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PROGRAMA DE PÓS- GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA

MECÂNICA – PUCMINAS

Processo de Trefilação dos


Metais

Prof. Gilmar Cordeiro da Silva

Prof. Gilmar Cordeiro da Silva – gilmarcord@gmail.com – PUC- MINAS


PROGRAMA DE PÓS- GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
MECÂNICA – PUCMINAS

Métodos com o efeito do trabalho redundante

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MECÂNICA – PUCMINAS
Métodos com o efeito do trabalho redundante
Outra expressão apresentada que considerando as três parcelas de
energia:

A expressão a seguir é obtida a partir de um dos métodos analíticos


mais completos e precisos para a determinação da tensão de
trefilação e considera todas as parcelas de energia:

em que f(a)  1 para matrizes com ângulos de trabalho pequenos.

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Métodos com o efeito do trabalho redundante

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Métodos com o efeito do trabalho redundante
Outra expressão apresentada que considerando as três parcelas de
energia:

A expressão a seguir é obtida a partir de um dos métodos analíticos


mais completos e precisos para a determinação da tensão de
trefilação e considera todas as parcelas de energia:

em que f(a)  1 para matrizes com ângulos de trabalho pequenos.

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PRATICA- TREFILADORA DE BANCADA
PRATICA- TREFILADORA DE BANCADA
PRATICA- TREFILADORA DE BANCADA

O material utilizado na confecção dos corpos de provas foi o cobre eletrolítico


C1100 com 99,90% Cu, conforme norma ASTM B152/B152 M – 13, obtido na forma
de barras trefiladas no diâmetro de 15,875 mm e comprimento de 6000mm.

σv = 568,101 ∗ ε𝑣 0,551 (Mpa)


PRATICA- TREFILADORA DE BANCADA
Um atuador foi fixado no cabeçote do cilindro hidráulico e durante a
trefilação que acionou os sensores fotoelétricos que ficaram posicionados à
distância de 50mm de um para o outro. Sendo a distância total de 150mm

A trefilação dos corpos de prova foi realizada numa velocidade constante


𝑣 = 0,9m/min.
PRATICA- TREFILADORA DE BANCADA
1- Determinar o coeficiente de atrito do processo utilizando
o método dos blocos para ambos os processos.

2- Comparar as duas cargas de trefilação e suas tensões de


trefilação.

3- Determinar a potência de trefilação para cada situação

4 – Determinar o comprimento final da barra

5- A taxa de deformação
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Forjamento dos Metais

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MECÂNICA – PUCMINAS
Processo de Forjamento
O forjamento - a alteração de forma é realizada através de forças de compressão
exercidas por ferramentas atuadas por martelos de queda ou por prensas
hidráulicas, mecânicas, ou de fricção.
A tecnologia do forjamento permite fabricar peças com dimensões e formas
geométricas muito diversificadas numa gama muito variada de materiais
metálicos.

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Processo de Forjamento
É um processo de conformação mecânica que consiste em solicitar por
compressão um material, provocando deformações trativas nas direções
perpendiculares a solicitação. A deformação basicamente ocorre por
recalque, alargamento e ascensão.

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Processo de Forjamento
O campo de aplicação desta tecnologia estende-se a um conjunto de indústrias
muito vasto, das quais se destacam pela sua importância; a dos transportes
(automóvel, aeronáutica, ferroviária e naval), a militar, fabricação de maquinas
industrial e a de produção de energia.

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Processo de Forjamento
Aplicações

• Indústria de automóveis

• Aeroespacial

• Militar e Agrícola Mineira

Peças forjadas em um automóvel (250 peças):


• Componentes do motor: Válvulas, árvore de cames, bielas,
etc.
• Componentes da transmissão: Engrenagens cônicas, anéis
sincronizadores, juntas, eixos, cubos de embreagem, etc.
• Componentes do chassis e da suspensão: Cubos da roda,
braços e triângulos de suspensão, etc.
• Componentes da direção: Colunas, rótulas, barras de torção,
eixos de direção, etc.

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Classificação dos processos de forjamento
Os processos de forjamento podem ser classificados com base no tipo de
ferramenta que trabalha a peça:

Forjamento em matriz aberta - O escoamento do


material não é, ou é apenas ligeiramente,
constrangido lateralmente. As ferramentas
possuem geometrias simples.

