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1- MEMÓRIA DESCRITIVA

Apresente Memoria descritiva e justificativa refere-se ao projeto de


abastecimento de água e drenagem das águas residuais de um Projecto de uma Escola
de 12 salas de aulas, do tipo T14, incluíndo arranjos exteriores que a Administração
Municipal do Icolo e Bengo, pretende levar a cabo, numa área bruta de
aproximadamente 28.984,00 𝒎𝟐, com uma área coberta de 15.550,00 𝒎𝟐, conforme as
peças desenhadas.
1.1. - Objetivo do projeto
O objetivo deste projeto técnico é especificar todos e cada um dos elementos que
compõem a instalação de abastecimento de água, assim como justificar, através dos
correspondentes cálculos, o cumprimento do Regulamento Geral dos Sistemas
Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais.

1.4. - Legislação aplicável


Na realização do projeto foi considerado o Regulamento Geral dos Sistemas Públicos
e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais
'Abastecimento de água'.

1.5. - Descrição da instalação


1.5.1. - Descrição geral
Tipo de projeto: Edifício Escolar

1.6. - Características da instalação


1.6.1. - Ramais de ligação
Circuito mais desfavorável:

Instalação do ramal de ligação enterrado para abastecimento de, que une a


rede geral de distribuição de água potável da empresa abastecedora com a instalação
geral do edifício, contínuo em todo o seu comprimento sem uniões intermédias não
visitáveis, constituído por tubo de polietileno PE 100, de 32 mm de diâmetro exterior,
PN=10 atm. e 2 mm de espessura, colocada sobre leito de areia de 15 cm de espessura,
no fundo da vala previamente escavada; abraçadeira de tomada em carga colocada
sobre a rede geral de distribuição que serve de ligação entre o ramal de ligação e a
rede; válvula de corte de esfera de 1" de diâmetro com manípulo de encaixe quadrado
colocada com união roscada, situada junto à edificação, fora dos limites da
propriedade, alojada na caixa de visita pré-fabricada de polipropileno de 30x30x30
cm, colocada sobre base de betão simples C20/25 (X0(P); D25; S2; Cl 1,0) de 15 cm
de espessura.
1.6.2.- Ramais de introdução
Circuito mais desfavorável:

Instalação de ramal de introdução de água potável de comprimento


desfavoravel,será enterrado, formada por tubo de polipropileno copolímero
resistente à temperatura ,de 32 mm de diâmetro exterior, PN=12,5 atm e 3,6 mm de
espessura, colocado sobre leito de areia de 10 cm de espessura, no fundo da vala
previamente escavada, devidamente compactada e nivelada através de equipamento
manual com apiloador (saltitão) de condução manual, enchimento lateral compactando
até metade do diâmetro do tubo e posterior enchimento com a mesma areia até 10
cm por cima da geratriz superior do tubo

2.- CÁLCULOS
2.1.- Bases de cálculo
2.1.1.- Redes de distribuição
2.1.1.1.- Condições mínimas de abastecimento

Condições mínimas de abastecimento a garantir em cada ponto de consumo


Qmin AF Qmin A.C.S. Pmin
Tipo de aparelho
(m³/h) (m³/h) (m.c.a.)
Autoclismo de bacia de retrete 0.36 - 10
Lavatório pequeno 0.18 - 10
Máquina de lavar louça doméstica 0.54 - 10
Lava-louça doméstico 0.72 - 10

Abreviaturas utilizadas
Caudal instantâneo mínimo de água
Qmin AF Pmin Pressão mínima
fria
.

Nota: A pressão em qualquer ponto de consumo não é superior a 45 m.c.a.


2.1.1.2.- Tramos
O cálculo foi realizado com um primeiro dimensionamento seleccionando o
tramo mais desfavorável da mesma e obtendo-se uns diâmetros prévios que
posteriormente foram verificados em função da perda de carga obtida com os
mesmos, a partir da seguinte formulação:

Factor de fricção:

Sendo:

ε: Rugosidade absoluta

D: Diâmetro [mm]

Re: Número de Reynolds

Perdas de carga:

Sendo:

Re: Número de Reynolds

εr: Rugosidade relativa

L: Comprimento [m]

D: Diâmetro

v: Velocidade [m/s]

g: Aceleração da gravidade [m/s2]


Este dimensionamento foi realizado tendo em conta as peculiaridades da
instalação e os diâmetros obtidos são os mínimos que fazem compatíveis o bom
funcionamento e a economia da mesma.

