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13/03/2023

Restaurações de

Amálgama
Profa. Leila Moreira

Preparos cavitários
Classe I
Oclusal de molares e pré-molares

Classe II
Proximal de molares e pré-molares
Slot horizontal, túnel, slot vertical, composta, complexa

Classe V
Vestibular ou lingual de molares e pré-molares
Conceição, 2007

Vantagens do amálgama

• Resistência ao desgaste
• Experiência clínica
• Facilidade de manipulação
• Facilidade de estabelecer ponto de contato
• Não é tão sensível à umidade
• Custo
• Auto selamento da cavidade

Conceição, 2007
13/03/2023

Limitações do amálgama

• Estética
• Presença de mercúrio
• Ausência de união à estrutura
dental

Conceição, 2007

COMPOSIÇÃO

• Mercúrio líquido + liga de prata por meio de um processo


chamado de trituração ou amalgamação;
• Introduzido na Odontologia em 1826;
• Innes e Youdelis – 1963 – adicionaram partículas eleutéricas de
prata-cobre na fase gama 2 que é considerada a mais deletéria
para a longevidade clínica do material

Conceição, 2007

COMPOSIÇÃO

• A especificação nº1 da ADA determina que a liga para amálgama


tenha, na sua composição, prata e estanho;
• Porém, tem outros elementos: cobre, paládio, zinco – mas as
quantidades desses elementos não podem exceder a quantidade de
prata e estanho;

Conceição, 2007
13/03/2023

Classificação

Quanto à forma de partícula de liga:


A) Partículas irregulares ou usinadas: a fusão dos vários
componentes da liga é usinada para obter o pó que é constituído
de partículas irregulares.
B) Partículas esféricas: os componentes são liquefeitos e submetidos
a um jateamento por um gás inerte sob alta pressão – método
chamado atomização. As partículas adquirem um aspecto
esférico.

Conceição, 2007

Classificação

Quanto ao conteúdo de Cobre:


A) Ligas com baixo conteúdo de cobre: quantidade menor que 6% de
cobre em peso na sua composição, forma irregular;
B) Ligas com alto conteúdo de cobre: quantidade maior que 6% de
cobre em peso na sua composição,
C) Ligas de fase dispersa: é uma mistura de liga usinada com baixo
conteúdo de cobre e liga esférica com alto conteúdo de cobre.
D) Ligas de fase única: apresenta apenas liga esférica com alto conteúdo
de cobre.

Conceição, 2007

Classificação

Quanto ao conteúdo de Zinco:


A) Ligas sem zinco: apresentam uma quantidade igual ou menor
que 0,01% de zinco em peso;
B) Ligas com zinco: apresentam uma quantidade maior que 0,01%
de zinco em peso; - esse tipo deve ter certo cuidado com a
umidade da cavidade oral durante a manipulação (uso) 
Expansão Tardia – aumento volumétrico da restauração pela
liberação de hidrogênio decorrente da reação entre a água e
zinco.

Conceição, 2007
13/03/2023

Propriedades

A) Resistência à compressão: alta


- Suporta altas cargas mastigatórias;
- Baixa resiliência: grande parte dos esforços mastigatórios é
transmitida para o dente.

Conceição, 2007

Propriedades

B) Resistência à tração: baixa


- Requer preparos cavitários que minimizem esse tipo de esforço
sobre a restauração.
C) Creep: essa propriedade representa o escoamento do material
sob ação de uma força de compressão.
- Ligas que apresentam elevado creep proporcionam maior
ocorrência de degradação marginal.

Conceição, 2007

Propriedades

C) Corrosão: pode ser em maior ou menor intensidade dependendo


do conteúdo de cobre presente no amálgada.
- Liga com baixo teor de cobre depositam produtos de corrosão
mais rapidamente na interface dente-restauração; isso pode
proporcionar um autoselamento nas bordas

Conceição, 2007
13/03/2023

Etapas do preparo

• Objetivos biológicos (tecido cariado)


• Objetivos mecânicos
• Remoção de esmalte socavado ou reforço com materiais adesivos
• Ângulos internos arredondados
• Cavidades retentivas ou retenções adicionais
• Ângulo cavosuperficial reto e bem definido

Baratieri et al., 2013

Retenção para restaurações de amálgama


Indiretas
Pinos de ancoragem na dentina
Cimentados, friccionados ou rosqueados
Riscos de fratura da dentina
Amálgama adesivo
Não devem ser preferenciais

Conceição, 2007

Retenção para restaurações de amálgama

Diretas
Caixas
Paredes circundantes convergentes
Profundidade ˃ largura
Auto retentivos

Conceição, 2007
13/03/2023

Retenção para restaurações de amálgama

Diretas
Canaletas e sulcos
Excelente alternativa para conferir retenção
e resistência

Conceição, 2007

Retenção para restaurações de amálgama

Diretas
Câmara pulpar
Dentes tratados endodonticamente
Preenchimento da câmara pulpar com
material restaurador

