Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Caso clínico I
Paciente com 26 anos chega ao consultório odontológico queixando-se de dor no elemento 26. Para
obter um bom diagnóstico, além da realização de uma anamnese minuciosa, realizou-se uma
radiografia periapical. Observa-se pela radiografia a presença de uma cárie secundária
- Restauração de amálgama
- Presença de cárie secundária
Tipos de dentina
Perguntas - Caso I
3. O que poderia ter sido feito para evitar esse tipo de situação?
- A parede pulpar do preparo deve ser lisa/plana
- Ângulos internos devem ser arredondados
- Ângulo cavosuperficial: nítido e sem bisel
Caso clínico II
- Pré- molar
- Restauração classe I com falhas
- Sem anatomia (socavada)
Paciente com 32 anos chega a clínica escola da Unichristus queixando-se de dor no elemento 35 e
que a restauração do elemento 34 havia caído.
* Resina e amálgama não estão unidos porque o amálgama é uma liga metálica (inorgânica), já a
resina possui porção inorgânica, entretanto, essa porção é localizada dentro da porção orgânica
(isso só acontece devido ao agente de união - silano).
Paciente 47 anos, chega a clínica escola da Unichristus com o elemento dental 26 fraturado
4. Existe necessidade de proteção do complexo dentino pulpar Quais materiais podem ser
utilizados? por quê?
Muito provavelmente.
Se for profunda: Hidróxido de cálcio com base de ionômero de vidro e também poderia
restaurar com resina composta, pois essa cavidade está muito destruída. Se restaurasse com
amálgama, iria destruir mais tecido hígido ainda (dente mais fragilizado).
* A escolha é o autocondicionante porque nele não vai ter o ácido separado. A estrutura já está
muito destruída, se fosse o convencional pioraria a situação.
Amálgama
Material mais empregado em restaurações diretas em dentes posteriores
Vantagens
- Boa durabilidade
- Custo-benefício
- Simplicidade da técnica
- Tempo de confecção (mais rápida que a de resina composta)
- Relato de caso clínico
- Técnica de execução é mais tolerante
- Utilizada em pacientes especiais
Desvantagens
- Ação galvânica: metal + líquido = transmissão de corrente elétrica podendo gerar pequenos
choques
- Não ajuda a reforçar a estrutura dental (muito pelo contrário)
- Ruim para o meio ambiente, devido ao descarte do mercúrio
- Baixa estética
- Necessita de remoção de tecido hígido para sua inserção
Ao longo das últimas décadas, tem se observado um significativo declínio na utilização do amálgama:
ü Crescente valorização da estética
ü Declínio da prevalência de cárie
ü Filosofia minimamente invasiva
ü Suspeita quanto aos possíveis efeitos adversos do mercúrio
Importante:
Gama (γ) → prata + estanho
Histórico
Em resumo
Composição obrigatória da liga: prata, estanho e cobre
↳ O cobre pode ser até 6% ou mais de 6%
Prata
v Aumento da resistência da restauração (dureza)
v Resistência à deformação (diminuição do escoamento do amálgama sob ação de cargas mecânicas)
v Resistência à corrosão
v Aumento da expansão de presa - nas primeiras 24hs, quando está ocorrendo a presa, o amálgama
expande e isso é ruim, porque ele pode se deslocar dentro da cavidade e também pode empurrar a
cavidade podendo fraturar.
Cobre
v Aumenta dureza
v Aumenta resistência mecânica
v Reduz o escoamento e a corrosão
v Obrigatoriamente vai ter cobre, mas pode ter mais cobre ou menos cobre
↳ Até 6% - ligas convencionais
↳ Acima de 6% até 30% - ligas de alto teor de cobre
Zinco
v Desoxidante durante a fusão da liga
+ 0,01% ligas com zinco
- 0,01% ligas sem zinco
v Maior desempenho clínico pela menor incidência de fratura de margens
v Cuidado com contaminação com água ou saliva, por causa da expansão tardia - quando o zinco entra
em contato com a água e o material ainda não tomou a devida presa, pode ocorrer a expansão tardia
Propriedades
Resistência a compressão
Fase γ > γ1 > γ2
Resistência a corrosão
Fase γ1> γ > γ2
Conteúdo de zinco
- Ligas com zinco + 0,01% ligas com zinco
- Ligas sem zinco - 0,01% ligas sem zinco
Conteúdo de cobre
- Ligas com baixo conteúdo de cobre (até 6%)
- Liga com alto conteúdo de cobre (Acima de 6% até 30%)
b. Partículas esféricas
Tamanho padronizado
Concentração de Zinco
Ligas sem zinco (<0,01%)
Ligas com zinco (>0,01%)
Problema do zinco: expansão tardia, quando entra em contato com a água durante o tempo de
presa da liga.
➾ As ligas com baixo teor de cobre, o cobre não entra na reação. Quando não tem a entrada na
reação, tem a ação de Gama (y2).
➾ Gama (y2) é ruim, aumentando a susceptibilidade a corrosão, diminui resistência, e aumento o
creep.
➾ Tentou-se diminuir ou eliminar o Gama (y2), e foi com este intuito que houve aumento da
concentração de cobre na liga. E com isso, surgiam as ligas com alto teor de cobre.
• 1ª reação:
Gama (y), eutético e mercúrio. Como produto = Gama (y), Gama (y1) e Gama (y2), assim como nas
ligas convencionais.
• 2ª reação:
O eutético reage com o Gama (y2), consumindo-o, para desaparecer.
