Profa Dra Caroline Moriyama

Materiais Restauradores na Odontopediatria

Também podemos controlar as lesões de cárie por meio de:
Selantes de fossas e fissuras, do tipo:

 Resinoso
 Ionomérico
Molares em infra oclusão, ou seja, que estão na sua fase de erupção, o indicado é que
se realize selante com ionômero de vidro, devido a sua liberação de flúor e controle no
período “crítico” do dente. Após a sua completa erupção, o dente oclui com o seu
antagonista e, caso o ionômero destaque e caia, não há problemas, pois o material
cumpriu a sua função durante o período necessário.
Em molares totalmente erupcionados é indicado o uso de selantes resinosos, devido a
sua maior força às cargas mastigatórias.

Os selantes e infiltrantes resinosos tem potencial benefício em diminuir a

progressão ou reverter as lesões de cárie proximais não cavitadas
Uso de cariostático – Diamino Fluoreto de Prata

DFP: 3 e 6 meses  capacidade significativamente maior para inativar lesões de cárie ,

comparados à escovação e cimento de ionômero de vidro.

Como escolher qual tratamento ideal?

Escore 4
Lesões no terço interno da dentina (visualizado pela radiografia), o tratamento deve
ser a remoção parcial de tecido cariado.
Lesões em dentina (escore 5) com micro cavidade (até 3 mm de extensão, e
radiograficamente com lesões em metade EXTERNA da dentina), pode-se realizar o
selamento destas lesões

Selante oclusal  eficácia semelhante à RPTC

Qual material restaurador utilizar?

Propriedades necessárias

 Adesão
  Estética
 Facilidade no uso
 Biocompatibilidade
 Tempo de trabalho reduzido
 Resistência ao desgaste
Quais materiais existem?
1. Amálgama
2. Cimentos de ionômero de vidro
3. Sistemas adesivos e Resinas compostas

1. Amálgama
 Conceitos de Black
 Liga metálica  mercúrio
 Reação de presa: cristalização

Princípios para o preparo da cavidade para restaurações em amálgama

 Abertura;
 Forma de Contorno;
 Remoção total da Dentina Cariada;
 Forma de Resistência;
 Forma de Retenção;
 Forma de Conveniência;
 Acabamento das Paredes de Esmalte;
 Limpeza da Cavidade.
Atualmente devo obedecer o preparo para a lesão e não para o material
2. Cimentos de Ionômero de Vidro
Resultado da associação entre pó de cimento de silicato  baixa alteração
dimensional e liberação de flúor e ácido poliacrílico do cimento de
policarboxilato de zinco
Reação por Geleificação: aglutinação do pó ao líquido.
Características
 Material hidrofílico;
 Adesão química;
 Libera flúor;
 Recarregável;
 Menor resistência ao desgaste;
  Excelente desempenho clínico (retenção).
São divididos em:
Quanto à composição
 Convencionais
 Reforçados por metais
 Modificado por resina
Quanto à aplicação clínica
 Tipo I: Cimentação de coroas, dispositivos ortodônticos
 Tipo II: Restaurações
 Tipo III: Forramentos ou base

Quanto à composição
 Convencionais
 Moderadamente duros
 Friáveis
 Relativa resistência à compressão
 Reduzida resistência à fratura, flexão e ao desgaste
 Indicados para regiões de alto estresse (oclusal)
 Reforçado por metais - Cermet
 Não é estético
 Menor porosidade
 Menor liberação de flúor
 Maior resistência à abrasão (prata)
 Modificados por resina
 Incorporados monômeros resinosos (foto);
 Controle no tempo de trabalho
 Menor solubilidade;
 Menor liberação de flúor;
 Necessita de “primers”
Quanto à aplicação clínica
 Tipo I: Cimentação de coroas, dispositivos ortodônticos (C)
 Não pode utilizá-lo para restaurações - fluido;
 Não tem propriedade de adesão e sim de preenchimento
 Tipo II: Restaurações (R)
 II a – Convencional - Baixa viscosidade
• Não tem longevidade
• Baixa adesão
 Tipo II: Restaurações
 II b- Alta viscosidade
• Boa longevidade
 Tipo III: Forramentos ou base
 Não precisa mais forrar (RPTC);
 Pode-se utilizar CIV alta viscosidade;
 Técnica do carimbo oclusal
Para minimizar as falhas
 Verificar a Sinérese e embebição  primeiras 24 horas;
 Para diminuir a sinérese e embebição, fazer a Proteção superficial do material.
3. Sistemas Adesivos

Melhores são os condicione e lave do que o autocondicionante

4. Resinas Compostas
Propriedades e Características
 Estética
 Resistência Mecânica
 Controle no tempo de trabalho
Desvantagens
 Contração de polimerização  camada incremental
 Isolamento absoluto
 Fratura – cárie secundária
Respeitar a técnica incremental
Composição
• Matriz orgânica
• Carga inorgânica
• Ativadores e iniciadores de polimerização
• Inibidor de polimerização
• Matriz Orgânica Corpo da
• Monômeros resina
• BIS-GMA
• UDMA
Carga Inorgânica
 Melhora a estabilidade;
 Menor sorção de água;
 Aumenta a resistência a tração, compressão e abrasão.
Agentes Iniciadores e Ativadores
 Quimicamente ativados – peróxido de benzoíla (presa)
  Fotopolimerizáveis – canforoquinona
 Baixa qualidade  presa com qualquer comprimento de onda de luz.
Inibidores e polimerização
 Só ativa com luz
 Evita polimerização prematura – hidroquinona
 Excesso de hidroquinona – demora para polimerizar
Classificação pelo tamanho da partícula
 Macropartículas
 Micropartículas
 Híbridas
 Micro-Híbridas
 Nanopartículadas
 Nanohíbridas
Macroparticuladas
 Partícula de 15 a 100 micrômetros;
 1ª do mercado;
 alta resistência mecânica;
 alta rugosidade superficial;
 alto grau de Manchamento;
 baixo Polimento;
Microparticuladas
 Partícula de 0,01 a 0,06 micrômetros
 alto polimento e manutenção;
 alto grau de sorção de pigmentos;
 baixo resistência mecânica.
Híbridas
 Partículas entre 0,6 e 3,0 micrômetros;
 Nano e Macro;
 Maior Resistência Mecânica;
  Relativo Polimento Superficial;
Microhíbridas
 Partículas de 0,4 a 1 micrômetros;
 Maior capacidade de manutenção e polimento que híbridas;
Nanoparticuladas
 Partículas de 5 a 70 micrômetros;
 Polimento;
 Lisura superficial;
 Brilho;
Nanohíbridas
 Partículas de 0,04 a 3 micrômetros.
 Nanopartículas em resinas microhíbridas;
 Características das microhíbridas.
Bulk-Fill
 Monômeros de metacrilato – contrai a resina (formação da cadeia);
 Baixa contração de polimerização – incremento único;
 Translucidez;
 Baixa Estética