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Manufatura Mecânica Usinagem

Aula 2 : Parâmetros de usinagem

Professor: Rogério Carlos O. Fernandes


• Engenheiro Industrial Mecânico – PUCMG
• Especialista em Gerenciamento de Projetos– FGV
• Mestre em Engenharia Metalúrgica e de Minas– UFMG
Manufatura Mecânica Usinagem
Conteúdo Programático
 Exercícios de parâmetros de corte.
 Mecanismos de formação de cavaco.
 Segurança individual na usinagem.
 Definição de cavaco.
 Etapas de formação de cavaco.
 Formação de cavaco e fatores geométricos envolvidos.
 Classificação do cavaco quanto a forma.
 Relação entre propriedades dos materiais e cavacos.
 Influência dos parâmetros de corte na formação do cavaco.
 Influência da temperatura nos processos de usinagem.
 Fluido de corte (características, seleção e função).
 Questões dialogadas com os alunos (pós aula).
Prof. Rogério Carlos O. Fernandes
Manufatura Mecânica Usinagem
Introdução
A aula de hoje iremos trabalhar como os seguintes conceitos:
Características gerais do cavaco, geometria, tipos, periculosidade e
reciclagem; a influência da temperatura nos processos de usinagem e o
uso de fluidos de corte; as condições econômicas de corte trabalhando a
velocidade máxima de produção, velocidade econômica de corte e
intervalo de máxima eficiência e, finalmente, noções de operações de
corte e segurança pessoal no uso de equipamentos de usinagem.

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Manufatura Mecânica Usinagem

Vídeo ilustrativo/Exercícios de aplicação

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Manufatura Mecânica Usinagem
Exercícios de aplicação:

1 – Deseja-se usinar, em um torno universal, um eixo de material extra


duro 1060, cujo diâmetro inicial é de 40mm e o diâmetro final é de
30mm. Para essa operação, a rotação da máquina será de 500rpm e o
avanço de 1,0mm/rot.
Calcular:
a) A velocidade de corte (Vc);
b) A velocidade de avanço (Vf);
c) A profundidade de corte (ap)

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Manufatura Mecânica Usinagem
Exercícios de aplicação: respostas

a) A velocidade de corte (Vc) = 47,12m/min


b) A velocidade de avanço (Vf) = 500mm/min
c) A profundidade de corte (ap) = 5,0mm

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Manufatura Mecânica Usinagem
Exercícios de aplicação:

2 - Calcular o tempo total de corte para usinar a peça do desenho


abaixo, considerando que serão dados dois passes, o primeiro passe
torneando o diâmetro de 50 mm e o segundo torneando o diâmetro de
40 mm. São fornecidos os seguintes parâmetros: vc = 25 m/min e f =
0,45 mm/rotação.

Resp: 1,52min

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Manufatura Mecânica Usinagem
Exercícios de aplicação:

3 - Uma peça cilíndrica de 200 mm de diâmetro e 700 mm de


comprimento deve ser torneada em um torno mecânico universal. A
velocidade de corte é 30 m/min, o avanço é de 0,3 mm/rotação, e a
profundidade de corte 1,80 mm. Determine:
(a) A velocidade de rotação.(Resp:47,75 rpm)
(b) A velocidade de avanço. (Resp:14,33 mm/min)
(c) O diâmetro final depois de um passe. (Resp:196,4 mm)
(d) Tempo de corte. (Resp:48,87min)

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Mecanismos de formação de cavaco
 Um dos elementos mais característicos dos processos de
usinagem, até porque é o que define o processo de usinagem, é o
cavaco.

 Podemos dizer que cavaco é o material extraído da peça durante o


processo de usinagem, cujas características estão associadas:

– Ao material da peça que está sendo usinada,

– Ao tipo de ferramenta de corte utilizada,

– Aos parâmetros de usinagem aplicados (velocidade de corte,


velocidade de avanço e profundidade de corte).

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Mecanismos de formação de cavaco

 Nos processos de usinagem temos


a etapa de desbaste, que é a etapa
em que ocorre a maior quantidade
de remoção de cavaco, na qual é
definida a forma da peça em termos
dimensionais e geométricos.

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Mecanismos de formação de cavaco

 Na etapa de acabamento, em que a


quantidade de cavaco removida é
significativamente menor que a
etapa anterior, visando dar à peça as
dimensões finais, tanto geométricas
quanto de acabamento superficial.