Forjamento em matriz fechada - O


escoamento do material é constrangido
lateralmente. As ferramentas possuem a
forma negativa da peça a fabricar.

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Classificação dos processos de forjamento
Outros tipos de forjamento:

Forjamento orbital Forjamento por


Forjamento por intermédio Compressão axial
de rolos, e
rotativo. (ou recalcagem),

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Forjamento em matriz aberta
As ferramentas possuem geometrias simples e
aplicam forças de compressão localizadas. O
constrangimento lateral é pequeno o ou, muitas
vezes, inexistente. A forma final da peça é obtida por
intermédio da manipulação da matéria-prima entre
golpes sucessivos.

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Forjamento em matriz aberta
Principais Vantagens
1) Baixo custo de operação.

2) A geometria das ferramentas não depende das peças a


forjar. a) Aplicabilidade adequada à fabricação de pequenas
séries. b) Adequabilidade à fabricação de peças com
dimensões, geometrias e pesos muito variados.

3) Excelentes propriedades mecânicas (resistência


mecânica, ductilidade, tenacidade e resistência à fadiga).

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Forjamento em matriz aberta
Principais desvantagens e limitações
1) Apenas pode ser aplicado a formas geométricas simples.

2) Não permite obter tolerâncias de fabricação apertadas. A


geometria final das peças é obtida por forjamento em
matriz fechada ou usinagem.

3) Possui uma cadência de produção baixa.

4) Necessita de operários especializados e com algum grau


de perícia

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Forjamento em matriz fechada
• O material é disponibilizado na forma de varão ou barra.

• A pré-forma obtém-se por corte do varão ou barra e a sua geometria tem de


assegurar o enchimento completo das cavidades das matrizes.

• As matrizes possuem a forma negativa das peças a fabricar de modo a


constrangerem a deformação plástica da pré-forma.

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Forjamento em matriz fechada
Forjamento convencional - Destinado ao fabricação de peças com rebarba. A
complexidade de forma e as tolerâncias geométricas das peças enquadram-se
nos padrões gerais de fabricação.

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Forjamento em matriz fechada
Forjamento de precisão - Destinado à fabricação de peças na forma final ou
quase final, sem rebarba significativa. As tolerâncias geométricas das peças
são bastante mais apertadas do que as habitualmente utilizadas no forjamento
convencional.

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Forjamento em matriz fechada
Seqüência de fabricação de uma biela.

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Forjamento em matriz fechada
Outros tipos de forjamento- A compressão axial (recalcagem ou encabeçamento)
- utilizada na fabricação de parafusos e rebites.

Defeitos característicos

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Matriz aberta x matriz fechada


Forjamento Livre Forjamento em matriz fechada
Simples, sem relação entre a forma Matriz relacionada com a forma da peça
da peça e a da ferramenta
Preparação de tarugos/formas Possibilita boa precisão dimensional e
tubulares para a fabricação final( de formas
forjamento parcial em
matriz/usinagem)

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Vantagens do forjamento
Melhoria da microestrutura • Resistência maior • Melhor acabamento que a
fundição. • Melhor distribuição das fibras

Porque forjar?
Rosca usinada.

Rosca produzida por forjamento.

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Forjamento a frio
Possibilita vantagens como:
• propriedades mecânicas melhoradas;
• superfície final com baixa rugosidade;
• tolerância dimensional mais fechada;
• economia de matéria-prima, já que para uma dada peça devido o peso inicial do
tarugo para esse processo de conformação é bem menor quando comparado ao
forjamento a quente.

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Forjamento a quente

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Comparação:

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Temperatura de aquecimento – forjamento a frio vs. a quente:

Ligas metálicas mais utilizadas em


operações de forjamento a frio

Aços ao carbono
(fosfatação / lubrificação sabão)

Temperaturas recomendadas para


o forjamento a quente de alguns
materiais

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Forjamento a morno
• Utiliza uma gama de temperaturas que permite combinar as vantagens do
forjamento a frio com as do forjamento a quente.
• No caso do forjamento a morno dos aços as temperaturas recomendadas
variam entre os 450-850ºC sendo os limites inferior e superior condicionados
pelo aumento excessivo da força (temperaturas mais baixas) e pela oxidação
(temperaturas mais elevadas).
• Merece igualmente destaque o fato do forjamento a morno dos aços não exigir
operações de ‘fosfatação e ensaboamento’ e poder, em alguns casos, eliminar
a necessidade de realização de tratamentos térmicos a montante e a jusante
da operação.

