinal do conduto, tais que satisfaçam essas condições. Outras
condições que comparecem no dimensionamento hidráulico decorrem de vazões
instantâneas devidas às descargas de bacias sanitárias, muitas vezes simultâneas; são
elas:

- máxima altura da lâmina d’água para garantia do escoamento livre, fixada por norma
da instrução técnica do SAE em 50% do diâmetro, para as redes coletoras;

- mínima vazão a considerar nos cálculos hidráulicos, fixada em 1,5 L/s ou 0,0015 m³/s.

O projeto em questão é composto por redes coletoras de esgoto sanitário, conduzindo o


esgoto para a rede existente do SAE. Para a elaboração do presente trabalho, foram
observados os seguintes parâmetros:

- Normas técnicas da ABNT;

- Instruções normativas do SAE;

- Publicações técnicas pertinentes ao assunto e,

- Planta do levantamento planialtimétrico.

2- DADOS GERAIS DO LOTEAMENTO JARDIM DAS


ACÁCIAS I E II
O empreendimento localiza-se na área urbana da cidade de Tupaciguara, na região do
Triângulo Mineiro, na microrregião de Uberlândia, macrorregião do Triângulo Mineiro/
Alto Paranaíba. Na Figura 1 é apresentado à planta do perímetro urbano da cidade, com
a localização do empreendimento.

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Figura 1: - Planta da localização do empreendimento.

3- LIGAÇÃO DE ESGOTO PARA USUÁRIO DOMÉSTICO


As ligações dos esgotos “efluentes gerados pelos usuários” as redes coletoras
secundarias projetadas pela Jardim das Acácias I e II é dividida em 2 partes:

1 - Instalação predial (ramal interno) é a parte da ligação a ser construída pelo usuário,
também responsável pela manutenção. Ela vai até o passeio, ultrapassando a testada do
lote em 70,0cm e é constituída das tubulações internas, incluindo a caixa de passagem e
a caixa de gordura.

2 - Ramal Predial (ramal externo) é a parte da ligação a ser construída pela TRIPOLI
URBANISMO E CONSTRUTORA LTDA E ANCARA URBANISMO E
CONSTRUTORA LTDA ou por outra empresa outorgada para a execução do serviço.
Liga a instalação predial à rede coletora e é composta pelas tubulações externas e pelo
Poço Luminar (PL). O Poço Luminar é uma caixa, situada no passeio, que possibilita a
inspeção e desobstrução dos ramais de esgoto e que delimita as responsabilidades de
ação entre a TRIPOLI URBANISMO E CONSTRUTORA LTDA E ANCARA
URBANISMO E CONSTRUTORA LTDA e o usuário.

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Instalações prediais

A instalação predial deverá ser executada conforme o esquema mostrado no desenho


abaixo. A tubulação deverá ser de 100 mm de ferro fundido, PVC ou manilha de
cerâmica. Caso haja necessidade da instalação de uma rede com diâmetro superior a
100mm, o usuário deverá consultar previamente a TRIPOLI URBANISMO E
CONSTRUTORA LTDA E ANCARA URBANISMO E CONSTRUTORA LTDA,
para análise técnica das características do trecho.

O ramal interno deverá ter uma inclinação mínima de dois por cento (2%). Toda a
canalização de esgoto deverá ser construída em trechos retos. Se ocorrerem mudanças
de inclinação ou de direção, instalar, em todas elas, caixas de passagens ou peças
apropriadas, com tampa, permitindo inspeção e desentupimento.

