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Sistemas Cerâmicos

Bruna Ferrairo

Obtenção de sucesso
Condições inerentes ao material restaurador, ao substrato dentário e ao ambiente
bucal
Saber indicar
Entender as características de cada cerâmica (características, vantagens e limitações)

Metaloceramicas porque são consideradas o padrão ouro:

 Boa adaptação marginal


 Baixo índice de falha
 Forte união entre metal e cerâmica
Índice de sucesso
10 anos – 80%
20 anos – 70%
30 anos – 50%
O problema é que conforme o envelhecimento é normal a gengiva residir. Assim,
conforme o tempo vai passando a gengiva vai subindo e a infraestrutura metálica
começa a ficar amostra, trazendo um escurecimento para a raiz dentaria. Isso fez com
que a odontologia fosse atras de coroas livre de metais

Propriedades físicas
As cerâmicas tem:

 Baixa condutividade térmica


 Difusividade térmica
 Condutividade elétrica
 Bons isolantes térmicos e elétricos
Propriedades mecânicas

 Alta dureza
 Excelente resistência a compressão
 Baixa a ótima resistência a flexão
 Não aceita deformação – friabilidade
 Baixa tenacidade
Resina é mais resiliente – muda de forma e volta para a original. A cerâmica fratura e
não se deforma

Óticas

 Cor
 Opalescência
 Fluorescência
 Translucides

Químicas

 Neutralidade química – reage muito pouco durante o passar do tempo


 Estabilidade de cor
 Baixa solubilidade
As cargas inorgânicas, presentes em maioria na cerâmica, não se degradam com o
tempo, isso da a sua característica de baixa reação com o ambiente e boa estabilidade.
Na resina temos orgânicas e inorgânicas

Produto na forma inicial

- Pó cerâmico
- Disco para CAD/CAN
- Lingotes (pastilhas) – cera perdida

Impressão 3d
Expandir a produção para materiais cerâmicos evitando desperdício de material e
aperfeiçoando a formação do liquido de cerâmica

Existem vários tipos de classificação:

- Uso ou indicação
- Composição
- Temperatura de queima
- Método de processamento
- Microestrutura
- Translucidez
- Resistência a fratura
- Abrasividade

Usamos da microestrutura:

- Predominantemente vítreas
- Vidros com partículas (vitroceramicas) – vidro adicionado com partículas
- Policristalinas

Predominantemente vítreas: feldspaticas


Vitroceramicas: leucita, dissilicato de lítio, silicato de lítio + zircônia
Policristalinas: aluminas

Cerâmicas feldspaticas: materiais cerâmicos com base no feldspato são comummente


chamados de porcelana. São a primeira opção para metaloceramicas e também podem
ser aplicadas sobre infraestrutura não metálica. É composto por: sílica, soda e potássio
Sua grande maioria é matriz vítrea, e isso que torna ela com excelente reflexão ótica,
textura e cor, alta translucidez e variabilidade de cor. É sensível a defeitos internos de
superfície. Bolhas, porosidade e rugosidade
Inercia química o que confere baixa corrosão e alta biocompatibilidade
Baixa resistência a flexão e tração
Método de processamento: sinterização, prensagem, usinagem

Tipo Processamento Indicação


Convencional Sinterização Cobertura de IE, Inlay/Onlay,
faceta, coroas anteriores
Lingote Prensagem Inlay/Onlay, facetas, coroa
Bloco Usinagem Inlay/Onlay, faceta, coroa

No pó conseguimos uma riqueza de detalhe muito maior do que no sistema CAD/CAN


Alguns blocos de cad/can tem diferença de cor cervical e incisal e diferença de
translucidez, porém, mesmo assim o pó e liquido tem mais detalhes
Estratificação: As cerâmicas feudpaticas tem excelente estética porem, maior
incrustação de poros e a técnica é mais sensível
Prensagem (cera perdida): pastilhas mono ou muticromaticas, material mais
homogêneo, resistência

A injetada tem menos bolhas do que a estratificada, isso lhe confere melhor resistência

Uso da infraestrutura de mais resistência auxilia na distribuição de estresse


Existem técnicas que melhorem a estética do sistema cadcan

Falhas na cerâmica de cobertura


A cerâmica de cobertura quebra ou desgasta com o tempo, assim, mostrando o metal

Cerâmicas reforçadas por leucita (vitroceramicas)


É uma cerâmica vítrea reforçada por 35 a 45% de leucita na composição
Resistência a reflexão 97 a 180 Mpa
Apenas em lingote / pastilha ou bloco para CAD/CAN

- Excelente resultado estético (alta translucidez)


- Resistência a flexão superior as feldspaticas
- Indicações: Inlay/Onlay, coroa anterior e posterior
Não tem pó e liquido
Dissilicato de lítio

- Cerâmica vítrea reforçada com 60 a 65% de cristais de dissilicato de lítio


- Ótimo resultado estético (alta translucidez, índice de refração e variabilidade de
cor
- Baixa porosidade, menores chances de falha
- Vitroceramicas mais resistentes do mercado
Seu bloco de cad/can é roxo
Resistência a flexão 215 a 360 Mpa e tenacidade 2,8 a 3,5 Mpa
Como ele é muito resistente seria muito difícil as brocas do cad/can fresarem o bloco,
por isso, a indústria fez um pré-dissilicato menos resistente por isso ele é roxo. Então é
feito o fresamento e depois ele é aquecido o que faz com que ele chegue na cor
desejada

Entrelaçamento dos cristais em forma de bastão auxilia na resistência do material. Um


embrica no outro. Quando o material começa a sofrer uma força muito grande e uma
trinca começa a se propagar. Se ela so encontra matriz vítrea ela se propaga muito
rápido pois nada ira a impedir. Quando ela encontra um componente que não seja so a
matriz vítrea ela desvia o que faz com que demora mais para ela se propagar. Então os
cristais funcionam como barreiras para a trinca
Vantagens:

- Material extremamente homogêneo


- Ausência de bolhas e porosidade
- Método de confecção digital
Desvantagens

- Blocos monocromáticos (multicromacidade limitada)


- Investimento no sistema digital
- Limitação de certos tipos de restaurações e desenhos
- Dificuldade de usinagem da restauração muito finas

Indicações clinicas

- Inlay e Onlay
- Faceta
- Coroas anteriores e posteriores
- PPF anterior e posteriores (3 elementos)
- Abutments e coroas sob implantes

Monolítica: apenas um tipo sem infraestrutura


Com infraestrutura: bi-layer
Não é possível fazer bi-layer com infraestrutura de dissilicato e feldspato, quando
usamos o dissilicato é monolítico

Tecnica cut-bet – é a redução do dissilicato na vestibular e a colocação de feldspato na


vestibular

Reforçado por dissilicato de lítio e zircônia


Cerâmica vítrea reforçada com óxidos de silício lítio e zircônia
Ótimo resultado estético (maior translucidez que o dissilicato de lítio)
Boa resistência a flexão 370 Mpa
É so cad/can
Quase nunca usado pois o dissilicato é mias barato

Alumina – cerâmicas policristalinas


Cerâmica aluminizada de alta concentração
Resistência a flexão 600 a 800 Mpa
Apenas cad/can
É extremamente branca isso faz com que sua aplicabilidade não seja fácil
Ela é indicada: para infraestrutura de coroas unitárias ou pff
Fácil de rachar no processamento

Zircônia
Estabilizada por zircônia e ausência de matriz vítrea
Baixa translucidez e propriedades óticas indesejáveis
Apensa cad/can
Resistencia de 900 a 1300 Mpa
Ela é sub-sinterizada pois é muito resistente. Ou seja, depois de sua fresagem deve ser
levada ao forno para que ela se torne propriamente dita
Ela é uma cerâmica inteligente. Conforme a trinca vai se propagando ela vai mudando
de fase
Fratura de IE associada a PPF extensas é geralmente acompanhada com defeitos na
estrutura
Desgastes com ponta diamantada, jateamento e exposição da IE de zircônia no meio
bucal podem desencadear o mecanismo de transformação de fase e degradar a
resistência final
É obrigatório o polimento após o ajuste da zircônia para que haja um aumento da
resistência a fadiga e que a fase não se altere
Protocolo de polimento: pontas diamantadas extrafinas, borrachas diamantadas, pasta
de polimento diamantada 2-4 com borracha diamantada. Sempre em baixa rotação

Desenho da infraestrutura anatômica, dando suporte a cerâmica de cobertura,


reduzindo assim significativamente a performance ao longo prazo clinicamente

A cerâmica de cobertura não se liga bem a ela o que pode gerar fratura na cerâmica de
cobertura
Indicações: IE de coroas e ppf, abtmente e pilares

Hoje em dia temos a zircônia com características estéticas, boa translucidez, podendo
fazer uso em coroas monolíticas
Desvantagens: desgaste do dente antagonista, transformação da fase pode
enfraquecer o material
Fase
Monoclínica é maior o que faz com que segura a trinca apesar de ela ser menos
resistente ganhamos pois ela segura a trinca
Como dito antes, ela é uma cerâmica inteligente, conforme a trinca vais e propagando
ela vai mudando de fase de cubica para tetragonal ate a monoclínica. A mono clinica é
a que tem maior tamanho apesar de mais fraca, com seu tamanho ela faz com que a
trinca seja desacelerda
Qual a espessura ideal?

- Coroas bi-layer em dissilicato de lítio: 0,8mm de IE + 0,8 de cobertura (tirar


duvida pois esta escrito antes que o dissilicato é apenas monolítico)
- Coroas monolíticas de dissilicato de lítio 1,5mm
- Coroas estratificadas de YZTP: 0,5mm de IE e 1mm de cobertura
- Coroas monolíticas de zircônia: 1mm face oclusal

Para escondermos um tom escuro do dente tempos que desgastar 0,3mm. Se temos
um dente A2 e queremos deixa-lo A1 temos que desgastar 0,3mm além do desgaste
convencional
Quando precisar de um desgaste muito grande devemos colocar uma infraestrutura de
zircônia por exemplo que é menos translucida e bem branca o que ir clarear o dente

Ajuste da cerâmica:
Motor de bancada elétrico (rotação reduzida para evitar esquentar a peça e de
preferência com jato de ar)
Borrachas diamantadas (acabamento e polimento adequados, sem introduzir defeitos
como pontas diamantadas)
Conferir o perfil de emergência natural reproduzido na coroa protética. Esta área
geralmente vem com excesso do laboratório e é extremamente sensível a etapa de
ajuste, buscando evitar lascamento

Degradação da cerâmica:
Elevados índices de pH facilitam o rompimento das cadeias de sílica na matriz vítrea. A
perda do substrato vítreo aumenta a rugosidade e pode gerar desgaste no elemento
antagonista

Excesso de condicionamento deve ser evitado


Feldspatica 2 min
Leucita 1 min
Dissilicato 20 seg

Não é so o dente que envelhece, a cerâmica também desgasta, perde brilho superficial
e necessita de controle
O glaze vai fornecer o brilho e lisura, diminuindo o biofilme, conferindo uma camada
de vidro final que infiltrara a cerâmica preenchendo possíveis bolhas/bolas ou
rugosidade e o glaze após o resfriamento compacta a peça e sela trincas

Devemos saber controlar a condição de parafunção, perda de DVO e entre outros

Passo a passo do preparo


coroa cerâmica – ombro arredondado

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