Relatório de Prática de Soldagem – PROCESSO GMAW

Nome completo ..... (UFAM) – email.@gmail.com

Nome completo .... (UFAM) - email.@gmail.com
Luiz Miguel Lira Antunes da Silva (UFAM) – aklmiguel.lira11@gmail.com
Gustavo Gomes Silva (UFAM) – gustavo13651.@gmail.com
Tainah Seixas de Souza (UFAM) – tainah.seixas@gmail.com

Resumo:
O relatório teve como objetivo propor uma prática de soldagem utilizando o
processo GMAW (soldagem a arco com metal a gás). Para uma melhor
compreensão do contexto estudado, optou-se em analisar os dados obtidos do
software de soldagem chamado SAP-V4 durante as aulas de laboratório, a fim de
calcular a potência instantânea média(PIM) e a energia de deposição(Ed). Além
disso, utilizou-se da revisão bibliográfica para embasar teoricamente a prática
proposta, em que, foram identificados estudos anteriores que abordaram o processo
GMAW e suas aplicações, bem como as recomendações e melhores práticas para
obter soldas de alta qualidade. Essas informações serviram como base para a
proposta de otimizar o desempenho e a eficiência do processo GMAW. Foi soldado
um único corpo de prova para cada equipe, com metal de base ASTM A36 e
consumível arame sólido ER-70S6. Com o resultado deste estudo foi possível
analisar diferentes parâmetros, como a tensão, corrente, velocidade de alimentação
do arame, velocidade de decomposição e vazão do gás, com o intuito de verificar a
influência desses fatores na qualidade do cordão de solda, bem como, as
propriedades mecânicas do material soldado. Em conclusão, este relatório
apresentou uma proposta de prática de aprendizagem utilizando o processo GMAW.
Espera-se que os ensaios recomendados contribuam para o aprimoramento da
técnica de soldagem a arco com metal a gás e para a obtenção de soldas de alta
qualidade.

Palavras-chave: Processo GMAW. Relatório de Prática de Soldagem. Soldagem a

arco com metal a gás.

Área temática: Tecnologia da Soldagem. Engenharia Mecânica.

INTRODUÇÃO:
 A Soldagem a arco com metal a gás (GMAW, do inglês Gas Metal Arc Welding) é
um dos processos mais comuns e amplamente utilizados na indústria, como
fabricação de estruturas metálicas, indústria automobilística, construção naval e
muitas outras. Também conhecido como fluxo MIG/MAG (Gás Inerte Metálico / Metal
Gás Ativo), esse método é amplamente utilizado devido à sua versatilidade,
facilidade de operação e alta produtividade, além de ser muito utilizado nos
processos industriais.
No processo GMAW a soldagem consiste em unir ou juntar peças metálicas, onde
um arco elétrico é estabelecido entre um eletrodo consumível, em forma de fio, e a
base de material que está sendo soldado, arco elétrico fundi as peças com uma
velocidade desejada. O arco elétrico fornece a energia necessária para fundir o
metal de adição e a base material, criando uma junta sólida e resistente. Esse arco
elétrico é alimentado por um arame consumível fornecido por um alimentador
contínuo, essa união se dá ao fato do aquecimento e fusão tanto do material que
alimenta o arco elétrico quanto da peça metálica. Durante a aderência, um fluxo
contínuo de gás de proteção é fornecido para proteger a poça de fusão e o arco
elétrico contra a contaminação do ambiente externo.

Figura 1. Modelo esquemático do processo GMAW

Fonte: Slideplayer (Processos de Soldagem MIG/MAG - Prof. Hélio Padilha).