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Mecanismos de formação de cavaco

• A rugosidade da superfície é um parâmetro que, juntamente com os


aspectos citados no parágrafo anterior, irão afetar a geometria do
cavaco.

Durante a operação de usinagem cabe ao operador da máquina-


ferramenta saber extrair o máximo da ferramenta de corte e obter a
melhor taxa de remoção de material, ou seja, de cavaco.

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Mecanismos de formação de cavaco
Segurança

• Nos processos de usinagem há a


obrigatoriedade de o operador
utilizar equipamento de proteção
individual (EPI), pois o cavaco é um
produto que pode ocasionar acidentes
de trabalho, dada a sua periculosidade.

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Mecanismos de formação de cavaco
Definição de cavaco

 Porção de material da peca retirada pela ferramenta, caracterizando-


se por apresentar forma irregular.

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Mecanismos de formação de cavaco
Definição de cavaco

 Cavaco é o material removido durante o processo de usinagem, cujo


objetivo é obter uma peça com forma e/ou dimensões e/ou acabamento
definidas.

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Mecanismos de formação de cavaco

A formação do cavaco influencia diversos fatores ligados a usinagem,


tais como:
• Desgaste da ferramenta
• Esforços de corte
• Calor gerado na usinagem
• Penetração do fluido de corte, etc

Assim estão envolvidos com o processo de formação de cavaco os


aspectos Econômicos, Qualidade da peca, Segurança do Operador,
Utilização adequada da máquina-ferramenta.

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Mecanismos de formação de cavaco
Etapas de formação do cavaco

 Recalque (deformação elástica)

 Deformação plástica

 Ruptura (cisalhamento)

 Movimento sobre a superfície de saída

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Mecanismos de formação de cavaco
Etapas de formação do cavaco

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Mecanismos de formação de cavaco
Etapas de formação do cavaco
 O corte dos metais envolve o
cisalhamento concentrado ao longo
de um plano chamado plano de
cisalhamento.

 O ângulo entre o plano de


cisalhamento e a direção de corte
é chamado de ângulo de
cisalhamento (Ø).

 Quanto maior a deformação do


Essa influência é marcante na
cavaco sendo formado, menor será
usinagem de materiais
o ângulo de cisalhamento Ø e
dúcteis, muitos suscetíveis à
maiores serão os esforços de corte.
deformação.

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Mecanismos de formação de cavaco
Formação do cavaco na usinagem e fatores geométricos envolvidos
A formação do cavaco será fortemente impactada variando-se o ângulo
de incidência α que é o ângulo de posicionamento de corte da
ferramenta e o ângulo β característico do tipo de ferramenta utilizada
pois, a posição ou inclinação da ferramenta de corte define o formato do
cavaco e a quantidade removida.

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Mecanismos de formação de cavaco
Formação do cavaco na usinagem e fatores geométricos envolvidos
Ângulo de saída (γ): ângulo entre a superfície
de saída e o plano de referência da ferramenta.
 Influi decisivamente na força e na potência
necessária ao corte, no acabamento
superficial e no calor gerado;
 Quanto maior for o ângulo γ menor será o
trabalho de dobramento do cavaco;

O ângulo de saída (γ) depende principalmente de :


- Resistência do material da ferramenta e da peça a usinar;
- quantidade de calor gerado pelo corte;
- velocidade de avanço.

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Mecanismos de formação de cavaco
Formação do cavaco na usinagem e fatores geométricos envolvidos

O ângulo de saída ( γ ) negativo é muito usado


para corte de materiais de difícil usinabilidade e
em cortes interrompidos, com o inconveniente
da necessidade de maior força de e potências
de usinagem e maior calor gerado pela
ferramenta, geralmente o ângulo γ está entre –
10° e 30°.
 Ângulo de saída (γ) para uma ferramenta de torno

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Mecanismos de formação de cavaco
Formação do cavaco na usinagem e fatores geométricos envolvidos

Ângulo de cunha da ferramenta (β)


 Ângulo formado entre a superfície da saída e
a de folga

Relações entre os ângulos saída (Y) e ângulo de cunha da


ferramenta (β)
O ângulo γ deve ser:
 Maior para materiais que oferecem pouca resistência ao corte. Se γ
(ângulo de saída) aumenta, o β (ângulo de cunha da ferramenta)
diminui;
 Menor (e as vezes até negativo) para materiais mais duros e com
irregularidades na superfície. Se o ângulo γ diminui, o β (ângulo de
cunha da ferramenta) aumenta;

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Mecanismos de formação de cavaco
Formação do cavaco na usinagem e fatores geométricos envolvidos

Ângulo de folga (α): é o ângulo de posicionamento de corte da


ferramenta e o ângulo de cunha da ferramenta (β).