Construído o ramal interno, a ponta do tubo deve ficar no passeio a ±80cm além da
testada do lote e a uma profundidade de ±0,50m, arrolhada com bucha de papel e
coberta de terra, até que seja executada a ligação.

do SAE

1- A construção da caixa de gordura, caixa de passagem e de todas as tubulações


internas são de responsabilidade dos proprietários dos imóveis;

2 - Para fazer a ligação de esgoto de sua casa é necessário construir a caixa de gordura e
as caixa de passagem, interligando-as com tubulação de PVC, ferro galvanizado ou
cerâmica, sempre com 100 milímetros de diâmetro;

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3 - A tubulação deverá continuar até a uma distância de ±80 centímetros no passeio, a


partir do muro da casa, com ± 0,50 metro de profundidade. A ponta do tubo deve ser
arrolhada com uma bucha de papel e coberta de terra até que a TRIPOLI URBANISMO
E CONSTRUTORA LTDA E ANCARA URBANISMO E CONSTRUTORA LTDA
execute a ligação;

4 - Em situações que necessitem de mudanças nas medidas indicadas, o morador deverá


procurar a TRIPOLI URBANISMO E CONSTRUTORA LTDA E ANCARA
URBANISMO E CONSTRUTORA LTDA para obter informações corretas de como
proceder. A ligação só serão executadas após a vistoria e a aprovação do ramal interno;

5 - A água usada na pia da cozinha tem que passar, obrigatoriamente, pela caixa de
gordura. Se você tem o hábito de lavar panelas no tanque, a água do tanque também
deve passar pela caixa de gordura;

6 - As águas usadas no banheiro, na máquina de lavar roupa e no tanque (com exceção


da situação acima citada) passam pela caixa de passagem;

7 - As redes de esgoto da TRIPOLI URBANISMO E CONSTRUTORA LTDA E


ANCARA URBANISMO E CONSTRUTORA LTDA não são dimensionadas para
receber as águas de chuva. Por este motivo é proibido o escoamento de águas de chuva
pelo ramal de esgoto sanitário, através de caixas, ralos, grelhas ou processo semelhante.
As ligações de esgoto somente serão executas se o sistema de escoamento das águas
pluviais estiver em conformidade com as normas do SAE.

4- NORMAS TÉCNICAS
O dimensionamento das redes coletoras foi executado conforme as premissas das
normas técnicas NBR 12.207 - Projeto de interceptores de esgoto sanitário e as
especificações complementares dos procedimentos das normas NBR 9648 - Estudo de
concepção de sistemas de esgoto sanitário, NBR 9649 - Projeto de redes coletoras de
esgoto sanitário e as regulamentações específicas das entidades responsáveis pelo
planejamento e desenvolvimento do sistema de esgoto sanitário.

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5- PARÂMETROS TOPOGRÁFICOS
Os dados técnicos que subsidiaram o dimensionamento hidráulico das redes coletoras
dos efluentes domésticos foram extraídos da planta planialtimétrica, com curvas de
níveis equidistantes a cada metro, fornecida pelo Empreendedor.

A metodologia adotada para estimar o desnível geométrico entre os respectivos pontos


“nó hidráulico” de intercessão dos eixos das redes coletoras foi uma da regra de três
simples, ou seja, o valor médio do desnível entre as curvas de níveis no trecho. Os
desníveis geométricos e demais quantitativos referenciados nos dados, apresentados na
planilha de cálculo podem ser alterados, após a locação da obra e revisão dos referidos
planos topográficos.

6- REDE COLETORA DO SAE


O PV da rede coletora do SAE que apresenta condições técnicas mais favoráveis para o
lançamento dos efluentes gerados na área do Loteamento Jardim das Acácias I e II,
encontram-se localizados na esquina da Rua Pio Mendes de Carvalho.

7- PARÂMETROS DE PROJETO
Será adotada como população inicial 3,0 habitantes por lote haja vista que o Loteamento
Jardim das Acácias I e II encontra-se em fase inicial de implantação. A população final
estimada de projeto é de 4,0 habitantes por lote.

DADOS TÉCNICOS

-Coeficiente para dia de maior consumo (K1): 1,20;

-Coeficiente para hora de maior consumo (K2): 1,50;

-Consumo per-capita bruto para (QPC): 200 l / hab. x dia;

-Taxa de retorno de esgoto (C): 0,80%;

-Taxa de infiltração em rede de esgoto: 0,1 l/s x km;

-Comprimento total das redes coletoras projetados: 8.903m;

- Densidade demográfica inicial: 3 habitantes/lote;

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- Densidade demográfica de saturação: 4 habitantes/lote;