O dimensionamento da rede foi realizado a partir do dimensionamento de cada


tramo, e para isso começou-se do circuito mais desfavorável que é o que tem maior
perda de carga devida tanto ao atrito como à sua altura geométrica.

O dimensionamento dos tramos foi realizado de acordo com o procedimento seguinte:

O caudal máximo de cada tramo é igual à soma dos caudais dos pontos de consumo
alimentados pelo mesmo de acordo com a tabela que figura no ponto 'Condições
mínimas de abastecimento'.

Estabelecimento dos coeficientes de simultaneidade de cada tramo de acordo com o


critério selecionado:

Sendo:

Qc: Caudal simultâneo

Qa: Caudal bruto

Determinação do caudal de cálculo em cada tramo como produto do caudal máximo


pelo coeficiente de simultaneidade correspondente

Seleção de uma velocidade de cálculo compreendida dentro dos intervalos seguintes:

 Tubagens metálicas: entre 0.50 e 1.50 m/s.


 Tubagens termoplásticas e multicamadas: entre 0.50 e 1.50 m/s.

Obtenção do diâmetro correspondente a cada tramo foi em função do caudal e da


velocidade.
2.1.2.- Derivações a locais húmidos e ramais de ligação

Os ramais de distribuição aos aparelhos domésticos foram dimensionados


conforme o estabelecido na seguinte tabela. Foram ainda considerados os critérios
de abastecimento dados pelas características de cada aparelho e dimensionados em
concordância.

Diâmetros mínimos de derivações aos aparelhos


Diâmetro nominal do ramal de ligação
Aparelho ou ponto de consumo
Tubo de aço ('') Tubo de plástico (mm)
Autoclismo de bacia de retrete --- 16
Lavatório pequeno --- 16
Chuveiro --- 16
--- 16
Lava-louça doméstico --- 16
3. - CONDIÇÕES TÉCNICAS

3.1. - Execução
A instalação de abastecimento de água será executada de acordo com o
projecto, com a legislação aplicável, com as normas da boa construção e com as
instruções do diretor de obra e o fiscal de obra.

Durante a execução e instalação dos materiais, acessórios e produtos de construção


na instalação interior, serão utilizadas técnicas apropriadas para não piorar a água
abastecida.

3.1.1.- Redes de tubagens


Condições gerais

A execução das redes de tubagens será realizada de maneira que se consigam


os objetivos previstos no projeto sem danificar ou deteriorar o resto do edifício,
conservando as características da água abastecida em relação a sua potabilidade,
evitando ruídos incómodos, procurando as condições necessárias para a maior duração
possível da instalação assim como as melhores condições para a sua manutenção e
conservação.

As tubagens ocultas ou encastradas passarão preferencialmente em alvenarias


preparadas para esse efeito ou pré-fabricadas, tectos ou pavimentos técnicos,
fachadas cortina ou paredes técnicas. Devem ser devidamente ventiladas e possuírem
um adequado sistema de vazamento.

O traçado das tubagens à vista será efectuado de forma limpa e ordenada. Se


estiverem expostas a qualquer tipo de deterioração por golpes ou choques fortuitos,
devem ser protegidas adequadamente.

A execução de redes enterradas terá em conta preferencialmente a proteção


das tubagens face a fenómenos de corrosão, esforços mecânicos.

Uniões e juntas

As uniões dos tubos serão estanques.

As uniões de tubos resistirão adequadamente à tracção, ou a rede a absorverá


com o adequado estabelecimento de pontos fixos, e em tubagens enterradas através
de estribos e apoios colocados em curvas e derivações.

Nas uniões de tubos de aço galvanizado ou zincado as roscas dos tubos serão
do tipo cónico, de acordo com a norma NP EN 10 242:1995. Os tubos só podem ser
soldados se a protecção interior se poder restabelecer ou se se poder aplicar uma
nova. São admissíveis as soldaduras fortes, sempre que se sigam as instruções do
fabricante. Os tubos não poderão ser curvados salvo quando se verifiquem os
critérios da norma NP EN 10 240:1998. Nas uniões tubo-acessório serão observadas
as indicações do fabricante.