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Mecanismos de formação de cavaco
Formação do cavaco na usinagem e fatores geométricos envolvidos

O ângulo de folga (α) tem as seguintes funções e características:


 Evitar o atrito entre a peça e a superfície de folga da ferramenta;
 Se α é pequeno ( o ângulo β aumenta): a cunha não penetra
convenientemente no material, a ferramenta perde o corte rapidamente,
há grande geração de calor que prejudica o acabamento superficial.
 Se o ângulo de folga (α) é grande (o ângulo β diminui) : a cunha da
ferramenta perde resistência, podendo soltar pequenas lascas ou
quebrar;
 O ângulo de folga (α) depende principalmente da resistência do material
da ferramenta e da peça a usinar.
 Geralmente o ângulo de folga (α) esta entre 2° e 14°.

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Mecanismos de formação de cavaco
Formação do cavaco na usinagem e fatores geométricos envolvidos

Ângulos de folga (α), de cunha (β) e de saída (γ)

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Mecanismos de formação de cavaco
Classificação do cavaco quanto a forma:

São três tipos básicos de classificação dos cavacos quanto a forma:


 Cavacos contínuos, que são aqueles que tem um formato aparente
de “serpentina” retorcida ou ondulada.
 Cavacos descontínuos, são aqueles também conhecidos como
“quebrados” ou cisalhados.
 Cavacos segmentados (Lamelar), que são aqueles que se rompem
em pequenos segmentos por causa de elementos de dureza elevada
presentes no material.

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Mecanismos de formação de cavaco
Classificação do cavaco quanto a forma

Contínuos Lamelares Cisalhado ou


Quebrados

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Mecanismos de formação de cavaco
Classificação do cavaco quanto a forma

Contínuo Lamelar Cisalhado

O cavaco tem um valor comercial importante para as indústrias, visto que o


mesmo pode ser reciclado em processos de fundição para reaproveitamento da
matéria-prima. Um exemplo de reaproveitamento de cavaco é a sua transformação
em pó metálico para uso em processos de metalurgia do pó.

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Mecanismos de formação de cavaco
Relação entre propriedades dos materiais e cavacos

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Mecanismos de formação de cavaco

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Mecanismos de formação de cavaco

Cavaco contínuo

Mecanismo de Formação: O cavaco é formado continuamente,


devido a ductilidade do material e a alta velocidade de corte;

Acabamento Superficial: Como a força de corte varia muito pouco


devido a contínua formação do cavaco, a qualidade superficial é
muita boa.

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Mecanismos de formação de cavaco
Cavaco Cisalhado
Mecanismo de Formação: O material fissura no ponto mais
solicitado. Ocorre ruptura parcial ou total do cavaco. A soldagem dos
diversos pedaços (de cavaco) é devida a alta pressão e temperatura
desenvolvida na região. O que difere um cavaco cisalhado de um
contínuo (aparentemente), é que somente o primeiro apresenta um
serrilhado nas bordas.
Acabamento Superficial: A qualidade superficial é inferior a obtida
com cavaco contínuo, devido a variação da força de corte. Tal força
cresce com a formação do cavaco e diminui bruscamente com sua
ruptura, gerando fortes vibrações que resultamn uma superfície com
ondulações.

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Mecanismos de formação de cavaco
Cavaco de ruptura (arrancado)

Mecanismo de Formação: Este cavaco é produzido na usinagem de


materiais frágeis como o ferro fundido, bronze duro e latão. O cavaco
rompe em pequenos segmentos devido a presença de grafita (FoFo),
produzindo uma descontinuidade na microestrutura.

Acabamento Superficial: Devido a descontinuidade na


microestrutura produzida pela grafita ( no caso do FoFo), o cavaco
rompe em forma de concha gerando uma superfície com qualidade
superficial inferior.

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Mecanismos de formação de cavaco
Quanto à forma, os cavacos são classificados como:

a) Em fita;
b) Helicoidal;
c) Espiral;
d) Em lasca ou pedaços.