- Área total do empreendimento: 21,40 hectares

7.1 - Dimensionamento Hidráulico


O dimensionamento hidráulico deve-se prover as condições satisfatórias de fluxo do
efluente que, simultaneamente, devem atender aos seguintes quesitos:

- transportar as vazões esperadas, máximas (caso das vazões de fim de plano Qf), e
mínimas (que são as de início de plano Qi);

- promover o arraste de sedimentos, garantindo a auto-limpeza dos condutos;

- evitar as condições que favorecem a formação de sulfetos (anaerobiose séptica) e a


formação e desprendimento do gás sulfídrico (condições ácidas). O gás sulfídrico, em
meio úmido, origina o ácido sulfúrico. Esse ácido age destruindo alguns materiais de
que são feitos os condutos (o concreto, por exemplo), além de causar desconforto em
razão de seu cheiro ofensivo.

O dimensionamento hidráulico consiste, pois em se determinar o diâmetro e a


declividade longitudinal do conduto, tais que satisfaçam essas condições. Outras
condições que comparecem no dimensionamento hidráulico decorrem de vazões
instantâneas devidas às descargas de bacias sanitárias, muitas vezes simultâneas; são
elas:

- máxima altura da lâmina d’água para garantia do escoamento livre, fixada por norma
da instrução técnica do SAE em 50% do diâmetro, para as redes coletoras;

- mínima vazão a considerar nos cálculos hidráulicos, fixada em 1,5 L/s ou 0,0015 m³/s.

7.1.1 - Parâmetros de Cálculo


O dimensionamento hidráulico das redes projetadas obedece às diretrizes das NBR
12207/92 - Projeto de interceptores de esgoto sanitário e as especificações
complementares contidas nas normas NBR 9648 - Estudo de concepção de sistemas de

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esgoto sanitário “Procedimento” e NBR 9649 - Projeto de redes coletoras de esgoto


sanitário “Procedimento” e também observadas às regulamentações específicas do SAE.

O cálculo foi executado pela fórmula de Manning, com coeficiente de rugosidade igual
a 0,013. A tubulação das redes coletoras com diâmetro mínimo de 100mm, são de
PVC/Sigma-12, composto que apresenta tensão circunferencial admissível de 12 MPa
(referência NBR 7.665), linha ocre.

As verificações das condições hidráulicas foram feitas pelo critério da tensão trativa,
tendo-se adotado os seguintes parâmetros:

- Tensão trativa mínima: 1,00 Pa

- Vazão mínima considerada: 1,50 L/s

- Lâmina máxima: ±50 %

- Diâmetro mínimo: 100 mm

- Distância máxima entre PV’s:±80,0 m

- Profundidade mínima da rede: 0,70 m

- Coeficiente para dia de maior consumo (K1): 1,20

- Coeficiente para hora de maior consumo (K2): 1,50

- Consumo per capita bruto para (QPC): 200 L/hab. x dia

- Taxa de retorno de esgoto (C): 0,80

-Taxa de infiltração em rede de esgoto inicial: 0,00150 l/s .m

-Taxa de infiltração em rede de esgoto final: 0,00250 l/s .m

A tensão trativa em cada trecho deve ser maior que 1,0 Pa. No caso de lançamento de
contribuição de tempo seco no interceptor, o valor mínimo da tensão tratativa média
deve ser de 1,5 Pa para a vazão inicial e coeficiente de Manning n=0,013.

Iomin.= 0,00035 x Qi^(-0,47)

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Sendo:

Iomin.= declividade mínima do interceptor (m/m) para as condições iniciais.


Qi= vazão inicial (m³/s)

7.1.2 - Taxas de Contribuições


As canalizações coletoras de esgotos funcionam por gravidade e a determinação de suas
dimensões é feita a partir da identificação das vazões que por elas serão transportadas.
Essa identificação compreende duas parcelas distintas, sendo a primeira delas as vazões
concentradas, de fácil identificação em planta, e a segunda a contribuição originária das
ligações domésticas ao longo dos condutos e dos possíveis pontos de infiltrações nos
mesmos.