O tipo de gás de proteção utilizado depende do material de base e do metal de

adição utilizado. O processo GMAW pode ser realizado tanto com corrente contínua
(DC) quanto com corrente alternada (AC), dependendo dos requisitos da aplicação.
 As vantagens de usar a soldagem GMAW são várias pois esse tipo de soldagem
permite soldagem em qualquer posição, processo com eletrodo contínuo, elevada
penetração, pode, em princípio, soldar diferentes ligas metálicas, esse processo
exige, em geral, necessita de menos habilidade do soldador. Além disso, oferece
benefícios como alta velocidade de aderência, boa qualidade de junta, controle
preciso do arco elétrico e capacidade de soldar uma ampla variedade de metais e
espessuras, mas também há algumas desvantagens ao se escolher usar esse
processo são elas: pode apresentar dificuldade para soldar juntas de acesso restrito,
pode gerar elevada quantidade de respingos entre outras.
No entanto, é importante destacar que o processo GMAW requer conhecimento e
habilidades adequadas para obter resultados de qualidade, já que o metal de adição
usado na solda é controlado por um equipamento ou uma máquina e gera menos
escoria no final do processo, porém essa soldagem pode se tornar difícil por
apresenta inúmeras variáveis e vários parâmetros como por exemplo, vazão do gás
de proteção, tipo do gás de proteção, velocidade de alimentação do arame e etc. A
seleção correta dos parâmetros de aderência, como a corrente, tensão, velocidade
de alimentação do arame e gás de proteção, é fundamental para garantir uma solda
adequada e livre de defeitos.
Neste relatório, será proposta uma prática de acompanhamento utilizando o
processo GMAW, explorando as suas características e vantagens, além de analisar
os dados obtidos por meio de um software de acompanhamento, obtendo os
resultados precisos e acompanhados.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:
GMAW (gas metal arc welding) é um tipo de soldagem a arco que é muito
utilizada nos processos industriais[1], esse tipo de soldagem consiste em unir ou
juntar peças metálicas, o arco elétrico fundi as peças com uma velocidade desejada,
esse arco elétrico é alimentado por um arame consumível fornecido por um
alimentador contínuo, essa união se dá ao fato do aquecimento e fusão tanto do
material que alimenta o arco elétrico quanto da peça metálica[2][3], as vantagens de
usar a soldagem GMAW são várias pois esse tipo de soldagem permite soldagem
em qualquer posição, processo com eletrodo contínuo, elevada penetração, pode,
em princípio, soldar diferentes ligas metálicas, esse processo exige, em geral,
necessita de menos habilidade do soldador que a soldagem SMAW, mas também há
algumas desvantagens ao se escolher usar esse processo são elas: pode
apresentar dificuldade para soldar juntas de acesso restrito, pode gerar elevada
quantidade de respingos entre outras.[4]
A soldagem GMAW em relação a outros tipos de soldagem como o eletrodo
revestido (SMAW) apresenta uma leve vantagem pois é mais simples e pode
apresentar melhores resultados, já que o metal de adição usado na solda é
controlado por um equipamento ou uma máquina e gera menos escoria no final do
processo, porém essa soldagem pode se tornar difícil por apresenta inúmeras
variáveis e vários parâmetros como por exemplo, vazão do gás de proteção, tipo do
gás de proteção, velocidade de alimentação do arame e etc.[5]

OBJETIVOS:
Estudar o processo de Soldagem GMAW utilizando um alimentador de
arame e uma CNC de bancada usando um software especifico chamado SAP-V4,
com o objetivo de adquirir valores para potência instantânea media(PIM) e a energia
de deposição(Ed), afim de se obter experiência prática aos alunos da matéria de
Tecnologia da Soldagem (FTF016).

MATERIAIS E EQUIPAMENTOS:

 Metal de Base: ASTM A36

Tabela 1 - Composição química em % do metal de base ASTM A36

 Arame ASME SFA – 5.18 ERS70S-6

Tabela 2 - Composição química em % do arame ASME SFA - 5.18 ERS70S-6

  CNC de bancada modelo GL-3020

 Alimentador de Arame: Warrior Feed 304W

Figura 2 - CNC de bancada modelo GL-3020

Figura 3 - Warrior Feed 304W

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
O procedimento experimental começou no dia 28/04/2022, com a preparação da
chapa ASTM 36 de 15x21,5x6,3, onde foi realizado seu esmerilhamento para
retirada da camada de óxido presente nela, após isso, a placa foi envolvida em
plástico filme para evitar a oxidação, o procedimento continuou na próxima aula
prática de soldagem.

Figura 4 – Esmerilhamento da chapa de metal

 Na aula do dia 05/05/2023 foi dado continuidade ao procedimento prático.
Primeiramente foi realizado uma explicação acerca do procedimento de soldagem
de termopar na chapa de metal com a máquina de descarga capacitiva, onde
conecta-se o terra na placa e o terminal positivo na ponta do termopar, que era do
tipo K, enrolava-se a sua ponta e conectava-a no jacaré do terminal positivo da
máquina, que carregava-se de carga e era descarregada soldando a ponta do
termopar na placa. Todos os membros da equipe tiveram a oportunidade de realizar
o procedimento de soldagem do termopar, sempre atentos em não soldar na direção
do cordão de solda. Após isso foi apresentada a máquina de alimentação de arame.