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Limitações do Processo Forjamento a frio

• Como em qualquer processo de conformação, as limitações do


forjamento a frio de eixos de aço referem-se a aspectos econômicos e
relativos à própria natureza do processo. Como exemplos de limites
impostos por aspectos econômicos tem-se:

• a limitação de capacidade do equipamento de forjamento em termos de


energia disponível e dimensões características de produtos forjados;

• As propriedades mecânicas do material empregado na fabricação das


ferramentas, em termos de dureza e resistência à compressão. Esses
aspectos fazem com que um dado equipamento seja capaz de produzir
forjados com dimensões e geometrias específicas, restringindo seu uso
para uma categoria de produtos

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Ferramentas de Forjamento e materiais
• Em geral, a ductilidade é sacrificada em matrizes a frio, mas um compromisso
entre dureza e a ductilidade deve ser atingida para matrizes de trabalho a
quente que também estão expostas a choques térmicos.
• Boa resistência ao desgaste e à compressão de choque (boa tenacidade)

No caso de ferramentas com formas complexas e bordas afiadas instaladas em


martelos e prensas mecânicas)
• Boas propriedades mecânicas a temperaturas elevadas e resistência à fadiga
e choque térmico

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Defeitos no processo de forjamento
• Falta de redução – caracteriza-se pela penetração incompleta do metal na
cavidade da ferramenta. Isso altera o formato da peça e acontece quando
são usados golpes rápidos e leves do martelo.

• Trincas superficiais – causadas por trabalho excessivo na periferia da


peça em temperatura baixa, ou por alguma fragilidade a quente.

• Trincas nas rebarbas – causadas pela presença de impurezas nos metais


ou porque as rebarbas são pequenas. Elas se iniciam nas rebarbas e
podem penetrar na peça durante a operação de rebarbação.

• Trincas internas – originam-se no interior da peça, como conseqüência


de tensões originadas por grandes deformações.

• Gotas frias – são descontinuidades originadas pela dobra de superfícies,


sem a ocorrência de soldagem. Elas são causadas por fluxos anormais
de material quente dentro das matrizes, incrustações de rebarbas,
colocação inadequada do material na matriz.
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Defeitos no processo de forjamento

• Incrustações de óxidos – causadas pela camada de óxidos que se


formam durante o aquecimento. Essas incrustações normalmente se
desprendem, mas, ocasionalmente, podem ficar presas nas peças.

• Descarbonetação – caracteriza-se pela perda de carbono na superfície do


aço, causada pelo aquecimento do metal.

• Queima – gases oxidantes penetram nos limites dos contornos dos


grãos, formando películas de óxidos. Ela é causada pelo aquecimento
próximo ao ponto de fusão.

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Defeitos no processo de forjamento

Defeitos internos produzidos em um forjamento por causa de um billet


superdimensionado.

As cavidades do molde são preenchidas prematuramente e o material no


centro da peça passa pelas regiões de raio como deformação continua.

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Defeitos no processo de forjamento

Ondulações formadas por flambagem durante o forjamento

Rib - Uma porção fina relativamente plana de um forjamento, geralmente


perpendicular ao plano de forjamento. Conhecido como “Costela”

Web - Uma porção relativamente plana e fina de um forjamento, geralmente


paralela ao plano de forjamento

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MECÂNICA – PUCMINAS
Defeitos no processo de forjamento

Efeito do raio de filete na formação de defeitos no forjamento. Filetes


pequenos causam os defeitos

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MECÂNICA – PUCMINAS
Ferramenta de Forjamento - Projeto

Evolução da força com deslocamento para um processo típico de


forjamento em matriz fechada.

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Ferramenta de Forjamento - Projeto

Evolução da força com deslocamento para um processo típico de


forjamento em matriz fechada.

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MECÂNICA – PUCMINAS
Máquinas-ferramentas - prensas e martelos
• A aquisição ou seleção dos mais adequados tipos de máquina-ferramenta para
uma operação de forjamento é uma decisão crítica.
• Quando os recursos de uma máquina ferramenta superestimados, a
capacidade de produção instalada pode ser inoperante.
• Quando os recursos de uma máquina operatriz subestimado, existe o risco de
danos.