Conceição, 2007

Retenção para restaurações de amálgama

Diretas
Amalgamapin
Orifícios na dentina de 1,5 – 2 mm
de profundidade
Restaurações complexas

Conceição, 2007
13/03/2023

Retenção para restaurações de amálgama


Diretas
Adesiva

Associação com sistemas adesivos


Minimiza microinfiltração Aumento do tempo clínico
Propicia a confecção de preparos mais Aumento de custos
conservadores
Nem sempre elimina a necessidade de
Dispensa uso de material para forramento forma de retenção adicional
Reduz a sensibilidade pós-operatória
Reforça a estrutura dental
Conceição, 2007

Retenção para restaurações de amálgama


Diretas
Adesiva

Conceição, 2007

Instrumental
Preparo cavitário
• Broca 330 e 245
• Brocas esféricas 2 e 4
• Recortador de margem cervical 28 e 29
• Instrumental de isolamento absoluto
• Cinzel

Conceição, 2007
13/03/2023

Instrumental
Preparo cavitário
Confecção da restauração
• Broca 330 e 245
• Porta-amálgama
• Brocas esféricas 2 e 4
• Condensadores de Ward
• Recortador de margem cervical 28 e 29
• Brunidor 29 e 33
• Instrumental de isolamento absoluto • Esculpidor Hollemback 3S
• Cinzel • Condensador Hollemback nº 6
• Matriz metálica
• Cunha interproximal
• Tesoura
• Lamparina
• Porta-matriz Tofflemire

Conceição, 2007

Instrumental
Preparo cavitário
Confecção da restauração
• Broca 330 e 245
• Porta-amálgama
• Brocas esféricas 2 e 4
• Condensadores de Ward
• Recortador de margem cervical 28 e 29
• Brunidor 29 e 33
• Instrumental de isolamento absoluto • Esculpidor Hollemback 3S
• Cinzel • Condensador Hollemback nº 6
Acabamento/Polimento • Matriz metálica
• Brocas multilaminadas (12 lâminas) • Cunha interproximal
• Discos de lixa • Tesoura
• Pontas siliconadas • Lamparina
• Escovas de Robinson • Porta-matriz Tofflemire
• Pasta de polimento
Conceição, 2007

Protocolo clínico – Classe I

• Anestesia
• Verificação dos contatos oclusais
• Isolamento do campo operatório

Conceição, 2007
13/03/2023

Protocolo clínico – Classe I


• Preparo cavitário
• Forma de resistência, retenção, contorno e preservação tecidual
• Em alta rotação sob refrigeração
• 0,5 mm de profundidade além do limite amelodentinário

Conceição, 2007; Baratieri et al., 2013

Protocolo clínico – Classe I


• Forma de resistência: parede pulpar perpendicular ao longo eixo
do dente.
• Forma de retenção: paredes convergentes para oclusal
• Forma de contorno: engloba todo o tecido cariado e áreas
susceptíveis à cárie

Conceição, 2007; Baratieri et al., 2013

Forma de contorno

• Engloba todo o tecido cariado e áreas susceptíveis à cárie


• Não inclusão das cúspides no preparo
• Prevenir proximidade dos ângulos diedros internos com a polpa
• Inclusão de fissuras cariadas

Baratieri et al., 2002


13/03/2023

Forma de contorno
• Margens da cavidade em tecido dental liso e sadio
• Extensão mínima em direção as cristas marginais
• Cavidades separadas por 0,5 mm devem ser unidas
• Inclusão de esmalte sem suporte no preparo

Baratieri et al., 2002

Forma de contorno

Baratieri et al., 2013

Protocolo clínico – Classe I


Limpeza da cavidade

Proteção do complexo dentina-polpa


(CIV/sistema adesivo)

Conceição, 2007
13/03/2023

Protocolo clínico – Classe I


Trituração
(proporção liga-mercúrio; manual ou mecânica pelo tempo
recomendado pelo fabricante) – aspecto plástico, liso e não granuloso

Conceição, 2007

Protocolo clínico – Classe I


Condensação e brunidura pré-escultura
• Preencher a cavidade com o material
• Adaptar e compactar o material à cavidade
• Reduzir porosidades
• Porta-amálgama
• Condensadores
• Preenchimento das margens
• Brunidura do centro para as margens da cavidade
Conceição, 2007

Protocolo clínico – Classe I

Baratieri et al., 2013


13/03/2023

Protocolo clínico – Classe I


Escultura e brunidura pós-escultura
• Reprodução dos detalhes anatômicos
• Conhecimento prévio da anatomia
• Observação da relação oclusal com o dente antagonista
• Resistência do amálgama ao corte
• Instrumento apoiado na superfície dental
• Escultura rasa
• Contorno dos sulcos principais
Conceição, 2007

Protocolo clínico – Classe I


Escultura e brunidura pós-escultura
• Brunidura - OBJETIVOS
• Diminuir porosidade do amálgama
• Melhorar adaptação marginal
• Propiciar um superfície mais lisa
• Diminuir o conteúdo de mercúrio residual nas margens
• Melhorar selamento marginal
• Melhorar desempenho clínico da restauração
Conceição, 2007