O cálculo das contribuições domiciliares ao longo dos trechos é feito a partir da


determinação dos coeficientes de contribuição ou taxa de contribuição doméstica “Td”,
usualmente determinada relacionando-se com a unidade de comprimento dos condutos
ou a unidade de área esgotada. Essas taxas traduzem o valor global das contribuições
domésticas máximas horárias, dividido pela extensão total da rede coletora da área em
estudo e são calculadas pelas seguintes expressões:

A taxa de contribuição linear é resultante da reunião da taxa de contribuição doméstica


(Td) com a infiltração (TI), visto que as vazões dos esgotos sanitários são formadas a
partir das contribuições domésticas reunidas às possíveis infiltrações que penetram nas
canalizações coletoras, ou seja: para o início de plano e para o final de projeto.

A determinação da vazão de dimensionamento de cada trecho, denominada de


contribuição em marcha, é feita multiplicando-se a extensão do trecho em estudo pela
taxa de cálculo linear ou taxa de contribuição linear.

7.1.3 - Cálculo das Taxas de Contribuições


Comprimento da rede, após a conclusão da implantação do empreendimento: 8.903m.

Área parcelada do empreendimento: 21,40 ha

População inicial de projeto: 3,0 habitantes/ lote x 1492 lotes =4.476 habitantes

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A vazão inicial de projeto estimada ( QI ) = Vazão de distribuição( Qdi)+ Vazão de


infiltração ( Qinf )

Qdi= (0,80 x 4.476 x200) / 86.400 = 8,29 litros/ seg.

Qinf(inicial) = 0,00093 L/s.m

Cálculo das Taxas de Concentração

1) Taxa de concentração inicial

TCI = ((8,29 x 1,2) / 8.903) + 0,0003= 0,0014 l/s.m

2) Taxa de concentração final

TCF = ((1,2 x 1,5 x 11,05) / 8.903) + 0,0003 = 0,0025 l/s.m

8- QUANTITATIVOSDE MATERIAIS E SERVIÇOS


Os quantitativos das tubulações das redes principais e secundarias e dos volumes de
escavação, aterro das valas e dos escoramentos de proteção e de segurança dos taludes
são apresentados nos quadros subsequentes.

Diâmetro (mm) Ext. (m)


100 5970
150 8082
300 1290

Quantidade de Poço de Visita

H(m) Quantidade

<2,00m 140

9- REDE COLETORA PRINCIPAL


O dimensionamento hidráulico das redes principais e secundárias, assim como todas as
verificações das condições hidráulicas estabelecidas nas Normas técnicas é apresentado
na planilha de cálculo do anexo I.

A rede coletora principal atende os seguintes dados técnicos:

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 Profundidade mínima da rede na rua igual a 80 cm.


 Profundidade mínima da rede no passeio igual a 70 cm.
 Não será admitida a execução de rede de esgoto na rua com tubos PVC para
instalações prediais de esgoto. Somente manilhas cerâmicas ou tubos PVC
próprios para a rede de esgoto urbana conforme normas da ABNT.
 As redes de esgoto com profundidade superior a 2,50 metros deverão ser
construídas com diâmetros não inferiores a 200 mm.
 A distância máxima entre poços de visita é de:
o 80 metros para redes de esgoto com profundidade igual ou inferior a 2,00
metros;
o 50 metros para redes de esgoto com profundidade superior a 2,00 metros.
 O diâmetro mínimo para os interceptores e emissários de esgoto é 300 mm.
 A rede coletora de esgoto será projetada de forma que a altura da lâmina liquida
não ultrapasse a metade da seção, quando ocorrer à vazão máxima prevista, para
os interceptores e emissários 2/3 e 3/4, da seção respectivamente.
 A declividade mínima das canalizações da rede de esgotamento sanitário é de 0,5
%, salvo casos especiais justificados tecnicamente provando que a velocidade de
escoamento respeita as normas da ABNT.
 Os poços de visita poderão ser construídos em manilhas de concreto armado com
diâmetro não inferior a 80 cm para redes com profundidade até 2,50 m e de 1,00
m para redes com profundidades maiores que 2,50 m.
 A profundidade máxima das canalizações de esgoto não deve ultrapassar 3,00
metros, salvo em casos excepcionais plenamente justificáveis.
 As ligações domiciliares de esgoto deverão conter caixas de passagem, conforme
projeto padrão SAE, para requerimentos de ligação de esgoto.
 A interligação da rede de esgoto projetada com a rede de esgoto existente é de
inteira responsabilidade do proprietário do loteamento, cabendo ao SAE não
liberar ligações de água/esgoto, caso esta ligação não estiver concluída.