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Mecanismos de formação de cavaco
Formas dos cavacos
Indesejáveis (cavacos longos)
• Oferecem risco ao operador;
• Obstruem o local de trabalho;
Podem danificar tanto a ferramenta quanto prejudicar o acabamento superficial da
peça;
• Dificultam o manuseio e a armazenagem;
• Causa aumento da força de corte e da temperatura com conseqüente redução
da vida da ferramenta.
Bons
• Ocupam pouco volume;
• Não obstruem o local de trabalho;
• São removidos facilmente.

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Mecanismos de formação de cavaco
Formas dos cavacos
Indesejáveis (cavacos longos)
• Oferecem risco ao operador;
• Obstruem o local de trabalho;
Podem danificar tanto a ferramenta quanto prejudicar o acabamento superficial da
peça;
• Dificultam o manuseio e a armazenagem;
• Causa aumento da força de corte e da temperatura com conseqüente redução
da vida da ferramenta.
Bons
• Ocupam pouco volume;
• Não obstruem o local de trabalho;
• São removidos facilmente.

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Mecanismos de formação de cavaco
Tabela com a Classificação dos Principais Cavacos Formados pelo
Processo de Usinagem.

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Mecanismos de formação de cavaco
Influência dos parâmetros de corte na formação do cavaco.

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Parâmetros de Usinagem
Influência da temperatura nos processos de usinagem

A temperatura tem uma influência


significativa nos processos de usinagem,
visto que, a partir do contato entre a peça
usinada e a ferramenta de corte, o atrito
entre elas provoca uma elevação
localizada na temperatura, que pode
afetar tanto a peça como a ferramenta
em termos dimensionais, de
acabamento, vida útil da ferramenta.

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Fluido de corte

 Conforme as condições de usinagem (do material a ser usinado e da


ferramenta de corte, em particular), o processo pode ser realizado sem
ou com o uso de um fluido de corte.
 O fluido de corte, também chamado de lubrificante, ou ainda refrigerante.
 É uma solução , utilizada nos processos de usinagem, visando proteger
a peça usinada contra efeitos de aquecimento, proteger a ferramenta de
corte quanto ao seu desgaste e vida útil, facilitar a saída (remoção) de
cavaco.

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Fluidos de corte
Características dos fluidos refrigerantes

Classificação segundo a norma DIN 51385


 Não miscíveis em agua ou óleos de corte
• Óleos integrais ou minerais
• Óleos solúveis
• Semi - sintéticos
• Sintético
 Miscíveis em agua ou emulsões

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Fluidos de corte
Direção de aplicação do fluido de corte

A – Aplicação convencional na forma de


jorro à baixa pressão (sobre-cabeça).
B – Aplicação entre a superfície de corte
e de saída (alta pressão).
C) – Aplicação entre o fluido de corte e a
peça.

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Fluidos de corte
Método de Aplicação

 Jorro de fluido a baixa pressão


(torneira a pressão normal);
 Pulverização;
 Sistema de alta pressão

Atenção: iniciar o escoamento do fluido de corte antes da


ferramenta entrar em contato com a peça, para evitar choque
térmico.

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Fluidos de corte
Usinagem com uso de fluidos refrigerantes

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Parâmetros de Usinagem
Usinagem com uso de fluidos refrigerantes

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Fluidos de corte
Características dos fluidos refrigerantes

Os fluidos refrigerantes ou de corte podem possuir diversas características,


sejam de caráter funcional ou de caráter econômico, de tal maneira que:
Referente ao aspecto funcional
 O fluido poderá contribuir para:
• Diminuição do atrito existente entre ferramenta, peça usinada e
cavaco;
• Facilitar a saída de cavaco;
• Auxiliar no controle de temperatura da ferramenta, colaborando
assim para uma maior vida útil da ferramenta.

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Fluidos de corte
Características dos fluidos refrigerantes

Referente ao aspecto econômico


 Redução de consumo de energia,
 Redução de custo do ferramental,
 Auxilia na diminuição ou até na eliminação da possiblidade de corrosão
na peça.

Os fluidos refrigerantes possuem baixa viscosidade (escoam com


facilidade) acentuando suas características de refrigeração e, além disso,
atuam como elemento lubrificante nos processos de usinagem.