Como produto final de toda reação, tem-se: Gama (y1), fase eta (cobre com estanho) e eutético
residual (residual pois não é consumido por inteiro), eliminando a presença do Gama (y2).
Então, não tem mais a presença do Gama (y2), pois não existe mais estanho e mercúrio juntos.
*Com isso, ocorre a melhoria da liga, pois foi retirada a fase mais frágil (Gama y2).
*O cobre fez com que surgisse outro composto, fase eta e o eutético residual.
Eutético e eta só estão disponíveis nas ligas ricas em cobre
Tudo isso ocorre no momento que está sendo manipulado.
Ligas de composição única: partículas com mesma composição química (Ag, Cu e Sn), sem a união de
outros compostos.
*Fase epsilon: quando cobre está com estanho. Nas ligas com alto teor de cobre, a fase eta é
semelhante a esta fase epsilon das ligas de composição única.
RECOMENDA-SE UTILIZAR LIGAS COM ALTO TEOR DE COBRE POR PROPORCIONAR MELHORES
RESULTADOS CLÍNICOS.
Propriedades
Plasticidade e tempo de trabalho
➾ Permite o contato íntimo entre o material e as paredes cavitárias
Resistência a compressão
➾ Após 1h é bem inferior do que após 24h e 7 dias - então, deve-se instruir o paciente a não comer
nada do lado em que foi feita a restauração, pois a presa ainda não realizada completamente.
➾ Alta resistência a compressão - as ligas com alto teor de cobre tem alta resistência
➾ Suportar altas cargas mastigatórias
Resistência mecânica
➾ Após a realização da restauração de amálgama, resistência é apenas 6% do que será em uma
semana
➾ Ligas com alto teor de cobre, 1h depois, a resistência é muito maior
Resistência à tração
➾ Baixa resistência a tração
➾ Exige preparos cavitários que minimizam este tipo de esforço
➾ Espessura mínima de 2mm
➾ Amálgama é um material muito mais frágil sob tração e flexão que sob compressão, ou seja,
resiste mais a compressão do que a tração e flexão
CREEP ou ESCOAMENTO
➾ Sob pressão o material sólido sofre deformação.
➾ Material fica elevado sob as bordas, que leva a degradação marginal, podendo vir a fraturar.
➾ Com aumento do creep, maior degradação marginal.
Alteração dimensional
➾ Expansão de cristalização nas primeiras 24h
➾ Selamento hermético da cavidade
Expansão tardia
➾ Ocorre tanto nas ligas de limalha e ligas esféricas.
*Ligas de limalha - 50% em peso
*Ligas esféricas - 50% em peso
➾ Expansão tardia é quando há a associação do zinco + água + hidrogênio (pressão térmica) =
depósitos = pressão interna, com isso, ocorre fraturas.
*Isso ocorre pois o esmalte está sem suporte dentinário (esmalte socavado), e quando expandiu, não
aguentou e houve a fratura.
Resistência a corrosão
➾ A princípio, a corrosão não é algo ruim, pois os produtos da corrosão irão vedar os túbulos
dentinários, fazendo com que haja selamento. No entanto, com o tempo, fica escurecido.
➾ Corrosão excessiva - porosidade, redução da integridade marginal, menor resistência e liberação
de íons.
*Nesses casos, a resolução é acabamento e polimento.
Corrosão
➾ Corrosão na interface é bom, pois vai gerar selamento. No entanto, na superfície externa não é
bom, sendo necessário fazer acabamento e polimento, para não ter acúmulo de biofilme, alimentos,
etc.
Manchamento
➾ Dentro dos túbulos dentinários, mesmo que retire o amálgama.
Condutibilidade térmica
➾ No amalgama tem compostos metais.
*Essa liga metálica em contato com a água, pode produzir correntes elétricas. Com isso, pode gerar
desconforto no paciente.
➾ Solução: verniz cavitário, próprio para amálgama.
Toxicidade do mercúrio
➾ Problemas no armazenamento - recipiente com fixador, não pode colocar em lixo comum, pois é
tóxico para o ambiente.
➾ Uso de ponta diamantadas novas - porque pontas carecas irão gerar calor, aumentando toxicidade
para o paciente.
Mecanismo de união
➾ Preparo de caixas auto-retentivas (cavidades auto-retentivas)
➾ Preparo com retenção adicionais (antigamente) - hoje em dia não se faz mais, se for para fazer
retenções adicionais, é preferível usar resina composta.
Classe I de Amálgama
↳ Preencher requisitos biológicos (acessar e remover tecido cariado) e mecânicos (proporcionar
resistência ao remanescente, ao material, e do material a cavidade).
O acesso a cavidade pode levar a remoção de esmalte sadio.
↳ Para isso, é necessário fazer radiografia interproximal
*Ao avaliar, segue para avaliação dos contatos oclusais - saber o quão alta deve ser a restauração,
para não ter que ajustar posteriormente.
↳ Isolamento do campo operatório
↳ Acesso a lesão cariosa - acessar esmalte socavado (ponta diamantada), esmalte cariado (brocas
multilaminada, curetas de dentina) - concluindo o objetivo biológico.
↳ Objetivos mecânicos - preparo com a broca, profundidade de 1,5mm a 2mm. Broca 245 (auto-
retentivas arredondada)
↳ Ângulos vivos devem ser completamente eliminados, porque dão retenção de tensão. Os ângulos
internos devem ser arredondados.