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10- DESCRIÇÃO E ESPECIFICAÇÕES DAS OBRAS

10.1 - Locação da Obra


Previamente antecedendo ao início das obras, deverá ser instalado marcos topográfico,
ou seja, as referência de nível, amarrados ao sistema de coordenadas constantes no
projeto. Os “RNs” marcos de concreto devem ser distribuídos estrategicamente de
forma a permitir a locação das estruturas previstas. A locação dos cortes e aterros
deverá estar rigorosamente de acordo com o projeto o qual deve conter os elementos
suficientes a uma perfeita localização. As estacas de marcação dos “off-sets” deverão
ser localizadas por nivelamento geométrico.

A norma 12.266/1992 prevê que as valas no leito carroçável da rua, as tubulações


devem ser localizadas em um dos trechos laterais, ficando a de esgoto no terço mais
favorável às ligações prediais.

10.2 - Descrição das Obras


Os serviços previstos constam de:

- Escavação para execução das redes de esgoto, com separação dos materiais para
reaproveitamento e remoção imediata dos não utilizáveis.

- Obras, serviços e providências para proteção, sustentação, reconstrução ou desvio, de


rede de água potável, água pluvial, cabos elétricos, telefônicos, etc., que possam ser
encontrados ao efetuarem as escavações, sustentação provisória ou proteção de
edificações, de postes e outras eventuais instalações que possam sofrer danos em
consequência da execução da obra.

- Aterro e compactação das valas da rede de esgoto e poço de visita, bem como controle
tecnológico necessário a perfeita execução do serviço.

- Reconstrução dos pavimentos e se for o caso de passeios, e de tudo o que foi removido
para construção da obra (meio fio, tampões, boca de lobo, etc.)

- Fornecimento de todos os materiais e equipamentos mecânicos, elétricos e hidráulicos


a serem empregados, conforme especificado.

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- Reabertura do trânsito, remoção das sobras e entulhos, limpeza e reconstrução do


ambiente pré existente nos locais da obra.

10.3 - Escavação e proteção das valas


Referências de prevenção dos trabalhos em escavações, quanto às medidas mínimas de
segurança a serem adotadas para evitar ou minimizar os riscos de acidentes de trabalho.
Conforme as normas fixadas pela NBR 12.266/1992 e as condições exigíveis para
projeto e execução de valas para assentamentos de tubulações de água, esgoto ou
drenagem urbana.

Escavação Manual: Serviços realizados com auxílio de ferramentas manuais;

Escavações Mecanizadas: Serviços realizados com auxílio de equipamentos


motorizados ou pneumáticos;

Estabilidade: São as características relativas às estruturas, taludes, valas, escoramentos


ou outros elementos que não ofereçam risco de desabamento, sejam por estarem
garantidos por meio de estruturas especificadas para tal fim ou porque apresentam
rigidez decorrente da própria formação geológica.

Em solos coesivos “firmes” é possível escavar até a uma profundidade de 1,75m, sendo
1,25m na vertical e 0,50m taludado α ≤ 45º. Escavações com profundidade menores ou
iguais a 5,0m devem utilizar patamares “bermas” com largura superior a 1,50m, quando
não houver interferência no entorno, sendo 1,25m na vertical e o restante até 3,75m
taludado α ≤ 45º com berma em ambos os lados.

A distância mínima para o depósito do material escavado ao longo da vala é a metade da


profundidade de corte, ou seja, o afastamento da zona de falha ou ruptura da superfície
normal.