Figura 5 - Adicionando os termopares na chapa

Após a conexão do termopar, iniciou-se a etapa de soldagem do cordão.

Primeiramente foi realizada a configuração do alimentador de arame, onde setou-se
os valores de 22 Volts de tensão 10 mm/s de velocidade de deposição do arame. O
volume de vazão do gás 98% argônio e 2% C02 foi ajustado em 15L/mm, valor
checado com o fluxímetro disponibilizado em laboratório. Então foi realizada a
configuração da cnc de bancada com a velocidade de operação de 300 rpm e
distância percorrida de 150 mm, após isso, foi realizada posicionamento da chapa,
esta que era uma de teste e não a que havia recebido o termopar, porém foi
explicado pelo professor que quando o terminal negativo do termopar é conectado
na maleta de aquisição de dados do SAPTI, este sistema coleta os dados de
temperatura, tensão, corrente e velocidade.
 Figura 6 – Exemplificação da aquisição de dados através de uma chama

Figura 7 - Funcionamento da máquina cnc.

Após isso, foi realizado a deposição do cordão de solda na placa com os
parâmetros configurados acima citados. A abertura e fechamento do arco era
realizado através de uma campainha. Foram realizadas 2 deposições de arco, onde
alterou-se a velocidade e comprimento na segunda deposição diminuindo a tensão
para 17V e a velocidade para 6 mm/s. Por fim, foi realizada a medição de
temperatura no ultimo cordão e observado a diferença entre eles.
 Figura 6 - Checagem da temperatura da chapa após o processo.

CONSIDERAÇOES FINAIS:
Com base nesse experimento, é possível concluir que a preparação adequada da
chapa de metal, incluindo o esmerilhamento e a proteção contra oxidação, é
essencial para obter resultados confiáveis na soldagem do termopar. A soldagem do
termopar na chapa foi realizada com sucesso, com todos os membros da equipe
tendo a oportunidade de observar e analisar os detalhes técnicos do procedimento.
Os parâmetros de soldagem do cordão, como a tensão, velocidade de deposição
do arame e o volume de vazão do gás de proteção, foram configurados de acordo
com as especificações desejadas via sistema Sapti. A variação na tensão e
velocidade na segunda deposição de arco demonstra a influência desses
parâmetros na soldagem e destaca a importância de otimizá-los para obter
resultados desejados. Durante o experimento, dados como temperatura, tensão,
corrente e velocidade, foram obtidos pelo sistema. Esses parâmetros permitiram
monitorar e registrar informações relevantes para análise posterior. Esses dados são
cruciais para avaliar a eficiência da soldagem, identificar possíveis problemas e
realizar melhorias no processo. Em geral, o experimento forneceu uma introdução
prática ao processo de soldagem de termopar em chapa de metal. Os resultados
obtidos podem ser utilizados como base para estudos futuros, visando otimizar os
parâmetros de soldagem e aprimorar a qualidade das soldas realizadas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
[1] I. González Pérez, V. Meruane, and P. F. Mendez, “Deep-learning based analysis of metal-
transfer images in GMAW process,” J Manuf Process, vol. 85, pp. 9–20, Jan. 2023.

[2] Wikipédia. Soldagem MIG/MAG. Disponível

em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Soldagem_MIG/MAG. Acesso em 28 de maio.2023, 15h20.

[3] Infosolda. Robôs Industriais e Soldagem GMAW. Disponível em:

https://infosolda.com.br/robos-industriais-e-soldagem-gmaw/#:~:text=Segundo%20Villani
%20(1991)%2C%20a,e%20a%20pe%C3%A7a%20de%20trabalho. Acesso em 28 de
maio.2023, 15h35.

[4] P. J. Modenesi, P. V. Marques, and D. V. Santos, “Introdução a Metalúrgica da Soldagem,”

Belo Horizonte, 2012.

[5] J. Cláudio, F. Soares, A. J. De, and L. Nascimento, “AUTOMAÇÃO DO PROCESSO DE

SOLDAGEM MANUAL SEMIAUTOMÁTICO GMAW VISANDO MELHORIA DA QUALIDADE DO
PRODUTO.”

[6] Slide Player. Processo de soldagem MIG/MAG. Prof. Hélio Padilha. Disponível
em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Soldagem_MIG/MAG. Acesso em 30 de maio.2023, 15h.

[7] P. V. Marques, P. J. Modenesi, and A. Q. Bracarense, Soldagem Fundamento e Tecnologia,

3rd ed. UFMG, 2011.