As uniões de tubos de cobre poderão ser realizadas através de soldadura ou


através de manguitos mecânicos. A soldadura, por capilaridade, branda ou forte, pode
ser realizada através de manguitos para soldar por capilaridade. Os manguitos
mecânicos poderão ser de compressão, de ajuste cónico e de pestanas.

As uniões de tubos de plástico serão realizadas seguindo as instruções do


fabricante.

Protecções

As tubagens metálicas serão protegidas contra a agressão de todo o tipo de


argamassas, do contacto com a água na sua superfície exterior e da agressão do
terreno através da interposição de um elemento separador de material adequado e
instalado de forma contínua em todo o perímetro dos tubos e em todo o seu
comprimento, sem deixar juntas de união do referido elemento que interrumpam a
protecção e instalando-o igualmente em todas as peças especiais da rede, tais como
cotovelos e curvas.

3.1.2.- Sistemas de medição do consumo. Contadores


Alojamento do contador geral

A caixa de alojamento estará construída de tal forma que uma fuga de água na
instalação não afecte o resto do edifício. Para esse fim, estará impermeabilizada e
possuirá drenagem no fundo que garanta a evacuação do caudal de água máximo
previsto no ramal de ligação. A drenagem será efectuada através de um sumidouro
sifonado provido de grelha de aço inoxidável assente na superfície do referido fundo.
A descarga será feita à rede de saneamento geral do edifício se esta é capaz de
absorver o referido caudal e, se não o for, será feita directamente à rede pública de
saneamento.

As superfícies interiores da caixa, quando se realize "in situ", serão


terminadas adequadamente através de emboço, sem esquinas no fundo, que por sua
vez terá a pendente adequada para o sumidouro. Se a mesma for pré-fabricada
deverá cumprir os mesmos requisitos de forma geral.

Em qualquer caso, contará com a pré-instalação adequada para uma ligação de


envio de sinais para a leitura à distância do contador.
Estarão fechadas com portas capazes de resistir adequadamente tanto a ação
da intempérie como possíveis esforços mecânicos derivados da sua utilização e
situação. Nas mesmas, serão efectuadas aberturas fixas, furos ou grelhas, que
possibilitem a necessária ventilação da caixa. Possuirão fechadura e válvula, para
impedir a manipulação por pessoas não autorizadas, tanto do contador como das suas
válvulas.

A caixa de alojamento estará construída de tal forma que uma fuga de água na
instalação não afecte o resto do edifício. Para esse fim, estará impermeabilizada e
possuirá drenagem no fundo que garanta a evacuação do caudal de água máximo
previsto no ramal de ligação. A drenagem será efectuada através de um sumidouro
sifonado provido de grelha de aço inoxidável assente na superfície do referido fundo.
A descarga será feita à rede de saneamento geral do edifício se esta é capaz de
absorver o referido caudal e, se não o for, será feita directamente à rede pública de
saneamento.

3.1.4.- Montagem dos filtros


O filtro tem de ser instalado antes do primeiro enchimento da instalação, e será
colocado imediatamente antes do contador segundo o sentido de circulação da água.
Apenas devem ser instalados filtros adequados.

3.2. - Colocação em funcionamento


3.2.1. - Ensaios das instalações
Ensaios das instalações interiors

A empresa instaladora estará obrigada a efetuar uma prova de resistência


mecânica e estanquidade de todas as tubagens, elementos e acessórios que integram
a instalação, estando todos os seus componentes à vista e acessíveis para o seu
controlo.

Para iniciar a prova deve-se encher com água toda a instalação, mantendo
abertas as torneiras terminais até que se tenha a certeza de que a purga foi completa
e não existe ar. para as tubagens termoplásticas e multicamada serão considerados
válidos os ensaios realizados conforme o método A descrito na norma NP ENV 12
108:2002. Uma vez realizado o ensaio anterior, serão colocadas as torneiras e os
aparelhos de consumo, submetendo a instalação novamente ao ensaio anterior.
O Técnico

Matondo Pedro Vieira

Engº Civil

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