Somente após vistoria, os trabalhos de escavação de qualquer trecho serão considerados


terminados. Para vistoria, as valas deverão ser limpas e desimpedidas de fragmentos de
rocha, lama ou detritos de qualquer natureza. Dependendo do tipo de material
encontrado, as escavações a serem realizadas compreenderão:

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Escavação em terra: Sob a denominação terra entende-se a todos os materiais que não
necessitem meios especiais para sua extração.

Incluem-se nesta classificação, além da terra propriamente dita, piçarra, cascalho,


xistos, argilas, grês mole, rocha decomposta, solo orgânico e todos os materiais
semelhantes. Estão incluídos também os blocos soltos de rocha e material duro com
diâmetro inferior a 30 cm. Constituindo assim um material impróprio para ser
reutilizado em aterro conforme é salientado na caracterização geológica do município.

A largura “L” das valas para tubulações com diâmetros >250mm é definida pela
expressão: “L = D+0,60m”, onde “D” é o diâmetro nominal da tubulação.

10.4 - Escoramentos
O escoramento destina-se a garantir a segurança das pessoas, evitarem danos a terceiros
e possibilitar o desenvolvimento normal dos trabalhos. Todos os cortes com
profundidades superiores a 1,50m serão protegidos com escoramento de madeira ou
através de escavações com ângulo de inclinação menor que o ângulo de estabilidade do
solo local ou protegido com escoramento.

O escoramento das escavações deve ser realizado nos casos previstos pela
regulamentação em vigor ou, de uma maneira geral, quando a natureza do terreno exige.
Dentre as técnicas de escoramento mais usadas tem-se: os painéis em madeira feitos
com elementos pré-fabricados, escoramento com caixas de madeira ou metálicas,
escoramento por estacas.

É imprescindível proteger-se contra todos os riscos de desmoronamento. Seja por


talude, seja com escoramento das paredes da vala. A execução das precauções relativas
às paredes da vala é também função do meio (urbano e rural) e da profundidade de
assentamento. Os taludes em ângulo, ou seja, paredes com inclinação, que deve ser
próxima ao ângulo de atrito interno do terreno. Este ângulo varia com a natureza dos
terrenos encontrados.

Os tipos de escoramentos são classificados quanto a material (madeira, metálico ou


misto) e quanto a sua disposição (pontaleteamento, escoramento descontinuo,
escoramento continuo). As profundidades utilizadas neste projeto para cada tipo de

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escoramento estão representadas na tabela a seguir. Estes parâmetros podem variar


conforme sondagem do solo no local durante a execução da obra. Qualquer que seja o
procedimento utilizado é preciso levar em consideração a pressão do terreno. Os painéis
instalados devem ser capazes, de resistir a um empuxo do terreno.

10.5- Transporte e assentamento dos tubos


Para assentamento dos tubos, esses deverão ser transportados até a vala, manualmente
ou em caminhões, apoiados sobre sarrafos, com bolsas livres, ou seja, apoiados ao longo
da geratriz inferior, sobre local livre de pedras ou objetos salientes, permanecendo no
local pelo menor tempo possível, para se evitar acidentes.

Os tubos deverão se descidos na vala manualmente quando possível com arrasto. Os


tubos devem ser assentados com sua geratriz inferior coincidindo com o eixo da vala e
berço, de modo que as bolsas fiquem nas escavações previamente preparadas,
assegurando um apoio ao longo do tubo.

Os tubos deverão ser assentados com as bolsas voltadas para montante da rede, para
serem acoplados as pontas dos tubos subsequentes. Quando da interrupção dos
trabalhos, o último tubo assentado deverá ser tamponado (ponta seca), afim de evitar-se
a entrada de elementos estranhos a tubulação. Os tubos serão em PVC
ESGOTO/OCRE, fabricado segundo a ABNT NBR 7362.

10.6 - Poços de Visita


Os poços de visita (PV) serão executados conforme projeto anexo. Serão construídos
rigorosamente onde forem verificadas mudanças de direção e declividade brusca da rede
coletora e a distância máxima entre poços de visita é de:

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- 80 metros para redes de esgoto com profundidade igual ou inferior a 2,00


metros;
- 50 metros para redes de esgoto com profundidade superior a 2,00 metros.