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Fluidos de corte
Critérios para seleção de um fluido de corte

Fatores influenciam na escolha:


• Material;
• Economia;
• Baixa geração de espuma;
• Fácil descarte;
• Não agredir o meio ambiente;
• Não dissolver a pintura ou corroer partes da maquina;
• Não agredir a saúde e garantir a segurança do operador;

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Fluidos de corte
Função do fluido de corte

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Questões dialogadas com os alunos

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Questões dialogadas com os alunos
1 - Sabemos que os processos de usinagem podem ser classificados em duas categorias: os processos
convencionais e os processos não convencionais.
Além dessa classificação os processos de usinagem podem ser divididos entre aqueles que utilizam
ferramentas de corte com geometria definida e aqueles que utilizam ferramentas de corte com geometria
não definida.
Leia as afirmações abaixo e avalie se são verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) A formação de cavacos é mais pronunciada na fase de desbaste do material que utiliza ferramentas
com geometria definida.
( ) Na fase de acabamento a utilização de ferramenta de geometria não definida não produz cavacos.
( ) O cavaco é formado tanto na usinagem convencional como na usinagem não convencional.
a) V – V – V.
b) V – F – F.
c) V – F – V.
d) F – V – F.
e) V – V – F.

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Questões dialogadas com os alunos
1 - Os cavacos são materiais removidos das peças durante o processo de usinagem.
São eles, os cavacos, que caracterizam a manufatura mecânica por usinagem. O
formato do cavaco é variado, indo desde cavacos contínuos (parecidos como uma
serpentina retorcida) até cavacos ”lascados”; os primeiros são obtidos na usinagem de
materiais maleáveis, de baixa dureza (por exemplo, aços de baixo e médio carbono), os
segundos são obtidos na usinagem de materiais com nível de dureza mais elevada (por
exemplo, aços de alto carbono ou aço temperado). Sejam contínuos ou “lascados”, os
cavacos podem proporcionar acidentes de trabalho graves, daí a necessidade do uso
de EPIs – Equipamentos de Proteção Individual – durante a realização da usinagem.

Qual das assertivas indicadas abaixo é verdadeira?

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Questões dialogadas com os alunos

Assinale a alternativa correta.


a) Nos processos sem remoção de cavaco não há sobras de material.
b) Só há cavaco nos processos convencionais de usinagem.
c) Os processos sem remoção de cavaco não são caracterizados como sendo de
usinagem.
d) Na usinagem convencional temos as etapas de desbaste e de acabamento,
mas nos processos não convencionais não.
e) Somente os cavacos contínuos são comercialmente viáveis de serem reciclados.

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Questões dialogadas com os alunos
2. Vimos ao longo desta primeira seção da disciplina Manufatura Mecânica:
Usinagem que os processos mecânicos de usinagem podem ser classificados em duas
categorias: (I) os processos de usinagem que utilizam ferramentas com geometria
definida; e (II) os processos de usinagem que utilizam ferramentas de geometria não
definida. As ferramentas de geometria definida são aplicadas predominantemente em
processos de desbaste do material, enquanto que as ferramentas de geometria não
definidas são utilizadas, predominantemente, em processos de acabamento da peça.
Considerando a classificação quanto à geometria das ferramentas de
usinagem e suas aplicações, podemos dizer que as brocas, os rebolos de
retificadoras, as pastilhas de torneamento e as fresas são, respectivamente,
ferramentas de geometria:

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Questões dialogadas com os alunos
2 - Considerando a classificação quanto à geometria das ferramentas de

usinagem e suas aplicações, podemos dizer que as brocas, os rebolos de


retificadoras, as pastilhas de torneamento e as fresas são,
respectivamente, ferramentas de geometria:
a) Definida, definida, definida e não definida.
b) Não definida, não definida, definida e não definida.
c) Definida, não definida, não definida e definida.
d) Definida, não definida, definida e definida.
e) Todas são de geometria definida.

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Questões dialogadas com os alunos

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Questões dialogadas com os alunos

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Questões dialogadas com os alunos
1 - Observe a figura que representa as direções possíveis de aplicação do
fluído de corte, indicadas pelas letras A, B e C, e escolha a opção que
completa CORRETAMENTE as lacunas das sentenças.
A direção ___ é recomendada quando o fluído é aplicado sob elevada
pressão, enquanto que a direção ___ reduz o desgaste de flanco e contribui
para a melhor qualidade da superfície usinada.
Finalmente, a direção ___ mostra-se inadequada quando são produzidos
cavacos tipo “emaranhado”.
a) A, B, C.
b) B, C, A.
c) B, A, C.
d) A, C, B.
e) C, B, A.
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Fim da Aula

Prof. Daniel Tadeu de C. Ribeiro


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