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Máquinas-ferramentas - prensas e martelos
• A aquisição ou seleção dos mais adequados tipos de máquina-ferramenta para
uma operação de forjamento é uma decisão crítica.
• Quando os recursos de uma máquina ferramenta superestimados, a
capacidade de produção instalada pode ser inoperante.
• Quando os recursos de uma máquina operatriz subestimado, existe o risco de
danos.

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MÁQUINAS DE FORJAMENTO

Existem duas classes principais de equipamentos de forjamento:

Martelos e as Prensas

Os martelos provocam deformação do metal por impacto a uma alta


velocidade e essa deformação ocorre primeiramente nas camadas
superficiais da peça.

Com o martelo de forjamento, podem ser forjadas grandes


variedades de formas e tamanhos de peças. É possível girar a peça
entre golpes sucessivos, colocá-la em diferentes cavidades e cortar
a forma final com pequenas perdas de material

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MÁQUINAS DE FORJAMENTO

Essas máquinas são energeticamente limitadas, pois a deformação


resulta da dissipação da energia cinética do martelo.
Existem três tipos de martelos de
forjamento:
• Martelo de queda livre
• Martelo de dupla-ação
•Martelo de contra peso

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MÁQUINAS DE FORJAMENTO- MARTELO DE QUEDA LIVRE

• Martelo de queda livre


Consiste de uma base que suporta
colunas, nas quais são inseridas as
guias do suporte da ferramenta, e
um sistema para elevação da massa
cadente até a altura desejada.

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MÁQUINAS DE FORJAMENTO- MARTELO DE QUEDA LIVRE

Esse trabalho, que pode ser


transmitido ao metal, depende
basicamente do peso do sistema
cadente e da velocidade final do
momento do início do impacto.

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MÁQUINAS DE FORJAMENTO- MARTELO DE QUEDA LIVRE

Sendo: T = trabalho fornecido pelo sistema cadente


Q = Peso do sistema cadente
H = Altura máxima da queda
M = massa do sistema cadente
V= velocidade do instante do impacto
g = aceleração da gravidade
O trabalho que pode ser transmitido (ou energia de golpe) é expresso
através da energia cinética disponível imediatamente antes do
impacto:

Então a capacidade nominal do


martelo e dada pela expressão:

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MÁQUINAS DE FORJAMENTO - MARTELO DE DUPLA AÇÃO
Diferenciam-se dos martelos de queda livre pelo sistema de
levantamento e queda da massa ascendente, sendo esta conectada a
um pistão contido em um cilindro no topo do martelo. O pistão é acionado por
vapor ou ar comprimido. A força pode chegar a vinte vezes o peso da massa
cadente.
Martelo de dupla ação - F= Força exercida pelo pistão á massa cadente para
imprimir maior aceleração
MASSA CADENTE PARA IMPRIMIR UMA MAIOR ACELERAÇÃO (Kgf)
a= aceleração provocada pela força F(m/s2) V2=2.(g+a).H

como F=m.a e Q=m.g V2= 2gH(1+F/Q)


O trabalho máximo fica portanto

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MÁQUINAS DE FORJAMENTO - MARTELO DE CONTRA GOLPE

Caracteriza-se por duas massas que


se chocam no meio do percurso com
a mesma velocidade, sendo que a
massa superior é acionada por um
sistema pistão cilindro.
A massa inferior, ligeiramente menor
que a superior (cerca de 5%) é
acoplada
normalmente a superior por meio de
cabos.

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MÁQUINAS DE FORJAMENTO - MARTELO DE CONTRA GOLPE

Apresentam, em relação aos


tipos anteriores, algumas
vantagens:
maior rendimento, pois o trabalho
é absorvido entre duas massas
que se chocam e muito pouco
dele é transmitido as fundações,
resultando em menor vibração
transmitida para o solo e a
própria peça; e maior velocidade
de acionamento.

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MÁQUINAS DE FORJAMENTO - PRENSAS DE FORJAMENTO
PRENSAS HIDRÁULICAS VERTICAIS

Para forjar peças grandes, as prensas hidráulicas verticais com


um cilindro na parte superior são especialmente adequadas. É o único
tipo de prensa que aplica uma pressão uniforme com uma velocidade de
deformação constante.
É de força restrita: sua capacidade de executar uma operação de
forjamento é limitada pela sua capacidade de carga

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MÁQUINAS DE FORJAMENTO - PRENSAS DE FORJAMENTO

PRENSAS MECÂNICAS EXCÊNTRICAS


São muito usadas para forjar peças de
tamanhos médios pequenos,
devido à facilidade de manuseio e ao baixo
custo de operação.
A aplicação da força sobre o material e
comandada por um
excêntrico, sendo, por isso, essa máquina
conhecida como de curso
limitado.