. Nos locais onde for verificada a presença de lençol freático, os poços deverão ser
revestidos externamente e receber uma pintura impermeabilizante, para que as
infiltrações sejam evitadas.

Os poços de visita serão providos de canaletas de fundo concordando em forma e


declividade com as tubulações que tem acesso ao PV. O enchimento lateral das
canaletas será sempre em concreto. O fundo do poço de visita deverá ter uma
declividade mínima de 2,0%, em direção as canaletas.

A laje inferior será executada sobre uma camada de brita nº 03 e concreto magro,
devidamente regularizado. As chaminés do poço de visita serão circulares Ø 800mm
(para profundidade de até 2,50m) e Ø 1000mm (para poços com profundidade maiores
que 2,50m), em alvenaria de tijolos cerâmicos assentes e revestidas internamente com
argamassa de cimento e areia traço 1:3 ou manilha de concreto. Para fechamento do PV
será usado uma tampa de concreto armado, com a inscrição “rede de esgoto”.

10.7 - Reaterro das Valas


O reaterro será executado em camadas nunca superiores a 20cm de espessura, bem
compactada com uso de equipamento mecânico. Até 50cm da geratriz superior da
tubulação, o material deverá ser escolhido, evitando-se material com pedras, terra
vegetal, dando-se preferência a solos argilosos. Na compactação deverá ser observado o
controle de umidade do material, procurando-se chegar próximo à umidade ótima, e o
mesmo deverá chegar a um grau superior a 95% PN.

Toda a camada de terra para aterro será proveniente da escavação das valas ou de área
de empréstimo. Se por qualquer motivo o solo ficar encharcado, este deverá ser
escarificado de maneira a reduzir sua umidade, ou o mesmo deverá ser retirado da vala.

O reaterro da vala será executado em três etapas distintas:

- Aterro Lateral;

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- Aterro superior, até a geratriz superior do tubo;

- Aterro final, recobrimento da vala.

O solo do aterro lateral deve ser colocado em volta da tubulação e compactado


manualmente em ambos os lados simultaneamente, em camadas não inferiores a 20cm,
sem deixar vazios sob a tubulação. O material utilizado no aterro das valas deve estar de
acordo com as ABNT NBR 7.367 e 9.822.

O aterro superior será feito com material selecionado, sem pedras ou matacões, em
camadas de 15 a 20 cm, compactando-se manualmente apenas as regiões compreendidas
entre o plano vertical tangente a tubulação e a parede da vala. A região diretamente
acima da tubulação não deve ser compactada, para evitar deformações nos tubos.

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REFERÊNCIAS

- NBR 7362-1 - Sistemas Enterrados para Condução de Esgotos - Parte 1

- NBR 7367/NB-281 - Projeto e Assentamento de Tubulação de PVC Rígido para


Sistema de Esgoto Sanitário

- NBR 7968/PB-798 - Diâmetros Nominais em Tubulações de Saneamento nas Áreas


de Rede de Distribuição, Redes Coletoras e Interceptores de Esgoto

- NBR 9648/NB-566 - Estudo de Concepção de Sistemas de Esgotamento Sanitário -


Procedimento

- NBR 9649/NB-567 - Projeto de Rede Coletora de Esgoto Sanitário

- NBR 9800 - Critérios para Lançamento de Efluentes Líquidos Industriais no Sistema


Coletor Público de Esgoto Sanitário – Procedimento

- NBR 9814/NB-37 - Execução de Rede Coletora de Esgoto

- NBR 12207/NB-568 - Projeto de Interceptores de Esgoto Sanitário

- NBR 12208 - Projeto de Estações Elevatórias de Esgoto Sanitário

- NBR 12209 - Projeto de Estações de Tratamento de Esgoto

- NBR 12266- Projeto e Execução de Valas para Assentamento de Tubulação de Água,


Esgoto ou Drenagem Urbana.

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11- APÊNDICE A - Cálculo Hidráulico Rede Coletora de Esgoto


Sanitário

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12- ANEXO I- Anotação de Responsabilidade Técnica

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