Protocolo clínico – Classe I


Escultura e brunidura pós-escultura

Baratieri et al., 2013


13/03/2023

Protocolo clínico – Classe I

Ajuste oclusal
• MIH
• RC
• Movimentos excursivos

Conceição, 2007

Protocolo clínico – Classe I

Baratieri et al., 2013

Protocolo clínico – Classe I


Acabamento e polimento
• Após 24 – 48 h (reação de cristalização)
• Superfície bem lisa dificultando acúmulo de biofilme
• Refinar escultura
• Corrigir oclusão, caso necessário
• Aumenta a resistência do amálgama à corrosão
• Melhora desempenho clínico das restaurações
• Brocas multilaminadas em baixa rotação
• Pontas siliconadas
Conceição, 2007
13/03/2023

Protocolo clínico – Classe I


Acabamento e polimento

Baratieri et al., 2013

Protocolo clínico – Classe I

Baratieri et al., 2013

Protocolo Clínico – Classe II Composta

• Anestesia
• Verificação dos contatos oclusais
• Isolamento do campo operatório

Conceição, 2007; Baratieri et al., 2013


13/03/2023

Protocolo Clínico – Classe II Composta


Preparo cavitário
• Caixa oclusal
• Caixa proximal
• Eliminar ponto de contato (0,3 – 0,5 mm)
• Cinzéis, recortadores de margem genfival (prismas de esmalte e
arredondamento de ângulos)
• Curva reversa de Hollemback – maior resistência para a restauração

Conceição, 2007

Protocolo Clínico – Classe II Composta

Baratieri et al., 2013

Protocolo Clínico – Classe II Composta

Baratieri et al., 2013


13/03/2023

Protocolo Clínico – Classe II Composta

Baratieri et al., 2013

Protocolo Clínico – Classe II Composta

Baratieri et al., 2013

Protocolo Clínico – Classe II Composta

Baratieri et al., 2013


13/03/2023

Protocolo Clínico – Classe II Composta

Proteção do complexo dentina-polpa


• CIV convencional ou resinoso
• Sistemas adesivos

Conceição, 2007

Protocolo Clínico – Classe II Composta


Colocação da matriz e cunha interproximal
• Matriz metálica
• Restaurar contorno anatômico e áreas de
contato do dente
• Evitar excessos de material restaurador na
região gengival
• Matriz universal ou individual
• Cunhas interproximais
Conceição, 2007; Baratieri et al., 2013

Protocolo Clínico – Classe II Composta


Trituração do amálgama

Condensação e pré-escultura
• Iniciar pelas caixas proximais
• Condensadores compatíveis com a cavidade

Conceição, 2007
13/03/2023

Protocolo Clínico – Classe II Composta


Condensação e pré-escultura

Baratieri et al., 2013

Protocolo Clínico – Classe II Composta


Condensação e pré-escultura

Baratieri et al., 2013

Protocolo Clínico – Classe II Composta


Escultura e brunidura pós-escultura
• Delimitação do contorno externo das cristas com auxílio de sonda
exploradora
• Remoção cuidadosa da matriz

Ajuste oclusal

Acabamento e polimento
Conceição, 2007
13/03/2023

Protocolo Clínico – Classe II Composta


Escultura e brunidura pós-escultura

Baratieri et al., 2013

Protocolo Clínico – Classe II Composta


Escultura e brunidura pós-escultura

Baratieri et al., 2013

Protocolo Clínico – Classe II Composta


Acabamento e polimento

Baratieri et al., 2013


13/03/2023

Protocolo Clínico – Classe II Composta

Baratieri et al., 2013

Protocolo Clínico – Classe II Complexa

• Anestesia
• Verificação dos contatos oclusais
• Isolamento do campo operatório

Baratieri et al., 2013

Protocolo Clínico – Classe II Complexa


Preparo cavitário
• Rebaixamento de cúspides (VIPS – 2 mm; LIVS – 1,5 mm)

Baratieri et al., 2013


13/03/2023

Protocolo Clínico – Classe II Complexa


Preparo cavitário
• Retenção adicional (uma por cúspide; pino adicional em face proximal
em reconstrução extensa)

Conceição, 2007

Protocolo Clínico – Classe II Complexa


Preparo cavitário

Baratieri et al., 2013

Protocolo Clínico – Classe II Complexa


Proteção do complexo dentinho-pulpar
Colocação da matriz e cunha interproximal
Trituração
Condensação e brunidura pré-escultura

Baratieri et al., 2013


13/03/2023

Protocolo Clínico – Classe II Complexa

Escultura e brunidura pós-escultura (contorno da restauração e


posicionamento das cúspides com sonda exploradora)

Baratieri et al., 2013

Protocolo Clínico – Classe II Complexa


Escultura e brunidura pós-escultura (contorno da restauração e
posicionamento das cúspides com sonda exploradora)

Ajuste oclusal
Acabamento e polimento
Baratieri et al., 2013

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