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MÁQUINAS DE FORJAMENTO - PRENSAS DE FORJAMENTO

PRENSAS DE FRICÇÃO
Possuem dois pratos de fricção unidos
axialmente a uma árvore. O
sentido de rotação da árvore pode ser
invertido de modo que a rosca
sem-fim possa subir e descer. A descida
da massa giratória desenvolve uma
notável energia que é usada para
executar o trabalho de conformação.
Essas máquinas são indicadas para
cunha moedas,
medalhas e objetos similares, em aços e
metais duros

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Deformação no Forjamento

Nos processos de forjamento, a deformação global ou localizada em


determinada região da peça dever ser calculada pela deformação
verdadeira e não pela deformação relativa.

É importante observar que nos processos de conformação mecânica o


volume do corpo durante o processo de deformação não se altera. Esta
particularidade denomina-se Lei da Constância de Volume
(SCHAEFFER, 2001).

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Taxa Deformação no Forjamento -

a) Quanto maior a taxa de deformação, maior a tensão necessária para deformar o


metal;
b) Quanto maior a taxa de deformação menor será a dissipação do calor, levando ao
aumento da temperatura do material. Assim, na deformação a quente, caso a
temperatura aumente demasiadamente pode levar à fusão do metal;
c) Maior taxa de deformação exige maior temperatura de processamento no forjamento
a quente. Isto ocorre porque a maior velocidade de deformação exige que o
amaciamento do metal ocorra em menor tempo, o que ocorre em temperaturas mais
elevadas.
d) Com o aumento da taxa de deformação existe melhor lubrificação na interface metal-
ferramenta, desde que o filme de lubrificante possa ser mantido (DIETER, 1981).

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Curvas de Escoamento

A curva de escoamento que caracteriza o material é de interesse fundamental na plasticidade,


pois descreve o seu comportamento em deformação plástica.
Este comportamento é influenciado por diversos fatores tais como a deformação , a velocidade
de deformação e a temperatura , além de características intrínsecas do material como
microestrutura e composição química. A tensão de escoamento, então, pode ser expressa
como (JÚNIOR, 2007):

A tensão de escoamento é um dos parâmetros fundamentais do processo de


forjamento e o conhecimento deste parâmetro para materiais a serem conformados
torna-se imprescindível para quantificar a força, trabalho, preenchimento da matriz,
desgaste de ferramenta, tensões na ferramenta, etc. As curvas de escoamento são
construídas através de testes mecânicos (tração, torção, etc.) (SCHAEFFER, 2001)

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Temperatura Durante o Processo de Forjamento

Cerca de 95% do trabalho mecânico de deformação são convertidos em calor. Parte


deste calor é perdida por condução pelas ferramentas ou perdido para a atmosfera,
porém uma parcela é mantida, aumentando a temperatura do componente
trabalhado.
O aumento máximo teórico em temperatura é dado por (DIETER, 1981):

Onde: UP = trabalho de deformação plástica por unidade de


volume;
ρ = densidade do componente trabalhado;

c = calor específico do componente trabalhado;

J = equivalente mecânico do calor.

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Perda térmica por contato com a ferramenta
A queda de temperatura devido ao contato da peça com uma ferramenta
normalmente com temperatura inferior pode ser calculada por (SCHAEFFER, 2001):

Onde: T= temperatura média da peça após conformação (°C)


TF = temperatura da ferramenta (°C);
TM = temperatura inicial da geratriz/material (°C);
ρ = densidade do componente trabalhado;
t = tempo de contato peça-ferramenta (s);
α = coeficiente de transferência de calor ferramenta-peça (J/°Cms);
c = calor específico do material;
h = altura da peça ou da região de calculo (m).
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Perda térmica por radiação
A radiação, conforme a Lei de Stefen-Boltzmann, é calculada por (SCHAEFFER,
2001):

Onde:
QS = perda térmica por unidade de tempo (kJ/h);
CS = constante de radiação (kJ/(m2 h °K4 ));
A = superfície de irradiação (m2 );
T = temperatura absoluta do corpo (°K).

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